Professora é acusada de incitar agressão a aluno de 5 anos em escola do DF

Professora é acusada de incitar agressão a aluno de 5 anos em escola do DF

Ela teria tentado punir o aluno após um desentendimento entre crianças.
O colégio já demitiu a docente, que nega as acusações.

Do G1, em Brasília, com informações do DFTV


Uma professora de uma escola no Setor O, na cidade de Ceilândia, no Distrito Federal, é acusada de segurar um aluno de cinco anos e pedir para que as outras crianças dessem tapas no rosto do menino como forma de punição, após um desentendimento entre os estudantes do ensino infantil na manhã de terça-feira (28).

“Ele me disse: ‘mãe, eu pedi desculpas, mas meus coleguinhas não aceitaram. Aí a minha professora me segurou, com os dois braços para trás’. Ele inclusive mostrou como ela fez. Disse ainda que chutou a professora para tentar se soltar e que ela mandou todas as crianças baterem nele. Algumas bateram, outras não”, conta a mãe do menino, Rejane Vieira Urani.

A princípio, a criança tinha escondido o fato dos pais. Parentes de outros alunos procuraram a mãe da criança, já que todos estavam comentando o que havia acontecido durante a aula.

“O meu filho me contou, detalhadamente, que a professora o segurou (o menino que foi espancado) com as mãos para trás e as criancinhas bateram na cara dele. Eu pensei: se para um adulto já é constrangedor apanhar na cara, imagine uma criança?”, questiona o pedreiro Welinton Jesus Ferreira, pai de um dos colegas de classe da criança que sofreu as supostas agressões.

A professora esteve na escola nesta quarta-feira (29), mas assim que chegou foi demitida. Ela tinha contrato temporário desde janeiro e não quis gravar entrevista. Apenas negou que incitou a suposta agressão.

A direção do centro de ensino já providenciou uma substituta. “Se um educador, dentro da sala de aula, incentiva crianças de 5 anos a baterem em outros, o que a gente pode esperar de uma instituição de ensino? O que se pode esperar de um educador?”, desabafa a mãe.

A investigação foi repassada para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Se for comprovado que a professora instigou a agressão, ela poderá responder por maus-tratos.

A Secretaria de Educação abriu sindicância para apurar o caso.