Agência JB
RIO - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, que está na Itália para apresentações de sua nova turnê mundial, "Banda Larga", dedicada às novas tecnologias e a questões relativas à propriedade intelectual, declarou ontem que "a cultura, principalmente a música, devem se tornar livres e compartilháveis, assim como o software Linux". Não por acaso, cada concerto da nova turnê é aberto por uma voz que diz: "Pede-se aos senhores espectadores para que filmem e fotografem o show e para que o baixem no site de Gilberto Gil".
- Estamos em uma fase de contínua evolução. É necessário procurar novos modelos, novas definições de direitos autorais e novos modos de remunerar os artistas - explicou Gil, que se apresenta depois de amanhã no festival latino-americano de Assago, cidade da província da Lombardia, no norte do país. Para compensar as gravadoras e os artistas pela perda dos direitos autorais, procurando também evitar que quem baixa bens de propriedade intelectual pela rede venha a ser acusado de praticar crime, Gil já tem em mente um modelo: "O Linux é um software livre e aberto, para cujo desenvolvimento contribuem milhões de pessoas no mundo todo. Ninguém paga para tê-lo, mas pode-se contribuir para melhorá-lo, tanto que atualmente, nos estúdios de Hollywood, 70% dos computadores utilizam a plataforma Linux para a realização de efeitos especiais, pois se mostra mais confiável". (Com agência Ansa)