Aquífero tem validade
Atlas do Abastecimento Guarani só suporta exploração até 2025; agência sugere investimento de R$ 106 mi no Rio Pardo
RAISSA SCHEFFER
Gazeta de Ribeirão
raissa.lopes@gazetaderibeirao.com.br
O Aquífero Guarani não será suficiente para abastecer Ribeirão Preto até 2025 se não houver investimentos em um novo manancial para a captação de água. O diagnóstico inédito é do Atlas de Abastecimento Urbano de Água, feito pela Agência Nacional das Águas (ANA) e divulgado ontem. O levantamento mostra ainda que a demanda em Ribeirão será de 1,8 mil litros de água por segundo até 2015, e por isso a cidade precisa investir R$ 106,9 milhões em um novo sistema para a captação no Rio Pardo.
De acordo com o gerente de estudos da ANA, Sérgio Ayrimoraes, o objetivo do levantamento —feito em dois anos em 2.965 municípios— é mostrar as condições dos mananciais e a necessidade de investimentos prioritários que devem ser feitos em até seis anos, para que não haja nenhum problema em relação ao abastecimento de água. “Os investimentos precisam ser feitos pois a busca de recursos em um novo manancial é complexa e não se faz da noite para o dia”, disse.
Em todo o País, será preciso investir R$ 18 bilhões para garantir o abastecimento e 64% dos municípios pesquisados (1.896, entre eles Ribeirão) precisam desse aporte. Para Ayrimoraes, o número é significativo, mas a situação de Ribeirão ainda é sustentável e só se tornará crítica se nenhuma atitude for tomada.
“O atual sistema de oferta de água, o Aquífero Guarani, precisa de reforços até 2015. Se isso não for realizado, em 2025 a cidade terá deficiências no abastecimento.” Para o gerente da ANA, o que torna a condição de Ribeirão mais confortável é que a proposta de captação de água do Rio Pardo já é estudada pelo Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão (Daerp). “Já é um passo a frente.”
O Daerp comunicou, em nota, que o uso e a preservação de água do aquífero é muito importante, “por isso só irá comentar o estudo da ANA após ter acesso e seus técnicos analisarem o levantamento.” Porém, de acordo com a ANA, o levantamento de dados para a elaboração do Atlas de Abastecimento foi feito junto ao Daerp.
DAEE quer atenção para problema atual
Além das preocupações futuras em relação ao abastecimento de água, é preciso tomar providências em relação às necessidades atuais do sistema em Ribeirão. Segundo Carlos Eduardo Nascimento Alencastre, secretário executivo do Comitê da Bacia do Pardo e diretor regional do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), várias frentes de ação precisam ser abordadas, como a substituição de redes antigas que causam o desperdício de água. “Os sistemas precisam ser melhorados, realizar um estudo mais completo para um controle melhor. Também existem muitos poços antigos que são ineficientes e trazem até risco de contaminação”, disse. De acordo com Alencastre, reforçar a ampliação de recursos para os próximos anos também deve fazer parte dessas ações. “É preciso fazer um diagnóstico profundo do nosso sistema de abastecimento, e realmente temos de buscar água do Rio Pardo, pois sabemos que o Aquífero tem sua capacidade.” (RS)
EXCESSO
1,8 mil litro por segundo de água será consumido em RP até 2015.
http://gazetaderibeirao.cosmo.uol.com.br/conteudo/mostra_noticia.asp?noticia=1665550&area=92020&authent=7253CFF8D15300CBEAC46341EAB9C0
Atlas do Abastecimento Guarani só suporta exploração até 2025; agência sugere investimento de R$ 106 mi no Rio Pardo
RAISSA SCHEFFER
Gazeta de Ribeirão
raissa.lopes@gazetaderibeirao.com.br
O Aquífero Guarani não será suficiente para abastecer Ribeirão Preto até 2025 se não houver investimentos em um novo manancial para a captação de água. O diagnóstico inédito é do Atlas de Abastecimento Urbano de Água, feito pela Agência Nacional das Águas (ANA) e divulgado ontem. O levantamento mostra ainda que a demanda em Ribeirão será de 1,8 mil litros de água por segundo até 2015, e por isso a cidade precisa investir R$ 106,9 milhões em um novo sistema para a captação no Rio Pardo.
De acordo com o gerente de estudos da ANA, Sérgio Ayrimoraes, o objetivo do levantamento —feito em dois anos em 2.965 municípios— é mostrar as condições dos mananciais e a necessidade de investimentos prioritários que devem ser feitos em até seis anos, para que não haja nenhum problema em relação ao abastecimento de água. “Os investimentos precisam ser feitos pois a busca de recursos em um novo manancial é complexa e não se faz da noite para o dia”, disse.
Em todo o País, será preciso investir R$ 18 bilhões para garantir o abastecimento e 64% dos municípios pesquisados (1.896, entre eles Ribeirão) precisam desse aporte. Para Ayrimoraes, o número é significativo, mas a situação de Ribeirão ainda é sustentável e só se tornará crítica se nenhuma atitude for tomada.
“O atual sistema de oferta de água, o Aquífero Guarani, precisa de reforços até 2015. Se isso não for realizado, em 2025 a cidade terá deficiências no abastecimento.” Para o gerente da ANA, o que torna a condição de Ribeirão mais confortável é que a proposta de captação de água do Rio Pardo já é estudada pelo Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão (Daerp). “Já é um passo a frente.”
O Daerp comunicou, em nota, que o uso e a preservação de água do aquífero é muito importante, “por isso só irá comentar o estudo da ANA após ter acesso e seus técnicos analisarem o levantamento.” Porém, de acordo com a ANA, o levantamento de dados para a elaboração do Atlas de Abastecimento foi feito junto ao Daerp.
DAEE quer atenção para problema atual
Além das preocupações futuras em relação ao abastecimento de água, é preciso tomar providências em relação às necessidades atuais do sistema em Ribeirão. Segundo Carlos Eduardo Nascimento Alencastre, secretário executivo do Comitê da Bacia do Pardo e diretor regional do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), várias frentes de ação precisam ser abordadas, como a substituição de redes antigas que causam o desperdício de água. “Os sistemas precisam ser melhorados, realizar um estudo mais completo para um controle melhor. Também existem muitos poços antigos que são ineficientes e trazem até risco de contaminação”, disse. De acordo com Alencastre, reforçar a ampliação de recursos para os próximos anos também deve fazer parte dessas ações. “É preciso fazer um diagnóstico profundo do nosso sistema de abastecimento, e realmente temos de buscar água do Rio Pardo, pois sabemos que o Aquífero tem sua capacidade.” (RS)
EXCESSO
1,8 mil litro por segundo de água será consumido em RP até 2015.
http://gazetaderibeirao.cosmo.uol.com.br/conteudo/mostra_noticia.asp?noticia=1665550&area=92020&authent=7253CFF8D15300CBEAC46341EAB9C0