Empresa divulgou informações sobre a atividade do dissidente do regime chinês na web que levaram à sua prisão e tortura, acusa ela
A esposa de um jornalista dissidente que está preso na China está processando o Yahoo Inc. por divulgar informações sobre a atividade do seu cônjuge na internet, que, ela acusa, levaram à sua prisão e tortura.
O processo foi aberto pela Organização Mundial pelos Direitos Humanos, nos Estados Unidos, em nome de Yu Ling, esposa de Wang Xiazoning, disse Monique Beadle, diretora dos projetos de refugiados na organização. Wang foi preso em setembro de 2002, sob as acusações de “incitação à subversão do poder estatal”.
Ling pede indenizações sob as leis de proteção contra tortura, que já foram utilizadas para processar empresas norte-americanas por serem coniventes com abusos dos direitos humanos fora do país, disse Beadle. A ação foi aberta na Corte do Distrito Norte da Califórnia, em Oakland.
Ling, que estaria em São Francisco agora, diz que os registros judiciais mostram que o governo chinês pediu provas da atividade de seu marido na web e o Yahoo forneceu. Agora, Wang “vem sendo torturado na prisão chinesa onde é mantido”, segundo Beadle.
O Yahoo disse em um comunicado que não teve tempo de analisar o processo e, portanto, não poderia comentá-lo. A empresa acrescentou que “sofria por cidadãos chineses terem sido presos por expressar suas visões políticas na Internet”.
O Departamento de Estado norte-americano, que trata das relações internacionais, deve “continuar a fazer da questão da livre expressão uma prioridade em fóruns bilaterais e multilaterais com os chineses”, disse ainda o Yahoo.
O caso denota a pressão que as empresas ocidentais de tecnologia que atuam na China vêm sofrendo, e como suas atividades são criticadas pelo desrespeito aos direitos humanos.
Não é a primeira vez que o Yahoo é alvo de acusações partindo de organizações internacionais. A Anistia Internacional e os Repórteres sem Fronteiras atacaram severamente a empresa por sua postura no caso do jornalista Shi Tao, que foi sentenciado em abril de 2005 por divulgar segredos de estado, graças a registros de e-mails entregues pelo Yahoo ao governo chinês.
Assim como o Yahoo, outros gigantes pressionados por sua atuação na China – entre eles Microsoft e Google – alegam que operam segundo as leis dos países e que levam ao país a possibilidade de que as pessoas tenham acesso à internet.
A preocupação chega até aos investidores. Um dos acionistas do Google propôs a instituição de políticas que protejam a liberdade de acesso à internet”, segundo um comunicado à Securities and Exchange Commission (SEC), nos Estados Unidos.
O Google recomendou que os acionistas votem contra a proposta na reunião anual de investidores, que acontece em 10 de maio, em Mountain View, Califórnia.
Diante da pressão, as próprias empresas de tecnologia estão articulando ações para combater as críticas. Em janeiro, Yahoo, Google, Microsoft e Vodafone Group concordaram em desenvolver um código de conduta junto a organizações não-governamentais para promover a liberdade de expressão e os direitos à privacidade, tornando-as mais responsáveis por seus atos.
*Jeremy Kirk é editor do IDG News Service, em Londres.
PC World
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