Imagens mostram tráfico em Cumbica
Publicado por Edson Fonseca
Gravações feitas pela Polícia Federal mostram entrada da cocaína
Imagens registradas pela Polícia Federal mostram a ação de funcionários envolvidos no esquema de tráfico de drogas realizado dentro do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Nesta terça-feira (10), 32 duas pessoas foram presas pela PF durante a Operação Carga Pesada, que tem como objetivo desarticular e prender integrantes de quadrilhas de tráfico internacional de cocaína.
As gravações foram feitas nos fundos do aeroporto, do lado de fora. Um dos suspeitos passa as malas com cocaína para um funcionário de Cumbica. As bagagens são colocadas em uma kombi autorizada a entrar nas áreas restritas. O empregado parte para dentro do aeroporto.
Ele estaciona no pátio das aeronaves. As malas são transferidas para contêineres e outros funcionários completam o serviço, e a carga de cocaína é acomodada no compartimento de bagagens do avião.
Pouco depois, a Polícia Federal entra em ação. A decolagem é atrasada, e todas as malas são retiradas. Cães farejadores comprovam o crime de tráfico internacional, encontrando pacotes de cocaína pura.
O estacionamento de um hotel vizinho ao aeroporto era ponto de entrega da droga para funcionários de empresas que prestam serviços em Cumbica. Ao longo de cinco anos, toneladas de cocaína foram embarcadas em vôos internacionais sem passar por nenhuma barreira de fiscalização.
Entre os presos, estão uma auditora da Receita Federal, um funcionário da Infraero e dois policiais civis, além de funcionários de empresas terceirizadas. Segundo polícia, a auditora facilitava a passagem das drogas. Já o funcionário da Infraero trabalhava na sala de câmeras do aeroporto, e é suspeito de ser pago por traficantes para tirar da mira da vigilância eletrônica as malas com cocaína.
"Os traficantes procuravam esses atravessadores, pessoas que possuíam esses contatos dentro do aeroporto e aliciavam os funcionários para fazer parte da organização criminosa", afirmou o procurador Vicente Mandetta.
As três quadrilhas identificadas eram chefiadas por nigerianos, estudantes universitários brasileiros e por policiais de São Paulo: dois civis e uma soldado da Polícia Militar.
A investigação apurou que, para sair de Cumbica, os traficantes pagavam R$ 9 mil por mala - R$ 2,5 mil pela passagem através das entradas laterais, R$ 1,5 mil para não passar na máquina de raio X, R$ 2,5 mil por bagagem etiquetada e mais R$ 2,5 mil para quem colocasse a mala no avião.
A Infraero informou que vai investigar o suposto envolvimento de um funcionário com traficantes. A Receita Federal garante que alertou outras autoridades sobre a participação da funcionária presa. E a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo declarou que a corregedoria pediu informações à Polícia Federal sobre os investigadores detidos.
Publicado por Edson Fonseca
Gravações feitas pela Polícia Federal mostram entrada da cocaína
Imagens registradas pela Polícia Federal mostram a ação de funcionários envolvidos no esquema de tráfico de drogas realizado dentro do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Nesta terça-feira (10), 32 duas pessoas foram presas pela PF durante a Operação Carga Pesada, que tem como objetivo desarticular e prender integrantes de quadrilhas de tráfico internacional de cocaína.
As gravações foram feitas nos fundos do aeroporto, do lado de fora. Um dos suspeitos passa as malas com cocaína para um funcionário de Cumbica. As bagagens são colocadas em uma kombi autorizada a entrar nas áreas restritas. O empregado parte para dentro do aeroporto.
Ele estaciona no pátio das aeronaves. As malas são transferidas para contêineres e outros funcionários completam o serviço, e a carga de cocaína é acomodada no compartimento de bagagens do avião.
Pouco depois, a Polícia Federal entra em ação. A decolagem é atrasada, e todas as malas são retiradas. Cães farejadores comprovam o crime de tráfico internacional, encontrando pacotes de cocaína pura.
O estacionamento de um hotel vizinho ao aeroporto era ponto de entrega da droga para funcionários de empresas que prestam serviços em Cumbica. Ao longo de cinco anos, toneladas de cocaína foram embarcadas em vôos internacionais sem passar por nenhuma barreira de fiscalização.
Entre os presos, estão uma auditora da Receita Federal, um funcionário da Infraero e dois policiais civis, além de funcionários de empresas terceirizadas. Segundo polícia, a auditora facilitava a passagem das drogas. Já o funcionário da Infraero trabalhava na sala de câmeras do aeroporto, e é suspeito de ser pago por traficantes para tirar da mira da vigilância eletrônica as malas com cocaína.
"Os traficantes procuravam esses atravessadores, pessoas que possuíam esses contatos dentro do aeroporto e aliciavam os funcionários para fazer parte da organização criminosa", afirmou o procurador Vicente Mandetta.
As três quadrilhas identificadas eram chefiadas por nigerianos, estudantes universitários brasileiros e por policiais de São Paulo: dois civis e uma soldado da Polícia Militar.
A investigação apurou que, para sair de Cumbica, os traficantes pagavam R$ 9 mil por mala - R$ 2,5 mil pela passagem através das entradas laterais, R$ 1,5 mil para não passar na máquina de raio X, R$ 2,5 mil por bagagem etiquetada e mais R$ 2,5 mil para quem colocasse a mala no avião.
A Infraero informou que vai investigar o suposto envolvimento de um funcionário com traficantes. A Receita Federal garante que alertou outras autoridades sobre a participação da funcionária presa. E a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo declarou que a corregedoria pediu informações à Polícia Federal sobre os investigadores detidos.
Veja o vídeo cedido pela Polícia Federal ao G1
G1
http://jornale.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=18245&Itemid=54