Casais comemoram primeiro Natal com os filhos

Famílias contam as experiências da chegada das crianças

EPTV Campinas
O desejo de muitos casais de ter um filho nem sempre ocorre naturalmente. É cada vez mais comum surgirem dificuldades que abalam a estrutura emocional dos pais. E cada família encontra um jeito próprio de realizar o sonho de ter uma criança.

As histórias são compartilhadas por centenas de pessoas. São casais que passaram por essa situação difícil e, agora, comemoram os presentes que receberam.

O nascimento de Jesus Cristo, uma das passagens mais populares da Bíblia, é uma história de proteção, sempre contada e recontada nas famílias. Mais de 2 mil anos se passaram e, de alguma forma, em um mundo totalmente diferente, esse mesmo cuidado se repete.

Na véspera de uma data tão especial, três famílias da região de Campinas se preparam para um Natal diferente. E, como no passado, o motivo da alegria é um nascimento.

O menino Luan, por exemplo, nasceu prematuro, antes do sexto mês de gestação. Tinha menos de 1 quilo e os médicos avisaram sua mãe, Karina Alves dos Santos, que talvez ele não nascesse vivo. Foram 175 dias de luta e, finalmente, o bebê voltou para a casa com sua mãe. “Eu nunca perdi a esperança. Cada dia que passava, eu criava mais força”, disse Karina.

Para o pai de Luan, Ademir Fabiano Barbosa, o principal desafio foi encarar as más notícias no hospital. “Falavam que ele não ia enxergar direito, mas não ficou nenhuma seqüela”, afirmou.

Ao contrário de Luan, que chegou antes da hora, o menino Pedro demorou a chegar. “Estávamos muito ansiosos para ter um filho mas não conseguíamos. Demorou uns dois anos”, explica o pai de Pedro, Anderson Juliato.

A espera valorizou o presente. Tranqüilo no aconchego do colo de sua mãe, Ana Cristina Tasca, Pedro nem imagina o quanto mudou a casa dos pais: ganhou quarto decorado e roupinhas novas. O casal agora é só alegria. “Ele já tem até roupinha de Natal”, disse a mãe.

Alegria em dobro tiveram o casal Vilma Carvalho dos Santos Paes e Fernando César Paes, de Piracicaba. Como não podiam ter filhos, eles resolveram adotar duas crianças de cada vez. “A espera é igual. Nunca tive filhos, mas acho que é a mesma coisa. Filho é filho, não importa de onde vem e nem como vem”, disse Vilma.

Para Fernando, os filhos são o presente de Natal do casal. “Faltava eles para dar um brilho e uma esperança a mais. Tudo mudou para melhor.”
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