Cão detecta odor de corpo no quarto de Madeleine
Um cão farejador britânico detectou o odor de um corpo dentro do apartamento onde a garota britânica Madeleine McCann, 4 anos, desapareceu no último dia 3 de maio, informou hoje a polícia portuguesa, de acordo com informações da agência de notícias Ansa.
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O comissário da Polícia Judicial a cargo das investigações, Olegário Sousa, declarou que todos os indícios apontam para a morte da menina. Os detetives portugueses consideram as teorias de homicídio ou de um acidente fatal, apesar de os resultados preliminares de um laboratório em Birmingham, no centro da Inglaterra, terem indicado que a amostra de sangue encontrada no quarto de hotel não pertence à garota.
No entanto, para a polícia portuguesa, essa "não é uma evidência decisiva" no caso, e a investigação está convencida que Maddie morreu na noite em que desapareceu do complexo hoteleiro de Ocean Club, na Praia da Luz, no sul de Portugal.
Os pais da garota, os médicos britânicos Kate e Gerry McCann, discutiram pela primeira vez a possibilidade de voltar para Inglaterra sem a filha. A polícia disse que os McCann não são suspeitos, mas podem voltar a ser interrogados essa semana.
Hoje completam 105 dias do desaparecimento de Madeleine e do lançamento da campanha internacional para encontrá-la. "Sei que voltaremos (para a Inglaterra) e que algum dia iremos acordar e as coisas estarão bem. Nunca imaginamos que poderíamos voltar sem ela. No entanto, agora sabemos. Temos dois gêmeos para cuidar", declarou Gerry em seu blog na Internet. "Não posso imaginar como pode ser que saímos em cinco pessoas e regressaremos apenas em quatro", acrescentou.
Sousa explicou que um cão britânico farejador conseguiu identificar os rastros de odor de um corpo morto no quarto de hotel onde Madeleine desapareceu. Os peritos forenses continuam trabalhando dentro do apartamento dos McCann no complexo de Ocean Club, de modo que os resultados finais só estarão disponíveis na próxima semana.
Redação Terra
Jornal britânico afirma que sangue não é de Madeleine
16/08/2007 09:13:05 - Agência EFE
Os rastros de sangue achados no apartamento onde desapareceu Madeleine McCann não seriam da menina, informa, nesta quinta-feira (16), reportagem do jornal britânico "The Times", que teria tido acesso aos resultados dos testes dos legistas.
Os detetives encarregados de investigar o caso admitiram no sábado, pela primeira vez, que a menina poderia ter morrido na noite de seu desaparecimento. Com a revelação de que o sangue não é de Madeleine, renova-se a esperança de que a garota esteja viva.
As análises dos legistas revelariam que o sangue achado é provavelmente de um homem do nordeste da Europa, segundo o jornal.
Após o desaparecimento da menina, surgiu a informação de que um outro inquilino se feriu dentro do apartamento. Isso poderia explicar os restos de sangue, diz a imprensa.
Madeleine rejeitará os pais caso seja encontrada, diz psicóloga
A garota britânica de 4 anos desaparecida em Portugal, Madeleine McCann, rejeitará seus pais caso apareça com vida, disse nesta quarta-feira uma especialista em psicologia infantil.
Ruth Coppard, uma das principais psicólogas infantis da Inglaterra, afirmou que caso Maddie apareça viva algum dia, no princípio ela odiará os pais, os médicos Gerry e Kate Mc Cann, por a terem deixado abandonada, e poderá rejeitá-los.
No entanto, com o tempo de adaptação, poderia começar a gostar deles como no passado.
AP |
Madeleine McCann, 4, desapareceu em 3 de maio em um quarto de hotel em Portugal |
Madeleine desapareceu no último 3 de maio quando dormia ao lado do irmãos gêmeos, Sean e Amelie, de dois anos, em um quarto de hotel no complexo hoteleiro de Ocean Club, na praia da Luz, sul de Portugal. Seus pais jantavam com amigos em um restaurante próximo.
Apesar das recentes versões da imprensa portuguesa de que a garota teria sido assassinada no mesmo apartamento onde desapareceu, os pais de Maddie, Kate e Gerry McCann, mantêm as esperanças de encontrá-la com vida.
Segundo Ruth, ainda que Maddie sobreviva ao seqüestro, ela "poderia ficar tão perturbada psicologicamente que talvez perca o vínculo natural com os pais".
"A criança constrói um vínculo muito forte com seus pais e se esse vínculo se perder por alguma razão, ela se sente totalmente traída", acrescentou. "Com Madeleine haverá definitivamente um sentimento de dor e traição, e existe a possibilidade de que ela possa sentir muito ódio e ressentimento contra os pais", continuou a psicóloga.
Segundo Ruth, se a garota voltar para a família "não será o caso de voltar de imediato às velhas rotinas. Será preciso um grande esforço de pessoas próximas a garota para reconstruir esse vínculo. Esse processo poderia levar meses, e até anos", ressaltou.
Para a especialista "quanto mais tempo Maddie estiver desaparecida, mais provável que ela se esqueça de seus pais para sempre". "As crianças querem ser amadas e, com isso, buscam as pessoas próximas para receber afeto. Ela talvez relembre de que foi feliz nos primeiros 3 ou 4 anos de sua vida, mas é muito provável que não se lembre de seus pais".
Se Madeleine estiver com outra família que cuide bem dela, ela "poderá construir eventualmente um vínculo emocional com esses pais".
Desaparecimento
A garota britânica está desaparecida há 104 dias e, segundo a polícia portuguesa, existem "fortes indícios" de que tenha sido morta no mesmo quarto onde desapareceu, como conseqüência de um homicídio ou de um acidente fatal.
Um laboratório em Birmingham, no centro da Inglaterra, anunciará nesta semana os resultados das análises do sangue, cabelo e tecidos achados no apartamento dos McCann no complexo de Ocean Club, o que poderia ajudar a esclarecer a investigação policial.
Segundo o jornal "Daily Mirror", a polícia portuguesa crê que os resultados de laboratório "não darão conclusões", já que o sangue "é muito improvável" que seja de Madeleine.
Pais
Os pais da menina afirmaram hoje que irão pedir uma "explicação imediata" à polícia portuguesa para saber o motivo pelo qual os investigadores dizem considerar de forma unânime que a filha do casal está morta.
Virgilio Rodrigues/Reuters |
Gerry e Kate McCann, pais de Madeleine; polícia reitera que casal não é suspeito |
Os dois médicos britânicos, de 38 e 39 anos respectivamente, afirmaram que se sentem "furiosos" por terem sido mantidos "nas sombras" da investigação policial, que desde os últimos dias analisa a teoria de homicídio ou de um acidente fatal da menina.
"Creio que como pais, se existem evidências que temos que conhecer, então elas devem ser apresentadas para nós", declarou o pai de Madeleine. Os detetives portugueses suspenderam as investigações, até que sejam revelados os resultados de laboratório de algumas amostras de sangue suspeitas achadas no quarto onde estava Madeleine.
A polícia portuguesa reafirmou na noite desta terça-feira que os pais de Madeleine não são considerados suspeitos de envolvimento no caso nesta fase da investigação.
"Já dissemos isto e vamos repetir. No momento, os pais não são suspeitos", declarou Olegario Sousa, porta-voz da polícia portuguesa, à rede de TV Sic.