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foto: F.L.PITON Os olhos do mundo voltados para Ribeirão Preto. Os organizadores da Agrishow garantem que não há exagero nesta afirmação, porque a Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, que começa amanhã e vai até o próximo sábado, dia 5, reúne o que há de mais expressivo em todos os segmentos da produção rural brasileira, e o Brasil desperta a atenção internacional não apenas por sua potencialidade, mas também pelos novos caminhos em relação ao etanol e biodiesel.A própria presença estrangeira dá esta dimensão. Três mil visitantes de mais de 40 países dos cinco continentes estarão entre os 140 mil a 150 mil esperados durante os seis dias da feira. Também serão 30 expositores de outros países no total de 660, ocupando 700 estandes, numa área de 140 hectares, com faturamento previsto de R$ 700 milhões, números que se multiplicaram em relação à primeira Agrishow, realizada em 1994. “Esta é a maior feira das que já realizamos”, afirma Sérgio Magalhães, presidente do Sistema Agrishow, salientando também que a expansão da feira ocorre a cada ano e ela se consolida como a maior da América Latina e a terceira maior do mundo na sua área. Ele destaca também que “teremos muitos lançamentos e novidades”, alguns dos quais, garante, “ainda não conhecemos, pois só serão anunciados durante a programação”. Magalhães ressalta a expectativa quanto à 14ª edição da Agrishow 2007: mesmo não devendo repetir o pico de 2004, retrata o clima favorável hoje do agronegócio brasileiro, porque, além do entusiasmo relativo ao setor sucroalcooleiro, outros segmentos, como o café, a laranja, soja e milho, vivem um bom momento, sendo prova disso a estimativa de safra recorde no Brasil, de 131 milhões de toneladas de grãos. “Já passou” “A forte crise já passou”, diz ele, referindo-se aos dois últimos anos. Os próprios números da Agrishow retratam esta realidade, pois, se em 2004 o faturamento foi de R$ 1,276 bilhão, em 2005 caiu para R$ 688 milhões e, em 2006, para R$ 500 milhões. São negócios que envolvem grandes e pequenos produtores. Sérgio Magalhães não gosta que se diga que a Agrishow é uma feira de ricos e poderosos. Francisco Maturro, vice-presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria e Máquinas e Implementos Agrícolas) garante que 50% das vendas feitas por expositores são para pequenos produtores. Mas, apesar do avanço esperado este ano, as queixas continuam, principalmente em relação à política cambial (a valorização do real ante o dólar prejudica a renda das exportações) e os juros altos. Mônika Bergamasco, diretora-executiva da Abag-Ribeirão Preto, diz que “embora tenha melhorado muito a situação do setor, ainda existe o estoque das dívidas”. Estas questões deverão ganhar destaque na solenidade de abertura da Agrishow, marcada para as 10 horas de amanhã. Depois, as queixas serão apresentadas diretamente ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que visitará a Agrishow sexta-feira. No dia anterior, os produtores terão oportunidade de se manifestar junto aos parlamentares que integram a Comissão Nacional da Agricultura. O recinto da Agrishow se localiza no Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro-Leste (Fazenda Experimental de Ribeirão Preto da Secretaria Estadual da Agricultura), no Km 321 do Anel Viário, ocupando área total de 240 hectares. O ingresso custa R$ 15,00, sendo R$ 7,50 para estudantes. As ruas entre os estandes da Agrishow terão, pela primeira vez, tratamento anti-poeira, com produtos químico especial, pela primeira vez. Haverá também locais de descanso para os visitantes. Outra novidade é a ampliação da área de alimentação. |
Jornal a Cidade (Ribeirão Preto)
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