Washington - O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, informou nessa quinta-feira, 8, que o presidente George W. Bush visitará o Brasil no início de março. A delegação do presidente norte-americano deverá contar com a presença da secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice.
Antecipando a visita do líder americano, o Brasil recebeu nesta semana a visita de dois altos representantes do governo americano, o subsecretário para Assuntos Políticos do Departamento de Estado americano, Nicholas Burns, e do secretário de Justiça do país, Alberto Gonzalez.
Analistas acreditam que o governo americano está buscando uma aproximação com o Brasil de forma a isolar a Venezuela, do presidente Hugo Chávez.
Antes de partir para o Brasil, Burns havia dito que a delegação americana nem pretendia discutir a Venezuela com as autoridades brasileiras e que o propósito da viagem era se concentrar nos "amigos", como Brasil e Argentina.
Mas o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, afirmou que a Venezuela foi um dos temas do encontro que manteve com o subsecretário.
Burns também havia antecipado que um dos principais temas da agenda americana no Brasil seria a aproximação entre os dois países no que diz respeito à produção de etanol.
O novo embaixador brasileiro em Washington, Antônio Patriota, anunciou no início da semana que Brasil e Estados Unidos estão negociando um padrão técnico para o etanol, o que representaria o passo inicial para transformação do álcool combustível em uma commodity internacional, que seria negociada em bolsas de mercadorias como o petróleo ou a soja.
O secretário da Justiça dos EUA, Alberto Gonzales, manifestou ontem preocupação com crimes cometidos na região da Tríplice Fronteira, entre Brasil, Paraguai e Argentina, tida como centro de financiamento de grupos radicais no Oriente Médio.
Mas ele reconheceu que houve avanços no combate a atos ilícitos na região e chamou o Brasil de "sócio", agradecendo a colaboração do país na luta contra o terrorismo.
"Sabemos que há pontos de preocupação que permanecem, a respeito dos delitos cometidos na Tríplice Fronteira", disse o secretário a jornalistas depois de se reunir em Brasília com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
"O Brasil tomou medidas essenciais com vista ao combate ao terrorismo, incluindo a criação de um centro de inteligência e a alocação de recursos suplementares para a área da Tríplice Fronteira. Incentivamos o Brasil a dar continuidade a essas medidas", disse Gonzales.
Ele se referia ao Centro Regional de Inteligência (CRI), criado por Brasil, Argentina e Paraguai, e que começou a funcionar no ano passado.
O governo norte-americano congelou recentemente os bens nos Estados Unidos de nove pessoas e duas empresas que operam na fronteira, alegando que elas ajudaram a transferir milhões de dólares para a guerrilha libanesa do Hezbollah.
Gonzales ouviu uma ampla exposição sobre a situação na região, feita por Paulo Lacerda, diretor da Polícia Federal.
Ciudad del Este, do lado paraguaio da fronteira, é conhecida por ser um paraíso do contrabando, e abriga, segundo os EUA, um shopping center que tem membros do Hezbollah entre os proprietários de lojas.
"Temos mecanismos para detectar qualquer mudança na Tríplice Fronteira. Criamos ali delegacias de ponta e um centro integrado de inteligência, de modo que fazemos um acompanhamento permanente. Se houver uma mudança para pior, confio que a detectaremos", disse Bastos.
Bastos e Gonzales disseram que também trocaram informações sobre crimes contra a propriedade intelectual e na área de informática, lavagem de dinheiro, narcotráfico e acordos de extradição.
Antecipando a visita do líder americano, o Brasil recebeu nesta semana a visita de dois altos representantes do governo americano, o subsecretário para Assuntos Políticos do Departamento de Estado americano, Nicholas Burns, e do secretário de Justiça do país, Alberto Gonzalez.
Analistas acreditam que o governo americano está buscando uma aproximação com o Brasil de forma a isolar a Venezuela, do presidente Hugo Chávez.
Antes de partir para o Brasil, Burns havia dito que a delegação americana nem pretendia discutir a Venezuela com as autoridades brasileiras e que o propósito da viagem era se concentrar nos "amigos", como Brasil e Argentina.
Mas o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, afirmou que a Venezuela foi um dos temas do encontro que manteve com o subsecretário.
Burns também havia antecipado que um dos principais temas da agenda americana no Brasil seria a aproximação entre os dois países no que diz respeito à produção de etanol.
O novo embaixador brasileiro em Washington, Antônio Patriota, anunciou no início da semana que Brasil e Estados Unidos estão negociando um padrão técnico para o etanol, o que representaria o passo inicial para transformação do álcool combustível em uma commodity internacional, que seria negociada em bolsas de mercadorias como o petróleo ou a soja.
O secretário da Justiça dos EUA, Alberto Gonzales, manifestou ontem preocupação com crimes cometidos na região da Tríplice Fronteira, entre Brasil, Paraguai e Argentina, tida como centro de financiamento de grupos radicais no Oriente Médio.
Mas ele reconheceu que houve avanços no combate a atos ilícitos na região e chamou o Brasil de "sócio", agradecendo a colaboração do país na luta contra o terrorismo.
"Sabemos que há pontos de preocupação que permanecem, a respeito dos delitos cometidos na Tríplice Fronteira", disse o secretário a jornalistas depois de se reunir em Brasília com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
"O Brasil tomou medidas essenciais com vista ao combate ao terrorismo, incluindo a criação de um centro de inteligência e a alocação de recursos suplementares para a área da Tríplice Fronteira. Incentivamos o Brasil a dar continuidade a essas medidas", disse Gonzales.
Ele se referia ao Centro Regional de Inteligência (CRI), criado por Brasil, Argentina e Paraguai, e que começou a funcionar no ano passado.
O governo norte-americano congelou recentemente os bens nos Estados Unidos de nove pessoas e duas empresas que operam na fronteira, alegando que elas ajudaram a transferir milhões de dólares para a guerrilha libanesa do Hezbollah.
Gonzales ouviu uma ampla exposição sobre a situação na região, feita por Paulo Lacerda, diretor da Polícia Federal.
Ciudad del Este, do lado paraguaio da fronteira, é conhecida por ser um paraíso do contrabando, e abriga, segundo os EUA, um shopping center que tem membros do Hezbollah entre os proprietários de lojas.
"Temos mecanismos para detectar qualquer mudança na Tríplice Fronteira. Criamos ali delegacias de ponta e um centro integrado de inteligência, de modo que fazemos um acompanhamento permanente. Se houver uma mudança para pior, confio que a detectaremos", disse Bastos.
Bastos e Gonzales disseram que também trocaram informações sobre crimes contra a propriedade intelectual e na área de informática, lavagem de dinheiro, narcotráfico e acordos de extradição.