Ataque suicida mata 50 pessoas em funeral no Iraque

Um suicida atacou um funeral no norte do Iraque na quinta-feira, matando 50 pessoas e ferindo outras 55 num ataque que sugere que militantes lançaram uma nova campanha de violência no norte do país.

Os sobreviventes disseram que o funeral era para dois membros de uma unidade de segurança apoiada pelos Estados Unidos, que foram mortos na quarta-feira. A Al Qaeda é apontada como provável responsável, depois de o grupo sunita prometer ataques a unidades de segurança em bairros com o apoio norte-americano.

O ataque foi um dos mais sangrentos no Iraque em meses e enfatiza a capacidade de militantes de promover a destruição, apesar da queda geral nos níveis de violência, o que levou os EUA a iniciarem a retirada de tropas.

A polícia disse que o agressor detonou um colete com explosivos em uma vila sunita próxima à cidade de Adhaim, na província de Diyala, e informou que a contagem final de mortos totaliza 50.

"De repente uma bola de fogo tomou conta do funeral. Eu caí no chão. Vi corpos espalhados por todos os lugares", disse Ali Khalaf, um dos feridos, que foi levado para a cidade de Tuz Khurmato para tratamento. Ele disse ter visto corpos serem empilhados em uma picape.

O norte do Iraque observou uma elevação nos ataques a bomba nesta semana, incluindo um que matou 40 pessoas na cidade de Baquba, capital de Diyala, na terça-feira.

Em Sadr City, palco de recentes lutas entre as milícias xiitas e as forças de segurança, novas batalhas começaram nesta madrugada, disseram autoridades.

O porta-voz do Exército norte-americano, major Mark Cheadle, afirmou que cinco militantes foram mortos nas primeiras horas de quinta-feira em três incidentes separados, incluindo um ataque aéreo. Os hospitais em Sadr City disseram ter recebido nove corpos e 36 feridos depois dos ataques. (Reportagem adicional de Mustapha Mahmoud em Kirkuk, Sherko Raouf em Sulaimaniya e Peter Graff, Khalid al-Ansary e Ahmed Rasheed em Bagdá).