Só acontece em Franca

Conheça as estranhas histórias de Franca
Cidade de 320 mil habitantes alterna crimes violentos com casos bizarros que ganham projeção nacional.

(Foto: Marcelo Cavalcante/AAN)

Cemitério recebe arame após caso de sexo com muro
(Foto: Renê Moreira)

É difícil passar uma semana sem que o nome da cidade de Franca apareça com destaque no noticiário nacional. São casos pitorescos dignos dos filmes do espanhol Pedro Almodóvar, passando pelo estilo sanguinário de Quentin Tarantino e chegando até às tramas misteriosas dos bons suspense de Alfred Hitchcock. O problema, entretanto, é que não se trata de filmes, mas sim da vida real, sem personagens fictícios e com finais, muitas vezes, trágicos.

A cidade, com cerca de 320 mil habitantes e localizada na região Nordeste do Estado, próxima a Ribeirão Preto e à divisa com Minas Gerais, há anos registra situações únicas e que chamam a atenção. O fato parece a cada vez mais freqüente e assustador, levantando entre a população uma pergunta até agora sem resposta: o que está acontecendo com Franca?

Paulo Zamikowski, presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) local por seis anos e voluntário em programas sociais, diz ser difícil responder. “São situações inexplicáveis, como essa última em que um homem atirou na família. O que passava na cabeça dele? Não dá para entender”.

Eleito vereador, Zamikowski acredita ser possível fazer algo para ajudar a reverter essa situação. “Principalmente nos casos envolvendo menores, é possível criar políticas capazes de reduzir essa escalada da criminalidade”, explica.

Conhecido pólo de produção de calçados, Franca tem boa parte de sua população empregada nas cerca de 700 fábricas espalhadas por seus bairros.

A delegada de polícia Graciela de Lourdes David Ambrósio acredita que a perda de valores leva as pessoas a tomarem atitudes extremas e absurdas. “A impressão que se tem é que nada mais importa, as pessoas estão cada vez mais individualistas”. Porém, ela crê que o próprio poder público poderia ajudar. “Faltam áreas de lazer e opções culturais e esportivas para os jovens de Franca e isso, somado a outros fatores, colabora para que tenhamos de nos deparar com tantas situações absurdas”.

O número de casos estranhos é tão grande que alguns acabam passando desapercebidos. No final da semana passada, por exemplo, quando as atenções se voltavam para a chacina em que um ex-seminarista atirou na mulher, nos filhos e em sua própria mãe, um acidente de trânsito inusitado ficou em segundo plano. Um homem montado em um pequeno burro foi atropelado ao atravessar uma rodovia. Resultado: ele e o burro morreram.

Muitas vezes Franca registra casos que chamam a atenção nem sempre pelo resultado trágico, mas pela forma como ocorrem. Uma festa de universitários, no ano passado, foi o palco de um destes casos. Na hora de ir embora, um motociclista deu carona para um deficiente físico, mas de uma maneira pouco usual. A pedido do mesmo, amarrou uma corda em sua cadeira de rodas e a outra extremidade na garupa da moto e saiu puxando o cadeirante, na madrugada, pela cidade. Até o desfecho trágico: a cadeira de rodas capotou e seu ocupante saiu bastante ferido. Felizmente, nesse caso pelo menos, ele sobreviveu.

Para alguns, situações como esta remetem diretamente ao uso de álcool e drogas. Foi o que fez na semana passada um caso de exorcismo acabar em morte. Um homem, sua filha e o genro foram a um velório, passando a ingerir bebidas alcoólicas no retorno para casa. Após horas de bebedeira a jovem começou a correr seminua pela rua e gritando desesperadamente.

Vizinhos não tiveram dúvida de que se tratava de uma possessão demoníaca e acionaram um pastor. Após muito trabalho ele conseguiu fazer com que a mulher voltasse ao normal, ocasião em que o pai começou a culpar o genro pelo ocorrido e o ameaçou com uma faca. Em seguida acabou atingido com uma joelhada no peito e morreu nos braços do pastor.

As drogas também estão presentes em relatos como o do ex-seminarista que atirou na cabeça da mulher, dos filhos e da própria mãe, voltando a colocar o nome de Franca em evidência em todo o País. Explicação definitiva para seu ato e o conjunto de casos estranhos na cidade? Até agora, nenhuma.

Cosmo Online


03/12/2006
FRANCA, NO INTERIOR DE SÃO PAULO, REGISTRA SÉRIE DE CASOS BIZARROS

Clarice Sá, do G1, em São Paulo

Foto: Editoria de Arte
Foto: Editoria de Arte
Caso do gótico que queria transformar um caixão em cama caiu na boca dos francanos

O que acontece em
Franca? A cidade de 330 mil habitantes na região de Ribeirão Preto, a 400 km de São Paulo, registrou nos últimos três meses três histórias bizarras, todas relacionadas ao mesmo local: o Cemitério da Saudade, o mais antigo do município.

No dia 27 de setembro, um casal gay na faixa dos cinqüenta anos foi alertado por atentado ao pudor, pelo que fazia em cima de uma lápide. No dia 11 de novembro, um gótico tentou furtar um caixão, para transformá-lo em cama. No dia 27 do mesmo mês, uma quadrilha roubou 17 vasos de bronze usados como enfeite e avaliados em cerca de R$ 130 cada. Tudo no Cemitério da Saudade.

Um dos delegados da Seccional de Franca, Luís Carlos de Almeida, considera os casos “muito bizarros” e conta que, em dez anos de trabalho na cidade, nunca se deparou com casos assim. “Mas em uma cidade igual a nossa não pode ser mesmo tudo certinho sempre”, diz.

O primeiro dos casos, o dos namorados gays, chocou na época (a começar pela viúva do dono da lápide, que viu tudo), mas não deixou muitas lembranças. O padre Márcio Rigolin, um dos vigários da Catedral Nossa Senhora da Conceição, vizinha ao cemitério, não sabe do caso até hoje. "Nem posso comentar", diz tranqüilo.

Em contraste, o caso seguinte, o do caixão-cama, caiu na boca dos francanos. “Um pessoal estava passando na rua, viu o caixão fora do cemitério e avisou a polícia. Imagina o susto. Você está passando do lado do cemitério e vê um caixão na rua. Imagina”, diz o tenente Sérgio Buranelli, comandante da Guarda Civil e diretor da Divisão de Segurança do município.

“Quando fiquei sabendo do gótico, achei muito estranho”, conta o artesão e comerciante Leandro Henrique Borges, de 27 anos. Leandro soube do caso pela mãe e conta que não ficou alarmado. “Meu pai está lá naquele cemitério há 16 anos. E meu meu avô, que morreu há três meses, também. Mas onde eles estão seria muito difícil tentarem tirar o caixão”, afirma.

O caso mais recente, dos vasos, não rendeu piada alguma. O comandante da Guarda Municipal classifica o crime como "uma dessas coisas loucas” e garante que o grupo que invadiu o cemitério para levar as peças de bronze será preso. “A Polícia Militar está em cima desse caso, a Guarda Civil aumentou as rondas na região do cemitério e a Polícia Civil também está envolvida”, assegura.

Apesar dos sustos de quando ouviram essas notícias, os francanos ouvidos pelo G1 tentam, hoje, esconder o pasmo. “Eu não me assustei com isso, não", conta Terezinha Augusta, que mora em Franca há 28 anos e é enfermeira. "Meu marido é sargento e a gente vê tanta coisa acontecendo. O povo comenta esse caso do casal, do gótico, pergunta para mim: ‘vc viu?’ e eu digo ‘vi, e daí?’ Porque não eu não tenho medo disso”.
Fonte G1

03/09/2007
Pedreiro é flagrado transando com um muro

Uma cena no mínimo muito estranha foi presenciada na madrugada da ~ultima sexta-feira por uma dona-de-casa de Franca. Ao ouvir um barulho no quintal de sua casa, levantou da cama e foi ver o que acontecia. Teve então uma tremenda surpresa ao se deparar com o vizinho, um pedreiro de 59 anos, transando com o muro.

A cena deixou a mulher perplexa e de imediato ela acionou a polícia. Ela contou que o vizinho, A.G.M, estava com suas partes íntimas de fora penetrando um buraco no muro, sussurrando e acariciando a parede bastante áspera. O mais incrível é que levado ao plantão policial, o acusado confessou tudo e garantiu que estava arrependido.

Já a mulher contou que há tempos vinha desconfiando dos comportamentos estranhos do vizinho, que teria mexido com sua filha de apenas dez anos há poucos dias quando a mesma voltava de uma padaria. Entretanto, ela diz que não esperava nunca ter visto uma cena tão grotesca como a que presenciou no muro que divide sua casa com a do pedreiro, na rua Egídio de Castro Oliveira,
no Jardim Aeroporto.

O escrivão de polícia Rogério Primo contou que o acusado já esteve preso por atentado violento ao pudor. Dessa vez acabou indiciado por importunação ofensiva ao pudor e liberado algumas horas depois e, ao contrário do que se imagina, não apresentava sinais de qualquer tipo de distúrbio mental.

Antes de deixar a delegacia, durante o período em que permaneceu no local, o pedreiro ficou de "castigo" lendo um livro religioso sobre direitos humanos que fica plantão policial. E ao deixar o distrito garantiu ter aprendido muito com a obra. De todo modo será investigado pela polícia, que quer saber se ele não está envolvido em algum outro crime de ordem sexual registrado na região.
Paulinia News