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Hospital estuda registro de gêmeos
Do JC
Os pais dos gêmeos Antônio Bento e Vitor Gabriel, nascidos nessa quinta-feira no Recife, ainda não decidiram como darão entrada no processo para obter o registro civil dos bebês. Eles foram gerados pela avó materna, a agente de saúde
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Segundo Michelle, a família não teve tempo de parar para pensar nas certidões de nascimento das crianças. "Vamos conversar melhor com os médicos para saber exatamente o que fazer." O obstetra que realizou o parto, Eduardo Moreira, disse que o melhor será esperar para fazer o registro na próxima semana. No caso da garota Bianca – que nasceu em 2004 em
Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte, e foi gerada na barriga da avó paterna – os pais precisaram fazer o exame de DNA. Com base na prova da paternidade biológica, o Ministério Público de Minas Gerais expediu parecer atestando que Veridiana e Fabiano Menezes eram seus pais, e não a avó, Elizabeth Sales.
Ontem, Michelle tentou amamentar um dos gêmeos, Vitor. Ela fez tratamento com hormônios para produzir leite e conseguiu com que saísse o colostro, líquido mais espesso que os bebês sugam nas primeiras mamadas. "Ficou um pouco dolorido, mas vou continuar estimulando eles a mamar, como recomendou o médico", disse.
Vinte e cinco anos depois de dar à luz o filho mais novo, Rozinete voltou a se preocupar com amamentação. Os meninos passaram o dia revezando-se nas mamadas. Recuperando-se da cirurgia, a avó-mãe estava animada. "Me sinto disposta e estou feliz. Só fico enjoada às vezes, mas caminho um pouco e melhoro."
Além de ter cuidados redobrados com a saúde de avó e netos, a família pôde perceber as diferenças de temperamento dos gêmeos logo no primeiro dia. "Bentinho é mais calmo e dorminhoco, mas Vitor é bravo e chorão", corujava a mãe.
O caso inédito na medicina brasileira só aconteceu graças à técnica da fertilização in vitro e à disposição da avó. Em janeiro, quatro óvulos de Michelle foram fecundados em laboratório com os espermatozóides do marido, o comerciante Antônio de Brito Pereira. Dias depois, o ginecologista Cláudio Leal Ribeiro implantou os embriões no útero de Rozinete. Dois se desenvolveram.
O útero de substituição era a única alternativa para que o casal de comerciantes pudesse ter herdeiros biológicos, pois o órgão de Michelle, rudimentar, não suporta uma gestação. De acordo com resolução de 1992 do Conselho Federal de Medicina, apenas parentes de 1º ou 2º grau da mulher podem submeter-se a essa técnica.
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Ontem, Michelle tentou amamentar um dos gêmeos, Vitor. Ela fez tratamento com hormônios para produzir leite e conseguiu com que saísse o colostro, líquido mais espesso que os bebês sugam nas primeiras mamadas. "Ficou um pouco dolorido, mas vou continuar estimulando eles a mamar, como recomendou o médico", disse.
Vinte e cinco anos depois de dar à luz o filho mais novo, Rozinete voltou a se preocupar com amamentação. Os meninos passaram o dia revezando-se nas mamadas. Recuperando-se da cirurgia, a avó-mãe estava animada. "Me sinto disposta e estou feliz. Só fico enjoada às vezes, mas caminho um pouco e melhoro."
Além de ter cuidados redobrados com a saúde de avó e netos, a família pôde perceber as diferenças de temperamento dos gêmeos logo no primeiro dia. "Bentinho é mais calmo e dorminhoco, mas Vitor é bravo e chorão", corujava a mãe.
O caso inédito na medicina brasileira só aconteceu graças à técnica da fertilização in vitro e à disposição da avó. Em janeiro, quatro óvulos de Michelle foram fecundados em laboratório com os espermatozóides do marido, o comerciante Antônio de Brito Pereira. Dias depois, o ginecologista Cláudio Leal Ribeiro implantou os embriões no útero de Rozinete. Dois se desenvolveram.
O útero de substituição era a única alternativa para que o casal de comerciantes pudesse ter herdeiros biológicos, pois o órgão de Michelle, rudimentar, não suporta uma gestação. De acordo com resolução de 1992 do Conselho Federal de Medicina, apenas parentes de 1º ou 2º grau da mulher podem submeter-se a essa técnica.