Cetesb paralisa aterro
Deposição de lixo doméstico vai ser suspensa a partir de segunda-feira, diz dirigente do Daerp
Danielle Castro
Gazeta de Ribeirão
A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) protocolou sexta-feira documento no qual exige formalmente a paralisação da deposição de resíduos no aterro da Rodovia Mário Donegá, em Ribeirão Preto, e informou que irá inspecionar se a determinação está sendo cumprida. Os estudos reapresentados pelo município nesta semana sobre a estabilidade do local, que deveriam determinar um período de uso extra para a configuração final das pilhas de lixo, foram rejeitados pela segunda vez.
O prazo para encerramento das análise de conclusão do aterro, que estava sendo operado de forma incorreta, venceu na última quarta. Desde então, a Prefeitura vinha usando o local sem autorização na expectativa de que os estudos finais refeitos pudessem conferir um prazo maior de uso até a licitação de um novo lugar.
A multa para o uso irregular pode chegar a R$ 148,8 mil mais valor diário de até R$ 14,8 mil para infração continuada, cabendo recurso ao autuado. Passados 30 dias, pode haver interdição total e, em caso de reincidência, a penalidade é dobrada.
De acordo com Darvin José Alves, superintendente do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp), a partir de segunda-feira os caminhões de lixo devem parar de depositar os resíduos no aterro até que as novas análises geotécnicas estejam prontas e aprovadas. Ele não informou para onde irá o lixo. Alves disse ainda que as empresas que fizeram os estudos considerados "insuficientes" pela Cetesb foram contratadas pela vencedora da licitação de manutenção do aterro, a Leão Leão, sem custo extra para o município, conforme previsto em contrato.
Número
500
Toneladas de lixo por dia são depositadas no aterro localizado na rodovia que liga Ribeirão a Dumont