TV divulga prisão de vereador e depois corrige informação
Candidato à reeleição, o vereador Walter Gomes (PR) teve o nome envolvido com distribuição de cestas básicas
Na tarde desta quarta-feira (10), o Vereador e candidato à reeleição, Walter Gomes (PR), teve o nome envolvido em uma suposta compra de votos com distribuição de cestas básicas, em Ribeirão Preto.
Segundo informações, a ONG Chico Boff (Organização não Governamental), do bairro Ipiranga, fazia a distribuição de cestas básicas. Como a ONG fica próximo ao Comitê do candidato, alguns cabos eleitorais do vereador, resolveram distribuir santinhos na fila e alguém que viu o fato, interpretou como compra de votos e chamou à polícia.
A Policia Militar chegou ao local fechou o Comitê do candidato e deteve a presidente da ONG, Rosa Marli. Levada à Polícia Federal, ela negou qualquer envolvimento com o candidato Walter Gomes. Afirmou não ter recebido nada de Gomes e que a entrega de alimentos sempre ocorre no local.
Com a informação que o vereador havia sido detido pela Polícia Federal, jornalistas fizeram plantão diante do prédio da PF, em busca de informações, depois de duas horas, veio à informação que vereador não havia sido detido. Procurado pelos jornalistas, Walter Gomes informou que passou à tarde em uma concessionária da cidade.
Gomes afirmou que vai processar a TV Clube que divulgou a falsa prisão. Embora a Clube tenha divulgado a prisão do vereador, a emissora corrigiu a informação em seu telejornal noturno.
Segundo especialistas, embora a suspeita de compra de votos não tenha sido confirmada o vereador pode responder por crime político. Pois, mesmo que um candidato, não distribua cestas, mas faz propaganda se beneficiando do fato, ele pode ser enquadrado.
A Lei Eleitoral proíbe o candidato de "dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto, ainda que a oferta não seja aceita". Prevê perda do mandato, multa e reclusão.