Resumo das noticias dos jornais de hoje - 10/02/2010

Nos jornais: Lula e FHC contabilizam obras dos outros

O Globo

Lula e FH contabilizam obras dos outros

Ancorados por ambiciosos planos de ação que serviram como vitrine de seus governos e de suas campanhas eleitorais, Fernando Henrique e Luiz Inácio Lula da Silva não entregaram em suas gestões tudo aquilo que prometeram — previsão possível de se fazer para o governo petista a dez meses do seu fim. Os balanços dos dois programas do governo tucano — Brasil em Ação, de 1996, e Avança Brasil, de 1999 — mostram que várias obras foram iniciadas, mas ficaram pendentes para o governo seguinte. Em três anos, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de Lula concluiu apenas 40% dos R$ 638 bilhões em obras previstas para União, estados e municípios. Para cumprir as metas, Lula terá de concluir os 60% restantes em um ano, o que é difícil. Os balanços são feitos pelos dois governos, e tanto a gestão de FH como a de Lula incluem também gastos de estados e municípios e tomam como suas obras iniciadas em gestões anteriores e/ou ainda não concluídas.

Lucro de bancos e desemprego na indústria batem recordes

Olucro líquido de oito bancos privados que já publicaram seus balanços aumentou 24,1% em 2009, na comparação com 2008, a despeito da crise que fez crescer os índices de inadimplência e abateu o nível de atividade geral da economia. O resultado foi turbinado pelo Itaú Unibanco, que ontem divulgou o maior ganho da década do setor bancário no país: R$ 10,067 bilhões, 29% a mais do que o lucro contábil informado em 2008 (de R$ 7,803 bilhões). Em valores nominais, o segundo melhor valor é o do Banco do Brasil em 2008 (de R$ 8,8 bilhões). De acordo com compilação feita pela Austin Rating, a soma do lucro dos oito bancos chegou a R$ 23,174 bilhões em 2009, contra R$ 18,675 bilhões um ano antes. Além do Itaú, fazem parte da amostra Bradesco, Santander, BMG, ABC Brasil, Industrial, Modal e BRP.

Lula inaugura universidade que mal consegue funcionar

A inauguração de dois prédios da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) pelo presidente Lula virou palco para protestos de estudantes que denunciavam os problemas de estrutura. Há falta de acessos ao local, déficit de professores e carência de água. No palanque, o presidente Lula e sua comitiva tiveram de enfrentar os protestos. O governo admitiu falhas e prometeu avaliar as reivindicações.
As obras de um campus avançado para a universidade começaram em 2007, com previsão de entrega em 2012. Dos dez prédios, cinco ainda estão em construção e três sequer saíram do papel, segundo a reitoria, que admite atraso no cronograma.

'Se querem comparar, vamos comparar'

A ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, reagiu ao ex-presidente Fernando Henrique, sem citálo, e desafiou a oposição a comparar os governos. Dilma inaugurou obras do PAC em Governador Valadares (MG), ao lado do presidente Lula. Anteontem, ao comparar seu governo com o do petista, o tucano disse que Dilma “não é líder, é um reflexo de líder”, e que ela “não inspira confiança”.
— Se quiserem comparar, vamos comparar número por número, obra por obra, casa por casa, escola por escola, emprego por emprego. Tenho orgulho do nosso líder, que nos lidera neste governo, que é o presidente Lula. O Brasil cresce com o povo e não contra o povo, como ocorreu no passado — disse Dilma.

Após ataques de FH, tucanos sobem ao ringue

Dois dias após o expresidente Fernando Henrique Cardoso publicar artigo no GLOBO e no “Estado de S. Paulo” aceitando fazer a comparação entre seus governos e os do presidente Lula, como queria o PT, líderes petistas comemoraram a entrada do tucano no ringue da disputa presidencial.
E parlamentares da oposição reforçaram o contra-ataque de Fernando Henrique, avisando que não ficarão mais acuados.

Serra evita comentar críticas de FH a Dilma

Ao anunciar ontem o aumento do salário mínimo de São Paulo para R$ 560 — R$ 50 a mais que o mínimo nacional — o governador José Serra, pré-candidato do PSDB a presidente, não quis comentar as críticas do ex-presidente Fernando Henrique à ministra Dilma Rousseff, candidata do PT.
Em entrevista no Palácio dos Bandeirantes, porém, o tucano reclamou do que considerou interesse exagerado da TV Brasil, do governo federal, nos problemas de São Paulo.

Marina: PT e PSDB deviam ter dialogado

A senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à Presidência da República, disse acreditar que PT e PSDB erraram por não terem dialogado à procura de um entendimento nos últimos 16 anos, período no qual governaram o país. Filiada ao PT até agosto do ano passado, ela frisou que os petistas deveriam ter procurado esse contato com os tucanos.
— Um erro que cometemos, e digo nós porque fiz parte do PT por 30 anos, foi o de não estabelecer um ponto de contato com o PSDB no período em que ele foi governo. E a mesma coisa aconteceu no período em que o presidente Lula é governo — disse Marina em entrevista à “TV Estadão”, do site do “Estado de S. Paulo”.

'O vício da corrupção entrou em nosso partido'
Chefe de Gabinete de Lula avalia os 30 anos do PT
ENTREVISTA Gilberto Carvalho
Considerado a voz mais frequente do presidente Lula no PT, Gilberto Carvalho, chefe de Gabinete da Presidência, fez ontem uma avaliação dos 30 anos do partido, e disse ao GLOBO que a maior perda do PT no período foi ter “adquirido o vício da corrupção”. Como ganho principal, ele citou o fato de o partido ter conseguido transformar agricultores e operários em atores políticos. Carvalho disse ainda que a vaga de candidato da base ao governo de São Paulo continua reservada para o deputado Ciro Gomes (PSB).

Lula agora defende cautela sobre Alencar

Depois de incentivar nos bastidores a candidatura do vice-presidente José Alencar (PRB) ao governo de Minas Gerais como forma de unir a base governista no estado, o presidente Lula e estrategistas políticos do governo e do PT decidiram mudar de tática e assumir uma posição mais cautelosa. Por isso, a determinação do Planalto foi de, por enquanto, mergulhar com o balão de ensaio da candidatura Alencar, já que foi forte a reação do PMDB do ministro das Comunicações, Hélio Costa, pré-candidato à sucessão do tucano Aécio Neves.

Obras da Petrobras devem ser mantidas

Em sessão do Congresso ontem à noite, senadores e deputados apreciaram o veto do presidente Lula ao Orçamento da União de 2010 que garantiu a liberação de recursos para obras da Petrobras com suspeitas de irregularidades, segundo o Tribunal de Contas da União. O resultado da votação final só será conhecido hoje, mas a expectativa dos governistas e até mesmo da oposição é que o veto de Lula será mantido. A oposição chegou a pedir verificação de quórum no Senado, para tentar impedir a votação, mas o presidente José Sarney (PMDB-AP) decidiu levar a sessão adiante, sob a alegação de que a contagem é feita com as duas Casas juntas, e havia quórum na Câmara.

PF vai investigar desaparecimento de adolescentes

O ministro da Justiça, Tarso Genro, determinou ontem que a Polícia Federal abra inquérito para investigar o desaparecimento de seis adolescentes em Luziânia, Goiás. O ministro acertou a intervenção da PF no caso numa conversa com o secretário de Segurança de Goiás, Ernesto Roller. Tarso se reuniu com as mães de seis adolescentes desaparecidos e com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante. Até então, o governador Alcides Rodrigues e Roller resistiam à entrada da PF. Um pedido do governo estadual é uma das condições previstas em lei para que a PF atue em casos dessa natureza. Mas, com a insistência da OAB e das mães dos desaparecidos, Tarso tomou a iniciativa de ligar para o secretário e propor a ajuda. Desde o início do ano, seis adolescentes, de 13 a 17 anos de idade, desapareceram em Luziânia.

A reabilitação de Vinicius no Itamaraty

Trinta anos depois de sua morte, o diplomata cassado Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes vai virar embaixador. A Câmara aprovou ontem a promoção do ex-servidor a ministro de primeira classe do Itamaraty, cargo mais alto da carreira diplomática. O ato reabilita a trajetória profissional do poeta Vinicius de Moraes, que foi perseguido pela ditadura militar e expulso do Ministério das Relações Exteriores em abril de 1969, com base no Ato Institucional nº 5 (AI-5). Redigido por amigos de Vinicius no Itamaraty, o texto da promoção passou três anos numa gaveta do Ministério do Planejamento. Foi finalmente enviado ao Congresso no fim de 2009, depois que uma reportagem do GLOBO revelou bastidores da demissão sumária do poeta.

STJ garante a homossexual pensão de previdência privada

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou ontem uma decisão que abre mais uma brecha para o reconhecimento dos direitos de casais homossexuais. Em julgamento, foi dado a um parceiro o direito de receber pensão de uma empresa de previdência privada após a morte de seu companheiro, com quem mantivera união estável de 15 anos. Para a relatora do processo, ministra Nancy Andrighi, os direitos de casais heterossexuais devem ser estendidos aos homossexuais, considerandose a sociedade na qual vivemos, “com estruturas de convívio familiar cada vez mais complexas”. Os demais ministros da Terceira Turma do Tribunal concordaram.

Gays pedem que Senado barre general no STM

Presos após assumirem um relacionamento homossexual em 2008, o ex-sargento Fernando Alcântara de Figueiredo e o sargento Laci Araújo pediram ontem ao Senado que barre a indicação do general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho para o Superior Tribunal Militar (STM). O oficial provocou polêmica na semana passada ao afirmar, na Comissão de Constituição e Justiça, que é contrário à presença de gays nas Forças Armadas. Em requerimento entregue à Mesa Diretora do Senado, os dois dizem que, se tiver a indicação confirmada, o general julgará ação contra Laci no STM.
— Pedimos que o Senado não homologue o nome do general. Sua declaração foi homofóbica e preconceituosa — disse Figueiredo.

O Estado de S. Paulo

PSDB deve ao País uma 'Carta aos Brasileiros', afirma Bernardo

Escalado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para integrar o time de defesa da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou ontem que o PSDB deveria apresentar uma Carta ao Povo Brasileiro na campanha, como fez o PT em 2002. No contra-ataque aos tucanos depois que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que Dilma, pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, "não inspira confiança" e é "reflexo de um líder", Bernardo evocou o documento petista para sustentar que quem ameaça dar um "cavalo de pau" na economia é o PSDB.

Lula avisa que vai viajar com Dilma enquanto 'lei permitir'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou ontem que não está preocupado com as denúncias de campanha antecipada apresentadas pelos adversários à Justiça Eleitoral, avisou que visitará obras até o último dia do mandato e atribuiu a reação da oposição à falta de discurso. Ele chamou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de "salvação da lavoura" - por ter gerado emprego durante a crise mundial - e disse que levará a pré-candidata do PT à Presidência, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), às inaugurações enquanto a legislação permitir.

'Respeitamos Ciro, mas ninguém pode governar sozinho'

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, defendeu a aliança do PT com o PMDB, sob o argumento de que "ninguém pode governar sozinho", e rechaçou comentários do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), para quem a coligação de apoio à chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, padece de "frouxidão moral". Bem-humorado, ele poupou Ciro, que não desistiu de disputar o Planalto, mas alfinetou a oposição. "Às vezes, o PSDB e o DEM tendem a achar que o mundo está dividido em duas partes: uma que apanha e outra que bate. Temos de mostrar que eles não vão ter vida fácil nessa campanha", insistiu.

'Eles é que devem fazer carta para explicar política fiscal', reage Virgílio

A declaração do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, de que o PSDB deveria apresentar uma Carta ao Povo Brasileiro para explicar o que pretende fazer com a política econômica, caso vença a eleição presidencial, foi recebida como provocação na seara tucana. A reação veio no mesmo tom. Lideranças do partido no Congresso acusaram ontem o ministro de ter "memória fraca" e disseram que é o PT que tem de se explicar à sociedade pelo episódio do mensalão e por uma política fiscal "irresponsável". "Eles devem explicações até hoje ao povo brasileiro sobre o mensalão", reagiu o líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), referindo-se ao escândalo que virou uma eterna pedra no sapato dos petistas.

Serra anuncia piso salarial de R$ 560

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), anunciou ontem que o novo piso salarial paulista será de R$ 560 - valor que equivale a um reajuste de 10,89%. Embora o aumento seja maior que o do salário mínimo nacional, concedido pelo governo federal, representa um crescimento menor que o registrado no ano passado. Antes da decisão, houve discussão na equipe econômica do Estado sobre o critério de reajuste e chegou-se a anunciar um aumento menor que o do salário mínimo. A proposta, que altera as três faixas salariais do Estado, chega a 1,4 milhão de trabalhadores. A primeira faixa passará de R$ 505 para R$ 560 e alcança trabalhadores domésticos e motoboys, entre outros. As outras duas faixas irão de R$ 530 e R$ 545 para R$ 570 e R$ 580, respectivamente. A medida passa a valer após aprovação do projeto de lei pela Assembleia.

Ofensiva de FHC não foi combinada, mas tucanos apoiam

A ofensiva do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso contra as críticas e as avaliações dos governos tucanos (1995-2002) feitas pelo presidente Lula e pela candidata petista ao Planalto, Dilma Rousseff, não foi previamente combinada com a cúpula do PSDB. Apesar disso, as lideranças do PSDB disseram ontem que o ex-presidente não está "nem na contramão nem fora do tom".4] A única definição estratégica dos tucanos, até agora, é esta: o governador e pré-candidato ao Planalto, José Serra, oficializa a candidatura em março e, até lá, não se envolve em nenhum bate-boca com Lula porque o presidente não é o candidato a enfrentar. O próprio Serra, em entrevista ao Estado, em meados do mês passado, disse que "candidato a presidente não é chefe da oposição".

Governador questiona TV Brasil

O governador José Serra sugeriu ontem que a TV Brasil, ligada ao governo federal, faz cobertura jornalística parcial. Durante entrevista sobre o novo piso salarial do Estado, Serra foi questionado por uma repórter da emissora sobre as medidas tomadas pela Sabesp para solucionar a interrupção no fornecimento de água para 750 mil pessoas. "A Sabesp está fazendo o possível para arrumar isso. Espero que a TV Brasil tenha o mesmo interesse com cada Estado e município", disse o tucano. Questionado se sentia perseguido pela TV Brasil, afirmou: "De forma nenhuma. Pelo contrário. É um interesse grande demais que gostaria que fosse disseminado por todo lado. Espero que essa disseminação seja total e não parcial como tem sido."

Briga entre PT e PSDB chega ao plenário do Senado

As críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que chamou a ministra Dilma Rousseff de "reflexo de líder" ecoaram e dominaram a sessão do Senado ontem. Ex-presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) subiu à tribuna para dizer que a candidata é como silicone. "A Dilma é uma liderança de silicone. É bonita por fora e falsa por dentro", atacou. Foi a senha para o início de um debate de duas horas, no qual o PT levou desvantagem. Apenas três senadores da sigla - Eduardo Suplicy (SP), João Pedro (AM) e Serys Slhessarenko (MT) - estavam no plenário. Suplicy se limitou a reconhecer que programas sociais tiveram início com FHC e foram "ampliados" sob Lula.

Supremo pode decidir sobre futuro de centrais

O Supremo Tribunal Federal (STF) pode decidir hoje a retirada de poderes e milhões de reais da receita das centrais sindicais. Além disso, deve voltar a julgar uma ação do DEM que questiona a possibilidade de substituição das entidades sindicais ? sindicatos, federações e confederações ? por centrais e, consequentemente, a destinação a essas centrais de 10% dos recursos arrecadados pelo imposto sindical. De acordo com informações do Ministério do Trabalho, o valor total arrecadado com a contribuição sindical urbana, patronal e laboral em 2009 foi de R$ 1, 66 bilhão. O órgão também pode decidir hoje sobre a legalidade do parcelamento do pagamento de precatórios em 10 anos. Os julgamentos já começaram e foram interrompidos por pedidos de vista.

CPI do MST mira repasse de verbas a entidades

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as atividades de movimentos e organizações não-governamentais envolvidas com a reforma agrária pode se transformar em mais uma dor de cabeça para o governo federal nas próximas semanas. Programada para iniciar suas atividades hoje à tarde, a CPI vai se debruçar especialmente sobre o repasse de verbas públicas para entidades ligadas ao Movimento dos Sem-Terra (MST), que aumentaram durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A CPI tem força para abrir as contas das entidades e ver se o dinheiro público está sendo bem aplicado", disse o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), integrante da CPI e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária ? uma das bancadas mais influentes do Congresso. "Vamos cobrar transparência nessas transações."

Instituto do PT será alvo de devassa irrestrita

O Tribunal de Justiça de São Paulo impôs ontem período amplo e irrestrito para a quebra do sigilo bancário, financeiro e fiscal do Instituto Florestan Fernandes, ligado ao PT, alvo de investigação do Ministério Público. Com o voto do desembargador Marrey Uint, da 3ª Câmara de Direito Público, caiu a única divergência que havia com relação ao prazo da devassa. O julgamento começou há duas semanas. Os dois votos iniciais já decretaram a quebra do sigilo, mas ficou a pendência sobre o tempo abrangido pela medida. O desembargador Antonio Carlos Malheiros, relator, queria limitar a busca em um ano e meio, de 28 de julho de 2003 a 1º de dezembro de 2004.

Folha de S. Paulo

Serra muda critério para dar reajuste maior ao mínimo

Depois de uma queda de braço entre área política e equipe econômica, o governo de São Paulo mudou, pela primeira vez, o critério de reajuste do piso salarial de Estado, o que possibilitou que o governador José Serra anunciasse ontem um índice de reajuste maior do que o do salário mínimo nacional. Graças à alteração, definida na noite de segunda-feira, véspera do anúncio, o "mínimo estadual" será corrigido em 10,89%, passando de R$ 505 para R$ 560. O índice de reajuste do mínimo fixado pelo governo Lula foi de 9,68%.

Pergunta da TV Brasil irrita tucano

O governador José Serra acusou a TV Brasil, do governo federal, de parcialidade na cobertura de sua administração. Serra não escondeu a irritação durante o anúncio do piso salarial, quando uma repórter identificou-se como da TV Brasil e perguntou o que ele "teria a dizer aos 750 mil moradores" de São Paulo que ficaram três dias sem água em razão de um problema em adutora da Sabesp. Em resposta, afirmou que a Sabesp estava trabalhando para solucionar o caso. "Espero que a TV Brasil tenha o mesmo interesse com cada Estado e cada município", disse ele.

Reajuste modifica contribuição para Previdência

Caso o reajuste proposto pelo governo paulista seja aprovado pela Assembleia Legislativa, os pisos no Estado, que variam de R$ 505 a R$ 545, oscilarão de R$ 560 a R$ 580. Com isso, serão alteradas as contribuições que empregadores e trabalhadores fazem à Previdência.
Desde 2007, São Paulo adota um mínimo regional. Segundo o governo, o objetivo é proteger os trabalhadores que não pertencem a categorias profissionais organizadas em sindicatos. Esse é mais um esforço do governador José Serra para se aproximar dos eleitores de menor renda.

PT se preocupa com vácuo em SP, RJ e MG

A obsessão do PT com uma tática eleitoral que evite a divisão de aliados nos Estados poderá deixar a sigla sem candidatos próprios no eixo São Paulo-Minas Gerais-Rio de Janeiro, que abriga cerca de 55 milhões de eleitores (41,6% do eleitorado nacional). O cenário preocupa dirigentes da sigla, sobretudo porque São Paulo e Minas são governados pelo PSDB, respectivamente, há 16 e oito anos. A Folha apurou que a nova direção do PT pretende votar uma resolução no congresso nacional da sigla, entre os dias 18 e 20, que praticamente lhe dará carta branca para arbitrar as escolhas dos candidatos onde houver polêmica com aliados, sobretudo o PMDB.

Oposição é "time frágil", afirma Lula

Em novo round da troca de farpas com a oposição em torno da sua sequência de viagens pelo Brasil ao lado da ministra da Casa Civil e pré-candidata à sua sucessão, Dilma Rousseff, o presidente Lula afirmou que a oposição parece um "time frágil, que tenta parar [o outro] no tranco, fazendo falta". A declaração foi dada em entrevista a duas rádios de Governador Valadares, no leste de Minas Gerais, onde, junto com Dilma, lançou um pacote de ações do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e dos programas Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família.

Tasso diz que Dilma é "líder de silicone, bela por fora, falsa dentro"

Depois de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso classificar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) de "reflexo de um líder", ontem foi a vez de senadores do partido reforçarem as críticas à candidata do PT à sucessão presidencial. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) chamou Dilma de "liderança de silicone" por ser, segundo ele, "bonita por fora, mas falsa por dentro". Num debate que durou duas horas e contou com a participação de 11 senadores (só três da base aliada do governo), Dilma foi chamada de "Frankenstein", por Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), "ventríloquo", por Marisa Serrano (PSDB-MT), e acusada de não pensar pelo presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE).

"Vamos comparar obra por obra", afirma ministra

Em resposta à ofensiva protagonizada desde o último sábado pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do Planalto à sucessão presidencial, afirmou ontem que o governo Lula está pronto para comparar números de sua gestão aos de FHC. "Se quiserem comparar, nós vamos comparar. Número por número, casa por casa, obra por obra, escola por escola, emprego por emprego", disse Dilma.

Mendes se diz "orgulhoso" por ter combatido Estado policial

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, afirmou ontem que se sente "orgulhoso" por ter combatido e denunciado o que chamou de Estado policial. "Onde polícia se torna Poder, democracia não existe", disse, em discurso na CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Mendes falou que, desde que o STF editou súmula vinculante restringindo uso das algemas, não houve mais a "espetacularização das prisões". "O Brasil deve isso ao Supremo. Só isso já bastaria para consagrar o STF."

Plano cria "comissão da calúnia", diz general

O general da ativa Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Exército, diz em nota que a comissão da verdade, criada pelo governo para investigar crimes contra os direitos humanos durante a ditadura militar (1964-1985), seria formada por "fanáticos" e viraria uma "comissão da calúnia". Segundo ele, que é general de quatro estrelas (maior patente militar) e parte do Alto Comando do Exército, os integrantes da comissão seriam os "mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o sequestro de inocentes e o assalto a bancos como meio de combate ao regime, para alcançar o poder".

Vídeo reforça suspeita de suborno no DF

Um vídeo que está sendo periciado pela Polícia Federal reforça a suspeita de que o governador José Roberto Arruda (sem partido) ofereceu R$ 1 milhão para uma testemunha depor a favor dele no inquérito do mensalão do DEM. Na gravação obtida pela Folha, um ex-secretário do Distrito Federal, próximo ao governador, afirma ter ouvido Arruda dizer que precisava da "ajuda" da testemunha, o jornalista Edson Sombra.
Sombra gravou o vídeo e o entregou à PF afirmando ser prova da tentativa de suborno por parte do governador. O ex-secretário de Comunicação Weligton Moraes aparece no vídeo conversando com Sombra sobre o repasse de R$ 1 milhão em troca de um depoimento favorável a Arruda. No diálogo, o jornalista comenta com Moraes que temia ser alvo de "armação" de Arruda e pergunta se o ex-secretário levou a preocupação ao governador.

PF acha R$ 625 mil com aliados de governador

A Polícia Federal apreendeu na operação Caixa de Pandora cerca de R$ 625 mil nas casas dos principais aliados do governador José Roberto Arruda (sem partido), suspeito de comandar o mensalão do DEM, um esquema no governo do Distrito Federal de pagamento de propina a políticos. A Folha teve acesso às analises da PF sobre o material encontrado. Os policiais federais acharam R$ 85 mil na casa do ex-presidente da Câmara Legislativa do DF Leonardo Prudente (sem partido) -filmado colocando dinheiro nas meias. O deputado renunciou à presidência da Câmara Legislativa no dia 25 de janeiro.

Correio Braziliense

Um dique para submergir Serra

O governo usará os transtornos provocados pelas chuvas como trunfo na campanha eleitoral. Por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será incluída no chamado PAC 2, a ser lançado em março, uma previsão de novos investimentos na prevenção de enchentes. A ideia é usar o palanque oficial a fim de minar a pré-candidatura presidencial do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Fustigá-lo ao sugerir a seguinte comparação: enquanto os tucanos não conseguem solucionar o problema, apesar de estarem há 15 anos à frente da administração paulista, Lula e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), têm projetos e recursos para acabar com o calvário enfrentado pela população do maior colégio eleitoral do país.

Privilégio para os gaúchos

O Ministério da Justiça privilegiou, em 2009, o Rio Grande do Sul em repasses de dinheiro federal em forma de contribuições e auxílios ao governo e a prefeituras. O estado recebeu R$ 14,4 milhões, dos quais R$ 6,3 milhões, 43% do total, injetados em cinco municípios administrados por partidos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A verba cai como uma luva para as pretensões do ministro Tarso Genro (PT), que deixa a pasta hoje para se dedicar à campanha ao governo gaúcho.

Novo titular da Justiça promete mudar pouco

O ministro da Justiça, Tarso Genro, deixa hoje o cargo para se candidatar ao governo do Rio Grande do Sul. Será substituído pelo secretário-executivo, Luiz Paulo Barreto, funcionário de carreira da pasta. Barreto já ocupou a função 15 vezes desde a gestão de Márcio Thomaz Bastos, em 2004. Com 46 anos, o novo ministro ficou conhecido no episódio em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou expulsar do Brasil o jornalista Larry Rother, do New York Times. Barreto, que estava no exercício do cargo, foi contra a decisão do Palácio do Planalto (leia memória). Segundo ele, poucas mudanças serão feitas na pasta e os principais auxiliares de Tarso continuarão nos postos.

Pedido de chefe é uma ordem

Sem muito estardalhaço, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem usado as audiências para tratar da vida de cada um de seus ministros na temporada eleitoral deste ano, escalando muitos deles para permanecer no cargo durante a campanha. O quadro está praticamente fechado e o Palácio do Planalto calcula que só 11 ministros deixarão o governo para tentar buscar um mandato eletivo em 2010. Antes, eram 15.

Recado vem de Minas

Governador Valadares, Teófilo Otoni e Montes Claros (MG) — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, subiram o tom nos ataques e reagiram à oposição em Governador Valadares e Teófilo Otoni. Oficialmente, a campanha ainda não começou, mas os palanques já foram montados. O presidente e sua pré-candidata ao Palácio do Planalto não pouparam críticas aos adversários, respondendo às provocações feitas, principalmente, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. E não foi só o tom que subiu. Dilma e Lula quebraram o protocolo ao descerem do carro oficial para abraçar e cumprimentar eleitores que os esperavam no aeroporto de Governador Valadares. O complemento foi dado com uma extensa lista de inaugurações, passando de casas populares até a criação de universidade a distância.

Senadores escapam da votação de vetos de Lula

O Congresso apreciou ontem os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei Orçamentária nº 12.214/10 que retiram quatro empreendimentos da Petrobras da lista de obras auditadas pelo Tribunal de Contas da União com indícios de irregularidades. De acordo com o vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), apesar de a votação ter sido encerrada, o resultado só será divulgado na manhã de hoje. Apesar da presença de 359 deputados, os parlamentares notaram a ausência dos senadores na votação. Apenas 26 estiveram presentes, mostrando, assim, que os senadores da oposição não cumpriram o acordo e boicotaram a votação dos vetos presidenciais.

Helicóptero da TV Record cai no pátio do Jockey Club de São Paulo

Helicóptero da TV Record cai no pátio do Jockey Club de São Paulo

10/02 às 08h11 TV Globo, Marcelle Ribeiro, O Globo
  reprodução de imagem tv 
globo reprodução de imagem tv 
globo 

Video do helicoptero da Record girando e caindo - Imagens Rede Globo http://www.youtube.com/watch?v=-294LFeZm6Y

 
Aeronave caiu por volta das 7h30
SÃO PAULO - Um helicóptero da TV Record caiu nesta quarta-feira, por volta de 7h30m, após tentar fazer um pouso de emergência no pátio do Jockey Club, na Zona Sul de São Paulo. Imagens gravadas pelo helicóptero da Globo mostram o aparelho rodopiando no ar e caindo no gramado. Segundo informação de Fábio Camacho, médico veterinário do Jockey Club, o piloto Rafael Delgado Sobrinho não resistiu e morreu no local. O cinegrafista Alexandre da Silva Moura, conhecido como Alexandre Borracha, foi encaminhado a um hospital da região. Ele estava com o rosto cheio de sangue, estava consciente e reclamava de dores.
Durante o voo, o piloto do helicóptero da TV Record fez contato com o piloto da Globo. Os dois aparelhos tinham acabado de fazer imagens aéreas da avenida morumbi, na zona sul da cidade, onde uma quadrilha usou uma carreta para bloquear a via e tentar assaltar uma agência do Unibanco. O bando fez reféns num posto de gasolina e em uma farmácia vizinhos.

O helicóptero, em foto de Lucas Lacaz Ruiz
O helicóptero, em foto de Lucas Lacaz Ruiz
Dato de Oliveira, piloto do Globocop, afirmou que as duas equipes estavam fazendo imagens da Avenida Morumbi e que Rafael fez contato com ele pelo rádio , falando da instabilidade do aparelho, que seria decorrente de uma pane no rotor de cauda, a hélice traseira do helicóptero.
Oliveira teria então sugerido o pouso de emergência e Rafael seguiu para o Jockey, onde o aparelho acabou caindo.
- Tenho certeza absoluta que ele veio para cá porque sabia que aqui, se acontecesse algo, não atingiria outras pessoas. Se fosse na Marginal, seria mais grave - disse Dato, acrescentando que este tipo de pane na hélice é muito rara e que o rotor de causa é vital para um helicóptero, pois o mantém no eixo.
Dato afirmou que, logo em seguida, ele também pousou no pátio do Jockey Club, para ajudar no socorro. O piloto desligou a bomba de combustível, a bateria e a chave geral do helicóptero para evitar incêndio. Ao chegar perto do aparelho, viu o colega caído, desacordado.
- O Rafael era um amigo de muito tempo. A gente sempre se falava pelo rádio nos voos. Era um profissional consciente, de grande tranquilidade, excelente. Foi uma fatalidade.
Primeiro a fazer o atendimento no local do acidente, o soldado da PM Fabio Cézar disse o piloto já estava morto e o cinegrafista, muito nervoso, foi imobilizado e encaminhado ao Hospital Itacolomi Butantã. Segundo o PM, o cinegrafista apresentava sangramento na boca e dores nas costas.
Por volta de 9h20m, o corpo do piloto foi removido pelo IML. Peritos da Aeronáutica chegaram ao local para verificar o aparelho e iniciar os trabalhos para descobrir a causa do acidente.
http://moglobo.globo.com/integra.asp?txtUrl=/cidades/mat/2010/02/10/helicoptero-da-tv-record-cai-no-patio-do-jockey-club-de-sao-paulo-915829534.asp

'Ele relatou pane pelo rádio', diz piloto que viu queda de helicóptero em SP

Comandante da TV Globo foi o primeiro a chegar a local do acidente.

Aeronave teria caído por problemas no rotor da cauda; piloto morreu.

Juliana Cardilli do G1, em São Paulo


Foto: Filipe Araújo/AE
 Foto: Filipe Araújo/AE
Aeronave caiu na manhã desta quarta no Jockey Club de SP (Foto: Filipe Araújo/AE)


Uma pane no rotor de cauda e uma tentativa frustrada de fazer um pouso de emergência. O piloto do Globocop Dato de Oliveira acompanhou de perto a queda do helicóptero da TV Record, na manhã desta quarta-feira (10), no Jockey Club de São Paulo, e foi o primeiro a ajudar no socorro às duas vítimas. Uma delas, o piloto Rafael Delgado Sobrinho, de 45 anos, morreu no acidente.

Oliveira e o piloto da aeronave da Globo voavam lado a lado, capturando imagens de uma assalto a banco na Avenida Morumbi, Zona Sul de São Paulo. Sobrinho chamou Oliveira por rádio e informou que o painel acusava uma pane no rotor de cauda. O piloto da Record optou por tentar fazer um pouso de emergência no Jockey Club.



“Quando ele relatou o problema, decidi acompanhá-lo para ver o que estava acontecendo. Esse é um problema difícil de acontecer, porque o rotor de cauda é vital para o helicóptero. Se você o perde, você entra em giro”. A explicação de Oliveira coincide com as imagens da queda do helicóptero, que mostram a aeronave rodando até tocar o chão (veja ao lado).


Ao ver a queda, que foi toda filmada pelas câmeras do helicóptero da TV Globo, Oliveira pousou no gramado do Jockey imediatamente. Além do socorro às vítimas, o objetivo dele era desligar a bomba de combustível e a bateria e, assim, evitar uma explosão.

Oliveira era amigo de Rafael Delgado Sobrinho. Segundo o piloto da TV Globo, o colega era um profissional experiente. “Era um amigo de muito tempo, uma pessoa muito tranquila. Foi uma fatalidade mesmo”, disse.

Acidente

O helicóptero da TV Record caiu por volta das 7h20 desta quarta, no gramado do Jockey Club. A aeronave começou a rodopiar soltando fumaça, perdeu altitude e caiu. Além do piloto, estava a bordo o cinegrafista Alexandre Silva de Moura, que foi retirado com vida da aeronave. Segundo o hospital, o estado dele era grave no começo desta tarde.

Luiz Carlos Assunção, auxiliar de enfermagem do Jockey, foi um dos primeiros a chegar no local onde o helicóptero caiu. Segundo ele, o piloto estava desmaiado e o cinegrafista reclamava de dores.


“Ele gritava e reclamava de muita dor na coluna e na região dos rins. Falamos que iríamos socorrê-lo e tentamos acalmá-lo. Ele mexia os pés e estava aparentemente bem”, disse Assunção.


Investigações

A Aeronáutica vai usar as imagens da queda do helicóptero para saber quais foram as causas do acidente. Segundo o tenente coronel Ricardo Beltran Crespo, comandante do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), em São Paulo, as principais hipóteses para o acidente são falha técnica ou falha humana.

“Aquela fumaça que saiu do helicóptero pode ter algo a ver com algum problema técnico. Tudo indica que o piloto ainda tentou fazer um pouso forçado após a falha”, disse Crespo ao G1. As investigações podem levar até um ano.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, o helicóptero que caiu era do modelo AS-350BA, de fabricação da Eurocopter France. A aeronave comportava até cinco passageiros e suportava voar com até duas toneladas. O helicóptero estava devidamente certificado e inspecionado.






http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1484552-5605,00-ELE+RELATOU+PANE+PELO+RADIO+DIZ+PILOTO+QUE+VIU+QUEDA+DE+HELICOPTERO+EM+SP.html

Resumo das noticias dos jornais de hoje - 05/02/2010

Nos jornais: Serra culpa a 'histerese' pelo aumento da violência em SP

O Globo

Serra culpa a histerese pelo aumento da violência em SP

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse ontem que o aumento da violência no estado entre 2008 e 2009 está relacionado à crise econômica e à alta do desemprego. E afirmou que, após a recuperação da economia, no segundo semestre, os dados começaram a melhorar.

— A média de crimes no ano cresceu porque houve um calombo no primeiro semestre de 2009 em função do desemprego e da crise — disse Serra, após evento num hospital da Zona Sul da capital paulista.

Serra afirmou que, no último trimestre de 2009, houve queda de 4,7% no número de homicídios em comparação com o mesmo período de 2008. Ele reclamou que esses dados foram ignorados pela imprensa, que, disse, deu atenção apenas ao aumento da média anual. Segundo o levantamento, em 2009 os índices de roubo foram os mais altos da década. Foram 257.004 roubos no ano passado, contra 217.867 em 2008, um aumento de 18%. — Não é um termo jornalístico, mas isso se deve à histerese (um conceito da física). É um fenômeno segundo o qual algo leva mais tempo para melhorar do que levou para piorar. Se você recupera a economia, o índice de crimes melhora, mas numa velocidade menor do que a de quando piorou. Existe defasagem — disse Serra, ao falar do aumento da criminalidade em São Paulo, sobretudo em cidades do interior.

Governo só vai privatizar aeroportos após eleições

O governo não vai repassar nenhum aeroporto à iniciativa privada este ano para não dar munição à oposição em ano eleitoral, apesar de já ter concluído uma proposta de modelo de privatização. Essa é a avaliação de pessoas próximas ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que trata pessoalmente do tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ministro afirmou que “as concessões estão fora de cogitação”. Segundo interlocutores, Jobim tem insistido na proposta nas conversas com o presidente. Porém, falta a ele o respaldo da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à Presidência da República. A ministra já bateu o martelo de que nenhum aeroporto existente será concedido este ano. Para Dilma, o principal para 2010 é concluir a abertura de capital da Infraero, administradora de 67 terminais do país e que poderá vender 49% de suas ações.

Com Cabral desde Garotinho

No mesmo dia em que participou, com o presidente Lula, de inaugurações ao lado do governador Sérgio Cabral (PMDB), no Rio, a ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, teve um encontro reservado com o exgovernador Anthony Garotinho (PR), num apartamento em Copacabana. A reunião, no último dia 25, foi um pedido de Garotinho, que já foi um crítico feroz de Lula mas que negocia o apoio de seu governo. Ambos são pré-candidatos ao Palácio Guanabara e querem ter a petista no palanque nas eleições de outubro, já que seus partidos fazem parte da base do governo Lula. Cabral teria ficado irritado com o encontro, o que seus assessores negam.

Em reação a Ciro, governo pressiona PSB nos estados

Diante do bombardeio do deputado e ex-ministro Ciro Gomes (PSB) para manter sua candidatura presidencial, o Planalto decidiu mudar de estratégia: agora vai jogar pesado com o PSB e tentar sufocar o partido, principalmente dificultando as alianças regionais. O governo fará forte pressão em Pernambuco, onde o governador Eduardo Campos, presidente do PSB, vai tentar a reeleição com o apoio do PT. Também deve jogar pesado em estados como Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe, ameaçando dificultar acordos regionais já adiantados. A estratégia, com isso, é repassar para o PSB o ônus político da retirada da candidatura de Ciro.

Oposição insiste em dupla Serra-Aécio

Apesar das negativas públicas, discretos movimentos do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), nos bastidores, alimentam a esperança entre tucanos e integrantes do DEM de que ele poderá ser o vice na chapa presidencial do governador José Serra (SP). Aécio procurou aliados de sua confiança para sondá-los sobre o assunto, o que foi visto como um sinal de que começa a reconsiderar a possibilidade de compor a chapa puro-sangue para a disputa com a petista Dilma Rousseff.

Marina faz contraponto com Lula na TV

A pré-candidata do PV à Presidência, senadora Marina Silva (AC), sem maquiagem ou produção mais apurada de figurino, ocupou praticamente sozinha ontem os dez minutos do programa do PV na televisão. O contraponto mostrado com a biografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é que também venceu os obstáculos das doenças e pobreza no interior do Acre, mas optou por estudar muito e, hoje, é um nome respeitado por importantes lideranças mundiais, não só as do meio ambiente. O tema do programa foi a educação, apontado como o maior problema brasileiro.

— Tudo o que aconteceu comigo foi porque tive oportunidade de estudar, ainda que tardiamente — disse Marina.

PF prende acusado de subornar testemunha do mensalão do DEM

A Polícia Federal prendeu ontem em flagrante Antônio Bento, funcionário do metrô de Brasília acusado de tentar subornar com R$3 milhões o jornalista Edmilson Edson Santos, o Sombra, amigo de Durval Barbosa, uma das principais testemunhas do mensalão do DEM, supostamente chefiado pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). Bento foi preso momentos depois de entregar uma sacola com R$200 mil a Edson numa lanchonete, em Brasília. Os dois são diretores do jornal "O Distrital", em Brasília.

Comissão de Anistia indeniza família de Covas

O ex-governador de São Paulo Mario Covas, morto em 2001 em decorrência de um câncer no intestino, foi considerado ontem pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça vítima da ditadura militar, e sua família receberá uma indenização de R$ 100 mil. A decisão foi anunciada em São Paulo pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, durante reunião da Caravana da Anistia, na sede da Força Sindical, onde foram julgados 88 processos de pessoas perseguidas politicamente durante o regime militar, de 1964 a 1985. A família de Covas queria uma indenização de R$ 2,3 milhões, referentes ao salários que ele deixou de receber durante dez anos como deputado federal. Covas teve o mandato cassado em 1969, mas a Caravana da Anistia não reconheceu esse pleito e fixou a indenização em R$ 100 mil.

Senado quer ouvir de novo general sobre gays

As declarações do general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho sobre a suposta incapacidade dos gays de assumirem postos de comando na carreira militar provocaram polêmica e ameaçam retardar a indicação dele para uma vaga de ministro do Superior Tribunal Militar (STM). A indicação ainda tem que ser aprovada pelo plenário do Senado, mas, diante da repercussão, senadores que já haviam aprovado seu nome na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) agora querem voltar a ouvi-lo. O STM é a corte que julga processos contra militares, inclusive os que envolvem homossexuais militares. O primeiro a pedir a volta do general à CCJ foi o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Para tentar impedir nova sabatina, assessores do Ministério da Defesa passaram o dia em reuniões com senadores e tentando convencer Suplicy a desistir. Queriam que ele recebesse Cerqueira a sós. Sem sucesso.

Caças: novo embaixador dos EUA defende Boeing

O novo embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon, afirmou ontem que uma eventual derrota da empresa americana Boeing para a francesa Dassault na venda de caças à Força Aérea Brasileira (FAB) não irá prejudicar a relação do Brasil com os EUA. O diplomata acredita que a Boeing, fabricante do F-18, ainda está no páreo para a venda de 36 caças ao governo brasileiro. Ele defendeu o avião F-18 Super Hornet: — O produto Boeing é bom e merece a atenção do governo brasileiro. Esta é uma concorrência comercial, que não vai afetar nossa relação. É parte da nossa diplomacia comercial.

Folha de S. Paulo

Suecos e americanos também oferecem desconto nos caças

Surpresos pela negociação direta do governo brasileiro com a fabricante francesa Dassault, os concorrentes na disputa pelo fornecimento dos novos caças da FAB reclamam o direito de oferecer novos preços para seus aviões. Conforme a Folha revelou ontem, a Dassault baixou em US$ 2 bilhões a oferta pelo pacote de seu caça, o Rafale. O avião, favorito do governo Lula, foi então escolhido em uma reunião entre o presidente e o ministro Nelson Jobim (Defesa) na terça passada. Ainda não há previsão do anúncio formal.

Jobim diz que compra de novos caças da FAB ainda não foi definida

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou ontem que o governo já tenha escolhido o caça francês Rafale. O ministro foi questionado sobre o assunto ontem pela manhã durante o anúncio do 3º balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "Não está definida a compra dos caças, o procedimento está em andamento no Ministério da Defesa. A notícia não tem fundamento", afirmou o ministro, sem dar mais detalhes e referindo-se a reportagem publicada ontem pela Folha.

Petrobras cancela licitação de agências

Em meio a uma disputa interna, a Petrobras decidiu ontem cancelar a licitação para a escolha das três agências de publicidade que vão partilhar a conta da companhia -de R$ 250 milhões ao ano, uma das mais cobiçadas do país. Apesar do vazamento do nome das três agências mais bem classificadas na fase mais importante da licitação -que praticamente definiu a concorrência-, a Petrobras relutava em cancelar a licitação.

Petistas defendem escolha de Dilma para disputar Planalto

A cúpula do PT criticou ontem a declaração do ministro Tarso Genro (Justiça), que, em entrevista à Folha na véspera, disse que o presidente Lula definiu sozinho a candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência porque havia um "vazio" no partido, que estava "fragilizado" com o mensalão. Para o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), a ministra é unanimidade dentro do PT. "Ela tem intimidade com nossa história, intimidade com o nosso projeto. O nosso partido é rico em quadros e ela foi a melhor dos melhores. Sua escolha não tem relação nenhuma com o mensalão." O deputado José Genoino (PT-SP) disse que a declaração de Tarso Genro foi extemporânea, e deveria ter sido feita quando Dilma foi escolhida. "Ela tem o nosso respaldo e também do presidente Lula", afirmou.

Promotoria acusa ex-prefeito de BH de superfaturar obras

Um dos coordenadores da pré-campanha presidencial da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) é acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais de ter se beneficiado eleitoralmente de um suposto esquema de superfaturamento de obras de construção de casas populares durante seu primeiro mandato, entre 2003 e 2004. Em ação ingressada em dezembro contra Pimentel e outros nove acusados, o Ministério Público afirma que houve superfaturamento de R$ 9,1 milhões na execução de convênio firmado em 1999 entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a ASA (Ação Social Arquidiocesana), uma ONG vinculada à Arquidiocese da capital. O caso foi revelado ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Para Procuradoria, carta de vice é "propaganda eleitoral completa"

O envio de cartas a eleitores e crianças de Mato Grosso pelo vice-governador Silval Barbosa (PMDB), pré-candidato ao governo do Estado, concentra todos os elementos de "uma propaganda eleitoral completa".
A afirmação é do Ministério Público Federal, em trecho de representação encaminhada ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso por propaganda eleitoral extemporânea. As cartas, personalizadas com o auxílio de dados específicos dos destinatários (nome, idade, opção religiosa), são distribuídas desde o final do ano passado.
Nas cartas endereçadas a adultos, a conotação eleitoral é explícita: "Refleti muito quando o partido me convidou para ser seu pré-candidato a governador [...]. Aceitei a missão".

Filha de secretário de GO cobra propina de entidade beneficente

Dois vídeos entregues ao Ministério Público de Goiás mostram a filha do secretário estadual da Fazenda, Jorcelino Braga (PP), recebendo maços de dinheiro da presidente de uma entidade que atende pessoas carentes e com câncer. Autora da gravação, a presidente da Renafé (Associação Renascer da Fé), Ivone Francisco dos Santos, acusa Aniela Braga de cobrar propina de 10% sobre repasses à entidade efetuados pelo governo de Goiás. O pai de Aniela é um dos pré-candidatos à sucessão do governador Alcides Rodrigues (PP). Ele diz desconhecer as supostas atividades da filha. Só no segundo vídeo o montante entregue é revelado: Ivone dá cinco maços e afirma que ali estão R$ 4.800. Aniela coloca o dinheiro nos bolsos. O Ministério Público abriu inquérito para investigar crime contra a administração pública, improbidade administrativa e extorsão.

Jorcelino diz desconhecer irregularidade

O secretário de Fazenda de Goiás, Jorcelino Braga (PP), disse que desconhece as supostas práticas da filha e que pediu providências do Ministério Público assim que soube das acusações. Aniela Braga não foi encontrada ontem. Braga tentou distanciar sua imagem da filha. "Ela é fruto de um relacionamento que tive na faculdade, não tenho muito contato com ela", afirmou. Ele negou conhecimento ou participação em cobrança de propina ou ingerência em convênios celebrados com secretarias.

Em programa do PV, Marina evita fazer crítica a Lula e FHC

A estratégia da pré-candidata à Presidência, senadora Marina Silva (PV-AC), de evitar o confronto com petistas e tucanos foi colocada em prática na propaganda partidária da sigla que foi ao ar ontem em cadeia nacional.
Com 8% das intenções de voto na pesquisa Datafolha de dezembro -em cenário com José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Ciro Gomes (PSB-CE) -, Marina aparece por vezes risonha num programa leve, cujo eixo não foi a questão ambiental, bandeira com a qual se identifica, e sim a educação. "O presidente Fernando Henrique e o presidente Lula deram uma grande contribuição colocando todas as crianças na escola, mas ainda é preciso dar um passo adiante: a educação com qualidade", disse Marina.

Conselheiro do DF é preso ao pagar suborno

A Polícia Federal prendeu ontem o servidor público aposentado e conselheiro do Metrô do DF Antonio Bento Silva, flagrado quando tentava, segundo a PF, subornar uma testemunha do mensalão do DEM. Antonio Bento foi preso no momento que entregava, numa sacola, R$ 200 mil ao jornalista Edson Sombra. A polícia filmou a prisão, que ocorreu às 9h numa lanchonete de Brasília. Segundo a PF, Sombra disse que o dinheiro foi ofertado para que ele mentisse para a polícia e favorecesse o governador José Roberto Arruda (sem partido). Sombra também entregou à PF bilhete que diz ter sido escrito pelo próprio Arruda com frases soltas. A polícia confirma que recebeu o bilhete, mas não comenta a autoria. O bilhete faz, segundo Sombra disse à PF, parte da negociação da propina. "Deixei o bilhete com a polícia. É do José Roberto", disse o jornalista. A assessoria de Arruda nega que exista o bilhete.

Arruda nega envolvimento com episódio

A assessoria do governador José Roberto Arruda (sem partido) negou envolvimento dele com a tentativa de suborno, flagrada ontem pela Polícia Federal. Em nota, afirmou que a prisão do funcionário público aposentado é "mais uma tentativa de armação do grupo de Durval Barbosa para comprometer o governo do Distrito Federal e turvar as investigações".
O governo disse ainda que repudia as insinuações de que o suborno foi ofertado para favorecer Arruda. Segundo a PF, o jornalista Edson Sombra disse, logo após o flagrante, que o dinheiro foi repassado para ele prestar declarações falsas aos responsáveis pela investigação do mensalão do DEM.

OAB critica general que rejeita gays no Exército

A declaração de um general do Exército, que defendeu que gays só devem ser aceitos nas Forças Armadas caso mantenham segredo sobre sua orientação sexual, provocou ontem protestos. As reações partiram tanto de entidades quanto de parlamentares. A OAB afirmou que as declarações foram "discriminatórias", e ONGs ligadas ao movimento gay classificaram o episódio de "absurdo". Segundo o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, "é lamentável que este tipo de discriminação ainda continue existindo nos dias de hoje nas Forças Armadas brasileiras".

Audiência entre vítima de sequestro e ex-agente do Dops vira acerto de contas

A ação de reparação de danos morais movida pelo ex-agente do Dops João Augusto da Rosa contra Luiz Cláudio Cunha, autor do livro "Operação Condor: o Sequestro dos Uruguaios", acabou se transformando, em audiência realizada ontem, em Porto Alegre, num acerto de contas entre perseguidores e perseguidos nas ditaduras dos anos 70 e 80.
A obra de Cunha, que é jornalista, relata o sequestro dos ativistas uruguaios Universindo Díaz e Lilian Celiberti e de seus dois filhos menores, em 1978, em Porto Alegre (RS), por agentes do Dops, entre os quais Rosa. Rosa foi chamado de "sequestrador" e "mentiroso" durante a sessão. O ex-agente queixou-se da "dor" de seus "filhos e netos" após o ressurgimento da acusação.

O Estado de S. Paulo

Plataforma do PT para Dilma amplia papel do Estado

Ancorado pelo mote de um novo "projeto nacional de desenvolvimento", o programa de governo do PT vai situar a candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à esquerda da gestão Lula. Documento com as diretrizes que nortearão a plataforma política de Dilma, intitulado A grande transformação, prega maior presença do Estado na economia, com fortalecimento das empresas estatais e das políticas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para o setor produtivo. O texto a ser apresentado no 4º Congresso Nacional do PT, de 18 a 20 de fevereiro - quando Dilma será aclamada candidata ao Palácio do Planalto num megaencontro em Brasília - diz que a herança transmitida à "próxima presidente" será "bendita", após duas décadas de estagnação e avaliações "medíocres". Em 2003, quando assumiu o primeiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter recebido uma "herança maldita" do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Partido quer governo movido a conferências

Alvo de críticas da oposição, as conferências nacionais promovidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar dos temas mais diversos - de segurança alimentar a direitos humanos - ganharão peso num eventual governo Dilma Rousseff. No documento que esboça as diretrizes para o programa da ministra-chefe da Casa Civil, um dos tópicos diz que as conferências "serão convocadas para subsidiar as políticas públicas do governo e suas iniciativas no Legislativo".

Aécio espera pesquisas de abril para definir se aceita ser vice de Serra

Cotado para ser vice na chapa do PSDB que disputará a Presidência, o governador mineiro, Aécio Neves, tomará uma decisão entre a abril e maio deste ano e, até essa data, pretende ponderar o desempenho de José Serra nas pesquisas de intenção de voto, dizem aliados. Se avaliar que o paulista sustenta a dianteira, é provável que abrace a causa. Do contrário, se dedicará à eleição em Minas. Aécio diz que não está nos seus planos compor a vice. A cautela, no entanto, baseia-se no temor de que o favoritismo de Serra seja recall das eleições passadas e a tendência do governador seria perder espaço para os demais candidatos.

Aliados de Gabeira vão discutir chapa

Líderes dos quatro partidos que apoiarão a candidatura do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) ao governo do Rio se encontrarão, na semana que vem, para tentar estabelecer o desenho da chapa majoritária da aliança e debater a divisão dos palanques no Estado. Já está definido que Gabeira fará campanha apenas para a pré-candidata do partido à Presidência, senadora Marina Silva (AC). O PSDB, que indicará o candidato a vice em sua chapa, o DEM, que terá Cesar Maia como candidato ao Senado, e o PPS vão marchar na campanha presidencial do governador de São Paulo, José Serra.

Só 40% das obras do PAC foram concluídas

A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, saiu ontem em defesa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sua principal plataforma política na corrida presidencial. Mesmo com apenas 40% das obras concluídas em três anos de execução, a futura candidata ao Planalto disse que o programa mudou as condições de se investir no País e será um "legado" que o governo Luiz Inácio Lula da Silva deixará para o sucessor. Para concluir todas as obras previstas na meta, o governo terá de fazer em 12 meses o que não fez em três anos. "Quando passar os julgamentos políticos do PAC e parar com essa mania de falar que ele não existe, que ele vai acabar, quando parar com isso e olhar para trás, vai se ver, seriamente, que este programa mudou as condições de se investir no Brasil", afirmou Dilma durante a apresentação do nono balanço quadrimestral do programa, o último feito pela ministra antes de deixar o governo, em abril.

Uruguaia sequestrada reconhece ex-agente

Uma audiência ontem no Foro Central de Porto Alegre colocou frente a frente a militante de esquerda uruguaia Lilian Celiberti e João Augusto Rosa, um ex-policial civil que ela identifica como integrante da equipe do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) gaúcho que a sequestrou, em novembro de 1978, e entregou para o Exército do Uruguai. Esse foi um dos episódios mais conhecidos acerca da Operação Condor - aliança político-militar entre as ditaduras latino-americanas que teria coordenado a repressão aos opositores dos regimes. Cercado pela imprensa, o ex-agente negou que a tivesse encontrado alguma vez na vida: "Só a conhecia por fotos."

Senado quer ouvir Jobim e Vannuchi sobre polêmica

Os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, serão convidados pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado para falar sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos. Como convidados, os ministros têm a prerrogativa de não comparecer à audiência. Divulgado em dezembro, o plano foi duramente criticado por diversos setores da sociedade ? como militares, Igreja e ruralistas, entre outros.
Além de Jobim, outro ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Reinhold Stephanes, da Agricultura, criticou publicamente o projeto. Com isso, se abriu uma crise institucional dentro do governo.

França reduz preço de caças e Brasil vai anunciar compra

A redução do preço do avião Rafale, fabricado pela Dassault, era o sinal que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, precisavam para iniciar a preparação do anúncio da decisão final pela escolha do caça francês, que já havia sido tomada em setembro do ano passado, durante visita do presidente Nicolas Sarkozy ao Brasil.
O preço de US$ 8,2 bilhões para o pacote da Dassault de venda de 36 Rafale para a FAB, com peças de reposição, armas e logística era considerado muito alto e o governo brasileiro exigia a diminuição do valor para poder garantir e confirmar que a França é o parceiro militar estratégico do Brasil, o que acabou acontecendo, como noticiou ontem o jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a reportagem, o preço caiu para US$ 6,2 bilhões.

Senado convida Jobim para explicar operação

A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou ontem dois requerimentos convidando o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para explicar a compra de aviões militares pelo governo brasileiro.
No seu requerimento, o presidente da comissão, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), afirma que não existem informações precisas sobre a escolha dos fabricantes, como aspectos técnicos e os preços das aeronaves. Segundo ele, a imprensa ora divulga a preferência da Força Aérea Brasileira (FAB) pelo modelo Gripen NG, da empresa sueca SAAB, ora informa a opção do governo pelos aviões de caça Rafale, da empresa francesa Dassault.

Correio Braziliense

Declaração de general sobre gays provoca polêmica

Os quatro anos e meio que passou na Base Aérea de Florianópolis, em Santa Catarina, contribuíram para que o produtor de moda Renato Agostinho, de 30 anos, desistisse da carreira militar. “Ainda é um tabu. Sofri perseguição, discriminação… Em contrapartida, dentro da própria organização, o que mais tem são homossexuais, inclusive na alta patente”, conta o jovem, que manteve em segredo sua opção sexual durante o tempo em que serviu na Aeronáutica.

O primeiro confronto

A convenção que o PMDB faz amanhã para escolher o futuro presidente da legenda é apontada por setores do PT como o início oficial de uma queda-de-braço. Com um diretório favorável à aliança com a ministra Dilma Rousseff, será travada um confronto entre a parcela do PMDB que deseja a vaga de vice para o presidente da Câmara, Michel Temer, e alas do PT ansiosas pela escolha de alguém com outro perfil. Se o cenário na época da campanha for buscar alguém que complemente a chapa com votos, por exemplo, a vaga estará mais para o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Se for para dar tranquilidade a grupos econômicos, o nome mais adequado será o do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

A favor das doações ocultas

Três partidos políticos — PT, PSDB e DEM — apresentaram ontem petição ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para afrouxar a resolução que trata de prestação de contas e possibilita identificação dos doadores de recursos captados pelos partidos e transferidos para candidatos e comitês financeiros. A regra questionada impede que empresas façam doações ocultas, o que dificulta o rastreamento dos recursos destinados às campanhas.

Alencar perto do “sim” à corrida por Minas

Começam a ganhar corpo as articulações em torno da pré-candidatura do vice presidente José Alencar (PR) ao governo de Minas Gerais. Ontem, o vice-presidente admitiu que pode disputar o Palácio da Liberdade desde que haja consenso da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em torno de seu nome. Também condicionou sua candidatura ao resultado de exames médicos que deverão sair em março, mas adiantou que seu estado de saúde é excelente e que o câncer que ele enfrenta há mais de uma década regrediu 90%.

Aos olhos da mãe, é só alegria

A julgar pelos números apresentados ontem em cerimônia pirotécnica —com direito a simulação feita em computador sobre o processo de transposição do Rio São Francisco —, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é um fenômeno de eficiência. Ladeada por um batalhão de ministros da área econômica e de investimentos do governo federal (eram 13, ao todo), a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, apresentou o balanço de três anos de execução do programa. Durante seu discurso, ela exaltou a capacidade de geração de empregos e impulsão da economia do PAC. O problema, na avaliação de especialistas, é a metodologia de cálculo usada pela equipe do governo para mensurar os avanços.

Tucanos em “café com Obama”

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), acordou ontem às 5h45 para um compromisso histórico: participar de um café com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O encontro foi divulgado pela assessoria do tucano com ares de seleto evento: “Arthur Virgílio encontra-se esta semana com Obama e parlamentares americanos”. “Foi uma bobagem da minha assessoria”, admitiu o senador pelo telefone, direto de Washington. Pompa ou não, o fato é que o tucano ficou a 50 metros de distância do governante americano em mais uma edição do tradicional National Prayer Breakfast(1). No 58º encontro, mais de 3 mil autoridades e personalidades de 160 países estiveram presentes ao luxuoso Hotel Hilton para celebrar as bênçãos de Deus. Com forte apelo religioso, o evento tem por objetivo valorizar as instituições norte-americanas. Desde a terça-feira até hoje, os inscritos participam de uma série de palestras, encontros e orações — muitas orações.

Resumo das noticias dos jornais de hoje - 04/02/2010

Nos jornais: França baixa preço e Brasil compra caça
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Folha de S. Paulo

França baixa preço e Brasil compra caça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Nelson Jobim (Defesa) bateram o martelo a favor do caça francês Rafale. A decisão foi tomada depois que a fabricante, Dassault, reduziu de US$ 8,2 bilhões (R$ 15,1 bilhões) para US$ 6,2 bilhões (R$ 11,4 bilhões) o preço final do pacote de 36 aviões para a Força Aérea Brasileira. Mesmo com a redução, os caças franceses têm preço muito superior ao dos concorrentes. Conforme a Folha apurou, a proposta do modelo Gripen NG, da sueca Saab, foi de US$ 4,5 bilhões, e a dos F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, de US$ 5,7 bilhões. Além do custo do pacote, que inclui avião, armas, logística e custo de transferência tecnológica, a Dassault estimou que a manutenção dos aviões por 30 anos custará US$ 4 bilhões. Os valores foram revistos após o presidente Lula anunciar ntecipadamente a vitória do Rafale, em setembro. O preço unitário, sempre uma estimativa, era então menor para todos os concorrentes porque o pacote não previa vantagens incluídas na renegociação -como o custo de a Embraer fabricar o caça futuramente.

Vitorioso foi o último colocado em avaliação

Além de ter ficado em último lugar na avaliação técnica da Força Aérea Brasileira, que irá operar os novos caças no mínimo pelos próximos 30 anos, o francês Rafale, da Dassault, não foi considerado o melhor em nenhum dos sete critérios finais. O jato francês foi apontado como a pior opção em cinco desses critérios: técnico, logística, compensações tecnológicas/comerciais, geração de emprego e preço. O vencedor, o Gripen NG, foi considerado melhor em quatro quesitos: técnico, transferência de tecnologia, geração de empregos e preço.

Decisão é vitória pessoal de Jobim

O previsível desfecho da novela dos caças, ainda a ser confirmado com assinaturas e compromissos financeiros, consolidou a parceria estratégica entre Brasil e França e foi uma vitória pessoal de seu maior defensor, Nelson Jobim. Foi ele quem costurou o amplo acordo militar em que o Brasil atrelou sua força de submarinos e helicópteros aos franceses no ano passado, e nunca escondeu que a escolha do vetor de aviação de combate tinha de seguir a mesma lógica.

Dilma diz querer Ciro em seu palanque

A ministra Dilma Roussef (Casa Civil), provável candidata petista à Presidência, afirmou "admirar" Ciro Gomes (PSB) e que gostaria de dividir o palanque com ele este ano. Porém disse que respeitará a decisão dele sobre a candidatura. A petista não quis comentar a última pesquisa CNT/Sensus, em que se aproxima mais do governador José Serra (PSDB) nas intenções de voto com a presença de Ciro na disputa.

Aliança: Líderes do PMDB devem ir ao Congresso do PT que vai lançar Dilma

Os principais líderes do PMDB vão participar, ao lado do deputado Michel Temer (SP), do Congresso do PT que lançará a ministra Dilma Rousseff como candidata à Presidência, após o Carnaval. Temer é mais cotado para ser vice da ministra. "Vamos ao Congresso do PT ao lado de Temer em um sinal de alinhamento, de aliança e do compromisso de nossa chapa", disse o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

Lula afirma que haverá gente doida com obra

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que não vai diminuir sua agenda em razão de sua crise hipertensiva. "Quem espera que eu fique sentado em Brasília pode tirar o cavalo da chuva, porque nós vamos i-naugurar [tanta] obra que tem gente que vai ficar doida. Pena que a Dilma [Rousseff] não possa ir", disse ao inaugurar um gasoduto da Petrobras. No evento, Lula contou por que levou Dilma para o ministério, em 2003. O presidente disse que José Dirceu já havia negociado o cargo com o PMDB, mas, ao ver a competência da petista na equipe de transição, decidiu nomeá-la.

Em carta, vice pede voto a criança de 5 anos em MT

Pré-candidato ao governo de Mato Grosso em 2010, o vice-governador Silval Barbosa (PMDB) enviou até a crianças de cinco anos de idade cartas personalizadas pedindo que elas "levem um papo" com os pais e falem "sem medo" que "o Silval Barbosa é legal". A mala direta vem sendo distribuída desde o final do ano passado e também mira os adultos.
Cópias das cartas foram encaminhadas como denúncia ao Ministério Público Federal, que entrou com uma representação contra o vice no Tribunal Regional Eleitoral por propaganda eleitoral extemporânea.

Rainha promete "carnaval" para Lula no Pontal

O líder sem-terra José Rainha Júnior disse ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministra Dilma Rousseff irão visitar um assentamento na região do Pontal do Paranapanema (oeste de SP), na próxima semana, e que vai promover um "carnaval" para recebê-los. A visita será na próxima quinta , segundo Rainha, que disse que sua ala do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) pode interromper as invasões. "Pode ser que aconteçam [invasões]. Mas, com o Lula estando no Pontal, vamos trocar o "carnaval vermelho" pelo "carnaval com o presidente e com a candidata Dilma"", disse.

"Vazio" no PT fez Dilma candidata, diz Tarso

De saída do cargo, o ministro Tarso Genro (Justiça) avalia que o presidente Lula escolheu sozinho Dilma Rousseff candidata porque havia um "vazio" no PT, que estava "fragilizado" pelo mensalão. Não fosse isso, o partido "no mínimo faria uma negociação com o presidente", que "agiu corretamente". Candidato ao governo do Rio Grande do Sul, o petista diz que a eleição de Dilma para suceder Lula não é "garantida", mas aposta que ela é competitiva. Rival político da mineira radicada no Sul, o ministro diz não ser adversário dela, com quem chegou a cogitar disputar a indicação de Lula -nunca "seriamente", afirma. Tarso relativiza a suposta falta de carisma da chefe da Casa Civil ao analisar os adversários: "Veja o Serra. Não diria que ele é propriamente uma miss simpatia. O Ciro tem às vezes respostas bastante duras". Questionado se há garantia de que o mensalão não se repetirá, o chefe da Polícia Federal responde: "Nenhuma", e defende a reforma política.

Congresso quer manter veto a obras

Uma semana depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de veto à lei orçamentária, liberar o pagamento de R$ 13,1 bilhões a quatro obras da Petrobras, o Congresso estuda como restabelecer o bloqueio, provocado por indícios de irregularidades graves detectadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Nota técnica conjunta das comissões de Orçamento da Câmara e do Senado sugere que as obras voltem a ser consideradas irregulares por meio de decreto legislativo, como o "Painel" revelou ontem. Seria uma forma indireta de derrubar o veto de Lula. A derrubada depende de dois terços dos votos de deputados e senadores, uma possibilidade remota.

Texto de Lula ao Congresso exclui lei social

Anunciada como prioridade pelo presidente Lula e pelo governo, o projeto de criação da CLS (Consolidação das Leis Sociais) não foi incluído em nenhuma das 420 páginas da mensagem da Presidência enviada ao Congresso Nacional para o início do ano legislativo. Após a solenidade, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) repetiu o anúncio da CLS como prioridade e disse que o projeto chega ao Congresso após o Carnaval.

Procurador recomenda cassação de 16 vereadores ao TRE paulista

A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo apresentou ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) paulista pareceres favoráveis à manutenção das sentenças de 1ª instância que cassaram mandatos de 16 vereadores de São Paulo no final de 2009. Os legisladores foram acusados de receber em 2008 doações ilegais da AIB (Associação Imobiliária Brasileira), apontada pelas autoridades como entidade de fachada do Secovi (sindicato do setor imobiliário) para fazer contribuições a políticos. O Secovi nega vínculos com as doações e a AIB diz que não cometeu irregularidades.

Goiás: Prefeito é excluído de ação de improbidade

Decisão liminar do Tribunal de Justiça de Goiás excluiu o prefeito de Goiânia, Íris Rezende (PMDB), de processo que apura suposta irregularidade em um contrato de R$ 360 milhões feito sem licitação.
O Ministério Público havia pedido a inclusão do prefeito como réu na ação por suspeita de improbidade. O juiz Rodrigo Prudente, no entanto, entendeu que ele não teve relação com o fechamento do contrato ou com a ausência de licitação.

O Globo

Governo vai gastar R$ 1 bi para fazer novas cédulas

Novas cédulas do real começarão a circular a partir de maio, na primeira mudança desde a sua criação, em 1994. A troca será escalonada, sendo estendida até 2012, e começará este ano com as notas de maior valor: R$ 100 e R$ 50. Conforme antecipou o GLOBO no último dia 24, as novas cédulas terão tamanhos diferenciados e trarão elementos de segurança com tecnologias mais avançadas e faixas holográficas. Atualmente, a produção de cédulas para reposição custa R$ 300 milhões por ano. Segundo o chefe do departamento do Meio Circulante do BC, João Sidney de Figueiredo Filho, as novas notas elevarão este custo a cerca de R$ 380 milhões, entre 25% e 28% mais, o que, nos três anos em que a troca será feita somará cerca de R$ 1,1 bilhão.

Tiroteio com Bolsa Família

A oposição fez ontem pesadas críticas ao governo federal, que, em um texto produzido pelo Ministério do Desenvolvimento Social, alertou para o risco de ocorrerem mudanças em regras do Bolsa Família a partir de 2011, quando começa o próximo governo. O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse que o documento é uma “ameaça desonesta” e que o governo está disseminando o terrorismo e a mentira. O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia, acusou o governo de “chantagem emocional”.
— É desonesta a ameaça. Agora eles estão fazendo essas ameaças, disseminando a mentira, o terrorismo, para as pessoas simples do Brasil inteiro na pré-campanha ou antes ainda da pré-campanha — disse Guerra. — Isso dá uma medida do que esse pessoal vai fazer para não entregar o governo.

Lula: oposição ficará doida com inaugurações

Num discurso para cerca de mil operários, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, durante a inauguração do gasoduto CabiúnasReduc III, na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), no Rio, que continuará inaugurando obras por todo o país. Segundo Lula, a oposição vai ficar “doida de raiva” com sua maratona de inaugurações. Ele lamentou que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, não possa acompanhar a comitiva ao longo da campanha eleitoral.

Terrorista, eu?

Governo e oposição trocaram acusações ontem sobre quem está fazendo terrorismo eleitoral. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que podem causar preocupação no mercado ameaças como as feitas pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), de promover “mudanças substanciais” nas políticas de inflação, câmbio e juros. Ao deixar o Ministério da Fazenda, ele negou desencontros no governo: — Não estou vendo divergência nenhuma. Tem um nervosismo evidente em um setor do mercado financeiro. A qualquer momento se ouve a frase de um ministro e se quer interpretar. Tem muita gente que faz o jogo financeiro mesmo, especulação — disse, salientando que 2010 será um ano de debates na economia: — O PSDB já anunciou que vai mudar a política da inflação, do câmbio, de juros. Acho que seria bom o PSDB, como maior partido de oposição, dizer logo que mudanças serão essas. Porque, isso sim, pode dar margem a interpretação — disse, referindo-se a entrevista de Guerra à revista “Veja”.

Tarso sobre aumento da violência em SP: sistema faliu no país todo

Em meio à divulgação de números que mostram um aumento dos índices de criminalidade no Estado de São Paulo, o governador José Serra (PSDB) evitou ontem abordar o assunto. No único evento público do qual participou, o tucano ignorou o apelo dos jornalistas, feito a seus assessores, para tratar do tema. Ao término do discurso sobre investimentos em educação, Serra conversou com assessores e decidiu que apenas o secretário de Educação, Paulo Renato de Souza, daria entrevista.

Uma enxurrada de notícias ruins em São Paulo

O ano começou com uma enxurrada de notícias ruins para os governantes de São Paulo. O período de chuvas, que ontem completou 43 dias sem trégua, e o aumento dos índices de criminalidade no estado fizeram o prefeito da capital, Gilberto Kassab, e o governador, José Serra (PSDB), viverem um verdadeiro inferno astral, que pode complicar as pretensões políticas de ambos. O tucano ainda viu a ministra Dilma Rousseff (PT) crescer e ameaçar sua liderança num dos cenários da pesquisa CNT/Sensus para a Presidência, divulgada segundafeira. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, atribuiu esse cenário ao desgaste sofrido por Serra devido às chuvas.

Ciro insiste na candidatura, critica Lula e petistas

O deputado e ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE) reforçou ontem sua estratégia de enfrentar o governo, o PT e o até o presidente Lula. Ciro deixou claro que a única forma de seu nome sair da disputa presidencial será por decisão do PSB. Em entrevista, no cafezinho do plenário da Câmara, o deputado enfatizou, várias vezes, sua divergência com a estratégia de Lula de ter uma única candidatura da base governista. Enquanto falava com os jornalistas foi abordado pelo deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), que pediu para ele não brigar com Lula. O cearense foi direto com o colega: — Ele (Luiz Sergio) acha que discordar do Lula é brigar.
Concordar com tudo não é ser amigo. O Lula está errado.

Dilma diz que gostaria de ter Ciro a seu lado

Apesar de o deputado Ciro Gomes insistir em ser candidato à Presidência da República pelo PSB, a pré-candidata do PT, ministra Dilma Rousseff, disse ontem que deseja ter o aliado em seu palanque ainda no primeiro turno da eleição. Após participar da inauguração do gasoduto CabiúnasReduc, em Duque de Caxias, no Rio, Dilma elogiou o ex-governador do Ceará, mas lembrou que não pode fazê-lo desistir de disputar a sucessão do presidente Lula. A declaração de Dilma ocorreu um dia depois de Ciro dizer que manterá a pré-candidatura ao Planalto.

Câmara diz que deputados faltosos estavam trabalhando em comissões

A maior parte do elevado número de ausências de deputados nas sessões plenárias deliberativas em 2009 ocorreu porque os deputados estavam participando de trabalhos das comissões permanentes e temporárias, da Comissão Mista de Orçamento e de CPIs, segundo justificativa apresentada ontem pela Assessoria de Imprensa da Câmara. Por meio de nota, na qual contesta números do levantamento feito pelo site “Congresso em Foco” e publicado pelo GLOBO, a assessoria afirma que as atividades paralelas dos deputados, na própria Câmara, são responsáveis por 60% das faltas justificadas de 2009. Segundo a assessoria, muitas vezes os deputados estão com ministros em audiências públicas na Câmara, em visitas de CPIs nos estados e em outras atividades de comissões externas, não podendo, nessas ocasiões, comparecer às sessões. Na nota, a assessoria destaca que, enquanto em 2008 estiveram em funcionamento 31 comissões especiais e três CPIs, em 2009 funcionaram 80 comissões especiais e cinco CPIs.

Câmara muda texto de projeto sobre 'ficha suja'

Cientes das dificuldades de aprovação do veto à candidatura de políticos com condenação em primeira instância na Justiça, os líderes partidários da Câmara decidiram criar ontem uma comissão para modificar o texto do projeto de iniciativa popular, conhecido como Ficha Limpa. A proposta foi feita pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que enfatizou a necessidade de dar uma resposta à sociedade ao projeto de lei entregue em setembro com mais de 1,3 milhão de assinaturas. A votação do projeto foi adiada para março, mas há quem defenda que é preciso mais tempo para o debate.

Controle de ponto exclui quase todos no Senado

O ponto eletrônico implantado esta semana no Senado para tentar moralizar o pagamento de horas extras na Casa pode ser mais uma medida a ser desmoralizada pela própria Mesa Diretora. Só agora, depois da decisão anunciada, se descobriu que o artigo 72 do Regulamento Administrativo do Senado, atualizado em 1989, exclui da obrigatoriedade do controle de frequência no trabalho a quase totalidade dos servidores efetivos e comissionados: o diretor geral, o secretário-geral da Mesa, consultores gerais de orçamento e legislativo, diretores de secretarias e subsecretarias, e servidores lotados na comissão diretora, nas lideranças e em todos os gabinetes dos senadores.

Veto de Lula à paralisação de obras será votado

Para liberar a pauta da Câmara e evitar obstrução da oposição na votação dos projetos que tratam do pré-sal, o governo concordou em votar na terça-feira, em sessão do Congresso, o veto do presidente Lula que retirou da lista de obras com irregularidades graves, no Orçamento da União, contratos de quatro grandes empreendimentos da Petrobras. O governo acredita que terá maioria para manter o veto. A oposição reforçará o discurso de que o governo atropela o Congresso e o Tribunal de Contas da União (TCU) ao vetar o anexo VI do Orçamento da União, liberando recursos para as obras da Petrobras.

Gay no quartel, só em segredo

Indicado para uma cadeira no Superior Tribunal Militar (STM), o general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho disse ontem que as Forças Armadas não devem aceitar a presença de gays e sugeriu que eles procurem outras atividades, longe dos quartéis. Ele afirmou que a tropa se recusaria a acatar ordens de um homossexual. As declarações foram dadas na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que aprovou sua nomeação para o STM.

O Estado de S. Paulo

AGU ameaça procurador que contestar hidrelétrica

Com o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Advocacia-Geral da União (AGU) ameaçou processar membros do Ministério Público que abusarem de suas prerrogativas para impedir a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A AGU pode, em nome do Estado, processar os integrantes do MP por improbidade administrativa e questionar, no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a atitude dos procuradores. Depois que a licença prévia foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na segunda-feira, membros do Ministério Público Federal disseram que poderiam questionar a licença ambiental na Justiça e processar os técnicos do Ibama que assinaram a licença. O procurador da República no Pará, Daniel César Avelino, afirmou que todas as fases do licenciamento serão acompanhadas e cogitou entrar com processo questionando supostas falhas do Ibama.

Por ordem do Planalto, PT ameniza reação a Ciro de olho em aliança

Por ordem do Palácio do Planalto, a cúpula do PT resolveu "baixar a bola" e não estabelecer com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) um circuito de debate. Mesmo incomodado com as declarações de Ciro, que disse em entrevista ao Estado que "santo Lula" está errado ao tentar tirá-lo da disputa presidencial e o PMDB é um "roçado de escândalos já semeados", o comando petista preferiu não responder no mesmo tom. Presidente do PT, o deputado Ricardo Berzoini (SP), um dos poucos escalados para rebater as declarações do ex-ministro de Lula, disse que Ciro "está sendo injusto" ao criticar a aliança selada entre PT e PMDB para as eleições presidenciais deste ano.

'Gostaria de palanque com ele', afirma Dilma

Um dia depois da declaração do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) de que mantém a decisão de disputar a Presidência, a ministra Dilma Rousseff, futura candidata do PT, fez muitos elogios ao parlamentar e disse que gostaria de dividir o palanque com ele na campanha eleitoral. Frisou, no entanto, que a decisão sobre manter ou não a candidatura é exclusiva do deputado e ex-ministro da Integração Nacional do governo Lula.

Deputado só aceita dividir 'lado político'

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) disse ontem que é candidato "para ganhar" e rejeitou as pressões para desistir em favor da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Vamos estar do mesmo lado político, mas não no mesmo palanque", frisou. Ciro retribuiu os elogios da ministra, dizendo que ela foi "extremamente lisonjeira", mas reforçou que vai disputar a sucessão do presidente Lula, a não ser que o partido se posicione de forma contrária. "A única circunstância para eu desistir é se o PSB pedir para retirar meu nome. Aí eu aceito docilmente."

Oposição vê uso eleitoral do Bolsa-Família

Em meio a um despacho burocrático, o governo mandou uma mensagem para os prefeitos sobre o Bolsa-Família que foi considerada "terrorismo eleitoral" pela oposição. No fim do ano passado, uma instrução operacional divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Social avisou às prefeituras que as regras para permanência no programa poderão ser alteradas a qualquer tempo pelo gestor que assumir a partir de janeiro de 2011. Apesar de estar sendo tratada pelo ministério como apenas uma instrução sobre a forma de funcionamento do recadastramento das famílias, o texto permite interpretar que um novo governo poderá alterar e encurtar o Bolsa-Família, excluindo famílias ou diminuindo o programa.

Lula volta à estrada, com Dilma a tiracolo

Em evento no Rio, ele alfineta tucanos, fala da saúde e até solta palavrão

Na primeira viagem de trabalho depois da crise de hipertensão que teve na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou um calor de 40 graus em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, mas manteve o bom humor e avisou aos adversários que não vai parar de viajar. "Quem esperava que eu fosse ficar em Brasília pode tirar o cavalo da chuva. Vamos inaugurar tantas obras que tem gente que vai ficar doida. Pena que a Dilma não vai poder ir comigo, mas nós vamos, porque este país não pode mais parar", afirmou ele, em discurso na inauguração de um gasoduto da Petrobrás.

Enchentes são, de novo, tema de discurso do presidente

Em mais uma referência às enchentes que têm provocado destruição e mortes em São Paulo e no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que sua gestão faz "um processo de reparação na irresponsabilidade dos que governaram há 20, 30 anos e deixaram que o povo ocupasse encostas de morro". O presidente ressaltou que a irresponsabilidade foi de partidos "de direita, de centro, de esquerda" e cobrou dos prefeitos "coragem" para não permitir ocupação irregular.

Carta de Serra é propaganda, diz PT

A oposição classificou ontem como "overdose de propaganda" a mensagem ao Legislativo encaminhada pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), nesta semana. Para parlamentares do PT e do PSOL, Serra usou um instrumento institucional cujo objetivo é prestar informações sobre as ações do governo para o ano que se inicia como peça publicitária da sua gestão. "Essa mensagem se encaixa muito bem na onda de propagandas que o governo Serra intensificou a partir do fim do ano passado. É mais uma propaganda no meio dessa overdose", acusou o vice-líder do PT na Assembleia, Simão Pedro.


Senadora quer auditar campanha

Por determinação da senadora Marina Silva (PV-AC), a arrecadação e a destinação de fundos de sua campanha eleitoral deverá ser fiscalizada por uma empresa independente de auditoria. Segundo um dos principais integrantes da equipe responsável pela área, a proposta é dar total transparência à movimentação de recursos. De acordo com a mesma pessoa, que foi indicada para a equipe pela própria senadora e que trabalha voluntariamente, um número crescente de empresários vem manifestando interesse em contribuir financeiramente com a futura campanha do PV.

Promotoria acusa Pimentel de superfaturar obras em BH

O Ministério Público de Minas Gerais ajuizou ação civil pública por atos de improbidade administrativa, reparação de danos ao erário e anulação de convênio contra o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT). A ação inclui outros nove acusados, entre eles o procurador-geral do município, Marco Antônio de Rezende, e o secretário de Políticas Urbanas, Murilo Campos Valadares.

Ex-prefeito diz que acusação é 'descabida'

O ex-prefeito Fernando Pimentel classificou como "totalmente descabida" a ação do Ministério Público. "Nós vamos nos defender, obviamente, mas eu acho que incorre em erro o Ministério Público. As casas, de fato, foram construídas, estão lá. Que eu me lembre não tem nenhum ato meu nesse convênio, que é anterior e foi assinado, se não me engano, pelo Célio (de Castro, ex-prefeito) no primeiro mandato."

Repasse federal a municípios cai 14%

O repasse do Tesouro Nacional ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) sofreu uma queda de 14,1% em janeiro e pegou de surpresa os prefeitos, que esperavam uma melhora na arrecadação. O Tesouro explicou que a maior parte da redução ocorreu devido ao pagamento, em dezembro, de R$ 2 bilhões de restituições do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A expectativa do Tesouro, porém, é de que os repasses cresçam neste mês.

Correio Braziliense

Samba, frevo e votos

Nem só da discussão de projetos para o país viverão os pré-candidatos à sucessão presidencial. Neste fevereiro, três dos quatro nomes que se colocaram na disputa pela sucessão presidencial testarão sua popularidade junto ao eleitorado. Eles terão como destino os maiores expoentes do carnaval no Brasil: Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia. Os palanques, no entanto, serão diferentes. Ao invés de bandeiras dos partidos e fotos com aliados, exibirão estandartes de clubes, blocos e agremiações de frevo, samba e axé music. Sobre eles, sorridentes, estarão a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o governador de São Paulo, José Serra, e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), distribuindo charme entre os foliões.

Dilma na foto com o PMDB

Caciques do PMDB favoráveis à aliança com a petista Dilma Rousseff participarão do Congresso Nacional do PT, em Brasília, no qual será ratificada a candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil. A ideia é reforçar em público o noivado entre os dois partidos, considerado um dos principais trunfos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para derrotar os tucanos em 2010. Segundo os mentores da iniciativa, a participação dos peemedebistas renderia pelo menos dois dividendos. Serviria para constranger a ala da legenda contrária à coligação com a petista. E teria um efeito pedagógico, ao retratar suposta união num momento em que PT e PMDB enfrentam dificuldades para fechar os palanques estaduais.

Ciro, o “irredutível”

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) está irredutível em sua empreitada para se viabilizar candidato ao Palácio do Planalto, contrariando interesses do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o quer fora da jogada. Nessa caminhada, sobram críticas para todos, menos para a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Ciro sustenta que o PSB adota estratégia errada ao jogar para Lula a responsabilidade de fortalecer sua candidatura. Critica o presidente da República por insistir na tese de eleição plebiscitária e polarizada entre PT e PSDB. E afirma que a única chance de pisar no mesmo palanque da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, é na disputa do segundo turno.

Jogo de cena bom para todos

Governo e oposição começaram ontem um teatro em torno da votação dos vetos presidenciais aos itens do Orçamento que paralisavam quatro obras da Petrobras com indícios de irregularidades graves. De um lado, integrantes do DEM, PSDB e PPS na Câmara pressionaram o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), a articular uma sessão do Congresso para votar os vetos, mesmo sabendo que a maioria governista irá manter a decisão de Lula. Do outro, integrantes da base aceitaram facilmente a ideia para possibilitar a votação dos projetos referentes à exploração de petróleo na camada do pré-sal. Um acordo que serve às duas partes.

Excelências sem o jatinho

Morreu ainda no nascedouro a polêmica intenção do deputado federal Ernandes Amorim (PTB-RO) de comprar um jatinho para deixar a disposição dos parlamentares do Congresso Nacional. A Mesa Diretora da Câmara rejeitou a proposta por considerar o requerimento de Amorim inviável. “A Mesa Diretora votou unanimemente contrária à compra do avião para a Câmara”, disse o primeiro-secretário da Câmara, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG).

Ponto eletrônico, só em março

O primeiro-secretário da Câmara, o deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), afirmou ontem que a Casa vai instalar até o fim de março o sistema de registro eletrônico de frequência dos servidores efetivos e dos funcionários comissionados. Ficarão de fora do controle — que será feito por meio de 160 máquinas biométricas — os terceirizados. A adoção do modelo é uma das promessas feitas pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), em abril do ano passado, após uma série de reportagens do Correio que revelou a existência de funcionários fantasmas no Legislativo.

Deputados festeiros na ressaca

Os deputados voltaram das férias dispostos a promover uma rebelião por causa das mudanças nas regras para a liberação de emendas parlamentares destinadas à promoção de eventos de “divulgação do turismo interno”, um guarda-chuvas que abriga desde shows de artistas famosos a todo o tipo de festas ou de feiras que possam ser caracterizadas como tal dentro do orçamento do Ministério do Turismo. Muitos ficaram irritadíssimos com o fato de o governo engessar o setor depois que o Orçamento já estava aprovado. Agora, além de convocar o ministro Luiz Barreto em busca de uma solução aos recursos injetados via emendas individuais, os parlamentares querem propor uma troca: em vez de liberar a verba dessas emendas para shows, que o governo destine tudo para “infraestrutura turística”, que os deputados comparam a um imenso guarda-sol, capaz de abrigar de calçamento de ruas a teatros.

Reviravolta de um sequestro

A ditadura militar (1964-1985) volta hoje aos tribunais. Às 15h, na sala de audiência da 18ª Vara Cível de Porto Alegre, a socióloga uruguaia Lílian Celiberti se encontra com o ex-policial João Augusto da Rosa (codinome Irno), um dos agentes da repressão que há 31 anos a sequestrou no episódio símbolo do Brasil na Operação Condor — a “parceria” das ditaduras sul-americanas, que visava caçar e matar seus inimigos comuns. Será a primeira vez em que ambos se encontram depois do sequestro e, desta vez, em papéis confusamente trocados. Agora, Irno é o acusador. E Lílian, uma testemunha de defesa. No centro do caso, na condição de acusado, está um jornalista e seu livro.

Tim manda mil Chips para o Haiti

Tim manda mil Chips para o Haiti

Agência Estado

A força humanitária que está a caminho do Haiti a bordo do navio italiano Cavour ganhou um reforço. A TIM cedeu uma Estação Rádio-Base (ERB), que facilitará a comunicação das equipes que participam da missão, diante da precária rede de telecomunicações naquele país.
A operadora disponibilizou também cerca de 1000 TIMChips para as marinhas brasileira e italiana utilizarem durante a força tarefa, com roaming internacional gratuito para efetuar e receber chamadas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2010/02/02/tim+manda+mil+chips+para+o+haiti+9384318.html