Nos jornais: Lula diz que não pretende voltar em 2014
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
O Estado de S. Paulo
Lula diz que não pretende voltar em 2014
Na véspera de participar do 4.° Congresso Nacional do PT, que amanhã sacramentará a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sua sucessão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou que a herdeira do espólio petista, se eleita, deverá ficar dois mandatos no cargo. Em entrevista ao Estado, Lula negou que tenha escolhido Dilma com planos de voltar ao poder lá na frente, disputando as eleições de 2014. "Ninguém aceita ser vaca de presépio e muito menos eu iria escolher uma pessoa para ser vaca de presépio", afirmou o presidente. "Todo político que tentou eleger alguém manipulado quebrou a cara." A dez meses da despedida no Palácio do Planalto, Lula disse que o ideal é deixar as "corredeiras da política" seguirem o seu caminho. "Quem foi eleito presidente tem o direito legítimo de ser candidato à reeleição", insistiu. "Eu tive a graça de Deus de governar este país oito anos." Uma eventual gestão Dilma, no seu diagnóstico, não será mais à esquerda do que seu governo. Ele admite, no entanto, que, no governo, ela vai imprimir "o ritmo dela, o estilo dela". Na sua avaliação, porém, diretrizes do programa de governo de Dilma, que o PT aprovará hoje, podem conter um tom mais teórico do que prático.
Dilma antecipa ida a congresso para alfinetar tucanos
Em um discurso para delegações estrangeiras convidadas para o 4º Congresso do PT, a ministra Dilma Rousseff subiu o tom e deu uma prévia do que planeja para o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência, amanhã. A portas fechadas, afirmou que estão montados "alicerces fortes" para construir o futuro do Brasil. De quebra, não perdeu a chance de alfinetar o PSDB.
Ministra dá sinal verde para Dirceu ajudar na campanha
Depois de recuperarem um assento na direção partidária, petistas envolvidos no escândalo do mensalão ganharam ontem um sinal verde da ministra Dilma Rousseff para que integrem a coordenação de sua campanha. No momento em que dirigentes correm nos bastidores para fechar a equipe que comandará o processo eleitoral, Dilma avisou que seu antecessor no cargo, o ex-ministro José Dirceu, tem lugar garantido, se quiser participar do time que conduzirá a campanha.
Paulo Octávio fica no governo, mas carta de renúncia está pronta
Mesmo isolado e sem apoio de seu próprio partido, além de ser alvo de cinco pedidos de impeachment, o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octavio (DEM), anunciou ontem que ficara no cargo. Após haver redigido a carta de renuncia no fim de semana, como antecipou ontem o Estado,ele decidiu permanecer a frente do governo, aproveitando a indefinição do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto ao pedido da Procuradoria-Geral da Republica para intervenção federal no DF.
Planalto nega ter interferido na decisão
O Palácio do Planalto negou no fim da tarde de ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha recomendado ao governador interino do Distrito Federal, Paulo Octavio, a permanecer no cargo. ''Ele não fez nenhum pedido especifico ao governador'', disse o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha,que convocou entrevista durante o 4o Congresso Nacional do PT, do qual participava.
Planilha mostra loteamento de cargos no DF
Planilhas apreendidas pela Policia Federal na Operação Caixa de Pandora revelam que o governador afastado Jose Roberto Arruda (sem partido) pôs a tecnologia de gestão de seu governo a serviço do fisiologismo político. Os documentos, aos quais o Estado teve acesso, foram encontrados na casa de seu autor,o ex-chefe de gabinete Domingos Lamoglia, braço direito de Arruda na operação do chamado ''mensalão do DEM''. Eles mostram um engenhoso esquema de loteamento de 4,5 mil cargos de confiança na maquina estatal, de livre nomeação, com salários que vão de R$ 600 a R$ 15 mil mensais. Os valores mais altos são destinados a administradores regionais e dirigentes de estatais. A maior concentração esta na faixa entre R$ 2,5 mil e R$ 5mil.
Para líder do DEM, ficar no cargo equivale a assinar ficha de desfiliação
A decisão do governador interino Paulo Octavio(DEM)de permanecer no cargo selou seu destino no partido. ''Praticamente assina sua ficha de desfiliação'', disse o líder do partido na Camara, Paulo Bornhausen (SC). O governador alegou que seguira recomendação do presidente Lula - negada publicamente pelo Planalto - para adiar a renuncia. ''A única recomendação que o governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octavio, deveria seguir e a de seu partido'', emendou Bornhausen.
O Globo
Paulo Octávio não renuncia e amplia crise de poder no DF
Depois de redigir três diferentes cartas de renúncia e até entregar uma delas à líder do governo da Câmara Legislativa, Eliana Pedrosa, o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), recuou e disse ontem que, por enquanto, permanecerá no cargo. Numa atitude que agrava ainda mais a crise política no DF, o governador alegou que mudou de ideia após receber apoio de última hora de correligionários, da população e até do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem se reunira de manhã. A indecisão do governador surpreendeu até secretários e colaboradores convocados ao Palácio do Buriti para acompanhar o anúncio formal da renúncia, que não aconteceu.
Agora, sinal verde para impeachment de Arruda e também de Paulo Octávio
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou ontem a admissibilidade dos pedidos de impeachment contra o governador em exercício, Paulo Octávio (DEM), e o governador afastado, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), preso na superintendência da Polícia Federal de Brasília. A decisão sobre quatro pedidos contra Arruda foi tomada de manhã, por 5 votos a 0. Já o sinal verde para o andamento dos processos contra Paulo Octávio foi dado à noite, com a concordância de 14 deputados presentes em plenário.
Promessa atual é de sair do DEM
Ameaçado pelo DEM de sofrer um processo de expulsão sumária, o governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio, comunicou ontem à noite a integrantes da cúpula da legenda que irá pedir a desfiliação do partido hoje. No início da noite, ele telefonou para o líder da legenda, senador José Agripino Maia (DEM-RN), e avisou que deixará o partido. Na conversa, o governador pediu desculpas por ter voltado atrás na renúncia. Agripino respondeu a ele que tinha sido muito ruim; e Paulo Octávio afirmou que vai se desfiliar. Agripino, então, concordou.
Brasília em ritmo normal, só em 2011
O desejo do governador em exercício Paulo Octávio de “ser um facilitador para a normalização política e administrativa de Brasília” não vai se concretizar, na opinião de Marcelo Simas, cientista político do CPdoc, da Fundação Getulio Vargas (FGV). Para ele, Paulo Octávio não tem legitimidade política para evitar que Brasília fique estagnada. — Todos sabem que existem indícios de que o então vice-governador fazia parte do mensalão do DEM e, por isso, ninguém quer se associar a ele. Sem aliados, Paulo Octávio não conseguirá nada enquanto estiver no governo. Além disso, o DEM pensa em expulsálo da legenda. Sem partido, então, ficará mais difícil.
Dirceu: Terei papel oficial na campanha da Dilma
Alijado oficialmente da vida pública desde dezembro de 2005, quando seu mandato de deputado foi cassado pela acusação de ser mentor do maior escândalo de corrupção do governo Lula, o ex-ministro José Dirceu desfilou ontem no 4° Congresso Nacional do PT reabilitado. Ele está prestes a assumir uma função de articulação na campanha da presidenciável petista, Dilma Rousseff. Disse que estará nos palanques do PT este ano porque não está na clandestinidade.
— Antes não era do Diretório Nacional. Agora serei. Vou ter um papel oficial na campanha da Dilma, mas ainda não sei o que é — afirmou.
PT se divide sobre distribuição de cargos
A luta interna voltou a assombrar o PT e ameaça a sonhada coesão partidária para as eleições de 2010. Recomposto nas últimas eleições internas, o Campo Majoritário, com 60% do poder, está dividido por causa da distribuição de cargos na Executiva Nacional — o grupo que, de fato, decide no partido — e ameaça até retirar os postos das correntes minoritárias, que já tinham sido definidos. Parte da CNB (Construindo um Novo Brasil), principal corrente do Campo, ligada ao presidente Lula, quer barrar a entrada de dirigentes paulistas na Executiva indicados pelos grupos Novos Rumos e PTLM.
TSE deve aprovar doação com cartão de crédito
O texto da resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que vai possibilitar doações a partidos políticos e candidatos por meio de cartão de crédito já está pronto e deverá ser votado pelos ministros na próxima semana. A tendência é que a nova regra seja aprovada. A partir da data da resolução, os partidos poderão receber dinheiro por meio de cartão de crédito. As doações para candidatos só poderão ser feitas a partir de julho, quando começa oficialmente a campanha. O ministro Arnaldo Versiani, do TSE, pediu ontem a operadoras de cartão e bancos que cobrem a mesma taxa de administração — de preferência, abaixo do valor praticado no mercado — de todos os partidos e candidatos em troca da viabilização das doações por cartão de crédito.
Ibope mostra disputa polarizada
Uma nova pesquisa eleitoral feita pelo Ibope — por encomenda do “Diário de Comércio”, jornal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) — mostra o governador José Serra (PSDB-SP) 11 pontos à frente da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, do PT. Serra teria hoje 36% dos votos, e Dilma, 25%, num cenário de disputa com o deputado do PSB Ciro Gomes (11%) e a senadora do PV, Marina Silva (8%). Quando Ciro sai de cena, Serra e Dilma sobem, com 41% e 28%, respectivamente, e Marina oscila para 10%, dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais.
Carnaval nas estradas com 13% mais de mortes
O número de acidentes e mortes nos 66 mil quilômetros de estradas federais brasileiras durante o feriado de carnaval cresceu 13% este ano, em comparação com o mesmo período de 2009. Foram 3.233 acidentes em todo o país, 143 mortes e 1.912 feridos. De acordo com dados divulgados ontem pela Polícia Rodoviária Federal, o dia mais violento do recesso foi o sábado, quando 37 pessoas morreram em desastres nas estradas. Minas Gerais, estado com a maior malha viária federal, registrou os piores indicadores. Foram 493 acidentes, 26 mortes e 378 feridos. O Rio de Janeiro e a Bahia vieram em segundo lugar em número de mortes, com 11 óbitos, cada.
Folha de S. Paulo
Maioria diz que irá votar pela cassação
Antes mesmo da abertura dos processos de impeachment contra José Roberto Arruda (sem partido) na Câmara do DF, a maioria dos 24 deputados demonstrava a intenção de votar pela cassação do governador afastado. Enquete feita pela Folha entre terça e ontem revela que para ao menos 13 deputados existem provas para cassar Arruda. Para o impeachment, são necessários 16 dos votos -ou dois terços.
Foi perguntado se as evidências mostradas pela PF (como os vídeos de Arruda recebendo dinheiro) poderiam levar à cassação. Fora os 13 que responderam "sim", 7 se abstiveram e 2 disseram que "não". Quanto ao governador interino, Paulo Octávio, também sob risco de ser cassado, foi perguntado se ele tinha apoio na Casa para se manter no cargo. Dos 21 deputados ouvidos, 11 disseram que "não".
Arruda e governador interino têm ação de impeachment no DF
A Câmara Legislativa do Distrito Federal abriu ontem processos de impeachment contra o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido), preso há oito dias, e contra o vice Paulo Octávio (DEM), que está no cargo interinamente. Os pedidos contra Arruda já estavam acordados entre os deputados desde a semana passada, quando o governador foi preso por tentativa de suborno. No caso de Paulo Octávio, os pedidos foram apresentados na sexta-feira passada, um dia após Arruda ser preso. A tramitação do processo na Comissão de Constituição e Justiça foi recorde: menos de três horas após o interino anunciar que não renunciaria ao cargo. Sete não responderam à questão -alguns aliados ficaram em cima do muro dizendo que aguardariam, na expectativa de que a situação de Otávio pudesse melhorar. Apenas três disseram que ele teria apoio.
À espera do STF, Octávio desiste de renúncia
Depois de avisar a aliados, ao secretariado e a integrantes do DEM que renunciaria, o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio, surpreendeu a todos e anunciou, ontem à tarde, que permanece no cargo para esperar as decisões da Justiça na próxima semana. Horas depois, a Câmara Legislativa do DF decidiu pela abertura de impeachment contra o governador interino, como já havia feito contra o governador afastado e preso, José Roberto Arruda (sem partido).
Indeciso, STF ainda estuda intervenção
Todo o processo de decisões políticas e até pessoais na maior crise dos 50 anos de Brasília está paralisado, na expectativa da votação do Supremo Tribunal Federal, na próxima semana, sobre o pedido de intervenção federal na capital da República. Os ministros estão indecisos, estudando ainda a questão, e nem mesmo o governo detecta tendências.
O pedido de intervenção federal no DF foi solicitado ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República, e o resultado da votação é que vai ditar o comportamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prefere não ter de nomear um interventor, mas discretamente já se informa e se prepara para essa possibilidade.
Presidente do TJ-DF não quer assumir governo
Último na linha sucessória para exercer o comandado do governo do Distrito Federal, o presidente do Tribunal de Justiça do DF, Nívio Geraldo Gonçalves, 67, afirmou em entrevista à Folha que não vai assumir o cargo.
Dizendo-se estarrecido com a crise político-institucional em Brasília, ele alegou que o caso deve ser resolvido por "políticos, não pelo presidente do TJ". "Sinceramente, não vou assumir. É uma crise terrível. Já estou calejado demais, não estou aqui para resolver problemas tão melindrosos. Quem assumir esse governo ficará com a pecha de péssimo administrador."
Escândalo do mensalão vira "golpismo" no congresso do PT
Iniciado ontem em Brasília, o 4º Congresso Nacional petista classifica como "golpismo" a mais grave crise política do partido, não mencionando o termo mensalão, como ficou conhecido o escândalo iniciado em meados de 2005. Em um dos painéis destinados a contar a versão petista de cada ano de sua história, o mensalão é descrito da seguinte forma: "A partir de uma reportagem de uma revista que mostrava um episódio de pagamento de propina dentro dos Correios, desencadeou-se uma crise que atingiu fortemente o governo e o partido".
"Meu tempo de clandestinidade acabou", diz Dirceu
Quatro anos após ser cassado pela Câmara dos Deputados e dois anos e meio após ser declarado réu sob acusação de chefiar o esquema do mensalão, José Dirceu, 63, centralizou atenções na manhã de ontem, na abertura do congresso petista, dizendo que participará ativamente da campanha de Dilma Rousseff, subindo em palanques e negociando alianças. "Meu tempo de clandestinidade acabou", afirmou o ex-ministro, dizendo que fez 70 visitas aos Estados em 2009 devido a convites que recebeu de partidos aliados e dos governadores.
Por Dilma, PT reduz presença na eleição para governador
Com o objetivo de eleger Dilma Rousseff em outubro, o PT vai chegar às eleições deste ano com o menor número de candidatos próprios a governador em seus 30 anos de história. No atual cenário, a legenda encabeçará chapas estaduais em no máximo 12 Estados, mais o Distrito Federal, número bem inferior ao observado em cada uma das sete eleições estaduais que o PT participou.
"Fla-Flu partidário" entre PSDB e PT é ruim para o país, diz Ciro
Aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PSB levou ontem ao ar programa em que prega alianças "mais íntegras" e insiste na tese de que seria temerário concentrar as fichas na candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência. Protagonista do programa, o deputado Ciro Gomes disse que a polarização PT-PSDB impõe riscos à continuidade do governo Lula.
Correio Braziliense
Dirceu deixa a clandestinidade
Deputado cassado, mas influente entre os militantes do PT, o ex-ministro José Dirceu quer entrar de cabeça na campanha ao Palácio do Planalto da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Subir no palanque, pedir votos e estar na linha de frente: são esses os desejos do petista que rejeita o rótulo de político de bastidor. Só no ano passado, foram 70 viagens para ajudar nas negociações sobre alianças eleitorais — um trabalho que ele faz sem o aval do governo, garantem ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
PMDB vende caro o “dote”
Para pressionar o PT a ampliar as concessões de espaço a peemedebistas na montagem dos palanques estaduais, o PMDB lançou mão do peso de seu apoio à candidatura da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff à Presidência da República. Desde o início da semana, integrantes da sigla ventilam a possibilidade de que a cúpula do partido, leia-se o presidente da Câmara e da legenda, Michel Temer (PMDB-SP), boicote o lançamento oficial da pré-candidatura da ministra, que acontecerá amanhã, durante o quarto congresso nacional petista. O posicionamento do maior partido aliado dessas eleições não agradou aos petistas e, desde ontem, os maiores fiadores da aliança entraram em campo para amenizar o mal-estar.
Serra mais candidato
Enquanto a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), falava ontem em Brasília abertamente como candidata à Presidência da República, o seu concorrente mais forte, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), evitou comentar a corrida presidencial, mas cumpriu agenda oficial típica de quem está de olho nas eleições. Pela manhã, o tucano inaugurou na capital paulista uma escola. No início da tarde, entregou mais uma unidade dos restaurantes Bom Prato na Vila Brasilândia, Zona Norte. Recebido com pompas de candidato, Serra resolveu até almoçar no local. Comeu um PF (prato feito) com bife, arroz e feijão. Foi aplaudido e tudo.
Cadeiras serão atualizadas
Mais da metade dos estados brasileiros pode ter o número de representantes na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas alterado a partir do ano que vem. A mudança está sendo proposta em minuta de resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que divide as vagas em função da nova contagem populacional feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e atualizada em julho de 2009. Com isso, 15 das 27 bancadas do país ganham ou perdem cadeiras, mantendo o total de 513 parlamentares em Brasília. Já o número de vagas nos legislativos estaduais cai de 1.059 para 1.057. A última mudança na representação parlamentar ocorreu há 16 anos.
Ivan de Souza Mendes, 87 anos, ex-chefe do SNI
O general Ivan de Souza Mendes, ex-ministro-chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), morreu na manhã de quinta-feira, vítima de uma infecção generalizada, provavelmente em decorrência de uma perfuração no intestino. Último mandatário do extinto SNI, Souza Mendes tinha 87 anos e faria aniversário na próxima terça-feira. Ele foi internado no início da semana na Casa de Saúde Santa Lúcia, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, com dificuldades para respirar.
Sem renúncia. Por enquanto
Quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010. Data em que ninguém sabia ao certo quem estaria no comando do Distrito Federal no fim do dia. Com o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido) preso e o interino, Paulo Octávio, em dúvida sobre permanecer ou não no Executivo, o presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima (PR), acreditou que assumiria o controle da capital do país. Não à toa. Paulo Octávio convocou uma solenidade para anunciar sua renúncia ao cargo, com a presença de todos os secretários que restaram no governo. Mas, na última hora, o governador recuou e anunciou que ficaria no cargo. Pelo menos por enquanto.
Pressão de aliados muda estratégia
A renúncia de Paulo Octávio (DEM) significaria o fim da força do grupo político que sempre deu sustentação ao governo de José Roberto Arruda (sem partido). Por isso, o anunciado afastamento definitivo do governador interino provocou a reação de aliados que gostariam de permanecer nos cargos mesmo com a derrocada da “gestão compartilhada” criada pelos dois para administrar o Distrito Federal. O que está em jogo é a continuidade, pelo menos até as eleições deste ano, de um projeto de poder pensado para os próximos oito anos.
Uma reunião, duas versões
Em apenas cinco horas, o ânimo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao governador em exercício Paulo Octávio (DEM) passou de um gesto de apreço a uma profunda irritação. A guinada se deu por conta da versão de Paulo Octávio a respeito do encontro de 20 minutos que os dois mantiveram, ontem pela manhã, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Em seu pronunciamento, feito por volta das 17h, Paulo Octávio disse que Lula havia lhe pedido que ficasse no cargo por mais alguns dias. Pouco mais de meia hora depois do discurso, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, desmontou a versão do governador em exercício.