Roberto Aguiar é o novo reitor da UnB
O jurista e filósofo Roberto Aguiar é o novo reitor da Universidade de Brasília (UnB). O anúncio foi feito hoje (15) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. A nomeação deve ser publicada amanhã (16) no Diário Oficial da União.
Aguiar foi indicado pelo Conselho Superior da Universidade (Consuni) com 40 votos. Os outros dois nomes da lista eram a doutora em sociologia Lurdes Bandeira, diretora do Instituto de Ciências Sociais, e o professor Gileno Marcelino, ex-diretor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade, Ciência da Informação e Documentação (Face). Cada um obteve, respectivamente, 31 e 24 votos.
O reitor pro tempore (temporário) é professor aposentado de Direito e já foi secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no governo Cristovam Buarque, de 1996 a 1999. Aguiar também ocupou o posto de secretário de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, no governo Benedita, em 2002. Até o mês passado, ele era conselheiro da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
Aguiar se disse honrado em poder contribuir para a universidade "em um momento tão tenso". "A UnB foi feita para ser experimental e nova. O projeto Darcy Ribeiro deixava a universidade sem teias para poder experimentar. Esse momento é muito rico para a gente poder ultrapassar e construir alguns nortes, algumas direções para a universidade", disse.
O novo reitor reconheceu que enfrentará problemas de ordem administrativa, judicial, acadêmica e política. “A universidade está fragmentada e eu vim para unir, dentro das diferenças. A universidade só tem sentido se houver divergência”, pontuou.
Sobre as próximas eleições para reitor, Aguiar não confirmou se serão paritárias, principal revindicação exigida pelos alunos para deixar a reitoria. Mas sinalizou com a possibilidade da escolha do sistema que, segundo ele, deve ser discutido com toda a comunidade acadêmica.
“Eu não quero que seja um cabo-de-guerra em que estudante puxa de um lado, professores para o outro e funcionários para o outro. É preciso que haja um consenso para uma solução viável”, indicou. Ele garantiu que, antes de deixar o cargo, vai promover “uma eleição limpa, democrática, onde todas as correntes de pensamento sejam contempladas”.
Uma das primeiras providências de Aguiar ao ser indicado pelo Consuni, foi negociar com os estudantes a liberação do prédio da reitoria. “Eles são pessoas racionais e sabem que o reitor não funciona sem lugar para trabalhar”, observou. Aguiar disse o que pensa sobre o gerenciamento dos recursos da univeridade. "É preciso erradicar formas estranhas de tratar o patrimônio da universidade e de excluir segmentos da comunidade", disse.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, tem a esperança de que, com a indicação do novo reitor, a crise possa ser superada em um curto espaço de tempo. “O compromisso dos estudantes, firmados no domingo, é de que o reitor nomeado tivesse condições operacionais de dirigir a instituição. Há vários procedimentos urgentes que precisam ser observados para que a instituição mantenha seu funcionamento normal”, disse.
O mandato do reitor pro tempore é de 90 dias, prorrogável por mais 90 dias.
O jurista e filósofo Roberto Aguiar é o novo reitor da Universidade de Brasília (UnB). O anúncio foi feito hoje (15) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. A nomeação deve ser publicada amanhã (16) no Diário Oficial da União.
Aguiar foi indicado pelo Conselho Superior da Universidade (Consuni) com 40 votos. Os outros dois nomes da lista eram a doutora em sociologia Lurdes Bandeira, diretora do Instituto de Ciências Sociais, e o professor Gileno Marcelino, ex-diretor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade, Ciência da Informação e Documentação (Face). Cada um obteve, respectivamente, 31 e 24 votos.
O reitor pro tempore (temporário) é professor aposentado de Direito e já foi secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no governo Cristovam Buarque, de 1996 a 1999. Aguiar também ocupou o posto de secretário de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, no governo Benedita, em 2002. Até o mês passado, ele era conselheiro da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
Aguiar se disse honrado em poder contribuir para a universidade "em um momento tão tenso". "A UnB foi feita para ser experimental e nova. O projeto Darcy Ribeiro deixava a universidade sem teias para poder experimentar. Esse momento é muito rico para a gente poder ultrapassar e construir alguns nortes, algumas direções para a universidade", disse.
O novo reitor reconheceu que enfrentará problemas de ordem administrativa, judicial, acadêmica e política. “A universidade está fragmentada e eu vim para unir, dentro das diferenças. A universidade só tem sentido se houver divergência”, pontuou.
Sobre as próximas eleições para reitor, Aguiar não confirmou se serão paritárias, principal revindicação exigida pelos alunos para deixar a reitoria. Mas sinalizou com a possibilidade da escolha do sistema que, segundo ele, deve ser discutido com toda a comunidade acadêmica.
“Eu não quero que seja um cabo-de-guerra em que estudante puxa de um lado, professores para o outro e funcionários para o outro. É preciso que haja um consenso para uma solução viável”, indicou. Ele garantiu que, antes de deixar o cargo, vai promover “uma eleição limpa, democrática, onde todas as correntes de pensamento sejam contempladas”.
Uma das primeiras providências de Aguiar ao ser indicado pelo Consuni, foi negociar com os estudantes a liberação do prédio da reitoria. “Eles são pessoas racionais e sabem que o reitor não funciona sem lugar para trabalhar”, observou. Aguiar disse o que pensa sobre o gerenciamento dos recursos da univeridade. "É preciso erradicar formas estranhas de tratar o patrimônio da universidade e de excluir segmentos da comunidade", disse.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, tem a esperança de que, com a indicação do novo reitor, a crise possa ser superada em um curto espaço de tempo. “O compromisso dos estudantes, firmados no domingo, é de que o reitor nomeado tivesse condições operacionais de dirigir a instituição. Há vários procedimentos urgentes que precisam ser observados para que a instituição mantenha seu funcionamento normal”, disse.
O mandato do reitor pro tempore é de 90 dias, prorrogável por mais 90 dias.
Do Correio Braziliense
O reitor temporário da Universidade de Brasília (UnB) começa nesta quarta-feira a trabalhar em uma instituição meio parada. Ainda que as aulas e as pesquisas tenham continuado durante os dias de ocupação da reitoria, o fechamento do principal prédio administrativo da UnB paralisou uma série de serviços. Entre eles, homologação de matrículas, concessão de bolsas e contratações de professores (leia quadro). Por isso, antes de pensar em organizar as eleições para o cargo máximo da universidade, Roberto Aguiar terá de cuidar de muita papelada. “Nossa prioridade agora é buscar o entendimento de todos os segmentos da UnB para normalizar a instituição. Temos uma eleição em vista, mas também serviços administrativos a retomar”, afirmou Aguiar ontem, em coletiva no Ministério da Educação (MEC).
Uma das maiores preocupações é com o atraso no pagamento dos salários dos mais de sete mil funcionários — entre professores, substitutos, servidores técnico-administrativos e prestadores de serviço —, além dos estagiários. Na última segunda-feira, a Secretaria de Recursos Humanos (SRH), responsável pela liberação da folha de pagamento da UnB, se instalou provisoriamente no Centro de Processamento de Dados (CPD) para iniciar o serviço e recuperar o tempo perdido. Geralmente, o processo de pagamento leva por volta de duas semanas. Desta vez, os funcionários tiveram prazo de três dias.
Trabalho na reitoria
Como o sistema que faz todos os pagamentos do governo federal está instalado apenas nos terminais da SRH na reitoria, um acordo foi feito ontem com os estudantes que ocupam o prédio desde 3 de abril. Os universitários — que realizam hoje mais uma assembléia para discutir se ficam ou não na área — liberaram a entrada de 40 pessoas do setor de pagamento. Pela primeira vez em quase 15 dias, a rotina de trabalho foi bastante semelhante à normal em uma das salas do 2º andar da reitoria.
“O prazo para o governo federal fechar a folha é hoje (terça-feira), e os alunos se mostraram sensíveis à questão”, afirmou o gerente de pagamentos Francisco Borges da Silva. Mas a diretoria da SRH informou, por meio da assessoria de comunicação, que a maioria dos ajustes da folha, como faltas, desligamentos, horas extras e adicionais noturnos, ficará para o próximo mês.
Apesar do retorno às atividades de parte dos Recursos Humanos, os serviços desempenhados pelos demais órgãos que funcionam na reitoria permanecem suspensos. O edifício, por exemplo, abriga os gabinetes do reitor e do vice, cinco decanatos, o protocolo, o departamento jurídico da universidade e várias assessorias. Assim, estão emperrados pagamentos de fornecedores, abertura de licitações, autorizações de viagens, recebimentos e cumprimentos de ordens judiciais, emissão de diplomas e outros.