DNA de Madeleine é encontrado em saco de roupas velhas

DNA de Madeleine é encontrado em saco de roupas velhas


Os pais de Madeleine McCann, 4, a garota britânica desaparecida desde o último dia 3 de maio no sul de Portugal, disseram estar "incrivelmente encorajados" pelo fato de terem sido encontrados traços de DNA "similares" ao da menina em um saco de roupas velhas.

Para Gerry e Kate McCann - suspeitos de terem matado acidentalmente a filha - a descoberta "parece fortemente significativa" e indica que a criança "pode estar viva".

O saco de roupas foi encontrado duas semanas atrás próximo ao aeroporto português de Faro, não muito distante do local onde Madeleine passava férias com a família.

Análises feitas em um laboratório da cidade inglesa de Birmingham detectaram uma "parcial semelhança" entre o DNA de Maddie e o encontrado em uma blusa e um par de jeans.

A notícia foi divulgada hoje pelo tablóide inglês "Daily Mirror", que a estampou na primeira pagina sob o título "O DNA de Madeleine em um saco de roupas".

Dias atrás, os tablóides londrinos deram espaço a informações vindas de Portugal segundo as quais novos exames confirmavam a presença de "traços abundantes" de DNA de Maddie no automóvel alugado pelos McCann 25 dias após o desaparecimento da garota.

Os tablóides ingleses voltam à hipótese de que Madeleine possa ter sido raptada e levada para o Marrocos, onde algumas pessoas já relataram ter visto a garota.

Pais pedem novo interrogatório para 25 pessoas
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Os pais da menina britânica Madeleine McCann, desaparecida há seis meses em Portugal, pediram à polícia portuguesa que interrogue 25 testemunhas que, segundo eles, são cruciais para resolver o caso.

O advogado de Kate e Gerry McCann, Michael Caplan, entregou uma lista de nomes que incluem os sete amigos britânicos que jantavam com o casal quando a menina desapareceu de um apartamento alugado na Praia da Luz, na costa sul portuguesa.

A lista também inclui os nomes de alguns funcionários do condomínio onde fica o apartamento, como as babás da creche local que cuidaram de Madeleine dias antes do desaparecimento.

Kate e Gerry McCann foram apontados formalmente como suspeitos no caso e, por isso, têm direito de requisitar informações e ações por parte da polícia.

Novos interrogatórios

Segundo fontes ligadas aos advogados do casal, as pessoas listadas podem provar "que os pais de Madaleine não estão envolvidos em seu desaparecimento".

Detetives portugueses estão com viagem marcada à Grã-Bretanha, depois de terem pedido formalmente para interrogar novamente pelo menos quatro dos sete amigos que estavam na Praia da Luz com os McCanns. Com o pedido do casal, é possível que todos eles sejam interrogados.

Policiais britânicos envolvidos nas investigações disseram ao casal que a polícia portuguesa estaria "revendo" a posição deles no caso.

Mas o novo chefe das investigações, Paulo Rebelo, afirmou que seus colegas estão considerando todas as possibilidades, inclusive a de que Madeleine tenha sido levada por um estranho.

BBC Brasil


PJ quis saber se pais estavam embriagados

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Autoridades já receberam a maioria dos resultados aos vestígios encontrados no carro e no apartamento, mas faltam ainda alguns dados que podem ser fundamentais. Paulo Rebelo foi falar com elementos da GNR que estiveram na Luz após desaparecimento para afastar a hipótese de o casal estar alcoolizado.

A Polícia Judiciária quis saber se Gerry e Kate McCann bem como os amigos que os acompanharam nas férias em Portugal estavam embriagados na noite em que Madeleine desapareceu. Essa foi mesmo uma das primeiras diligências realizadas por Paulo Rebelo depois de ter assumido a chefia da investigação.

Poucos dias após entrar como coordenador nas instalações do Departamento de Investigação Criminal de Portimão da PJ, Rebelo quis interrogar os dois militares da GNR que foram os primeiros a chegar ao Ocean Club, na Praia da Luz, a 3 de Maio.

O coordenador superior queria saber tudo o que os militares viram ao chegar ao local e, em particular, se os McCann e o grupo de amigos que com eles jantava aparentavam estar alcoolizados.

Os dois militares da GNR de Lagos terão referido que os ingleses pareciam estar normais. Isto apesar de, segundo testemunhos recolhidos pela PJ, o grupo consumir habitualmente daiquiri, martini e cerveja antes do jantar, dez a 14 garrafas de vinho à refeição e terminar tudo com amêndoa amarga.

INTERROGATÓRIO

A Polícia Judiciária ainda não enviou as cartas rogatórias para Inglaterra para voltar a inquirir os pais e amigos de Madeleine. As autoridades estão a tentar reunir o máximo de elementos de prova para voltarem a confrontar o grupo, aguardando ainda alguns resultados finais do Laboratório de Birmingham.

Segundo o CM apurou, a maioria das análises já chegou a Portugal mas nenhuma é absolutamente conclusiva. Embora reforcem a hipótese de a criança ter sido transportada morta na mala do Renault Scénic alugado 22 dias depois, os resultados não são taxativos. As amostras, além de microscópicas, encontravam-se muito degradadas e nem o recurso à mais moderna tecnologia permitiu descodificar todos os elementos de ADN.

Ainda segundo o CM apurou, a PJ continua à procura da “prova definitiva” que falta. O “clique” da investigação – como definiu Alípio Ribeiro a um canal de televisão espanhol – que poderá permitir aos investigadores esclarecer o que efectivamente aconteceu na noite em que Madeleine desapareceu.
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DETECTIVES EM MARROCOS

Os detectives privados que procuram Madeleine em Marrocos “estão a aproximar-se do esconderijo” onde a menina estará, noticia o ‘Daily Express’. Referindo que a localização é “algures no Norte de Marrocos”, o jornal inglês avança mesmo que os detectives estão a caminho “de a recuperar”. A equipa que se encontra no país do norte de África revela que está a seguir “novos avistamentos de uma rapariga que se parece com a Madeleine” que foram conhecidos recentemente e agora está concentrada “numa área específica”.

VIGÍLIA POR MADELEINE
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Kate e Gerry McCann participaram ontem à noite numa vigília celebrada na Igreja de St. Mary e St. John, em Rothley, Leicestershire, que assinalou a passagem de seis meses desde o desaparecimento de Madeleine. O evento realizou-se entre as 21h30 e as 21h45, precisamente a hora em que os pais terão tomado conhecimento do que acontecera.

SEIS MESES ASSINALADOS COM MISSA BILINGUE NA LUZ

Foi a quarta vez que a missa na Capela da Nossa Senhora da Luz foi bilingue. Depois do dia de aniversário de Madeleine e da passagem dos 50 e dos 100 dias sobre o desaparecimento, agora foi a marca dos seis meses sobre o dia 3 de Maio que justificou a decisão.

“Quisemos mostrar todo o nosso apoio a Kate e a Gerry e que a Madeleine continua no nosso coração”, explicou o padre Haynes Hubbard, responsável pela homilia, depois da cerimónia que se iniciou às 16h00 de ontem e se prolongou por uma hora.

Numa capela cheia de ingleses e portugueses, foram entoados cânticos e preces e lidos salmos em nome da menina inglesa. Sempre nas duas línguas.

Quase no final, foi lida uma mensagem de Kate McCann, enviada de propósito pela mãe de Madeleine para os fiéis da Vila da Luz. “Muito obrigado por se juntarem a nós nas orações de hoje pela nossa filha Madeleine”, começava por dizer Kate na mensagem. “Continuem a orar para que o bem vença o mal, a esperança substitua o desespero e o nosso raio de luz volte para nós”, dizia ainda a mãe de Maddie.

O CASO VISTO EM INGLATERRA

Imprensa britânica continua a usar caso Maddie para

fazer as primeiras páginas dos jornais.
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'THE SUN'

Ainda à procura de Madeleine. O jornal recorda todos os passos da investigação do caso Maddie desde que a criança britânica desapareceu no Algarve.

'DAILY STAR'

Maddie foi assassinada. Os exames de ADN revelam que o cadáver da criança foi mesmo transportado no carro que os pais alugaram mais de 20 dias depois do seu desaparecimento.

'NEWS OF THE WORLD'

Os detectives privados contratados pelo casal McCann estão convencidos de que a criança foi raptada por encomenda e levada para Marrocos por uma rede de pedofilia.

'MIRROR'

Kate McCann continua a afirmar que a filha está viva e que sabe que existe alguém que pode levá-la de volta a Inglaterra para ficar novamente junto à sua família.

'DAILY MAIL'

A mãe de Madeleine voltou a fazer um apelo ao raptor. O casal McCann forneceu uma fotografia nova de Maddie à imprensa no dia que marcou os seis meses sobre o seu desaparecimento.

PORMENORES

CAVALARIA

Os dois primeiros GNR a chegaram à Luz na noite do desaparecimento são da especialidade de Cavalaria e, na altura, ainda não tinham muita experiência de patrulha em viaturas.

CONTACTO

Depois de se aperceberem do que se passava, os GNR entraram em contacto com o posto de Lagos, onde estão colocados, para comunicarem a situação ao Comando.

DIA SEGUINTE

Nas declarações à PJ os dois militares da GNR terão dito que na noite em que Madeleine desapareceu não viram Robert Murat na rua perto do apartamento. Isso só sucedeu no dia seguinte.

POSTERS

O padre Hubbard incentivou os fiéis a depois da cerimónia recolherem posters com a cara de Madeleine para que continuassem a lembrar-se da menina inglesa.

CRIANÇAS

A missa de ontem, apesar de assinalar os seis meses do desaparecimento de Maddie, também serviu para alertar para todas as outras crianças desaparecidas em todo o Mundo, frisou o padre Hubbard.

VELAS

No final da missa na Luz os fiéis acenderam velas como símbolo de esperança para o regresso de Madeleine à família em segurança.

NOTAS

MURAT ESTÁ DESESPERADO

Robert Murat está desesperado pelas ameaças que continua a receber, pela falta de trabalho e por não ver a filha. Mantém-se como arguido.

PULSEIRAS BENZIDAS

Na missa foram distribuídas pulseiras amarelas previamente benzidas que os fiéis colocaram nos pulsos uns dos outros.

OUTRO APELO DOS PAIS

No dia que se assinala seis meses sobre o desaparecimento, Kate e Gerry voltaram a apelar para que Madeleine seja devolvida.

MISSA EM INGLATERRA

Os McCann assinalaram a data com uma missa, ontem à noite, em Rothley, a localidade onde residem em Inglaterra.
João Mira Godinho / Tânia Laranjo