Telefonema para goleiro fez ex-jogador matar mulher

Telefonema para goleiro fez ex-jogador matar mulher
Cruzeiro On Line

Um telefonema de um jogador de futebol teria sido o estopim para a discussão que resultou na morte da recepcionista Ana Cláudia Melo e Silva, de 18 anos, no domingo (22). O ex-marido dela, Janken Ferraz Evangelista, de 29 anos, confessou o assassinato ao ser preso numa estrada que liga Nanuque, em Minas, a Nova Viçosa, na Bahia. Levado a Salvador para prestar depoimento, ele deve chegar ainda nesta noite de 5ª feira (26) em São Paulo.

No depoimento prestado à polícia baiana, Evangelista, que também foi jogador de futebol, afirmou que ouviu a ex-mulher falar ao celular com um atleta. Ficou enciumado e começaram a discutir. Hoje à tarde, o goleiro Fábio Costa, do Santos, foi apontado como o homem com quem Ana Cláudia falava. Em entrevista na Bahia, Evangelista disse que o jogador saberia o motivo do crime.

A repercussão levou o jogador a convocar a imprensa para dar explicações, ao lado da mulher, Mônica, logo após o treino do Santos hoje. Fábio Costa disse que conheceu Ana Cláudia em 2005, quando jogava no Corinthians, e disse que deu ingressos a ela para o clássico no Pacaembu, mas negou ter qualquer ligação com a vítima. "Ela me ligou na semana passada e me pediu ingressos", disse o jogador. Ele disse que avisou a jovem que pegasse as entradas com um segurança no portão do estádio. E depois disso não teve mais contato com ela.

Fábio Costa afirmou que não tinha contato com Ana Cláudia havia um mês - até o pedido de ingressos. E afirmou que o contato era normal, como jogadores têm com torcedores. "A minha responsabilidade vai até o pedido de ingressos. Cedi. O que aconteceu depois não pode me ser atribuído", disse. O goleiro ressaltou estar triste com a tragédia.

Pessoas ligadas ao Santos dizem que Evangelista esteve muito perto de ser contratado pelo time quando ele ainda jogava no São Paulo, mas isso não ocorreu porque havia problemas com a documentação - para jogar, ele usava a identidade de um irmão mais moço, José Roberto. Outra fonte ligada ao time disse que o ex-jogador se queixou da ex-mulher, dizendo que ela o humilhava por ele não ter conseguido jogar em time grande.(AE)

Filho de ex-jogador fica com avó paterna na Bahia

Janken foi preso na região de Teixeira

(Foto: Reprodução/TV Santa Cruz)
SÃO PAULO - O Ministério Público decidiu que, por enquanto, o filho de Janken Ferraz e de Ana Cláudia Melo e Silva vai ficar com a avó paterna na Bahia. A decisão é provisória porque o menino chorou muito à noite e perguntou pelo pai e pela avó. Isso não quer dizer que a avó vai ficar com a guarda do neto. A decisão ficará com a Justiça já que a mãe de criação de Ana Cláudia também luta pelo direito de criar o menino.

A Justiça aceitou a denúncia de homicídio, feita pelo Ministério Público, mesmo sem Janken Ferraz ter prestado depoimento. O ex-jogador, que já é réu, passou o segundo dia preso na Bahia acusado de ter matado a ex-mulher Ana Cláudia.

Antes de ser transferido para São Paulo, ele deu detalhes de como tudo aconteceu e disse que foi ela quem pegou a faca. “A gente começou a brigar, aí, aconteceu um acidente”, disse. “Não era para ter acontecido, ela é mãe do meu filho”, completou.

Segundo relatório da investigação, a luta entre Ferraz e Ana Cláudia começou na cozinha. A policia já sabe como foi a luta no apartamento: quando Ferraz atacou a ex mulher, ela segurou a lâmina da faca e sofreu cortes nas mãos.

Depois de atingir a vítima com vários golpes, o ex-jogador tirou a camiseta manchada de sangue e a jogou pela janela. A roupa foi encontrada pelos peritos.

Depois de matar a ex-mulher, Ferraz ainda ficou alguns minutos no apartamento. Ele teria se lavado e se enxugado com uma toalha que ficou sobre a cama. Nela foram encontradas manchas de sangue.

Segundo o delegado Nélis Araújo Junior, de Teixeira de Freitas, na Bahia, o acusado apresenta algumas lesões decorrente da briga. “Ele fala que, de fato, está muito arrependido, chora muito”, diz o delegado.

Outro detalhe revelado pela investigação: a camisa que ele abotoava no elevador, quando saía do prédio, era do irmão da ex-mulher.

Em São Paulo, a polícia tentará esclarecer se a discussão começou depois que Ana Claudia recebeu um telefonema no elevador do prédio quando chegava com o ex-marido e com o filho. Do outro lado da linha, estaria um jogador de futebol de um grande clube paulista.

Fonte: G1
http://www.jornalradar.com/ler.php?doc=4741
http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=34&id=171680