Grevistas aceitam acordo para fim da paralisação na ECT

Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em greve desde segunda-feira, chegaram nesta quarta a um acordo com o Ministério das Comunicações e a direção da empresa para encerrar a paralisação. O acordo ainda será submetido às assembléias nos Estados, mas já foi aprovado em Brasília, que terá a greve suspensa nesta quinta.

A comissão de greve, que vinha negociando com o governo, aceitou a proposta de prorrogar por três meses o pagamento do abono emergencial de 30% sobre os salários. O acerto estabelece que, ao final dos três meses, o abono passará a ser pago como adicional de risco

Segundo a diretora da Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Atividades Correlatas (Fentect), Amanda Gomes, que participou da negociação será instituído grupo com representantes do Ministério das Comunicações, da ECT e dos empregados para discutir o Plano de Cargos e Salários, participação nos lucros e pagamento dos dias parados.

O abono emergencial vinha sendo pago desde dezembro e foi suspenso em março, deflagrando o movimento grevista. O abono substituiu o adicional de periculosidade aprovado em lei votada pelo Congresso e vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Pai e madrastra de Isabella Nardoni têm pedido de prisão protocalado


Foi protocolado na tarde desta quarta-feira o pedido de prisão temporária de Alexandre Nardoni, 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24 anos, respectivamente pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, 5 anos, que caiu do 6º andar de um prédio na noite do sábado, na Zona Norte da Capital. A informação é da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

O pedido foi feito pela Polícia Civil no Fórum de Santana, na Zona Norte. Ainda nesta quarta-feira, a mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, deixou o 9º Distrito Policial, no Carandiru, Zona Norte de São Paulo, após prestar depoimento e não quiser dar declarações à imprensa.

Na segunda-feira, a Polícia Civil de São Paulo confirmou que a morte de Isabella foi um assassinato. Segundo o delegado Calixto Calil Filho, titular do 9º Distrito Policial (DP), a prova determinante é que a tela de proteção da janela foi cortada. Havia marcas de sangue no quarto da criança, reforçando a tese de que ela foi agredida antes de ser jogada pela janela.

Alexandre Nardoni, pai da vítima, teria descido para ajudar a carregar as outras duas crianças, respectivamente de 3 anos e 11 meses, e, ao voltar ao apartamento, viu a tela cortada e a filha caída no gramado em frente ao prédio. Entre o momento de colocar a filha na cama e a volta ao quarto teriam passado de 5 a 10 minutos, de acordo com o depoimento do pai.

Nardoni atribuiu o crime a algum desafeto que teria a chave do apartamento, o que seria possível, segundo ele, por ser um prédio recém-construído. O delegado, no entanto, diz desconfiar desta versão, porque nenhum objeto foi furtado da casa.


Ana Carolina Cunha de Oliveira, de 23 anos, mãe de Isabella Nardoni, de 5 anos, que teria sido jogada do sexto andar de um prédio na zona norte da capital paulista, deixou no início da tarde desta quarta-feira o 9º Distrito Policial, no Carandiru, sem falar com a imprensa. Ela chegou ao local de manhã acompanhada do namorado e de uma policial civil, e enfrentou um grande tumulto na entrada da delegacia, onde se concentravam os jornalistas. Nesse tumulto, ela teria sido machucada, e essa foi a razão alegada para não dar declarações à imprensa na saída.

Os pais de Ana Carolina, Rosa Maria Cunha de Oliveira e José Arcanjo de Oliveira, chegaram um pouco antes para também prestar depoimentos. Uma testemunha levada pelo advogado do pai da criança, Alexandre Alves Nardoni, também será ouvida hoje. A polícia ainda deve tomar outros quatro depoimentos até o fim do dia.

Isabella foi encontrada morta pelo pai no sábado à noite, no jardim do prédio onde ele mora com a mulher, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24 anos, e os dois filhos do casal. O delegado titular do 9º DP, Calixto Calil Filho, afirmou, um dia após a morte da menina, que trabalhava com a hipótese de homicídio, apontando que há fortes indícios de que a criança tenha sido arremessada por alguém. Havia vestígios de sangue no apartamento do casal e a tela de proteção da janela do quarto onde estava Isabella foi cortada.


“Que a Justiça seja feita”, diz mãe de menina que caiu de prédio

A mãe da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, que caiu do sexto andar de um prédio, deixou o 9º Distrito Policial, no Carandiru, Zona Norte de São Paulo, por volta das 14h15 desta quarta-feira após prestar depoimento.

Acompanhada do namorado, a bancária Ana Carolina de Oliveira não quis dar entrevista e afirmou apenas: "Não tenho nada a declarar, já dei meu depoimento, que a Justiça seja feita agora".

A mãe enfrentou tumulto na entrada do local, devido ao assédio da imprensa. Os avós da criança também estão no distrito. Por volta das 10h30, o advogado do pai e da madrasta da menina também esteve no local. Ele conduziu para dentro do distrito uma mulher e escondeu seu rosto com o paletó.

Orkut

Na terça-feira, podiam ser lidas mensagens da mãe de Isabella no site de relacionamentos Orkut. Ela agradeceu a solidariedade dos amigos. “Quero agradecer a todas as pessoas que estão me escrevendo e, de uma maneira ou de outra, se solidarizando com o caso. Não tenho condições de respondê-las. Apenas de dizer que são muito importantes. Abraços a todos".

Chaves

O advogado do pai e da madrasta da menina informou na terça que uma das chaves do apartamento estava perdida. Ele disse que não foi feito um boletim de ocorrência.

Segundo o advogado, as chaves de todos os apartamentos ficam na portaria do edifício. O delegado responsável pelo caso, Calixto Calil Filho, disse no entanto que o porteiro negou essa informação em depoimento e afirmou que as chaves dos apartamentos só ficavam na portaria durante a construção do prédio. O delegado declarou ainda que o casal não informou sobre a perda da chave no depoimento prestado no domingo.

Uma mensagem para Isabella também foi deixada no Orkut da mãe: "Filha maravilhosa da minha vida, você será eterna. Lutarei para conquistar tudo nessa vida em nosso nome. Te amarei para sempre".

Investigações

A Polícia Civil investiga se Isabella foi agredida e arremessada antes do corpo dela ter sido encontrado no jardim do edifício no sábado ou se ela se jogou do 6º andar do prédio no Carandiru. Na terça, a polícia informou que o apartamento do pai da menina deve passar por uma nova perícia.

Os peritos estão fazendo exames mais detalhados, com produtos químicos. "Vamos pedir uma nova perícia mais detalhada no apartamento porque nos dias dos fatos pode ter passado algo despercebido", afirmou o delegado, durante entrevista coletiva. Entre os produtos que auxiliam a polícia está o luminol, substância que detecta manchas de sangue mesmo em locais que foram lavados.

A polícia trabalha sobre a versão contada pelo pai da criança, um consultor jurídico, que, desde o primeiro dia, afirma ser inocente. Ele conta que deixou a menina em um quarto, dormindo, enquanto foi até a garagem ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos. A família havia chegado de um jantar na casa da sogra dele, por volta de 23h30.

O consultor jurídico afirma que deixou o imóvel trancado depois de colocar a menina na cama. Quando subiu, viu que ela não estava no cômodo e percebeu que a tela de proteção na janela estava rasgada. Em seguida, relatou ter visto o corpo da criança no jardim. Ele sustenta a versão de que alguém entrou na casa, possivelmente para assaltar, mas a polícia diz que nada foi roubado. As informações são do G1.

Polícia já tem suspeito de ter matado menina de 5 anos
AE / Werther Santana

Reprodução de foto de Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos. A polícia de São Paulo pode prender a qualquer momento uma ou mais pessoas suspeitas pela morte da menina Isabella de Oliveira Nardoni, que, na noite do último sábado (29), teria sido jogada do sexto andar de um edifício no bairro Parada Inglesa, zona norte da capital paulista.

Ontem, os peritos informaram que marcas encontradas no corpo da menina indicam que ela foi asfixiada antes da queda. Até o momento, seis pessoas já prestaram depoimento. Segundo a polícia, informações da vizinhança tem ajudado no esclarecimento do crime.

A mãe da garota, a bancária Ana Carolina Cunha de Oliveira, de 23 anos, deve depor nesta quarta-feira (2), no 9º Distrito Policial, responsável pelas investigações sobre a morte da menina.

O pai e a madrasta da garota também devem voltar à delegacia, assim como a médica que atendeu Isabella. O delegado Calixto Calil Filho pediu ao Corpo de Bombeiros e à PM os registros das ligações feitas pelo casal e por moradores do prédio após a queda da menina. Tudo o que a polícia fez na terça-feira, 1, foi investigar o casal Alexandre Alves Nardoni, de 29, e sua mulher, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24. Oficialmente, eles são chamados de "averiguados", mas as ações da polícia apontam que o casal é o principal foco da investigação.

A polícia tem se ocupado em colher provas periciais para reforçar o inquérito. Os peritos criminais irão voltar ao apartamento da Rua Santa Leocádia, zona norte de São Paulo. Na busca por novos indícios, terão a ajuda de reagentes químicos. Os policiais querem verificar se há outros vestígios de sangue no lugar. As manchas de sangue encontradas no corredor da sala, no lençol e na tela de proteção da janela em que a garota teria sido jogada já estão sendo analisadas pelo Instituto de Criminalística (IC). Os dois veículos do casal - um Ford Ka e um Vectra - também serão submetidos a perícias. Com informações da Agência Estado.


Pai de menina que caiu de prédio perdeu uma das chaves de casa, diz advogado

De A Tribuna On-line


O advogado do pai e da madrasta da menina Isabella Nardoni, que caiu do prédio onde o casal morava, informou na terça-feira que uma das chaves do apartamento estava perdida. Ele disse que não foi feito um boletim de ocorrência.

Segundo o advogado, as chaves de todos os apartamentos ficam na portaria do edifício. O delegado responsável pelo caso, Calixto Calil Filho, informou, porém, que o porteiro contou em depoimento que as chaves dos apartamentos só ficavam na portaria durante a construção do prédio.

Nesta quarta-feira, a mãe da menina deve prestar depoimento à polícia no 9º Distrito Policial, do Carandiru. Ela deixou mensagens de agradecimento à solidariedade dos amigos no site de relacionamentos Orkut. Na terça-feira, podia ser lida no site a seguinte mensagem: “Quero agradecer a todas as pessoas que estão me escrevendo e, de uma maneira ou de outra, se solidarizando com o caso. Não tenho condições de respondê-las. Apenas de dizer que são muito importantes. Abraços a todos".

Uma mensagem para Isabella também foi deixada: "Filha maravilhosa da minha vida, você será eterna. Lutarei para conquistar tudo nessa vida em nosso nome. Te amarei para sempre".

Investigações

A Polícia Civil investiga se Isabella foi agredida e arremessada antes do corpo dela ter sido encontrado no jardim do edifício no sábado ou se ela se jogou do 6º andar do prédio no Carandiru. Na terça, a polícia informou que o apartamento do pai da menina passará por uma nova perícia.

Os peritos estão fazendo exames mais detalhados, com produtos químicos. "Vamos pedir uma nova perícia mais detalhada no apartamento porque no dia dos fatos pode ter passado algo despercebido", afirmou o delegado, durante entrevista coletiva. Entre os produtos que auxiliam a polícia está o luminol, substância que detecta manchas de sangue mesmo em locais que foram lavados.

A polícia trabalha com informações do pai da criança, um consultor jurídico, que, desde o primeiro dia, afirma ser inocente. Ele conta que deixou a menina em um quarto, dormindo, enquanto foi até a garagem ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos. A família havia chegado de um jantar na casa da sogra dele, por volta de 23h30.

O consultor jurídico afirma que deixou o imóvel trancado depois de colocar a menina na cama. Quando subiu, viu que ela não estava no cômodo e percebeu que a tela de proteção na janela estava rasgada. Em seguida, relatou ter visto o corpo da criança no jardim. Ele sustenta que alguém entrou na casa, possivelmente para assaltar, mas a polícia diz que nada foi roubado. As informações são do G1.




Grito indica que pai fez algo errado, diz delegado
O advogado do pai de Isabella Oliveira Nardoni, 5 anos, que morreu sábado quando possivelmente foi jogada do 6º andar de prédio em São Paulo, disse nesta terça-feira que a frase "Pára, pai!", ouvida por duas testemunhas, na verdade seria "Pára! Pai!" - um protesto seguido de pedido de socorro ao pai. No entanto, o delegado Calixto Calil Filho, que investiga o caso, manteve o consultor jurídico Alexandre Alves Nardoni, 29 anos, como "candidato a suspeito". "O fato de o advogado dizer que o grito pode ter sido um modo de interpretação é um direito dele, e nós não vamos contestar. Agora, 'Pára, pai!' é uma indicação clara de que o pai estava fazendo alguma coisa de errado", afirmou o delegado.

Peritos do Instituto Médico Legal suspeitam que Isabella nem tenha sido jogada do apartamento, mas colocada sobre a grama após asfixia. Para eles, é improvável que alguém caia de quase 20 metros e sofra apenas uma lesão no punho direito. O coração e o pulmão da menina apresentavam manchas, ela estava com a língua para fora, e a nuca tinha alguns hematomas, possivelmente feitos pelos dedos do agressor. O laudo conclusivo deve ficar pronto em 30 dias, e nova perícia deve ser feita hoje no apartamento, onde há manchas de sangue.

Nesta terça-feira a polícia ouviu seis pessoas, incluindo um policial. Uma vizinha disse que viu Alexandre e a madrasta de Isabella, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, subindo com as três crianças pelo elevador, contrariando depoimento do pai de Isabella. Um vizinho contou que ouviu brigas do casal. Moradores e funcionários de outro condomínio, onde Alexandre e Anna Carolina moraram por três anos, disseram que os conflitos eram constantes, com agressões físicas e ameaças, principalmente nos fins de semana em que Isabella os visitava.

Advogado diz que pai de Isabella provará inocência
Os advogados de Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, pai e madrasta de Isabella Oliveira Nardoni, 5, afirmaram ontem que vão provar a inocência do casal no inquérito que apura a morte da menina.

No último sábado, Isabella foi achada deitada no jardim do prédio onde seu pai mora, no Carandiru, na zona norte de São Paulo. A menina era filha dele com Ana Carolina Cunha de Oliveira, 23, e passava o fim de semana com o pai. Anna Carolina era sua madrasta --Nardoni tem dois filhos com ela.

Quando os bombeiros chegaram ao local, Isabella estava com parada cardiorrespiratória. Por 34 minutos a equipe tentou reanimar seu coração, mas não conseguiu. Em depoimento à polícia, o pai disse suspeitar que a filha tenha sido atirada do sexto andar do prédio por algum desafeto seu.

"A família está muito abalada, dada à repercussão desse caso", disse o advogado do casal, Ricardo Martins de São José Filho que trabalha com o defensor Jairo Neves de Souza.

"Eles são totalmente, absolutamente, inocentes", disse São José Filho. A defesa do pai e da madrasta de Isabella se refere ao comentário da delegada [Maria José Figueiredo, do 9º Distrito Policial] que chamou Nardoni de "assassino" após ele prestar depoimento no domingo, como revelou a Folha. O delegado Calixto Calil Filho, titular do 9º DP, disse que a declaração dela será apurada.

O advogado também afirmou que a relação entre Nardoni e Anna sempre foi tranqüila. "Não existe informação sobre brigas. A relação deles é normal", disse São José Filho. O avô materno e a mãe relataram à Folha anteontem que o pai, a filha e a madrasta tinham uma boa relação.A polícia, porém, diz que quatro testemunhas declararam que houve discussão no apartamento.

Um policial que não quis se identificar disse que duas testemunhas (que moram no prédio vizinho ao do casal) afirmaram ontem, em depoimento, ter ouvido discussões e ofensas entre o casal, cerca de 15 minutos antes de Isabella ter sido encontrada no gramado.

Investigação
O delegado Calixto Calil Filho, do 9º DP, disse que vai apurar se a madrasta subiu com o marido ao apartamento. Em sua versão inicial dada à polícia, Nardoni disse ter chegado de carro ao prédio. Como os três filhos dormiam, levou Isabella sozinho ao apartamento e voltou para ajudar a mulher a trazer os outros dois filhos. Ao retornar ao apartamento, constatou que a menina não estava mais lá.

À polícia, Nardoni dissera que a menina teria sido jogada por um buraco feito numa tela de proteção no quarto dos meninos. Manchas de sangue foram encontradas no corredor do apartamento, no quarto dos filhos e na grade.

O delegado Calil Filho, --que já afirmara anteontem que o pai e madrasta são "candidatos a suspeitos"--, também disse ontem que duas outras testemunhas, um casal de advogados que mora no 1º andar, disseram ter ouvido gritos de "pára, pai" no sexto andar. Os gritos dariam a entender que a filha de Nardoni era agredida.

A defesa do casal alega, no entanto, que a suposta frase ouvida pelas duas testemunhas foi mal interpretada. Segundo São José Filho, a criança poderia estar sendo atacada por uma terceira pessoa e pedindo para ela parar e ao mesmo tempo gritando por socorro ao pai. "A advogada [testemunha] disse que escutou aos berros a frase "pára, pai" no horário em que a menina morreu", disse o delegado, que pedirá uma nova perícia no apartamento.

A mãe da menina deve depor hoje. Em sua página na internet, escreve "filha maravilhosa da minha vida, você será eterna. Lutarei pra conquistar tudo nessa vida em nosso nome".
Laudos do IML apontando a causa da morte da menina devem ficar prontos em 30 dias.

A Folha revelou ontem que peritos do IML encontraram indícios de que a menina possa ter sido asfixiada e que suspeitam que ela possa nem sequer ter sido jogada do prédio.



Foto G1

Em livro, Maitê Proença fala sobre assassinato da mãe pelo pai, do suicídio dele e de aborto

LAURA MATTOS
da Folha de S.Paulo

Nenhuma novela de televisão daria conta da vida de Maitê Proença, 48, que está muito mais para Nelson Rodrigues. Resumir seus dramas neste texto parece injusto, mas obrigatório para escrever sobre seu livro "Uma Vida Inventada" -uma mistura de ficção à sua surpreendente biografia-, que ela lança hoje em São Paulo.

Luciana Whitaker/Folha Imagem
Maitê posa em seu apartamento, no Rio; lançamento do livro acontece hoje em SP

Aos 12, Maitê tem a mãe assassinada pelo pai por adultério. Enfrenta a condenação da família por atuar como testemunha de defesa dele. Aos 16, faz um aborto. Presencia a morte de um irmão por problemas com bebida. Prestes a ganhar seu primeiro papel de destaque, sofre um acidente e fica um ano sem trabalhar. No auge do sucesso, ouve do pai, internado com câncer no cérebro, o pedido para que desligue os aparelhos. Recusa-se e, dias depois, ele se mata. Tudo isso, e histórias do uso de drogas e outras viagens, está no livro.

À Folha Maitê conta que não falava publicamente do passado até "um programa de auditório" resolver, ao vivo e sem sua prévia autorização, abrir sua vida "ao Brasil inteiro numa tarde de domingo", o que a deixou "chocada". Foi o "Domingão do Faustão", em 2005.

A atriz diz ainda que a história que se sabe sobre seu envolvimento com Lima Duarte é fruto "da versão dele, que gosta de florear a realidade". Confira.

Folha - Você mesclou biografia à ficção. Mas, mesmo quando faz ficção, cria uma relação com sua vida [a protagonista teve a mãe assassinada pelo pai, como Maitê].

Maitê Proença - Você acha, mas essa mulher vai para a África, tem um hospital. Minha vida adulta se conhece. Então não sou eu. É lógico que há fatos ali, e estão sempre sendo tocados pela ficção, essa é a brincadeira do livro. Tem um jogo de pistas falsas para que nunca se saiba o que é real e o que não é.

Folha - Uma das razões para ter criado o jogo entre ficção e realidade foi ter concluído que seria difícil inventar uma história tão surpreendente quanto à da sua vida real?

Maitê - Não sei. Você quer dizer que minha carreira literária acabou aqui [risos]? Mário Quintana disse que em toda obra dele não há uma só palavra que não seja sobre ele. A gente pode se utilizar da nossa vida para fazer literatura. Não há demérito nisso. Há assuntos de que trato no livro dos quais nunca falaria publicamente.

Folha - Na "ficção", a menina, como você, tem a mãe assassinada pelo pai, e há detalhes do dia do crime. Foi um modo de tratar de um fato tão dolorido na terceira pessoa?

Maitê - Esse é um tipo de resposta que não posso dar, porque não vou falar disso em entrevistas. Escrevi um livro que trata desses assuntos. Fui o mais genuína que pude. Falar sobre isso é vulgarizante. Não sou o tipo que sofre a perda do namorado na capa da "Caras", da "Quem". Não é para ser falado. Mas posso usar esse material que conheço profundamente para fazer literatura.

Folha - Apesar de deixar para a menina ficcional a morte de sua mãe, você não se poupou de falar de outros dramas na primeira pessoa, como o aborto aos 16 anos...

Maitê - [interrompendo] Mas falo sobre isso [o assassinato, na primeira pessoa].

Folha - Mas na primeira pessoa fala mais sobre a condenação que sofreu por ter ficado ao lado de seu pai após o assassinato, o pedido para que fizesse nele a eutanásia e seu suicídio. O assassinato é mencionado, mas na terceira pessoa é aprofundado. Isso quer dizer que os outros dramas estão mais bem resolvidos do que a morte de sua mãe?

Maitê - O leitor vai ter que deduzir. O que queria dizer está no livro, não posso falar sobre isso, não desejo. Se for minha amiga íntima, falo longamente se quiser. Não publicamente.

Folha - Você diz que o trabalho de atriz funcionou como terapia, para que conseguisse se emocionar.

Maitê - Achava que estava de passagem pela carreira. Um belo dia vi que era uma pessoa embrutecida, com dificuldade para me sensibilizar. De repente, a atriz me passou uma rasteira, tinha a desculpa do personagem, que podia estar triste, magoado. A Maitê não, o personagem podia.

Folha - Você está fora das novelas desde 2005. Escrever se tornou mais terapêutico do que atuar?

Maitê - Vou fazer a próxima das sete, mas realmente esse trabalho está mais espaçado. Não gosto muito da palavra "terapêutico", há muitos anos não faço análise. Mas não sei te responder. Talvez não tivesse feito o livro se um dia... Vou dizer uma coisa, veja bem como vai usar para não ficar mal para mim... Não, não vou contar.

Folha - Ah, Maitê, não se faz isso com um jornalista [risos]...

Maitê - [risos] Vou deixar você roendo todas as suas unhas.

Folha - Vai sair aquilo que contar.

Maitê - Um belo dia [em 2005], fui a um programa de auditório ["Domingão do Faustão"] para divulgar algo. Mas o programa não era para divulgar, era uma surpresa para mim [o quadro "Arquivo Confidencial"]. Lá pelas tantas, estou lá surpreendida, e o apresentador resolveu abrir a minha história, elementos íntimos, para o Brasil numa tarde de domingo. Fiquei muito chocada. Jamais, em 27 anos de carreira, havia revelado certos assuntos, porque uma carreira não se faz com a piedade de ninguém. Sou uma pessoa reservada, tenho pudores, acho que determinados assuntos são para a intimidade. Essa pessoa não fez isso por mal, fez porque não pensou nas conseqüências que teria para a vida. O que ocorreu foi que toda a imprensa, com todas as suas matizes de cor, resolveu que podia meter a colher, e ficou difícil. Você escuta as pessoas falando nas suas costas, suposições, invenções, não é agradável. Uma vez que isso aconteceu, passaram-se três anos, e achei que estava na hora de tratar desses assuntos. Foi por meio da literatura. E continuarei não falando.

Médico vai a júri popular por morte de paciente após lipoaspiração

O ex-médico Marcelo Caron, acusado de envolvimento na morte da advogada Janet Virgínia Novais Falleiro, vai a júri popular. A decisão foi tomada na segunda-feira, pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia. A data ainda não foi definida. À decisão, cabe recurso.

Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, Caron negou a autoria do crime e disse que outro médico deixou de fazer a drenagem no local do ferimento de outra cirurgia. O juiz, entretanto, afirmou que o réu não provou suas alegações e testemunhas atribuíram a ele a responsabilidade.

Na decisão, Alcântara também afirmou que Caron não tinha registro de médico residente na especialista de cirurgia plástica, mas somente de estagiário. Ele teria falsificado um documento para fazer constar, no currículo, a suposta residência.



Janet Virgínia morreu em decorrência de complicações resultantes de uma cirurgia de lipoaspiração em abril de 2001. Segundo a acusação, durante o procedimento, Caron teria perfurado o intestino da vítima. Apesar das tentativas de salvamento, a paciente não resistiu às lesões e morreu seis dias depois da intervenção cirúrgica. As informações são do G1, da Globo.

Planos de saúde ampliam cobertura a partir de amanhã

A partir de amanhã (2), os planos de saúde darão cobertura mais ampla em procedimentos ambulatoriais e hospitalares. A nova cobertura será obrigatória para todos os planos contratados após 1º de janeiro de 1999.

A determinação, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), assegurará ao beneficiário o direito a cirurgias e tratamentos até agora não cobertos pelas operadoras. Dependendo da área de segmentação escolhida pelo contratante, os planos vão cobrir serviços como a colocação de Dispositivo Intra-Uterino (DIU), vasectomia, laqueadura, biópsia de mama a vácuo, exames de DNA para diversas doenças genéticas, autotransplante de medula óssea, videolaparoscopia e processo cirúrgico para epilepsia. A expansão de atendimento prevê ainda o atendimento nas áreas de nutrição, terapia ocupacional e fonoaudiologia – com seis sessões por ano cada – e psicoterapia – com 12 sessões por ano.

As operadoras poderão continuar oferecendo planos de saúde nas diversas segmentações – ambulatorial, hospitalar, hospitalar com obstetrícia, odontológico e em todas as suas combinações. “Caso o usuário opte somente pela cobertura ambulatorial, ele deverá estar coberto para todas as doenças que têm tratamento ambulatorial. Na cobertura hospitalar, ele terá para todos os procedimentos hospitalares”, explicou o diretor-presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos.

Ele ressaltou que um dos principais benefícios para os usuários dos planos de saúde com a resolução é a introdução de novas tecnologias de saúde. “Ela incorpora novos procedimentos do ponto de vista dos avanços da medicina, retira e substitui procedimentos que não estavam sendo mais utilizados por técnicas mais recentes, incorpora ações de promoção e prevenção da saúde e inclui a atuação de profissionais não-médicos, como nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos”, afirmou.

Fausto Pereira dos Santos disse que as mudanças vão beneficiar 70% dos contratantes de planos de saúde. Ele descartou a idéia de que procedimentos de planejamento familiar - que de agora em diante serão cobertos pelos planos - sejam de competência exclusiva dos serviços públicos de saúde. “A vasectomia e a ligadura de trompas, por exemplo, são procedimentos cirúrgicos que não têm sentido ter plano de saúde que não cubra. São procedimentos de baixo custo. No caso de ligadura de trompa, por exemplo, é recomendado quando a paciente já tem indicação para isso, tem mais de dois filhos. Dependendo de sua idade, é recomendável que faça durante sua última cesariana, se essa for essa a sua opção”, explicou.

Além dos benefícios para os usuários, as mudanças também poderão ser vantajosas para as empresas. “Um planejamento familiar bem feito pode evitar a gravidez indesejável, pode evitar o aborto e suas conseqüências. O que gera custos para todos”, lembrou.

As mudanças na área de cobertura dos planos foram discutidas durante um anos com órgãos de defesa do consumidor, entidades médicas e as próprias empresas de planos de saúde, disse Fausto. No caso de algum beneficiário procurar um plano de saúde e for negada a cobertura total para a sua segmentação, ele poderá notificar a ANS por meio do telefone 0800 7019656.

Com a denúncia, a ANS manterá contato com a empresa. “Se ela não cobriu por um erro, terá oportunidade de suprir a falha, mas se por acaso for por uma decisão gerencial ou operacional da empresa, ela vai ser autuada por negativo de cobertura e penalizada com uma multa que varia entre R$ 50 e R$ 80 mil por cada infração cometida”, advertiu.

Casório: Gilberto Braga e Edgard assinam estabilidade

Márcio de Souza/ TV Globo

Casório: Gilberto Braga e Edgard assinam estabilidade

Da Redação

O autor Gilberto Braga e o arquiteto Edgard Moura Brasil assinaram um contrato de estabilidade de relação. O evento aconteceu em um cartório do Rio de Janeiro e comemorou os mais de 30 anos de união do casal.

Segundo o jornal O Dia desta terça-feira, dia 1, depois de firmar o compromisso, os dois partiram para Paris. A viagem foi uma espécie de lua-de-mel.

Atualmente, Gilberto Braga está de férias das telinhas. A última novela do escritor foi Paraíso Tropical, exibida pela Globo.

Greve nos Correios atinge 19 Estados e DF, diz sindicato

Funcionários da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) de 19 Estados e do Distrito Federal entraram em greve nesta terça-feira por tempo indeterminado. Os Correios informaram que a diretoria da empresa está reunida com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, e com autoridades do governo para tentar resolver o impasse. A intenção é solucionar o caso até quarta-feira.

Segundo a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), 22 sindicatos aderiram à paralisação. Os servidores reivindicam um adicional de periculosidade equivalente a 30% do salário por mês, aumento no percentual da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), mais contratações, a implementação de um plano de carreira e a retomada do antigo plano de pensão, Postalis, que está sendo substituído pelo Postalprev.

De acordo com a assessoria de imprensa dos Correios, o bônus de 30% exigido pelos servidores foi pago por três meses, após acordo fechado em novembro, mas foi suspenso porque era de caráter emergencial. Para que o abono volte a ser incorporado ao salário dos carteiros é preciso que o governo autorize. Os Correios informaram ainda que a legislação não permite que eles recebam adicional por periculosidade --segundo a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), só tem direito a esse adicional quem tem contato permanente com inflamáveis ou explosivos.

Segundo José Gonçalves, um dos representantes da Fentect no comando de greve, entre 80% e 90% dos carteiros --grupo em que está a maior parte dos grevistas-- estão de braços cruzados. Os Correios devem divulgar um balanço da greve no fim da tarde desta terça-feira.

Gonçalves informou que já aderiram à paralisação Alagoas, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins, Ceará, Rondônia, Acre, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Paraná, Pará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Minas Gerais e São Paulo (incluindo a capital, Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, que têm sindicatos separados).

De acordo com o secretário-geral da federação, Manoel Cantoara, "o nível de insatisfação com relação ao não-cumprimento de acordo feito com o Ministério das Comunicações sobre um adicional de periculosidade deixou muita gente indignada".

"Queremos reunião com o ministro [Hélio Costa], com o presidente Lula. Eles prometeram e deixaram de cumprir", afirmou Gonçalves à Folha Online. Ele participa de passeata da categoria em Brasília na manhã desta terça.

Durante o período de greve, as agências dos Correios funcionam normalmente, mas não há garantia de entrega das correspondências. Assim, os serviços que garantem a entrega em prazo pré-estipulado --Sedex 10 e Sedex Hoje, por exemplo, além do Disque Coleta-- não funcionam. Em São Paulo, os Correios têm 22 mil funcionários.

2007

No ano passado, os Correios ficaram em greve por nove dias. Os empregados da estatal decidiram voltar ao trabalho após receber reajuste de 3,74% (ante reivindicação inicial de 47,77%), abono de R$ 500, aumento linear de R$ 60 em janeiro, vale-alimentação extra de R$ 391 em dezembro, inclusão dos pais de novos funcionários no plano de saúde e auxílio-creche para até 7 anos de idade, além da não-reposição dos dias de paralisação.

Isabella, atirada do sexto andar, chegou ao chão ainda com vida

SPTV

SÃO PAULO - Isabella Oliveria Nardoni, de 5 anos, ainda estava viva quando atingiu o chão após ter sido arremessada pela janela do sexto andar do Edifício London, na Vila Mazzei, onde passava o fim de semana com os pais. A Unidade de Resgate que efetuou o socorro informou que ela chegou a ser atendida ainda com vida e houve tentativa de reanimá-la, mas a menina morreu antes de chegar ao hospital. A queda, de acordo com os peritos, durou 2 segundos.

Peritos do IML trabalham com a possibilidade de ela ter sido vítima de estrangulamento antes de ser atirada pela janela, pois tinha marcas no pescoço e manchas no pulmão. Ao cair no chão, a menina estava com a língua para fora, o que indica um quadro de asfixia.

A tela de proteção do quarto dos outros dois filhos de Nardoni, que foi cortada e por onde Isabella foi atirada, foi retirada pelos peritos. Agora, ela será analisada.

Diabo-da-tasmânia resistente a câncer pode salvar espécie

Tumor facial dizimou metade da população do animal na ilha australiana.

Um diabo-da-tasmânia chamado Cedric pode ser a chave para a sobrevivência da espécie de animal, dizem cientistas australianos.


O maior marsupial carnívoro do mundo está ameaçado de extinção por causa de um misterioso tipo de câncer na face.


Mas os pesquisadores dizem que Cedric, aparentemente, tem uma resistência natural a tumores, que são contagiosos, e que dizimaram metade da população da espécie na Tasmânia, ilha australiana da qual o animal virou um símbolo.


Cedric é o primeiro diabo-da-tasmânia a mostrar qualquer imunidade à doença, que causa desfiguramento. Os animais infectados não conseguem mais comer ou enxergar e acabam morrendo de fome.


O animal foi capturado no oeste da ilha no ano passado, juntamente com seu meio-irmão, Clinky.


Ambos receberam uma injeção com células mortas de tumores. Clinky não produziu anticorpos, mas Cedric o fez e, aparentemente, construiu defesas contra a misteriosa doença.


Alex Kriess, da equipe de pesquisa, disse que ambos tiveram depois células cancerosas injetadas no rosto. "Eles não desenvolveram o tumor até agora", afirmou. "Nós injetamos muito poucas células, por isso pode levar um tempo até que desenvolvam alguma coisa que possa ser vista."


A aparente resistência de Cedric à doença é vista como um avanço significativo. Os tumores faciais estão acabando com os animais de sua espécie na costa leste da Tasmânia, mas Cedric é de uma população geneticamente diferente que vive do outro lado da ilha.


Cientistas do Projeto para Salvar o Diabo-da-Tasmânia esperam que os marsupiais que compartilhem de suas características genéticas também possam ser imunes ao câncer ou capazes de reagir a uma vacina.


Se não houver um avanço real, os especialistas temem que a espécie possa estar extinta dentro de 20 anos.


Taz é personagem inspirado na espécie

Medicina alternativa chega às clínicas veterinárias

Modalidade terapêutica tem chegado às clínicas como suplemento ao tratamento da medicina convencional


Agência Estado
As técnicas da medicina alternativa são cada vez mais procuradas para tratar disfunções emocionais também nos animais. Essa modalidade terapêutica tem chegado às clínicas veterinárias como suplemento ao tratamento da medicina convencional. As irmãs Marilena Costa, de 64 anos, e Clélia Costa, 70 anos, já se tratam com medicina natural há mais de 10 anos e agora experimentam essa técnica em seus cães.

O objetivo das irmãs é combater o estresse de operações, o medo e a carência dos bichinhos. "Busquei florais por indicação do meu homeopata e a terapia foi passando de geração a geração. Quando descobri que havia florais para pets, acabei apelando para tratá-los também", conta Marilena.

Os florais usados pelas irmãs em seus animais são da linha Animal Flower, à base de essências florais de Bach, Minas e Saint Germain. "As combinações entre os florais agem diretamente no desequilíbrio emocional, tratando a parte de energia do bicho. O resultado é excelente em problemas de comportamento, como agressividade, medo, carência, estresse, traumas, ansiedade e dificuldades de adaptação", explica a terapeuta Luciana Turcheto.

O tratamento com florais funciona também para gatos. Para eles, por serem mais ariscos, os florais foram desenvolvidos em forma de spray. Basta borrifar na boca ou próximo ao focinho para que as essências sejam absorvidas pelas mucosas.

Segundo a professora Valéria Oliva, da Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp de Araçatuba, interior de São Paulo, há estudos que comprovam a eficiência dos florais como suporte para tratamentos convencionais. "Problemas específicos têm resultados mais evidentes. É muito comum, por exemplo, surgirem dermatites por lambedura em cães que ficam sozinhos, carentes. Tratamos a ferida com medicamentos, mas se não quebrar o ciclo, aquela mania de se lamber, a ferida pode voltar", explica.

A médica-veterinária diz que tratamentos alternativos tratam a parte energética do bicho, mas nem sempre resolvem o problema completamente. "Em uma infecção grave a melhor opção ainda é a medicina que utiliza remédios específicos, antiinflamatórios e antibióticos. Não se deve desistir dos remédios para usar exclusivamente os florais", alerta.

Essências sensíveis

Os florais são soluções compostas por 70% de água mineral e álcool e outros 30% de essências. Conserve os frascos longe de produtos químicos e de radiações de aparelhos eletrônicos, como computadores e microondas.

Peritos acreditam que menina foi sufocada antes de cair

Peritos acreditam que menina foi sufocada antes de cair

Um morador do prédio relatou à polícia ter ouvido gritos de uma criança pouco antes do crime

Profissionais do Instituto Médico-Legal (IML) acreditam que a menina Isabella de 5 anos, que morreu ao cair do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo, tenha sido sufocada antes da queda. Um morador do prédio relatou à polícia ter ouvido gritos de uma criança pouco antes do crime. "Não bate em mim", teria dito a menina. O morador, no entanto, não soube dizer se a criança que implorou para não apanhar era Isabella. O depoimento da testemunha, que é conselheiro do condomínio, foi colhido anteontem no 9º DP.

Os profissionais do IML que trabalham no laudo observaram características típicas de estrangulamento no corpo da menina, como a língua e a extremidade das unhas arroxeadas. O delegado Calixto Calil Filho, titular do 9º DP, afirmou que exames preliminares indicaram que a queda pode não ter sido o motivo da morte de Isabella.

Os legistas estranharam um ferimento na testa e outro nas coxas da menina. Inicialmente, eles acreditavam que as feridas eram mordidas. Mas, após análise, a hipótese foi descartada. A camiseta azul da menina estava rasgada nas costas. Oficialmente, o diretor do IML, Hideaki Kawata, afirma que, por ora, não tem condições de dizer se a garota foi agredida. "Ela morreu em decorrência da queda, isso é fato", disse Kawata. "Nesse momento, qualquer afirmação diferente dessa é especulação."

Desde o início das investigações, a polícia crê em assassinato. Isabella caiu do 6º andar do edifício London na madrugada de sábado. Ela estava no apartamento do pai, o consultor jurídico Alexandre Alves Nardoni e da madrasta Anna Carolina Trotta.

Agência Estado


Vizinho ouviu gritos de 'Pára, pai' na noite da queda de Isabella

Plínio Delphino, Aiuri Rebello, Cristina Christiano, Diário de S.Paulo

Isabella, com a mãe - Reprodução Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Um morador do primeiro andar do edifício London, onde a menina Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos, morreu depois de ser arremessada do sexto andar do prédio, afirmou a polícia que ouviu gritos de criança na noite de sábado, antes da tragédia. "Pára, pai! Pára, pai!", foi o apelo infantil ouvido pela testemunha.

Outra vizinha do Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, ligou para a polícia nesta segunda-feira e disse que viu o casal e as três crianças subindo juntos pelo elevador, contrariando o depoimento do casal. Os dois disseram à polícia que Nardoni subiu na frente com Isabella, deixou a menina dormindo num dos quartos e voltou ao carro para pegar os outros dois filhos, que ficaram com a mãe, no carro.

A vizinha que encontrou o casal no elevador deve ser ouvida nesta terça. Os policiais também esperam tomar depoimento de uma evangélica, moradora de uma casa vizinha, que ouviu a mesma frase de criança descrita: "Pára, pai, pára, pai".

" Temos três averiguados. Um deles é um suposto ladrão, uma pessoa que nem conheço mas que o pai afirma ter entrado no apartamento e jogado a criança "

Um casal de advogados, que mora no 4 andar do prédio ao lado do edifício London, também prestou depoimento na noite desta segunda-feira e garante que ouviu brigas de casal no apartamento.

- Principalmente gritos da mulher - adianta um policial que participa da investigação.

No apartamento de Nardoni, peritos acharam marcas de sangue no hall do apartamento, num lençol do quarto onde a tela de proteção foi cortada e de onde a menina foi jogada. A polícia afirmou que a tela de proteção da janela do quarto foi cortada e que havia sangue nela. No IML, peritos que examinaram o corpo detectaram escoriações na testa e na lateral da barriga de Isabella, além das fraturas múltiplicas ocasionadas pela queda. O delegado Calixto Calil Filho acredita que ela foi agredida antes de ser arremessada. De acordo com peritos, esses ferimentos não poderiam ter sido causados na queda, o que indica que ela foi agredida, antes de ser jogada pela janela do quarto.

Histórico de brigas

No total, a equipe de investigação do 9º Distrito Policial (Carandiru) já localizou 12 testemunhas do caso. Encontrou o antigo edifício onde o pai de Isabella morou por três anos com a sua nova mulher. No prédio, a polícia ouviu síndico, subsíndico, vizinhos de porta e a resposta sobre a rotina do casal foi semelhante: brigas constantes, principalmente nos fins de semana em que Isabella os visitava - a menina morava com a mãe.

- Há narrativas de que se agrediam fisicamente e que Alexandre teria até ameaçado jogar a atual mulher da janela - disse um investigador que apura o crime.

Pai esconde o rosto na delegacia - Diário de S.Paulo
O delegado Calil Filho chegou a ironizar a afirmação de Nardoni, que disse à polícia que um ladrão poderia ter entrado no apartamento e jogado a menina pela janela enquanto ele foi ao carro buscar os dois outros filhos. Nada no apartamento foi levado.

- Temos três averiguados. Um deles é um suposto ladrão, uma pessoa que nem conheço mas que o pai afirma ter entrado no apartamento e jogado a criança. O outros são os moradores, por estarem mais próximos da criança - afirmou.

A polícia realizou perícia no apartamento e nas roupas de Isabella: a camiseta da menina estava rasgada. Também foi pedida a análise dos dois carros do casal, um Ka e um Vectra. Foram levadas facas e outros objetos da cozinha.

A família se mudou para o local em fevereiro. No sexto andar, apenas o apartamento de Alexandre está ocupado. De acordo com o delegado Calixto Calil Filho, as câmeras do circuito interno do edifício apenas monitoram, e não gravam.



A imagem “http://www.uai.com.br/UAI/noticias/fotos/20080401075528391.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

Com a cabeça coberta, morador do prédio chega para depor sobre a morte de Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos, ocorrida sábado


Entidade quer Conselho Tutelar nas investigações da morte de menina

Para o Conselho dos Diretos da Pessoa Humana, órgãos podem ajudar nas apurações.
Criança de 5 anos caiu do 6º andar de prédio na Zona Norte de São Paulo no sábado (29).

O Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) vai pedir nesta terça-feira (1º) que o Ministério Público Estadual (MPE) e o Conselho Tutelar acompanhem as investigações sobre a morte da menina de 5 anos que caiu do 6º andar de um prédio na Zona Norte de São Paulo no sábado (29).


"A gente está acompanhando e vendo que é uma investigação bastante complexa”, disse o secretário geral do Condepe, Ariel de Castro Alves. De acordo com ele, o acompanhamento pelo Conselho Tutelar é “mais uma cautela” por causa dos outros dois filhos do pai da menina, que “de alguma forma acabam sofrendo com um processo traumático como esse.”

Para o Condepe, o MPE acompanharia as investigações porque é o titular da ação penal. “Nós entendemos que há mais êxitos nos processos e ações quando o MP acompanha desde o início”, justifica Alves.

De acordo com ele, tanto o MP quanto o Conselho Tutelar poderiam ajudar no esclarecimento das circunstâncias da morte da menina. “Podem ter testemunhas que ficam inibidas em procurar a polícia, mas podem procurar o Conselho Tutelar e o Ministério Público, inclusive pedindo sigilo”, afirma.

Agressão

Na tarde de segunda-feira (31), o delegado Calixto Calil Filho disse que os peritos encontraram manchas de sangue na entrada do apartamento de onde a menina caiu. O material foi colhido para a realização de exame de DNA.

De acordo com o delegado, o sangue é um indício de que a menina pode ter sido agredida antes de entrar no apartamento ou que tenha sido levada para fora do imóvel durante a agressão. Também foram encontradas marcas de sangue no corredor que leva à saída principal do apartamento, na sala e na tela de proteção da janela. "O que mais chama e intriga são estas manchas de sangue", afirmou.

Calixto Calil disse também que foi informado pelos peritos do Instituto Médico Legal (IML) que o corpo da menina tinha escoriações na testa e em outras partes do corpo, possivelmente produzidos antes da queda. O delegado admitiu inclusive a possibilidade de a menina já ter sido levada para o apartamento com algum ferimento. "Estamos investigando, mas não dá para saber", disse.

Além disso, foram colhidos materiais no veículo do pai, que está lacrado. De acordo com o delegado, os resultados dos laudos vão ser peças fundamentais para que se chegue ao responsável pela queda e conseqüente morte.

Pedreiro averiguado

Também na tarde de segunda-feira, um pedreiro prestou depoimento no inquérito que investiga a morte da menina. O homem é apontado pelo pai da menina como seu desafeto.

“Ele é um dos averiguados”, disse o delegado Calixto Calil Filho. O pedreiro foi apontado pelo pai, em um de seus depoimentos, como o provável agressor da menina. Ao prestar depoimento nesta segunda, o pedreiro demonstrou estar tranqüilo, segundo o delegado.

“Ele foi convincente e se mostrou até mesmo surpreso por ter sido acusado pelo pai. Ele disse que chegaram a ter conversas ásperas, mas que nem lembrava mais disso. Aparentemente, ele não guarda mágoa alguma”, declarou Calil Filho.

O pai e a madrasta continuam sendo averiguados no caso, segundo o delegado. “E há um terceiro averiguado, que seria o suposto homem que teria invadido o apartamento, segundo o pai nos falou. Este homem poderia ter entrado pelos fundos [do prédio], pela garagem ou mesmo já estar no apartamento. Estamos trabalhando com todas as hipóteses. É um mistério”, disse.

Desespero

Um morador do prédio na Zona Norte de São Paulo onde a menina de 5 anos caiu na noite de sábado disse que presenciou o desespero do pai dela logo após a queda. “Ele olhava a criança, escutava o coração. (...) Ele ia da criança, no jardim, até o parapeito do prédio para a rua desesperado”, contou o vizinho.

O pai da menina contou aos policiais que a morte da menina ocorreu depois que eles voltaram da casa da sogra. Ele disse que primeiro levou a filha para um quarto, o que costuma ser ocupado por seus outros dois filhos, um de três anos e um de 10 meses, onde ela ficou dormindo. Depois, voltou à garagem do prédio para ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos.

Ainda em depoimento, o pai disse que quando subiu de volta ao apartamento achou que havia algo estranho. A luz do quarto - que ele garantiu ter apagado - estava acesa. Alexandre também disse que não viu a filha sobre a cama, e achou que ela havia caído no chão do quarto. Depois percebeu a tela cortada. Olhou do alto e viu a filha caída no jardim do prédio.

A polícia diz que a tela de proteção foi cortada. "Ela não sofreu uma queda acidental. Alguém rompeu a tela protetora da janela e jogou essa criança", afirmou Calil Filho.

Na tarde de domingo (30), o delegado disse que a polícia ainda não tinha como apontar quem jogou a criança do sexto andar do prédio. "Não há indício forte contra ninguém. Não há indício algum de participação deste ou daquele."

O corpo da menina foi enterrado por volta das 9h40 desta segunda-feira (31). Cerca de 200 pessoas acompanharam o enterro, que aconteceu no Cemitério Parque dos Pinheiros, na mesma região.

INFRAERO: 23 vôos tiveram problemas de pousos no Piauí

tiveram problemas de pousos no Piauí
O governador considerou o problema como “grave” e pediu providências. Mau tempo atrasa os vôos.

Fotos: Cidadeverde.com/Arquivo

Desde o início do ano o aeroporto sofre problemas com o tempo

A Infraero no Piauí divulgou hoje que 23 vôos tiveram problemas de pousos e decolagens no aeroporto de Teresina, devido o mau tempo, nos últimos três meses.
As aeronaves tiveram que fazer desembarque de emergência em Fortaleza, no Ceará. O último constrangimento ocorreu na visita do ministro Pedro Brito, em que o governo teve que buscá-lo no aeroporto de Fortaleza, após passar quatro horas dentro do avião.
Ontem, a primeira-dama, Rejane Dias enfrentou problema no vôo quando vinha de Brasília. O avião teve que ficar 15 minutos sobrevoando Teresina para conseguir desembarcar.
O governador Wellington Dias (PT) considerou a situação como “grave” e informou que o governo já solicitou da Infraero a compra do aparelho ILS (Instrument Landing System), também chamado de “Aproximação de Precisão”. O aparelho dá uma orientação precisa ao piloto durante pousos de emergências.

“Existe na Infraero tratando sobre isso. O que estamos pleiteando é um equipamento chamado ILS, que é um GPS moderno e que permite o controle de pouso instrumental e consegue orientar o piloto a fazer um pouso seguro”, disse o governador.
“A Infraero me disse que está agilizando o projeto. Eles têm que colocar em alguns aeroportos do Brasil o equipamento que tem características semelhantes à de Teresina. Especialmente nesse período de fevereiro, março e abril em que temos nevoeiro”, ressaltou Wellington Dias.
O superintendente da Infraero no Piauí, Antônio Nogueira, informou que a situação é “atípica” e os problemas de pousos está ocorrendo mais na parte da manhã, devido o nevoeiro. O superintendente esclarece ainda que o problema não é a chuva, mas as baixas nuvens que coloca em risco os pousos.

Feto é encontrado em banheiro de avião da Continental Airlines

WASHINGTON - Funcionários de limpeza da companhia aérea Continental Airlines encontraram um feto humano em uma lata de lixo no banheiro de um avião que havia feito o trajeto Nova York - Houston.

A imprensa local informou hoje que as autoridades americanas investigam o caso para identificar o mais rápido possível quem teria sido o passageiro que abandonou o feto na aeronave.

Além disso, os agentes estão aguardando os resultados da autópsia para determinar se ele tinha condição de sobreviver.

Fontes do serviço especial do FBI (polícia federal americana) citadas por esses veículos de comunicação asseguraram que, se for verificado que houve crime, o organismo trabalhará junto com a Polícia de Houston para esclarecer o caso.

O feto foi encontrado por funcionários da companhia uma hora depois de os passageiros desembarcarem no aeroporto George Bush Intercontinental de Houston (Texas) domingo à tarde.