Assim como MPF fez com Orkut no Brasil, procuradores exigem que MySpace entregue nomes de potenciais pedófilos em ação na rede
Procuradores gerais de oito estados querem que o MySpace entregue os nomes de potenciais milhares de usuários acusados de exploração sexual online dentro da popular rede social.
Em um documento datado de 14 de maio para o MySpace, procuradores dos estados de Connecticut, Georgia, Idaho, Mississippi, New Hampshire, North Carolina, Ohio e Pennsylvania afirmaram estar "gravemente preocupados" que predadores sexuais estejam usando o site para seduzir crianças a encontrá-los no mundo real.
O grupo pediu que o MySpace avisasse quantos usuários do tipo foram identificados no site e o que a News Corp., responsável pela rede social, está fazendo para removê-los.
As autoridades também querem saber o que o MySpace está fazendo para comunicar seus usuários sobre a ação de predadores sexuais, assim como conhecer os detalhes sobre acordos com a polícia para o combate.
O grupo pediu que o MySpace respondesse à carta até o dia 29 de maio."O MySpace é o baú do tesouro para potenciais vítimas de pedófilos", afirmou o procurador da Carolina do Norte, Roy Cooper. "Achamos que o MySapce tem responsabilidade de removê-los todos do serviço".
Em 2006, a mídia contou mais de 100 incidentes criminais pelo país envolvendo adultos que usaram o MySpace para se encontrar com crianças, relembra o documento federal. Um dos casos envolvia um antigo deputado da Carolina do Norte que foi sentenciado a 15 de prisão em 2006 por molestar um garoto de 15 anos encontrado no MySpace.
No Brasil, um caso semelhante vem sendo conduzido pelo Ministério Público Federal contra o Orkut, onde, segundo as autoridades, foram registradas 3,1 mil denúncias mensais de comunidades criminosas entre janeiro de 2006 e abril de 2007.
MPF vem exigindo que o Google, responsável pela rede, entregue dados de usuários notadamente envolvidos com comunidades que incentivem crimes, tráfico de drogas e ódios raciais e traga material pedófilo.
Estados como Carolina do Norte e Connecticut estão trabalhando em legislações que exigiriam que redes sociais, como MySpace e Orkut, pedissem autorização dos pais antes que crianças se inscrevessem, afirmou o documento.
A Justiça dos Estados Unidos também está preparando uma lei que proibiria que criminosos sexuais se juntassem a redes sociais que têm crianças como membros.
PC WORLD