Para quem o celular 3G vale a pena?

Para quem o celular 3G vale a pena?
(Agência Estado)

A tecnologia 3G que em breve estará disponível no Brasil foi adotada nos Estados Unidos há cerca de dois anos. E, mesmo se tratando de um grande mercado, apenas 12% dos assinantes norte-americanos usam o celular para navegar na internet. No Brasil, o crescimento deve ser ainda mais lento.

"Não é possível fazer previsões. Mas, baseado no que tem acontecido no resto do mundo, nos primeiros dois anos devemos atingir cerca de 10% dos assinantes do pós-pago, que no total são cerca de 23 milhões", afirma Erasmo Rojas, diretor da associação 3G Americas, ligada a empresas do setor.

No início, as operadoras só terão celulares e planos 3G para clientes do pós-pago, o que exclui 85% dos usuários no Brasil. A Claro - única empresa que já tem o novo 3G em São Paulo - não informou quando lançará o serviço para o pré-pago. Segundo a operadora, leva tempo para desenvolver os mecanismos que calculam o consumo instantâneo de dados no celular.

Se a sua operadora não tem 3G, não se afobe. Ela deve começar a operar o sistema em breve. Mas, afinal, para quem vale a pena fazer a transição para o 3G, que implica em mudar de aparelho e plano?

Sem banda larga

Em primeiro lugar, estão as pessoas que costumam acessar a internet ou trocar conteúdo multimídia pelo celular ou querem fazer isso. Elas pagarão quase o mesmo preço ou até menos do que pagam atualmente pelo plano de dados e terão uma conexão bem mais veloz (leia sobre os planos abaixo e sobre a velocidade na página ao lado).

Se você mora em um bairro ou uma cidade que não é coberto pela banda larga comum, como o Speedy ou Vírtua, pode optar por comprar uma placa que, conectada ao desktop ou notebook, permite acessar a internet via rede de telefonia móvel. Essas placas já existem faz tempo, mas agora também serão 3G, ou seja, mais rápidas. A Vivo já tem uma placa 3G desde 2004, mas agora haverá concorrência.

Esse é o caso do paulistano Mário Eduardo, de 25 anos. Ele tinha o Speedy de 500 Kbps em sua casa, no bairro Capela do Socorro, mas após passar por uma série de problemas com a conexão, a Telefônica o obrigou a adotar um plano de 200 Kbps e com limite de tráfego, que estourou em uma semana.

O Vírtua e o Ajato não cobriam a sua região, então ele decidiu usar uma placa de modem da Vivo no seu PC para ter acesso à web. "Comparando com os outros serviços, é mais caro, mas foi a única opção. Dá para ver os vídeos no YouTube sem esperar para carregar, só que a conexão cai toda hora. Tive de instalar um programa para reduzir o problema", conta.

Se você usa o celular só para fazer ligações ou no máximo enviar SMS (mensagens de texto), nem pense em aderir ao 3G, ao menos nesta fase inicial.

As informações são do O Estado de S. Paulo

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