Honda lança primeira motocicleta flex

Chega a moto flex
Honda lança primeira motocicleta que queima gasolina ou álcool

Seis anos depois de ser implantada nos automóveis, a tecnologia flex chega ao mundo das duas rodas. A Honda apresentou na semana passada a primeira moto movida a gasolina ou álcool, a CG 150 Titan Mix, que ganhou também injeção eletrônica e bomba de combustível. A montadora de Manaus espera vender mais de 180 mil unidades ao ano do novo produto, desenvolvido durante dois anos anos pela matriz, no Japão. A Mix chega ao mercado no fim do mês nas versões KS (partida no pedal), ES (partida elétrica) e ESD (partida elétrica e freio a disco), a preços que variam entre R$ 6,3 mil e R$ 7,2 mil cerca de R$ 300 a mais em relação aos mesmos modelos movidos apenas a gasolina.

Sem necessidade de um tanque extra, os combustíveis podem ser misturados, mas para quem mora no Sul do Brasil, a Honda recomenda manter pelo menos três litros de gasolina no tanque para que, nas manhãs mais frias, a moto não tenha problema para dar partida.

– Fizemos vários testes e, numa temperatura ambiente de até 15ºC, não houve qualquer problema para a moto pegar mesmo só com álcool no motor – explica o relações públicas da Honda, Alfredo Guedes.

Para o condutor controlar o combustível predominante no tanque, a nova Titan tem duas luzes sinalizadoras no painel, a MIX e a ALC (veja ao lado). Também na hora da compra, o cliente ganha um DVD de 12 minutos explicando o funcionamento do veículo. Conforme a Honda, o motor da moto consome cerca de 30% mais quando utiliza álcool.

– O álcool é um combustível menos poluente e de fonte renovável. Além disso, aumenta um pouco a potência da moto – argumenta o gerente do Departamento de Novos produtos da Honda, José Luiz Terwak.

O motor gera 14,2 cavalos de potência com gasolina e 14,3 cv com álcool. Para compensar a menor autonomia com o combustível, o tanque passou para 16,1 litros. Para o propulsor usar também o carburador, foi trocado pela injeção direta, acrescentada uma bomba de combustíveis e um novo filtro. O motor de arranque ganhou mais força e um catalisador foi acoplado ao escapamento, o que deixou o veículo até 82% menos poluente do que os níveis estabelecidos pelo Programa de Controle de Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (Promot3).

O primeiro semestre será uma espécie de período de testes para a montadora decidir se adota o sistema bicombustível em mais modelos.

– Estudos existem, e seria possível adotar a tecnologia em outras motos ainda este ano, mas dependerá de uma série de análises – completa Guedes.

Renato Gava viajou para Manaus a convite da Honda

renato.gava@diariogaucho.com.br

RENATO GAVA | Enviado Especial/Manaus
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CG 150 Titan Mix: liberdade ao extremo

 Modelo permite que o motociclista escolha abastecer com o combustível que melhor atenda às suas necessidades

A liberdade, uma das características inerentes à motocicleta e que sempre agradou seus usuários, alcançou seu mais alto grau com a chegada da CG 150 Titan Mix. Agora, além de visualizar o horizonte sem fim à sua frente e poder ir e vir com agilidade, o motociclista pode escolher qual combustível – gasolina ou álcool – dará vida à sua motocicleta, de acordo com suas necessidades e expectativas.

A CG 150 Titan Mix apresenta ao mercado um novo e inédito conceito de mistura de combustíveis para motocicletas. É a primeira no mundo produzida em série que utiliza tanto o álcool quanto a gasolina como combustíveis e foi considerada projeto de destaque pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Honda no Japão. Desenvolvida pelos engenheiros da Honda especificamente para o público brasileiro, a tecnologia pioneira é totalmente adequada às características da já conhecida e conceituada CG 150 Titan.

Original de fábrica, o sistema Mix possui componentes exclusivos e dispensa qualquer tipo de adaptação, permitindo o uso da gasolina, do álcool ou da mistura álcool/gasolina. Como ressalva, vale destacar que, em condições de temperatura ambiente abaixo dos 15ºC, o tanque deve conter um mínimo de 20% de gasolina para que se garanta a partida a frio.

A nova motocicleta chega para atender aos anseios dos consumidores, que têm demonstrado grande interesse por veículos movidos tanto a álcool quanto a gasolina. De acordo com pesquisas realizadas pela Honda com proprietários da CG 150 Titan, a maioria dos entrevistados compraria uma motocicleta bicombustível. Entre as vantagens citadas pelos usuários, as principais são a possibilidade de escolha do combustível e a economia de dinheiro.


Economia, desempenho e responsabilidade ambiental

 Além de atender às expectativas dos consumidores, proporcionando-lhes liberdade de escolha, o desenvolvimento da CG 150 Titan Mix acompanha a estratégia mundial da Honda voltada para a preservação do meio ambiente, com a criação de novas tecnologias ecologicamente responsáveis. Quando comparado à gasolina, o álcool tem a vantagem de ser uma fonte de energia renovável. Além disso, polui menos que os combustíveis fósseis e não possui enxofre em sua composição – tornando sua combustão mais limpa.

Quando abastecida com álcool, a CG 150 Titan Mix emite menos gases poluentes se comparada ao uso da gasolina. Vale lembrar que, nas duas situações, atende-se com folga aos limites de emissões estabelecidos pela terceira fase do Promot (Programa de Controle de Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares).

Por que o nome “Mix”?

Esta versão da CG 150 Titan foi denominada “Mix”. Isto porque, em situações de temperatura ambiente abaixo dos 15oC, recomenda-se que o próprio tanque contenha um mínimo de 20% de gasolina para que se garanta a partida a frio.

Tanto nas motocicletas movidas a álcool disponíveis no mercado no início da década de 80 quanto nos automóveis flex comercializados atualmente, a presença de um reservatório de gasolina é que permite a partida a frio em qualquer situação de temperatura ambiente – o que os torna totalmente flexíveis quanto à utilização dos combustíveis.

No entanto, durante o desenvolvimento da CG 150 Titan Mix, optou-se por não incluir esse sistema – também conhecido como subtanque. Assim, a Honda obteve um conjunto mais leve e compacto, que não interfere na dinâmica da motocicleta. Além disso, contribui com a segurança do motociclista, uma vez que este subtanque ficaria exposto a eventuais impactos.
Fonte: Honda