A briga aconteceu no último sábado, e o caso foi parar na delegacia do bairro. Durante o seu depoimento, o monge prometeu processar o budista. Ele não foi preso e a reportagem não conseguiu localizá-lo.
O monge de 39 anos, que sofreu a agressão, contou à polícia que é voluntário no templo. Ele e o budista acusado ensinam no local técnicas de meditação.
O monge contou aos policiais que recentemente advertiu o budista ao vê-lo sendo agressivo com os alunos. Segundo o seu depoimento, no último sábado, o budista e ele receberam iniciantes para mais uma sessão de meditação.
Durante a sessão, o monge teria chamado o rapaz para uma conversa no jardim do templo. O monge, então, comunicou o monge superior sobre a advertência que havia dado ao budista e o informou de que conversaria com ele no jardim da comunidade.
Segundo o monge, no local, o budista ficou exaltado e deu um chute no seu peito. Em seguida, o budista teria sacado um pedaço de madeira, semelhante a uma marreta, e batido com o objeto na cabeça do monge.
Um dos princípios essenciais do budismo é o da não-violência. A religião considera que é preciso haver respeito por todas as formas de vida.
O porteiro e dois freqüentadores do templo teriam presenciado as agressões.
A reportagem foi ontem até o templo. Lá, monges afirmaram que a pessoa que teria visto a briga e que saberia dar explicações sobre o ocorrido só poderia ser encontrada hoje. Se condenado, o budista deverá receber como pena a prestação de serviços comunitários.
Folha de SP
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