Superpetroleiro saudita está há 6 dias sob domínio de criminosos
The Guardian, Mogadíscio
A empresa proprietária do Sirius Star, o superpetroleiro saudita capturado na costa da Somália por piratas, pode estar negociando diretamente com os seqüestradores um resgate. O valor, segundo o jornal espanhol El País, chegaria a € 25 milhões. Caso a soma não seja paga em até dez dias, “medidas desastrosas” serão tomadas, ameaçou o bando.
As proporções da embarcação impressionam - o superpetroleiro é três vezes maior do que um porta-aviões americano, por exemplo. A imensidão do navio, porém, é justamente sua fragilidade. Cheio, a embarcação fica a somente 3,5 metros de altura da linha do mar, deslocando-se a cerca de 22 km/h. Na ação, os piratas atracaram na traseira do navio saudita - área que seus radares não cobrem - e facilmente tomaram o convés. “No mundo marítimo, esses superpetroleiros são como as frutas mais baixas das árvores”, explica John Brunett, especialista em pirataria moderna. “São alvos fáceis.”
A pirataria na costa leste africana difere daquela praticada em outras regiões vulneráveis, como o sul da China e o Estreito de Malaca, entre Indonésia e Malásia. Nessas localidades, piratas costumam abordar navios para simplesmente roubá-los, enquanto a pirataria na Somália é marcada pelo seqüestro de embarcações. As ações na África exigem um alto grau de especialização, o que faria dos piratas somalis “descendentes diretos dos piratas do século 17”, segundo Adrian Tinniswood, historiador do tema.
As respostas viáveis à pirataria são limitadas. Colocar seguranças fortemente armados a bordo é desaconselhável, uma vez que os países onde os navios atracam teriam ressalvas para receber “milícias” em seus portos.
Uma troca de agressões entre seguranças em um navio carregado de petróleo e piratas com armamentos pesados, como granadas propelidas por foguetes, poderia ainda causar um desastre ambiental. Como os piratas reagrupam-se facilmente na costa, o combate aos centros de pirataria em terra torna-se inócuo. A instalação de câmeras de vigilância e radares pode aumentar a segurança, mas Brunett afirma que a única solução verdadeira é o restabelecimento de um Estado soberano na Somália. “Mas isso não deve acontecer tão cedo”, completa.
Resgate exigido por navio: € 25 milhões
The Guardian, Mogadíscio
A empresa proprietária do Sirius Star, o superpetroleiro saudita capturado na costa da Somália por piratas, pode estar negociando diretamente com os seqüestradores um resgate. O valor, segundo o jornal espanhol El País, chegaria a € 25 milhões. Caso a soma não seja paga em até dez dias, “medidas desastrosas” serão tomadas, ameaçou o bando.
As proporções da embarcação impressionam - o superpetroleiro é três vezes maior do que um porta-aviões americano, por exemplo. A imensidão do navio, porém, é justamente sua fragilidade. Cheio, a embarcação fica a somente 3,5 metros de altura da linha do mar, deslocando-se a cerca de 22 km/h. Na ação, os piratas atracaram na traseira do navio saudita - área que seus radares não cobrem - e facilmente tomaram o convés. “No mundo marítimo, esses superpetroleiros são como as frutas mais baixas das árvores”, explica John Brunett, especialista em pirataria moderna. “São alvos fáceis.”
A pirataria na costa leste africana difere daquela praticada em outras regiões vulneráveis, como o sul da China e o Estreito de Malaca, entre Indonésia e Malásia. Nessas localidades, piratas costumam abordar navios para simplesmente roubá-los, enquanto a pirataria na Somália é marcada pelo seqüestro de embarcações. As ações na África exigem um alto grau de especialização, o que faria dos piratas somalis “descendentes diretos dos piratas do século 17”, segundo Adrian Tinniswood, historiador do tema.
As respostas viáveis à pirataria são limitadas. Colocar seguranças fortemente armados a bordo é desaconselhável, uma vez que os países onde os navios atracam teriam ressalvas para receber “milícias” em seus portos.
Uma troca de agressões entre seguranças em um navio carregado de petróleo e piratas com armamentos pesados, como granadas propelidas por foguetes, poderia ainda causar um desastre ambiental. Como os piratas reagrupam-se facilmente na costa, o combate aos centros de pirataria em terra torna-se inócuo. A instalação de câmeras de vigilância e radares pode aumentar a segurança, mas Brunett afirma que a única solução verdadeira é o restabelecimento de um Estado soberano na Somália. “Mas isso não deve acontecer tão cedo”, completa.
Resgate exigido por navio: € 25 milhões