LISBOA (Reuters) - Machu Picchu, Petra e Acrópole estão entre as candidatas mais cotadas para figurar entre as novas sete maravilhas do mundo, em uma votação global que se encerra em poucas horas.
A pesquisa online termina às 21h (horário de Brasília) desta sexta-feira, e o anúncio dos vencedores será feito em uma cerimônia no sábado, em Lisboa. Mais de 90 milhões de pessoas já votaram.
Os organizadores dizem que o concurso é um exercício único de nivelamento cultural, situando marcos da civilização européia em pé de igualdade com os de outras culturas, como a dos maias, no México.
"Vivemos num mundo eurocêntrico", disse Tia Vering, porta-voz da organização Novas Sete Maravilhas do Mundo (www.new7wonders.com).
"Quando, até agora, foi que comparamos símbolos da civilização européia com os da civilização maia, por exemplo?"
Os maiores candidatos da Europa são a Acrópole de Atenas, o Coliseu de Roma e a Torre Eiffel, de Paris. Eles competem com Machu Picchu, no Peru, as ruínas de Chichen Itza, no México, o Taj Mahal, da Índia, Petra, na Jordânia, a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e as estátuas da Ilha da Páscoa.
Participam da disputa ao todo 21 locais, que incluem também a Estátua da Liberdade, em Nova York, e Stonehenge, na Grã-Bretanha, que é o candidato mais velho, além da Opera House de Sydney, que é o mais novo.
Os organizadores vão anunciar no sábado a lista das sete novas maravilhas, mas não vão divulgar os votos recebidos por cada uma, para evitar "o surgimento de maravilhas de primeira ou segunda classe", disse Vering.
Todas as sete maravilhas do mundo antigo se localizavam na região do Mediterrâneo, e apenas uma continua em pé até hoje: as pirâmides de Gizé, no Egito. As maravilhas originais foram selecionadas por um homem, que muitos acreditam ter sido o escritor grego Antipater, de Sidon.
SEM APOIO DA UNESCO
O ministro do turismo da Jordânia, Osama Abbas, disse que o concurso vai mudar tudo isso.
"As maravilhas antigas foram escolhidas por um homem. Isso aconteceu há 2.500 anos, e a maioria delas já desapareceu, então já é hora de termos maravilhas novas que o mundo inteiro possa admirar", disse ele à Reuters. "Acho que é justo e democrático que o mundo inteiro vote e que todos os continentes estejam representados."
Alguns países têm se esforçado muito para promover seus candidatos, como o Brasil, com passagens de ônibus contendo lembretes aos passageiros para que votem, e a Índia, onde um cantor dedicou uma canção ao Taj Mahal.
Mas nem todos aprovam a votação, dizendo que os locais mundiais mais importantes não podem ser escolhidos pelo voto popular.
A Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas (Unesco) se negou a apoiar a campanha das Sete Novas Maravilhas, dizendo que a campanha na mídia não deve ser comparada a sua lista de patrimônios histórico-culturais mundiais, que é redigida com base em trabalho científico.
"Essa iniciativa não pode contribuir de maneira significativa ou sustentável à preservação dos locais eleitos pelo público", disse a Unesco em comunicado, observando que a eleição abrange apenas pessoas com acesso à Internet.
Na condição de país que abriga a única maravilha remanescente do mundo antigo, o Egito tirou as pirâmides de Gizé do concurso e pediu à Unesco que escolha 300 intelectuais e especialistas em antiguidades para escolher as novas maravilhas.
A organização Sete Novas Maravilhas, criada pelo aventureiro suíço-canadense Bernard Weber, vai usar metade de sua receita para financiar esforços de restauração em todo o mundo, incluindo a recriação da estátua do Buda de Bamiyan, no Afeganistão.
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