A Secretaria de Polícia do Senado Federal divulgou, neste sábado, uma nota contestando matéria publicada na edição da revista Veja desta semana. Na matéria, a revista acusa "alguém ligado à Polícia do Senado" de ter procurado um escritório de detetives particulares para espionar o senador Marconi Perillo (PSDB-GO). No comunicado, informa que já foi determinada abertura de investigação para apurar a denúncia.
De acordo com a Agência Senado, o presidente interino do Senado, Tião Viana, disse estar de acordo com a abertura da investigação. Ele disse também considerar inaceitável qualquer prática como a apontada pela revista. O senador exigiu a apuração completa dos fatos.
Uma pessoa supostamente ligada à Polícia do Senado é suspeita de contratar um escritório de espionagem política de Brasília para investigar a vida do senador Marconi Perillo (PSDB-GO), enquanto Renan Calheiros (PMDB-AL) era presidente da Casa. Perillo é reconhecidamente adversário político de Calheiros, segundo a Veja.
O objetivo da espionagem, de acordo com a revista, era identificar desde supostos negócios fraudulentos realizados entre Perillo e empresários até a existência de contas bancárias dele no exterior.
O investigado descobriu a história há um mês e pediu à polícia de Goiás que investigasse o caso. Além disso, comunicou a história a Romeu Tuma, corregedor do Senado.
Perillo disse à revista Veja que teve atuação destacada no caso Renan Calheiros, no Conselho de Ética, na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário. "Não tenho provas concretas, mas não descarto que essa coisa abominável possa ter sido causada pela minha atuação em defesa da cassação de Renan Calheiros", disse à revista.
Confira o comunicado da Polícia do Senado na íntegra:
"Com relação à reportagem veiculada pela revista Veja sob o título Espionagem oficial, a Secretaria de Polícia do Senado Federal nega, veementemente, seu envolvimento com qualquer órgão público ou privado, com o objetivo de espionagem. Informa, também, que já foi determinada a abertura de investigação policial para apurar a denúncia de que "alguém ligado à Polícia do Senado" teria procurado um escritório de detetives particulares para espionar um Senador da República.
Destaca, ainda, que a transparência é um dos pilares da atuação desta Polícia legislativa federal e cita como exemplo a publicação em seu site de todos os termos circunstanciados e inquéritos policiais de sua competência, desde o ano de 2005.
A Polícia do Senado Federal zela pela proteção das autoridades, servidores e visitantes da mais alta Casa legislativa, de forma a garantir o ambiente propício ao desenvolvimento das competências constitucionais do Senado brasileiro, ajudando a fortalecer a democracia no País".
Redação Terra