Anna Carolina Trotta Jatobá, madrasta da menina Isabella Nardoni, 5 anos, foi solta na tarde de hoje, às 15h24. Ela cumpria prisão temporária no 89º Distrito Policial, em São Paulo. "Eu não sou assassina", disse Anna Carolina ao deixar a delegacia.
Ela foi para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito, onde chegou às 15h40. O exame é feito para garantir ao preso que ele não será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante. São feitos dois exames, um logo após a prisão e outro após a pessoa ser libertada.
Anna Carolina saiu com o rosto descoberto e foi levada para o IML em um carro do Grupo de Operações Especiais (GOE), escoltada por outros dois veículos e por motocicletas. A multidão em frente ao DP a chamou de assassina. Vários populares que estavam em frente ao IML também gritaram palavras de protesto contra a madrasta de Isabella.
O desembargador Caio Canguçu de Almeida, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu nesta sexta-feira o habeas-corpus ao casal Alexandre Nardoni, e Anna Carolina, investigado pela morte de Isabella. A decisão poderá ser ainda questionada por meio de recurso ao Superior Tribunal de Justiça.
O alvará de soltura de Anna Carolina chegou hoje, por volta das 13h35, por meio de fax ao 89º Distrito Policial. A delegada titular do 89º Distrito Policial, Silvana Françolin, havia dito que a expectativa era que Anna Carolina fosse liberada antes das 15h, horário que começam as vistas na delegacia.
Isabella foi encontrada ferida, no sábado, dia 29 de março, no jardim do prédio onde moram o pai e a madrasta, na zona norte de São Paulo.
Segundo os Bombeiros, a menina chegou a ser socorrida e levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 0h. Há suspeitas de que ela tenha sido atirada da janela do apartamento, no 6º andar do edifício.
Pai de Isabella faz exame de corpo de delito no IML
O consultor jurídico Alexandre Alves Nardoni, pai da menina Isabella, chegou ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito no começo da tarde, minutos após ser libertado no 77º Distrito Policial (DP), em Santa Cecília, região central de São Paulo. O advogado Marco Polo Levorin, da defesa do pai da menina Isabella Nardoni, disse que depois do IML ele e a mulher, Anna Carolina Jatobá, irão para um "lugar seguro", sem informar onde é esse local. Anna Carolina também teve habeas-corpus concedido, já deixou a prisão e também se encaminha para o IML.
Alexandre saiu às 14h30 do 77º DP com um cobertor sobre a cabeça e foi colocado sem falar nada com a imprensa no banco de trás do camburão de polícia que o levou para o IML. Na frente da delegacia, muitas pessoas se aglomeravam e gritavam "Justiça!" quando ele deixou o prédio. Alexandre e a madrasta de Isabella responderão em liberdade ao inquérito policial que apura a morte de Isabella, ocorrida no dia 29 de março, quando ela caiu do sexto andar do prédio em que o casal mora.
Madrasta de Isabella sai de prisão no Morumbi, em SP
A estudante Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, deixou o 89º Distrito Policial (Morumbi), na zona sul de São Paulo, onde cumpria prisão temporária. Ela e o marido, Alexandre Alves Nardoni, foram beneficiados pelo habeas-corpus aceito hoje pelo desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Caio Eduardo Canguçu de Almeida. Nardoni foi libertado por volta das 14h30. O casal estava preso desde quinta-feira da semana passada, suspeito de envolvimento com a morte da criança.
Segundo o despacho do desembargador, o casal não deu nenhuma prova de que possa comprometer, dificultar ou impedir a apuração das investigações sobre o caso. Ele também aponta que o fato de Alexandre e Anna Carolina terem se apresentado espontaneamente à polícia pesou em favor da decisão. Isabella morreu no dia 29 de março, após cair do sexto andar do prédio onde o pai mora com Anna Carolina e os dois filhos do casal.
TJ-SP concede habeas para pai e madrasta de Isabella
O desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Caio Eduardo Canguçu de Almeida, concedeu hoje o habeas-corpus para o casal Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, de 5 anos. A informação é de um dos advogados de defesa do casal, Rogério Neres de Sousa. "A defesa ainda não teve acesso ao parecer do desembargador", afirmou.
Na TV, tia de Isabella pede que não prejulguem irmão
A tia da menina Isabella Nardoni, Cristiane Nardoni, pediu hoje ao público, em entrevista ao Programa Mais Você, da Rede Globo, que não prejulgue o irmão, Alexandre Nardoni. "Peço às pessoas paciência", disse Cristiane por telefone. "Não condenem ele antes da hora", acrescentou. A tia de Isabella contou que estava em um bar, na zona norte de São Paulo, no dia em que ocorreu o crime e negou, novamente, que tenha dito qualquer frase que pudesse comprometer o irmão, pouco antes de deixar o local, conforme supostos relatos de testemunhas que estavam no mesmo bar.
Segundo Cristiane, em razão de uma apresentação musical, havia muito barulho no bar no momento em que recebeu uma ligação, por meio da qual teria sido informada de que algo havia ocorrido com Isabella. A tia da menina acrescentou que teve de ir ao banheiro para ouvir o telefonema com mais clareza. Alexandre e a mulher, Anna Carolina Jatobá, estão presos temporariamente desde quinta-feira da semana passada e o pedido de habeas-corpus apresentado pela defesa do casal deve ser julgado hoje pelo Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.
Isabella: tia nega ter dito frase que incriminaria irmão
A irmã de Alexandre Nardoni, suspeito de envolvimento na morte da filha, Isabella, negou hoje em entrevista à Rede Bandeirantes de televisão ter mencionado uma frase que incriminaria o irmão ao receber um telefonema num bar na noite do crime. Cristina Nardoni teria dito, segundo testemunhas que estavam no local: "Meu irmão fez besteira", e deixado o local às pressas. "Essa testemunha é mentirosa porque em momento nenhum eu disse isso, até porque eu não sabia o que estava acontecendo. Em segundo ponto, eu não atendi meu celular na frente de ninguém", afirmou.
Ela disse que na noite do dia 29, logo após Isabella ser encontrada no jardim do prédio onde o pai mora com a madrasta Anna Carolina Jatobá, recebeu uma ligação do pai avisando sobre o que havia acontecido mas, com o barulho do bar, que tinha "música ao vivo", desligou o aparelho e decidiu ligar para o pai de um banheiro. "Por isso eu digo: ninguém me ouviu falar. E essa afirmação é mentirosa, porque em momento nenhum eu disse isso."
Pai e madrasta não atrapalharam investigação
O desembargador Caio Eduardo argumentou que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá não deram nenhuma prova de que possam comprometer, dificultar ou impedir a apuração das investigações, no despacho em que deferiu o pedido de habeas-corpus do casal.
Em sua decisão, o desembargador aponta ainda que o fato de Alexandre e Anna Jatobá terem se apresentado espontaneamente pesou em favor da decisão. No despacho, Almeida aponta que a prisão temporária é uma medida excepcional, "tolerada apenas nas hipóteses precisamente fixadas em lei, imperiosa à apuração da autoria do fato criminoso e à produção de provas que se tornariam inviáveis com os investigados em liberdade.
Para IC, madrasta trocou de blusa após morte de Isabella
Os peritos do Instituto de Criminalística (IC) já sabem que Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá trocou de blusa na noite da morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, no último dia 29. Quando chegou ao prédio, ela usava um blusa preta. Depois do crime, ela estava com uma blusa verde-água. Os policiais encontraram manchas semelhantes a sangue tanto na calça jeans que a madrasta usava como na blusa. Todas as testemunhas são unânimes em dizer que Anna Carolina não se aproximou de Isabella depois da queda do sexto andar do Edifício London, na zona norte de São Paulo.
Os peritos suspeitam que a blusa foi lavada depois do crime. Uma análise química dos fios do tecido será feita para averiguar essa suspeita. As manchas achadas, ainda segundo os peritos, são compatíveis com o cenário de alguém que carregasse a menina no colo. Sabe-se que o sangue no chão do apartamento é resultado de pingos que caíram de uma altura de pouco mais de um metro.
Os peritos buscam, por meio do exame de DNA, verificar se o suposto sangue encontrado na blusa e na calça é mesmo da madrasta. Eles estão seqüenciando o material genético de Isabella a fim de estabelecer o padrão e poder compará-lo com o padrão das amostras de substâncias semelhantes a sangue recolhidas no apartamento e nas roupas apreendidas.
Ontem, os policiais do 9º DP ouviram novamente o depoimento de Anna Carolina na carceragem do 89º DP (Portal do Morumbi), onde ela está detida. Os investigadores do caso estão atrás de um sapato de Anna Carolina ou do consultor jurídico Alexandre Nardoni, pai de Isabella, para comparar com a pegada encontrada no lençol da cama do quarto de onde a menina foi jogada.
Testemunhas
Duas testemunhas disseram ter escutado de Cristiane Nardoni, irmã de Alexandre, na noite de 29 de março, uma frase que compromete o irmão como se ele tivesse feito algo errado. Pouco antes, a menina Isabella havia sido atirada pela janela do apartamento do pai. Ouvidas em sigilo no 8º Distrito Policial (DP), as testemunhas são um caixa e um gerente de um bar na zona norte de São Paulo.
Os dois contaram que viram Cristiane ansiosa para deixar a casa. Ela estava acompanhada pelo noivo, que pediu ao caixa que se apressasse. A irmã de Alexandre estava chorando. Foi quando ela teria deixado escapar a frase. Em entrevista, Cristiane negou que seu irmão tenha dito algo que o comprometesse na ligação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Pai e madrasta de Isabella não chamaram os Bombeiros
O resultado da quebra de sigilo telefônico do apartamento do casal Alexandre Alves Nardoni, de 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24, revela que em nenhum momento o pai e a madrasta de Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos, chamaram o Corpo de Bombeiros para socorrer a menina, que caíra do 6º andar do Edifício Residencial London, na Vila Isolina Mazzei, zona norte de São Paulo. Diante de novos indícios e do depoimento de duas testemunhas, a Polícia Civil acredita ter esclarecido 99% do caso, restando apenas a conclusão dos laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico-Legal (IML) e a coleta de mais provas materiais.
Ontem, investigadores do 9º Distrito Policial (Carandiru) passaram o dia confrontando os registros das chamadas feitas a partir do telefone fixo da residência do casal com as ligações recebidas pelo Centro de Operações do Corpo de Bombeiros (Cobom), na noite do dia 29 de março. As gravações do Cobom também não registram ligações de celular de nenhum dos dois.
O primeiro pedido de socorro foi às 23h49m59. O professor Antonio Lúcio Teixeira, de 61 anos, morador do apartamento 12, dizia que uma criança havia caído do prédio. Cerca de 30 segundos depois, às 23h50m32, alguém de dentro do apartamento dos Nardonis telefonou para o celular de Alexandre José Peixoto Jatobá, pai de Anna Carolina. O diálogo durou 32 segundos.
A ligação seguinte, feita às 23h51m09, foi para a casa do pai de Alexandre, o advogado Antônio Nardoni. A chamada levou 29 segundos. "É no mínimo estranho que o casal tenha visto a criança caída lá embaixo e não tenha sequer tentado ligar para o serviço de resgate", disse um policial que investiga o caso. "No momento em que eles falavam com seus pais, o morador do apartamento 12 estava falando com os bombeiros, ou seja: o casal não tinha como saber que alguém já tinha feito o pedido de socorro e também não se preocupou em fazê-lo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Isabella: investigadores negam 99% de solução do caso
Os investigadores do 9º Distrito Policial (DP) do Carandiru, zona norte de São Paulo, desmentiram hoje a informação de que 99% do caso da morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, já esteja solucionado. Eles disseram que nada avançou em relação a ontem. "Não há nada de novo", afirmou um dos investigadores. Segundo notícia da Rede Globo, a Polícia Civil informou hoje que o caso já estava 99% solucionado.
No 89º DP, no Morumbi, zona sul da capital paulista, um investigador informou que a delegada Renata Pontes saiu da conversa que manteve hoje com a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, "com uma sacola de pertences". Porém, ele não soube afirmar o conteúdo do pacote. Renata Pontes teve um encontro a portas fechadas com Anna Carolina e os dois advogados dela, Marco Polo Levorin e Rogério Neres de Sousa. De acordo com informações do 89º DP, a conversa durou cerca de meia hora e não foram divulgadas informações sobre o conteúdo.
Anna Carolina e o marido e pai de Isabella, Alexandre Alves Nardoni, detido no 77º Distrito Policial (DP), em Santa Cecília, região central da capital paulista, estão presos desde a quinta-feira da semana passada. Eles são suspeitos da morte da menina, ocorrida no dia 29 de março, ao cair do 6º andar do prédio onde o casal mora com os dois filhos.