Na briga por percentuais de venda de refrigerantes, a Coca-Cola está iniciando a substituição de suas geladeiras no mercado nacional. Os novos equipamentos, "inteligentes", serão dotados da tecnologia EMS-55, desenvolvida pela inglesa Elstat com exclusividade para a empresa e que já está presente em países da Europa, na China, na Austrália, entre outros.
Os novos refrigeradores inteligentes serão capazes de economizar até 35% de energia por mês, o que deve representar uma vantagem competitiva para a empresa. A meta é substituir metade das máquinas brasileiras em cinco anos, sendo 7 mil em 2007.
"Essa tecnologia diminui a temperatura enquanto o ponto-de-venda está fechado e volta ao normal um pouco antes de abrir, para permitir a venda do produto gelado", explicou Eduardo Crespo, gerente de equipamentos de mercados frios da Coca-Cola.
Além disso, ajuda os proprietários dos estabelecimentos a definirem os melhores espaços e posições para os refrigeradores. "Eles possuem sensores que calculam quantas pessoas passam em frente e quantas abrem a geladeira. Por essa média é possível calcular se a localização do equipamento está adequada ou não".
Outra vantagem que a nova tecnologia disponibilizará é a proteção contra a queda repentina de energia, muito comum em situações de chuvas. "Isso pode ser muito danoso para os equipamentos. Com essa nova tecnologia, eles desligam quando sentirem qualquer oscilação", explicou Crespo.
Segundo o executivo, além de ter uma preocupação ambiental, as novas máquinas oferecem a vantagem para o cliente que paga a conta de luz no final do mês. Esse novo equipamento será instalado em refrigeradores com mais de 250 litros de volume útil.
A aposta da companhia em equipamentos inteligentes teve início no ano 2000, quando o então presidente, Doug Daft, instituiu a meta de diminuir em pelo menos 40% o consumo de energia mundial.
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