Com os constantes avisos para as pessoas tomarem cuidado com e-mails falsos, esta estratégia não está mais rendendo os resultados esperados pelos fraudadores. Desta forma, eles estão buscando alternativas. Pesquisas recentes revelaram que uma nova prática dos criminosos tem sido a instalação de códigos maliciosos nos próprios sites, de forma que mesmo sem perceber, as pessoas podem ter a máquina infectada por este tipo de sistema, que transmite senhas e informações sigilosas dos usuários para o fraudador.
Com o objetivo de ajudar as pessoas a se precaverem contra esta nova fraude, o Movimento Internet Segura (MIS), comitê da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) dedicado a orientar o usuário da rede quanto às melhores práticas de navegação na web, explica alguns cuidados básicos tanto para os usuários como para provedores que hospedam os sites.
"Assim como no caso dos e-mails falsos, a união da tecnologia de segurança adequada a uma navegação cuidadosa é suficiente para impedir que mais esta invenção torne a internet um ambiente inseguro", diz o coordenador do Movimento Internet Segura, Igor Rocha.
Nesta nova estratégia dos fraudadores, ele alerta para as seguintes vulnerabilidades e seus respectivos cuidados exigidos:
1. Muitos sites permitem a interação com o usuário. Em alguns, como blogs, sites de relacionamento, fóruns e wikis essa interação é feita através de textos que, acabam se tornando um canal para que o fraudador coloque um código, que contamina o servidor e posteriormente se dissemina para a máquina do internauta quando o site é visitado. Cabe ao administrador do site ficar atento para restringir postagens suspeitas e prevenir a instalação de códigos não autorizados no servidor;
2. Muitas propagandas feitas na internet não são controladas pelo site que as anunciam. Por isso é fundamental que o provedor seja de confiança para que códigos maliciosos não sejam colocados no ar junto com o anúncio;
3. Outro cuidado deve ser tomado com os Withgets, componentes prontos e às vezes gratuitos, utilizados pelo web site para, por exemplo, contar o número de visitantes. É importante saber o procedimento do Withget para não usar um que contenha códigos maliciosos.
No caso do usuário final, as principais precauções são as seguintes: manter o conjunto de atualizações dos browsers e também dos sistemas operacionais como o firewall, o antivírus, o antifishing e o antispaware.
Sobre o Movimento Internet Segura
O Movimento Internet Segura (MIS) foi criado em setembro de 2004 sob a coordenação da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). A preocupação principal do MIS tem sido a de atuar na educação do usuário de Internet no sentido de evitar que as pessoas façam transações na rede de forma insegura caindo em golpes, ou que simplesmente deixem de fazer compras na rede acreditando que essa é uma prática insegura.
A iniciativa conta com a participação direta das empresas American Express, Microsoft, Redecard, Serasa, Visanet, Lojas Pernambucanas, Sack's, Auto Z (portal do grupo DPaschoal), Philips, Brasil Telecom, Americanas.com, Comprafacil.com.br, Extra.com.br, LivrariaCultura.com.br, LivrariaSaraiva.com.br, MagazineLuiza.com.br, Marisa.com.br, Shoptime.com.br, Siciliano.com.br, Videolar.com, Submarino.com.br e TokStok.com.[14]
No endereço www.internetsegura.org, o internauta recebe informações didáticas sobre segurança e integridade na navegação pela Internet e pode acessar a Central de Apoio ao Internauta, que responde dúvidas por e-mail sobre todos os assuntos relativos à questão da segurança na rede.
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