Zelaya diz que não foi ao México porque interinos queriam sua renúncia
Ele voltou a dizer que não tem pressa para sair do prédio.
Do G1, com agências internacionais
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta quinta-feira (10) que desistiu de viajar ao México porque o regime interino queria obrigá-lo a renunciar ao seu mandato.
A informação foi dada em entrevista à Rádio Globo. "Posso ficar aqui dez anos, aqui tenho meu violão", disse ele.
Zelaya, derrubado por um golpe militar em 28 de junho, teria negociado sua saída do país rumo ao México. Mas o governo provisório de Roberto Micheletti teria negado um salvo-conduto que permitiria sua saída do país em segurança.
"Ontem eu podia sair nas condições que queria a ditadura, mas estou demonstrando minha integridade, estou demonstrando amor suficiente por meu país e por meu povo para não me deixar curvar. Estou firme para resistir a qualquer ataque e todas as torturas que quiserem me fazer, mas não vou renunciar", afirmou Zelaya.
O regime de fato hondurenho só autorizará a saída de Zelaya para o México se ele pedir asilo a esse país, mas não pode viajar como hóspede, reiterou nesta quinta-feira o ministro do Interior, Oscar Raúl Matute.
"As instruções do presidente, Roberto Micheletti, é que se houver um pedido formal que reúna todas as características da Convenção de Caracas, o governo da República está anuente (...) a considerar principalmente o fundamento humanitário desta nobre instituição de asilo", declarou Matute à rádio HRN.
O México pediu um salvo-conduto para que o presidente deposto de Honduras viaje ao país como hóspede, o que foi rejeitado pelo regime de fato, que advertiu que aceitará apenas que ele saia do país como asilado, condição que Zelaya não aceita.
As versões de uma iminente viagem de Zelaya ao México mobilizaram na quarta-feira a imprensa e simpatizantes do presidente deposto, que permanece refugiado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Os militares reforçaram o cerco ao local.
As versões da iminente viagem de Zelaya foram estimuladas depois que a Direção de Aeronáutica Civil de Honduras informou que um avião mexicano pousaria no país para levar o presidente deposto.
Mas Zelaya evitou responder sobre a possível viagem ao México ao ser questionado pela imprensa.
Deposto em 28 de junho e com a possibilidade de retornar ao poder negada semana passada pelo Congresso, Zelaya declarou apenas que uma eventual saída de Honduras teria que acontecer na qualidade de presidente dos hondurenhos.
O governo do México informou mais tarde que segue em negociações com Zelaya e outras autoridades hondurenhas.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1410564-5602,00-ZELAYA+DIZ+QUE+NAO+FOI+AO+MEXICO+PORQUE+INTERINOS+QUERIAM+SUA+RENUNCIA.html
"Posso ficar aqui dez anos, aqui tenho meu violão"Presidente deposto quase deixou Embaixada do Brasil em Tegucigalpa
Ele voltou a dizer que não tem pressa para sair do prédio.
Do G1, com agências internacionais
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta quinta-feira (10) que desistiu de viajar ao México porque o regime interino queria obrigá-lo a renunciar ao seu mandato.
A informação foi dada em entrevista à Rádio Globo. "Posso ficar aqui dez anos, aqui tenho meu violão", disse ele.
Zelaya, derrubado por um golpe militar em 28 de junho, teria negociado sua saída do país rumo ao México. Mas o governo provisório de Roberto Micheletti teria negado um salvo-conduto que permitiria sua saída do país em segurança.
"Ontem eu podia sair nas condições que queria a ditadura, mas estou demonstrando minha integridade, estou demonstrando amor suficiente por meu país e por meu povo para não me deixar curvar. Estou firme para resistir a qualquer ataque e todas as torturas que quiserem me fazer, mas não vou renunciar", afirmou Zelaya.
O regime de fato hondurenho só autorizará a saída de Zelaya para o México se ele pedir asilo a esse país, mas não pode viajar como hóspede, reiterou nesta quinta-feira o ministro do Interior, Oscar Raúl Matute.
"As instruções do presidente, Roberto Micheletti, é que se houver um pedido formal que reúna todas as características da Convenção de Caracas, o governo da República está anuente (...) a considerar principalmente o fundamento humanitário desta nobre instituição de asilo", declarou Matute à rádio HRN.
O México pediu um salvo-conduto para que o presidente deposto de Honduras viaje ao país como hóspede, o que foi rejeitado pelo regime de fato, que advertiu que aceitará apenas que ele saia do país como asilado, condição que Zelaya não aceita.
As versões de uma iminente viagem de Zelaya ao México mobilizaram na quarta-feira a imprensa e simpatizantes do presidente deposto, que permanece refugiado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Os militares reforçaram o cerco ao local.
As versões da iminente viagem de Zelaya foram estimuladas depois que a Direção de Aeronáutica Civil de Honduras informou que um avião mexicano pousaria no país para levar o presidente deposto.
Mas Zelaya evitou responder sobre a possível viagem ao México ao ser questionado pela imprensa.
Deposto em 28 de junho e com a possibilidade de retornar ao poder negada semana passada pelo Congresso, Zelaya declarou apenas que uma eventual saída de Honduras teria que acontecer na qualidade de presidente dos hondurenhos.
O governo do México informou mais tarde que segue em negociações com Zelaya e outras autoridades hondurenhas.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1410564-5602,00-ZELAYA+DIZ+QUE+NAO+FOI+AO+MEXICO+PORQUE+INTERINOS+QUERIAM+SUA+RENUNCIA.html