Em Ribeirão Preto, casal gay consegue adoção definitiva de quatro irmãos

A Grande Família


Em Ribeirão Preto, casal gay consegue adoção definitiva de quatro irmãos
Por Redação


O casal de Ribeirão tem sete filhos! Haja amor...

Uma ótima notícia para casais gays que querem adotar crianças vem de Ribeirão Preto. Um casal morador da cidade que já havia conquistado a guarda de provisória de quatro irmãos em 2006 acaba de conseguir a adoção definitiva das crianças. A decisão é do esclarecido juiz Paulo Cesar Gentille e foi proferida nesta quarta-feira, 14. Os cabeleireiros João Amâncio, 36 anos, e Edson Paulo Torres, 43, foram autorizados a adotar Ana Beatriz (6 anos), Willian (8), Carolina (10) e Suellen (12).

João e Edson vivem juntos há 17 anos e já contam com três filhos biológicos. Isso significa que a família do casal passar a contar com sete filhos. A história dos irmãos recém adotados é mais uma entre várias muito parecidas. As quatro crianças, então com idades que variavam de 1 a 7 anos, foram internadas juntas no Centro de Abrigo e Apoio à Adoção de Ribeirão Preto (Caribe) em outubro de 2003, depois dos pais biológicos perderem, por abandono, a guarda das crianças.

A lei de adoção prevê que os irmãos não sejam separados e, por isso, as quatro crianças ficaram internadas até outubro de 2006 _até esse momento, nenhum casal "tradicional" se interessou em adotar os quatro juntos_, e então o casal gay conseguiu a guarda provisória dos quatro. Suellen, então com 10 anos, escreveu uma carta ao juiz Paulo César Gentile pedindo para que se fosse necessário, ele separasse a família mas que todos fossem adotados.

O juiz passou a estudar alternativas prevendo que seria impossível que uma família adotasse os quatro juntos. Só então autorizou as visitas de João e Edson às crianças. O casal passou a pedir a guarda dos quatro juntos. A Justiça concedeu o pedido no dia 22 de dezembro de 2006, a três dias do natal. Na ocasião, João e Edson disseram à imprensa local: "Já somos uma família. Nos amamos muito e, embora com todas as dificuldades, fico muito feliz por a Justiça ter entendido que o amor independe de opção sexual".