Farc libertam quatro reféns na Colômbia

Farc libertam quatro reféns na Colômbia

da Folha Online

Atualizado às 15h13.

Três policiais e um soldado colombianos feitos reféns pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) já estão livres e em poder da missão humanitária que foi ao sul do país para fazer o resgate, realizado em helicópteros Cougar cedidos pelo Exército do Brasil --oficiais brasileiros também participam da missão.

Eles foram recebidos por membros da comissão "Colombianos pela Paz", integrantes da Cruz Vermelha Internacional e outros ativistas.

A mídia local informa que os reféns estão bem de saúde e falaram com as famílias por telefone --eles estão sendo levados para Villavicencio, capital do Departamento de Meta, a 115 km km a sudeste de Bogotá.

Os homens resgatados pela operação são os policiais Walter José Lozano Guarnizo, Alexis Torres Zapata e Juan Fernando Galicio Uribe e o soldado William Giovanny Domínguez Castro.

O agente Walter José Lozano Guiarnizo nasceu em Ibagué, Tolima (centro do país), em 5 de abril de 1973; o também agente Alexis Torres Zapata nasceu em 23 de fevereiro de 1982 em Andaluzia (Valle del Cauca); e o patrulheiro Juan Fernando Galicio Uribe nasceu em Ituango, Antioquia (norte), em 21 de maio de 1981.

Os três policiais eram membros da unidade antisequestros (Gaula) e foram capturados pelas Farc quando, por ordem da Promotoria, averiguavam em 9 de junho de 2007 um sequestro das Farc. O sequestro foi realizado em uma estrada entre Paujil e Cartagena del Chairá, no departamento de Caquetá.

Já o soldado profissional do Exército William Giovanni Domínguez Castro foi sequestrado em Florencia, também em Caquetá, em 20 de janeiro de 2007. Seu cativeiro foi confirmado seis meses depois quando se divulgou um vídeo com mensagens de sobrevivência.

A organização também promete colocar em liberdade nesta semana o ex-governador de Meta Alan Jara (sequestrado em 2001) e o ex-deputado de Valle del Cauca Sigifredo López (cativo desde 2002).

Negociação

O grupo "Colombianos pela Paz" tem participação da senadora Piedad Córdoba, de oposição, que por exigência da guerrilha integra a comitiva de resgate. Formado por intelectuais, a maioria de esquerda, o grupo começou uma troca de correspondência no ano passado com as Farc, para estimular uma negociação política cada vez mais improvável entre Bogotá e a guerrilha.

Foi nessa correspondência que as Farc, bastante enfraquecidas militar e politicamente, anunciaram que soltariam os reféns, em sinal de "boa vontade" e com a esperança de relançar a ideia do intercâmbio humanitário: a troca de um grupo de 28 sequestrados "políticos" por guerrilheiros presos.

Com Efe e France Presse