Justiça austríaca condena monstro Fritzl à prisão perpétua

Justiça austríaca condena Fritzl à prisão perpétua
Austríaco vai cumprir pena em um manicômio judiciário seguro



Agência Estado
A Justiça austríaca condenou o réu Josef Fritzl, de 73 anos, a cumprir pena de prisão perpétua em um manicômio judiciário seguro. A sentença foi divulgada momentos depois de o tribunal ter declarado Fritzl culpado de todas as acusações contra ele apresentadas, inclusive a de homicídio culposo pela morte de um dos sete bebês que teve com sua filha Elisabeth, mantida em cárcere privado durante 24 anos.

Com a voz fraca e trêmula, o réu de 73 anos de idade disse hoje à corte de Sankt Poelten, a oeste de Viena: "Eu lamento do fundo do meu coração. Não posso mais consertar isso". Rudolf Mayer, o advogado de defesa de Fritzl, não defendeu a inocência de seu cliente. Mayer alegou, no entanto, que Fritzl foi perseguido por sentimentos de culpa ao longo dos últimos 24 anos.

Ontem, Fritzl declarou-se culpado de todas as acusações contra ele apresentadas, inclusive a de homicídio culposo, pela morte de um dos bebês. A promotoria afirma que o recém-nascido poderia ter sobrevivido se Fritzl tivesse procurado atendimento médico.

http://www.bemparana.com.br/index.php?n=101160&t=justica-austriaca-condena-fritzl-a-prisao-perpetua

Advogado diz que Fritzl abusou de filha 3 mil vezes

O advogado de Josef Fritzl, Rudolf Mayer, concede entrevista após o anúncio da sentençaApós ver seu cliente ser condenado à prisão perpétua nesta quinta, o advogado de Josef Fritzl, Rudolf Mayer, disse que a sentença é "lógica" diante de todos os crimes cometidos. Durante a audiência, ele chegou a afirmar que Fritzl havia estuprado sua filha 3 mil vezes, segundo informações divulgadas pela agência AP.

No entanto, ele acusou a Promotoria de apelar para os sentimentos e não para os fatos, insistindo na sinceridade da confissão de seu cliente. Mayer disse também que a decisão pela confissão foi tomada na terça-feira, após Fritzl ver o vídeo com o testemunho incriminativo de Elisabeth e que, ao perceber que a vítima estava presente, o acusado cedeu.

Perpétua
Fritzl, que estava sendo julgado desde segunda-feira na cidade de St. Pölten, aceitou com tranqüilidade o veredicto. "Aceito a sentença", disse o acusado, ao ser perguntado pelo juiz se entendia e aceitava a pena. Agora Fritzl será enviado para um centro de reclusão para criminosos com transtornos psíquicos.

Além de assassinato e cárcere privado, ele também era acusado por escravidão, violação, suborno grave e incesto. Diante da solicitação de prisão perpétua feita pela promotora Christiane Burkheiser, Fritzl, 73 anos, pediu perdão por seus atos. "Eu lamento do fundo do meu coração. Infelizmente, eu não posso mudar nada agora", afirmou.

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Após sentença, Áustria tenta remover peso do caso Fritzl


St. Pölten (Áustria) - Chegou ao fim na tarde desta quinta-feira (horário local) aquilo que a imprensa austríaca chamou de "o julgamento do século". Josef Fritzl, 73 anos, foi condenado à prisão perpétua por assassinato, crime mais grave dentre os que cometeu, segundo as leis da Áustria. Ele se negou a prestar socorro a seu filho recém nascido, fruto de um relacionamento incestuoso com a filha Elisabeth, mantida em cativeiro por 24 anos.

Um ano após a descoberta da história, o país dá sua resposta judicial ao fato e espera enterrar o fantasma de Josef Fritzl nas páginas da história. Nesta última semana, o clima na Áustria era de preocupação com a imagem internacional que o caso gerou. A condenação, sentem os austríacos, é um peso removido.

O clima na cidade de St. Pölten, onde foi formado o juri, era de apreensão desde segunda-feira, primeiro dia do julgamento. Mais de 400 jornalistas passaram pela comunidade localizada 60 km a oeste da capital Viena. O batalhão de profissionais alterou rotinas, entrevistou pessoas, investigou documentos e expôs de forma amplificada todos os desenhos da história do pai que, por 24 anos, encarcerou e estuprou a filha, teve sete filhos com ela, privou três deles da liberdade e queimou outro no forno da própria casa depois de sua morte prematura.

Com exceção do primeiro dia, no qual escondeu o rosto sob uma pasta azul, Josef Fritzl, batizado de "monstro de Amstetten", manteve semblante tranqüilo nos poucos metros em que pode ser fotografado. Parecia consciente de sua condição. E de fato era. Segundo o laudo psiquiátrico apresentado ontem, Fritzl tem problemas mentais graves, mas mantém absoluta consciência dos atos que praticou.

Por volta das 15h do dia 19 de março de 2009, enquanto Josef Fritzl ouvia sua sentença na sala do júri, a intensa nevasca que atingiu esta parte da Áustria dava trégua. Com nuvens dispersas, o sol voltou a brilhar em St. Pölten.

http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2009/3/apos_sentenca_austria_tenta_remover_peso_do_caso_fritzl_1039.html
http://www.smh.com.au/ffximage/2008/04/29/fritzl470.jpg
Elisabeth Fritzl as a child, Josef Fritzl as a younger man
Elisabeth Fritzl como uma criança (à esquerda) e seu pai e apreendedor Josef Fritzl

http://img.dailymail.co.uk/i/pix/2008/05_02/fritzlDM_800x723.jpg
Batismo: Elisabeth (círculo à direita) com idades entre os nove com a sua família, incluindo sua mãe Rosemarie (círculo à esquerda) e seu irmão Josef sentado ao lado dela
Elisabeth Fritzl
Elisabeth ajudou a construir o que seria a sua própria prisão
http://www.brisbanetimes.com.au/ffximage/2008/04/29/fritzl_gallery__468x306_gallery__468x306.jpg
http://img.metro.co.uk/i/pix/2008/04/elisabethfritzlEUP_450x359.jpg
lisabeth Fritzl (centre) in her school days