Compare a versão do pai e madrasta de Isabella com as conclusões da polícia

Compare a versão do pai e madrasta de Isabella com as conclusões da polícia

Casal concedeu entrevista exclusiva ao Fantástico no último domingo (20).
Eles alegam que são 'totalmente inocentes', mas a investigação compromete casal.

A defesa, numa frase: “somos totalmente inocentes”. Esta foi a tese que o pai e a madrasta de Isabella defenderam no último domingo (20), em entrevista exclusiva ao Fantástico.

Repórter : - Vocês não mataram Isabella?

Anna C. Jatobá: Não, em hipótese alguma. Nunca. O que mais dói é as pessoas falarem que nós somos os assassinos de Isabella e na nossa cabeça saber que não fizemos nada”, afirmaram.

Na entrevista exclusiva ao repórter da Tv Globo Valmir Salaro, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá contestaram o trabalho da perícia.

Repórter: - O laudo aponta até sangue no carro de vocês?
Anna C. Jatobá: - Eu fui a última pessoa a sair do carro. Quando ele subiu pra deixar ela lá em cima, eu tava dentro do carro com o Pietro e o Cauã dormindo. Ninguém tinha se machucado.

Segundo a polícia científica, Isabella chegou machucada ao prédio. Havia sangue em três pontos do carro da família.

- Vocês não usaram a fralda para limpar sangue?
Anna C. Jatobá: Não, isso não existe.


Os peritos dizem que a fralda foi usada para estancar sangue de um ferimento na testa da menina no trajeto entre a garagem e o apartamento. Eles encontraram a fralda mergulhada na água, com um produto para tirar manchas. Mesmo assim, identificaram o sangue de Isabella.

- Você alguma vez bateu na sua filha?
A. Nardonni:
- Nunca encostei um dedo na minha filha.
Anna C. Jatobá: - Eu também nunca encostei o dedo nela na minha vida.

Em depoimento, a mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, disse que a menina nunca se queixou de maus tratos na casa do pai, mas voltava com marcas arroxeadas.

Segundo a madrasta, tudo brincadeira de criança. “O Pietro às vezes chegou a beliscar ela, morder ela, quando era menorzinho. Ela nunca chegou a bater nele, ela nunca respondeu pra ninguém“, disse Anna Jatobá.

- Testemunhas diziam que vocês não tinham uma vida tão harmoniosa e que vocês viviam brigando.
A.Nardonni: - Brigas todo casal tem, mas não do jeito que estão vinculando na mídia. Brigas nossas normais como qualquer outro casal.

Anna C. Jatobá: Neste apartamento novo nós nunca tínhamos brigado.

Vários vizinhos do prédio onde o casal morava antes de mudar para o edifício London disseram à polícia que testemunharam brigas violentas do casal. Um deles declarou que as brigas, coincidentemente, ocorriam nos fins de semana, quando Isabella estava na companhia de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.

Um casal que mora ao lado do edifício London disse ao Jornal Nacional e à policia que, dez minutos antes de Isabella cair, Anna Jatobá teve uma forte discussão com Alexandre, fazendo uso de muitos palavrões.

- Vocês afirmam, reafirmam que uma terceira pessoa entrou e matou isabela?
Anna C. Jatobá:
- com certeza.

- Por que alguém agiria com tanta brutalidade?
Anna C. Jatobá:
- Isso é o que a gente se pergunta todas as noites, todos os dias

A.Nardonni: A gente para pra pensar como alguém poderia fazer isso com uma criança.


A delegada que investiga o caso afirma que Alexandre Nardonni e Anna Carolina são as únicas pessoas que tiveram acesso à vítima pouco antes dos fatos.

Segundo os peritos, a única forma de entrar no prédio seria escalando os muros , mas não foi encontrado nenhum vestígio de invasão.

A polícia científica também não encontrou no apartamento nenhuma marca de pessoa estranha à família.

- É uma acusação grave, de que você (A.Jatobá) teria asfixiado e você (A.Nardonni) jogado da janela?
Anna C. Jatobá:
- Uma coisa terrível. Nunca encostei o dedo nela. Eu sou mãe! Você acha que o que eu não quero para o filho dos outros, vou querer para os meus filhos. Isso não tem cabimento o que estão falando.

Os legistas atestam que as marcas de esganadura em Isabella são compatíveis com as mãos da madrasta. E os peritos concluíram que o sangue de Isabella pingou de uma de altura de pelo menos um metro e vinte e cinco - compatível com a altura de Alexandre Nardonni carregando uma criança.

Outra conclusão da perícia: a camiseta de Alexandre tinha sinais da rede de proteção da janela. A sujeira e a pressão exercida sobre a tela deixaram as marcas da trama na camiseta dele.

Segundo os peritos, a camiseta não teria as marcas, se Alexandre tivesse apenas olhado pelo buraco da rede, como ele diz.

As marcas na camiseta indicam, segundo a perícia, que ele pressionou firmemente o corpo contra a tela, com os braços esticados - posição em que estava o agressor, quando Isabella foi jogada.

Durante a entrevista, o casal estava acompanhado dos pais e de um dos advogados. Nas declarações de trinta e cinco minutos que foram ao ar no Fantástico, o casal sempre descartou as conclusões da perícia com negativas genéricas. Eles aparentaram estar emocionados e fizeram questão de dizer o tempo inteiro que tinham uma vida familiar harmoniosa.

“As vezes ela tomava banho comigo, ela fazia um coração no box, no vapor e dizia : 'Tia Carol, olha o amor que eu sinto por você' e eu fazia um box inteiro”, contou Anna Carolina Jatobá.


"A verdade vai vir à tona. E eu não vou ficar sossegado enquanto não encontrar a pessoa que fez isso com ela", disse Nardonni.