Em julho do ano passado, o então senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) foi acusado de envolvimento com desvio de dinheiro do estatal Banco de Brasília (BRB) e deixou o Senado por conta das denúncias.
O senador, que foi quatro vezes governador do Distrito Federal, foi flagrado em escutas telefônicas, em março deste ano, conversando com o então presidente do BRB Tarcísio Franklin sobre a entrega e a partilha de R$ 2,2 milhões no escritório do empresário Nenê Constantino, dono da Gol e de empresas de transporte rodoviário. As escutas faziam parte da operação da PF.
A situação de Roriz se complicou à época com outra denúncia de que ele teria usado o dinheiro para pagar propina a juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal para absolvê-lo no processo em que era acusado de usar uma empresa pública para fazer campanha eleitoral.
Para se explicar, Roriz sustentou que precisava de R$ 300 mil para pagar por uma bezerra de raça e recorreu ao empresário e "amigo íntimo" - que também é dono de empresas de ônibus, investidor imobiliário e agropecuarista. E, ainda segundo sua versão, teria devolvido R$ 1,9 milhão para Constantino.