"Intimidação Cibernética"
LOS ANGELES, EUA (AFP) - Uma americana de 49 anos foi considerada culpada, nesta quarta-feira, pelo crime de "intimidação cibernética", por fazer brincadeiras de mau gosto em uma comunidade do site de relacionamentos MySpace, que terminaram com o suicídio de uma adolescente, amiga de sua filha.
Por este caso agora classificado como o primeiro julgamento nos Estados Unidos por "intimidação cibernética", Lori Drew, oriunda do Missouri (centro-norte), pode ser condenada a três anos de prisão, em audiência fixada para 29 de dezembro.
Lori foi considerada culpada de três delitos menores por acesso a computadores, mas os membros do júri de um tribunal federal de Los Angeles não chegaram a um acordo para apresentar uma acusação mais grave, como conspiração.
Essa mãe de família era membro de uma comunidade de adultos no MySpace e se fez passar por um jovem de 16 anos chamado "Josh", que começou a flertar on-line com a adolescente, de 13 anos.
"Josh" rejeitou a garota de forma grosseira, enviando-lhe vários e-mails, nos quais apontava as coisas de que não gostava nela, zombando de características físicas. Pouco depois, a menina se enforcou, em outubro de 2006.
O procurador federal Thomas O'Brien disse, durante o julgamento, que Lori fez seu "jogo", mesmo sabendo que se tratava de uma adolescente vulnerável. A própria mãe da menina teria contado isso à ré, quando eram vizinhas.
"A acusada sabia que (a menina) Megan Meier era depressiva, suicida e com problemas mentais", reforçou O'Brien, destacando que, ainda assim, Drew estabeleceu um jogo para "envergonhá-la, humilhá-la, ridicularizá-la e feri-la".
Lori poderia ter parado seu jogo a qualquer momento, denunciou o promotor.
"O único adulto de verdade em tudo isso, Lori Drew, deixou que a brincadeira continuasse", frisou.
Já o advogado de defesa, Dean Steward, reiterou que sua cliente não deveria ser acusada pela morte de Megan. "Isso é uma fraude 'informática' e um caso de abuso (...) mas não um caso de homicídio", alegou.
"Foi um caso profundamente trágico para todo mundo, sobretudo, para Megan Meier", mas Steward declarou ao júri que sua cliente não era responsável pelo e-mail enviado por "Josh", no qual "ele" dizia à menina que o mundo estaria melhor sem ela.
Lori, apontada como a mulher que se fez passar pelo jovem, começou a ser processada este mês por formação fraudulenta e por ter violado os termos de uso do MySpace. O caso foi apresentado pela Procuradoria federal em Los Angeles (Califórnia, oeste), porque a empresa MySpace fica na região.
Segundo a imprensa local, a adolescente que se suicidou conhecia a filha de Lori Drew, porque eram vizinhas no Missouri (centro dos EUA) antes de brigarem.
Lori Drew e suas cúmplices usaram o site para "torturar, perseguir, humilhar e perturbar" a jovem, de acordo com a ata de acusação.
Por este caso agora classificado como o primeiro julgamento nos Estados Unidos por "intimidação cibernética", Lori Drew, oriunda do Missouri (centro-norte), pode ser condenada a três anos de prisão, em audiência fixada para 29 de dezembro.
Lori foi considerada culpada de três delitos menores por acesso a computadores, mas os membros do júri de um tribunal federal de Los Angeles não chegaram a um acordo para apresentar uma acusação mais grave, como conspiração.
Essa mãe de família era membro de uma comunidade de adultos no MySpace e se fez passar por um jovem de 16 anos chamado "Josh", que começou a flertar on-line com a adolescente, de 13 anos.
"Josh" rejeitou a garota de forma grosseira, enviando-lhe vários e-mails, nos quais apontava as coisas de que não gostava nela, zombando de características físicas. Pouco depois, a menina se enforcou, em outubro de 2006.
O procurador federal Thomas O'Brien disse, durante o julgamento, que Lori fez seu "jogo", mesmo sabendo que se tratava de uma adolescente vulnerável. A própria mãe da menina teria contado isso à ré, quando eram vizinhas.
"A acusada sabia que (a menina) Megan Meier era depressiva, suicida e com problemas mentais", reforçou O'Brien, destacando que, ainda assim, Drew estabeleceu um jogo para "envergonhá-la, humilhá-la, ridicularizá-la e feri-la".
Lori poderia ter parado seu jogo a qualquer momento, denunciou o promotor.
"O único adulto de verdade em tudo isso, Lori Drew, deixou que a brincadeira continuasse", frisou.
Já o advogado de defesa, Dean Steward, reiterou que sua cliente não deveria ser acusada pela morte de Megan. "Isso é uma fraude 'informática' e um caso de abuso (...) mas não um caso de homicídio", alegou.
"Foi um caso profundamente trágico para todo mundo, sobretudo, para Megan Meier", mas Steward declarou ao júri que sua cliente não era responsável pelo e-mail enviado por "Josh", no qual "ele" dizia à menina que o mundo estaria melhor sem ela.
Lori, apontada como a mulher que se fez passar pelo jovem, começou a ser processada este mês por formação fraudulenta e por ter violado os termos de uso do MySpace. O caso foi apresentado pela Procuradoria federal em Los Angeles (Califórnia, oeste), porque a empresa MySpace fica na região.
Segundo a imprensa local, a adolescente que se suicidou conhecia a filha de Lori Drew, porque eram vizinhas no Missouri (centro dos EUA) antes de brigarem.
Lori Drew e suas cúmplices usaram o site para "torturar, perseguir, humilhar e perturbar" a jovem, de acordo com a ata de acusação.