Chupeta, mais procurado como traficante de drogas preso no Brasil

A agência norte-americana de combate ao tráfico, DEA (U.S. Drug Enforcement Administration), oferecia US$ 5 milhões (quase R$ 10 milhões) para quem fornecesse informações sobre o paradeiro de Abadia - com a ressalva de que o dinheiro era garantido pelo governo norte-americano. A PF não soube informar se esse tipo de recompensa é paga para órgãos policiais, de acordo com G-1.
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Foto de Juan Carlos Ramirez Abadia divulgada pelo Departamento de Justiça dos EUA
Foto de Juan Carlos Ramirez Abadia divulgada pelo Departamento de Justiça dos EUA

Considerado herdeiro do cartel de Cáli, Abadia permanecerá preso, à disposição da Justiça, na sede da Superintendência Regional da PF, na Lapa (zona oeste de São Paulo). Esta não é a primeira vez que Abadia é preso.

Em março de 1996, ele se entregou à polícia colombiana e confessou ter enviado 30 toneladas de cocaína aos Estados Unidos e atuado no cartel de Tijuana (México). Com a confissão, o colombiano acabou beneficiado e, embora tenha sido condenado a 23 anos de prisão, foi solto em 2002.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos chegou a pedir a prisão dele para fins de extradição em 1996 pelo "presumível envolvimento" com o cartel do Vale do Norte da Colômbia, mas não foi atendido.

Segundo a PF, a prisão de Abadia integra a operação Farrapos, que acontece a partir desta terça-feira em São Paulo, Rio, Minas, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No total, serão cumpridos 17 mandados de prisão de 28 de busca e apreensão.