Paulo Ricardo se apreesenta em Ribeirão Preto. Entrevista

Paulo Ricardo Por Minuto

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Paulo Ricardo Por Minuto
PAULO RICARDO Ex-jornalista e cantor, que faz show hoje à noite em Ribeirão Preto, ouve Seu Jorge e os ingleses do Radiohead

De tempos em tempos, o rock nacional produz alguns fenômenos inexplicáveis. Aparecem do nada e de repente, tornam-se um sucesso meteórico. Foi assim com os Secos & Molhados de Ney Matogrosso, o Mamonas Assassinas de Dinho e o RPM de Paulo Ricardo.


Nos anos 80, o RPM encabeçou a geração roqueira que rompeu com a MPB dominante. A banda vendeu mais de um milhão de discos e acabou em menos de cinco anos por causa das drogas, dinheiro e de egos inflados.

Aos 46 anos, o cantor, que já trabalhou como jornalista no início dos anos 80, prossegue em sua discreta carreira solo com a banda PR.5 e se apresenta hoje em Ribeirão Preto numa festa flashback. Antes, Paulo deu uma entrevista por e-mail. Confira.

Jornal A Cidade - Como a sua formação como jornalista influenciou seu trabalho como músico?

Paulo Ricardo - Como jornalista eu era obrigado a estar a par de tudo que acontecia de novo, o que me fez conhecer muitas bandas interessantes. Hoje, com tanta informação, confesso que tenho uma certa preguiça.

A Cidade - Seu disco mais recente, “Prisma”, tem o mesmo nome de sua primeira banda, antes do RPM. Isto tem algum significado? Seria um retorno às origens?

Paulo - De certa forma. Um retorno à simplicidade do pop melódico, sem pretensão.

A Cidade - Como anda o projeto PR.5?

Paulo – PR.5 é minha banda e está comigo até hoje. Mesmo que o nome não esteja na capa dos CDs, no caso de trabalhos mais autorais. Mas estão comigo em todos os shows e na nova música, “Linda Demais”, disponível para download em nosso site www.pauloricardo.com.

A Cidade - Como é o perfil de seus fãs hoje em dia? São jovens ou quarentões saudosistas dos anos 80?


Paulo - Essa é uma pergunta que eu nunca soube responder. São os fãs que escolhem os artistas, e não o contrário. Mas não é raro ver pais com seus filhos nos shows. Isso é muito bacana.


A Cidade - Aliás, houve um revival recente dos anos 80. A geração 80 foi realmente especial?

Paulo - A modéstia me impede de dizer. O que você acha?


A Cidade - O RPM foi um fenômeno único na história do rock nacional. Mas te incomoda ficarem sempre falando sobre seu passado na banda?

Paulo - Não, pelo contrário. Estamos lançando um livro com a nossa história, “Revelações por Minuto”, de Marcelo Leite, e uma caixa com 4 CDs e um DVD, “Revolução!”. O tempo é só um pequeno detalhe para a boa música.

A Cidade - Houve um episódio que culminou na briga entre os ex-integrantes por conta da marca RPM, mas no ano passado você se reencontrou com Luís Schiavon. Dá pra pensar numa volta ou o que passou, passou?

Paulo - Dá pra pensar, mas não pra agora.

A Cidade - Você se interessa pelo novo rock? O que ouve atualmente?

Paulo – Seu Jorge e Radiohead, entre outros.


SERVIÇO

Paulo Ricardo Na Chatanooga Festa Show

Hoje, no RP Hall, a partir das 22h.

Ingressos a R$ 35 (pista) e R$ 100 (camarote c/ 4 convites). Inf.: (16) 8117-8112 e (16) 9188-0020