China afirma que questão do Tibete não está relacionada aos direitos humanos

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Hu fez as declarações durante um encontro com o primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, em Sanya (sul da China), na ilha da Hainan, onde neste sábado aconteceu a reunião de cúpula econômica regional, o Fórum de Boao para Ásia.

O governante chinês aproveitou a ocasião para responder aos que, como Estados Unidos e França, pedem que Pequim dialogue com o líder espiritual dos tibetanos.

"A porta para o diálogo com o Dalai Lama continua aberta", afirmou Hu Jintao.

"Atualmente, os obstáculos para os contatos não vêm do nosso lado, e sim do lado do Dalai Lama", disse.

"Se o Dalai Lama deseja realmente um acordo, tem que demonstrar em suas ações. Se abandonar as atividades separatistas, os complôs estimulando a violência, seus projetos de sabotagem dos Jogos Olímpicos de Pequim, estamos dispostos a qualquer momento a seguir o contato e o diálogo", reiterou o presidente chinês.

O presidente americano, George W. Bush, insistiu durante a semana que China precisa dialogar com os representantes do Dalai Lama, em uma aparente concordância com as manifestações pró-Tibete durante o percurso mundial da tocha olímpica.

Hu Jintao também destacou, como outras autoridades chinesas haviam feito em ocasiões anteriores, que os distúrbios na capital tibetana, Lhassa, não foram "como alguns afirmaram 'manifestações pacíficas' nem 'atos não-violentos', e sim pura violência".

"Diante das ações violentas criminosas que violam gravemente os direitos humanos, perturbam gravemente a ordem e colocam gravemente em perigo os homens e os bens, nenhum governo responsável pode ficar sem fazer nada", afirmou.

A China acusa o líder espiritual, que vive exilado na Índia, de ter estimulado as manifestações em Lhassa, capital do Tibete, que começaram em 10 de março.

A viagem da tocha olímpica ao redor do planete prosseguiu neste sábado, com destino a Tanzânia, única etapa no continente africano.

A tocha desembarcará em Dar es Salaam, capital tanzaniana, à noite para um revezamento no domingo que foi consideravelmente reduzido.

O programa inicial consistia em um trajeto de 25 km, mas foi dimunuído para apenas cinco quilômetros.

Moda: geração sem marca


(BR Press) – Deu no suplemento de moda de primavera da revista Time: a nova tendência em estilo é a roupa e acessórios sem marca. No Japão, um fértil celeiro de cultura pós-moderna, a "no logo generation" já pode ser identificada. Não é o caso de apagar totalmente aquela imagem de hordas de japoneses atrás de suas Louis Vuitton na Galeries Lafayette, em Paris. "Marcas dizem cada vez mais sobre individualidade ao invés de logos", diz Kenji Ikeda, 33 anos, designer de bolsas que deixou a Givenchy para criar sua própria marca – sem etiqueta, diga-se –, em ascensão desde 2003.

"Ninguém precisa de grandes e brilhantes logos no que está usando para ser associado a luxo e status", acredita Jason Lee Coates, diretor da H3O, empresa de relações públicas em moda sediada em Tóquio. Usar produtos sem marca – aparente, pelo menos – e de extrema qualidade, segundo os "papas" do movimento sem logo, é o verdadeiro sinal de bom gosto e, claro, poder aquisitivo.

Mas será que esta tendência "no logo" não reflete simplesmente a rebeldia contra as marcas do "establishment" chique? Afinal, a indústria da moda sem etiqueta pode ser, apesar do trocadilho, mais elegante e individualizada. No entanto, não deixa de "significar" (de signo mesmo, a unidade essencial da semiótica) uma grife em termos de opção.

Um exemplo é a caveirinha da marca Mastermind Japan, que tem entre "usuários" Tom Cruise e Justin Timberlake, e que virou ícone "sem logo" e sinônimo de uma roupa de qualidade – e ética, já que resgata e valoriza o trabalho único, artesanal, numa sociedade de consumo em escala industrial.

Pastiche

Para o estilista japonês Masaaki Homma, 37 anos, criador da Mastermind Japan e uma espécie de Alexandre Herchcovitch nipônico, todavia, o futuro da moda é o pastiche, a cópia, a produção em massa. "Chegará o dia em que não será mais possível fazer roupas de qualidade porque somente a produção industrial vai sobreviver", diz, com ares apocalípcos.

Por quê? Porque, com o advento de produtos baratos chineses invadindo o mundo, produtos com qualidade e preço altos ficarão em quinto plano. Mesmo com essa visão, Homma resolveu ir na contra-mão dessa tendência e criar uma marca cuja produção tem um link direto com o artesanato, quando no Japão a febre eram roupas da marca Uniqlo, com peças a uma média de US$ 8,00.

Era 2001quando a Mastermind Japan começou a atrair olhos de seletos compradores. A idéia de Homma era produzir roupas com tecidos e acessórios feitos por artesãos – então, tratou logo de contratar três deles, cuja produção estava no ostracismo e que agora são louvados pelo marketing do estilista. Resultado: um cashmere feito à mão da marca chega a custar US$ 2 mil. O diferencial, além da qualidade, é que sua discreta caveirinha ainda não foi copiada.


Empresa japonesa apresenta roupa robô para idosos e deficientes físicos

http://www.japantimes.co.jp/images/photos2007/nn20070418f3a.jpgA imagem “http://d.yimg.com/br.yimg.com/pi/news/080411/ydownload_efe/i/ca-43c646e2d09152a6983a6eebe0af2fcd.jpeg?x=246&y=345&sig=58rW97HBPluXh1Z9Vj5I9A--” contém erros e não pode ser exibida.
Tóquio, 11 abr (EFE).- Uma empresa japonesa apresentou hoje em um evento espetacular em Tóquio uma espécie de roupa robô cujo objetivo é facilitar os movimentos de idosos e de deficientes físicos.
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Quando o indivíduo coloca a roupa, chamada de Hal, vê sua força aumentar de forma considerável, o que faz o inventor Yoshiyuki Sankai afirmar que a mesma será muito útil para pessoas da terceira idade.

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A roupa robô, que parece algumas das invenções vistas nos mangás - histórias em quadrinhos japonesas -, também poderá ser usada em programas de reabilitação para pessoas com deficiências físicas.

Hal está equipado de vários sensores que percebem os movimentos do corpo, o que ajudaria seus usuários a executarem ações que não poderiam realizar por si mesmos.

O evento de apresentação, realizado na sede do Ministério de Ciência japonês, consistiu em uma demonstração das capacidades de Hal, fabricado pela empresa Cyberdyne.

Sankai convidou o secretário-geral do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, Yoshitsugu Harada, a levantar com o braço esquerdo quantos sacos de arroz pudesse.

Harada disse basta já no segundo saco, pois cada um pesava dez quilos.

Posteriormente o professor Sankai colocou três pacotes no braço de uma pessoa que usava a roupa robô e que agüentou, sem esforço algum, uma carga de 30 quilos.

O Japão é um dos países nos quais a população se torna cada vez mais velha, por isto existe a expectativa de que o setor de serviços para a terceira idade viva em breve um grande florescimento. EFE fab/fal

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Rã sem pulmões intriga cientistas


JACARTA (AFP) - A descoberta, na Indonésia, de uma nova espécie de rã capaz de respirar sem pulmões poderá ajudar a desvendar novas questões sobre a evolução animal, explicou nesta sexta-feira o biólogo David Bickford, da Universidade Nacional de Cingapura.

A rã foi descoberta em agosto de 2007 na ilha de Bornéu. Sua dissecação demonstrou que ela podia respirar perfeitamente através da pele, explicou Bickford.

Inúmeras rãs respiram parcialmente pela pele, mas essa, batizada barbourula kalimantanensis, é a primeira a ter evoluído abandonando por completo os pulmões.

Essa característica se opõe ao curso habitual da evolução entendida atualmente, segundo a qual os animais desenvolveram os pulmões para passar da vida aquática ao ar livre, segundo Bickford.

"E aqui temos uma rã que inverteu a tendência, a contracorrente do saber tradicional que se tem sobre os milhões de anos da evolução", declarou o especialista.

A rã perdeu, supostamente, seus pulmões ao longo de milhões de anos com o objetivo de se adaptar as correntes frias e rápidas dos rios dos Bosques de Bornéu. A água fria contém mais oxigênio, argumentou Bickford.

Apenas outras três espécies de anfíbios, entre elas dois tipos de salamandras, são conhecidas por ter evoluído sem pulmões.

A rã sem pulmões de Bornéu tem uma aparência muito particular. "É como uma torta, praticamente plana", descreveu. "É bonita, da mesma foram que um buldogue é bonito. É uma dessas criaturas que de tão feias ficam lindas".

Dezenas de espécies animal e vegetal são descobertas no Bornéo todo o ano, uma das áreas mais ricas em diversidade.

Internautas não gostam de ter dados usados por sites, diz estudo

Por Lara Hertel

TORONTO (Reuters) - Muitas pessoas estão desconfortáveis com Web sites que criam conteúdos personalizados a partir de dados pessoais coletados dos internautas, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira.

"Há um fator arrepiante e um medo do desconhecido com os quais as pessoas não querem lidar", disse Michelle Warren, analista sênior do Info-Tech Research Group, no Canadá.

"A noção de que há uma questão de privacidade com relação às contas de email ainda é uma questão muito pessoal para alguns", acrescentou a analista.

Quase 60 por cento dos 2.513 entrevistados nos Estados Unidos em uma pesquisa da Harris Interactive disseram que não se sentiam confortáveis quando sites utilizam informações sobre suas atividades na Internet para personalizar conteúdo ou anúncios.

As conclusões do estudo podem abrir caminho para que gigantes da Internet passem a oferecer aos seus usuários mais benefícios tangíveis em troca da perda de sua privacidade, como descontos em ingressos de cinema ou na compra de eletrônicos, disse Alan Westin, da Columbia University, que ajudou a elaborar a pesquisa.

"Sistemas de busca gratuitos ou sites de redes sociais fazem parte do DNA do usuário de Internet e uma forma de amenizar a antipatia às ações de marketing é oferecer benefícios aos usuários", disse Westin em entrevista. Enquanto as barreiras da privacidade ainda não chegam a ponto de forçar os usuários de Internet a boicotar algumas aplicações, isso pode mudar na medida em que os internautas comecem a entender a extensão do uso de seus dados pessoais.

"O que acontece é que as pessoas repentinamente se dão conta de que já forneceram informações pessoais suficientes para compor uma campanha publicitária e o pessoal de marketing faz a transição da conveniência para a invasão", disse Colin McKay, do gabinete da Comissão de Privacidade do Canadá.

A pesquisa mostrou que os usuários mais jovens estão mais confortáveis com a distribuição de conteúdo personalizado, especialmente no grupo entre 18 e 43 anos, que lideram essa tendência.


Dólar sobe pela 1ª vez no mês e fecha a R$ 1,69


O mercado cambial doméstico rendeu-se hoje à piora do sentimento dos investidores sobre os Estados Unidos e subiu, após operar em queda nas oito sessões anteriores deste mês. Parte da correção resultou da piora da aversão a risco no mercado, que se refletiu na queda generalizada das bolsas de valores, recuo do dólar ante o euro e o iene e aumento da demanda por títulos do Tesouro dos EUA.

Outra parcela de pressão derivou de comentários de que o uma empresa nacional do setor de papel e celulose deve fazer na segunda-feira uma remessa financeira de cerca de US$ 1 bilhão, para honrar compromissos assumidos no exterior. Essa expectativa e a previsão de uma agenda rica em eventos e indicadores aqui e lá fora na próxima semana estimularam a alta da moeda americana em relação ao real.

O dólar comercial subiu 0,30% e terminou o dia a R$ 1,69. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista avançou 0,39%, para R$ 1,6905. Com a continuidade do fluxo cambial positivo, o giro financeiro total à vista aumentou 32%, para cerca de US$ 4,153 bilhões.

Desde cedo, o resultado ruim da General Electric no primeiro trimestre, a queda do índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan e o aumento dos preços de importação em março nos Estados Unidos elevaram as preocupações do mercado com o enfraquecimento da economia real americana em meio à pressão inflacionária. Como na próxima semana serão divulgados nos EUA dados relacionados à demanda no comércio e os índices de inflação no atacado e no varejo, os investidores ajustaram posições defensivas dado o temor de que os próximos dados reforcem a possibilidade de uma estagflação no país.

"Algumas tesourarias e investidores estrangeiros reduziram um pouco suas posições vendidas (de aposta de queda do dólar) diante do aumento da cautela com a economia americana", disse um operador.

No início da tarde, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou em Washington, que não acredita que o estabelecimento de controle para entrada de capital seja a solução para o Brasil, com objetivo de abrandar a valorização da moeda brasileira. O comentário foi feito em relação à ponderação do economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, Augusto de la Torre, que citou, nesta semana, o controle de capitais como uma opção para amenizar a valorização das moedas na região.


Lula brinca que não pôde nem conhecer bar na Holanda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou o encontro com empresários holandeses e brasileiros, em Haia, lamentando não ter tido a oportunidade nem de "conhecer um bar na Holanda". "É o prejuízo de uma visita de Estado, porque é oficial. E quando tudo é oficial, a gente termina não conhecendo o país que a gente visitou", brincou o presidente, provocando risos da platéia.

Em seguida, ele participou do último compromisso oficial na Holanda, assistindo a um show de musica popular brasileira na Igreja Nova, que foi transformada em local de espetáculos. Após o show, Lula embarcará para Praga, capital da República Tcheca.



Governo pode 'oferecer cabeça' pelo vazamento do dossiê

Paralelamente à investigação da Polícia Federal, o Palácio do Planalto refaz o caminho das reuniões de fevereiro, das ordens e das pessoas que participaram da coleta de dados para o dossiê com dados sigilosos sobre gastos do governo Fernando Henrique Cardoso. O governo trabalha para saber se alguém de dentro do Planalto passou documentos para parlamentares da oposição e quer "oferecer uma cabeça", se for preciso, para proteger a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

A guerra deflagrada na Casa Civil para apurar o vazamento do dossiê está centrada em grupos que, no bastidor, são chamados de "turma do Dirceu" e "turma da Dilma". Referem-se a funcionários do ex-ministro José Dirceu (2003-2005), substituído na Casa Civil por Dilma, apontada como a preferida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sua própria sucessão, em 2010.

Nesta semana, por motivos diversos, o foco das suspeitas concentrou-se sobre subordinados do secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires, funcionário de carreira do Tribunal de Contas da União (TCU), que chegou ao governo Lula no primeiro mandato, em 2003, levado por Dirceu. A secretária-executiva de Dilma, Erenice Guerra, continua na berlinda por ter coordenado a coleta de dados para o dossiê e por ser a segunda no comando da Casa Civil.

À procura pelo responsável pela invasão dos computadores no Planalto, o governo refaz os passos de dois assessores da Secretaria de Controle Interno (Ciset) que trabalham com Aparecido: Humberto de Mendonça Gomes Jr. e Paulo Roberto Loureiro de Alencar. Aparecido já fez dobradinha com Waldomiro Diniz na assessoria do PT em investigações promovidas por CPIs do Congresso. Waldomiro, que como Aparecido foi levado para o Planalto por Dirceu, caiu em 2004 no escândalo da divulgação de um vídeo em que, segundo as investigações da época, cobrava propina.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Embarcação de guerra dos EUA dispara sinal de alerta a barco iraniano

Washington, 11 abr (EFE).- Uma embarcação patrulha dos Estados Unidos disparou hoje uma sinalização de alerta depois que um barco iraniano se aproximou até cerca de 200 metros de distância em águas do Golfo Pérsico, informou a Marinha de Guerra.

Porta-vozes da Marinha consultados por meios de comunicação americanos só indicaram que o incidente ocorreu na "zona central do Golfo, fora das águas territoriais iranianas".

Um oficial naval disse que três pequenos barcos iranianos se aproximaram da embarcação Typhoon, "de maneira provocativa".

Os oficiais se comunicaram com os barcos iranianos e dois deles se viraram, começando a se distanciar novamente, mas um se aproximou cerca de 200 metros (da embarcação americana), de onde se respondeu com o lançamento de um sinal de alerta.

"O barco iraniano virou e se afastou", acrescentou o informante, que considerou que não se tratou de um assunto grave.

O "Typhoon" é uma embarcação da classe Cyclone, de 53 metros de comprimento e 335 toneladas, com 35 tripulantes, e armado com metralhadoras, lança-granadas e seis mísseis Stinger. EFE


Lula convida investidores holandeses a participar do auge econômico do Brasil

Haia, 11 abr (EFE).- O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, encorajou hoje as empresas holandesas a participar do auge econômico vivido pelo país, tanto nos setores mais dinâmicos como no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado por seu Governo em janeiro do ano passado.

"Investir no Brasil é um bom negócio", afirmou Lula em um discurso para empresários e investidores dos dois países, destacando que os dados da economia brasileira são representativos.

Lula, que concluirá em algumas horas sua visita de Estado no país, afirmou que o programa de desenvolvimento brasileiro "reserva um espaço" à participação holandesa.

Lembrou que o PAC, que tem o objetivo de garantir o desenvolvimento sustentável no Brasil, prevê investimentos de mais de US$ 270 bilhões, até 2010, em centenas de obras de infra-estrutura, saneamento, energia e transportes.

Lula chamou a atenção sobre os planos do Brasil de ampliar o potencial de portos marítimos, um setor no qual a Holanda possui grande experiência.

Também voltou a reiterar, como em outros momentos de sua visita de dois dias, o excelente momento econômico do Brasil, e mostrou sua confiança de que o país crescerá, em 2008, mais do que os 5,4% registrado em 2007 (o FMI prevê 4,8%, segundo a projeção divulgada na quarta-feira passada).

Lula declarou que o Brasil tem reservas de US$ 200 bilhões, enquanto as importações e as exportações alcançam cifras históricas, a inflação é baixa e o crédito aumenta.

O resultado é o aumento da produção e do consumo nos últimos 16 trimestres consecutivos, acrescentou.

"Temos sinais claros de estabilidade e de expansão", insistiu o presidente, que lembrou que desde que tomou posse do cargo, no início de 2003, foram criados 10 milhões de empregos e 20 milhões de pessoas saíram da pobreza absoluta no país.

Um dos executivos que assistiram aos debates de hoje, Ulisses da Silva, diretor-geral da petroquímica Braskem, destacou as perspectivas em bioetanol, já que o Brasil poderia exportá-lo à Holanda de modo que esse país seja "a porta" do biocombustíveis para a Europa.

Também destacou que a Holanda tem muita capacidade para investir em tecnologia, serviços e engenharia no Brasil. EFE mr/bf


Silvio Santos tira "Aqui Agora" do ar, diz Daniel Castro

O jornal "Aqui Agora", no ar desde o dia 3 de março, teve ontem provavelmente sua última edição. É possível que o jornal já não vá ao ar nesta sexta-feira.

A atração não está prevista na grade do SBT da semana que vem.

Divulgação
Grupo inicial de apresentadores do "Aqui Agora"; em um mês e uma semana de exibição, atração sofreu mudanças e agora é extinta
Grupo inicial de apresentadores do "Aqui Agora"; em um mês e uma semana de exibição, atração sofreu mudanças e agora é extinta

O motivo da extinção do programa é a relação custo benefício. Trata-se de um programa muito caro, que não atrai anunciantes suficientes e tampouco dá a audiência esperada.

Para Silvio Santos, o ideal é que o programa consiga oito pontos no Ibope, mas costuma ficar entre três e quatro. Ainda não há informações sobre o destino da produção.

Silvio Santos já havia dado um ultimato aos produtores do programa sobre a questão da audiência.

Sinais da extinção do "Aqui Agora" começaram a surgir ontem, com a notícia de que Analice Nicolau não estaria mais na atração.

Caso Isabella - Pais libertados


"Eu não sou assassina", diz madrasta de Isabella

Anna Carolina Trotta Jatobá, madrasta da menina Isabella Nardoni, 5 anos, foi solta na tarde de hoje, às 15h24. Ela cumpria prisão temporária no 89º Distrito Policial, em São Paulo. "Eu não sou assassina", disse Anna Carolina ao deixar a delegacia.

Ela foi para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito, onde chegou às 15h40. O exame é feito para garantir ao preso que ele não será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante. São feitos dois exames, um logo após a prisão e outro após a pessoa ser libertada.

Anna Carolina saiu com o rosto descoberto e foi levada para o IML em um carro do Grupo de Operações Especiais (GOE), escoltada por outros dois veículos e por motocicletas. A multidão em frente ao DP a chamou de assassina. Vários populares que estavam em frente ao IML também gritaram palavras de protesto contra a madrasta de Isabella.

O desembargador Caio Canguçu de Almeida, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu nesta sexta-feira o habeas-corpus ao casal Alexandre Nardoni, e Anna Carolina, investigado pela morte de Isabella. A decisão poderá ser ainda questionada por meio de recurso ao Superior Tribunal de Justiça.

O alvará de soltura de Anna Carolina chegou hoje, por volta das 13h35, por meio de fax ao 89º Distrito Policial. A delegada titular do 89º Distrito Policial, Silvana Françolin, havia dito que a expectativa era que Anna Carolina fosse liberada antes das 15h, horário que começam as vistas na delegacia.

Isabella foi encontrada ferida, no sábado, dia 29 de março, no jardim do prédio onde moram o pai e a madrasta, na zona norte de São Paulo.

Segundo os Bombeiros, a menina chegou a ser socorrida e levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 0h. Há suspeitas de que ela tenha sido atirada da janela do apartamento, no 6º andar do edifício.


Pai de Isabella faz exame de corpo de delito no IML

O consultor jurídico Alexandre Alves Nardoni, pai da menina Isabella, chegou ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito no começo da tarde, minutos após ser libertado no 77º Distrito Policial (DP), em Santa Cecília, região central de São Paulo. O advogado Marco Polo Levorin, da defesa do pai da menina Isabella Nardoni, disse que depois do IML ele e a mulher, Anna Carolina Jatobá, irão para um "lugar seguro", sem informar onde é esse local. Anna Carolina também teve habeas-corpus concedido, já deixou a prisão e também se encaminha para o IML.

Alexandre saiu às 14h30 do 77º DP com um cobertor sobre a cabeça e foi colocado sem falar nada com a imprensa no banco de trás do camburão de polícia que o levou para o IML. Na frente da delegacia, muitas pessoas se aglomeravam e gritavam "Justiça!" quando ele deixou o prédio. Alexandre e a madrasta de Isabella responderão em liberdade ao inquérito policial que apura a morte de Isabella, ocorrida no dia 29 de março, quando ela caiu do sexto andar do prédio em que o casal mora.

Madrasta de Isabella sai de prisão no Morumbi, em SP

A estudante Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, deixou o 89º Distrito Policial (Morumbi), na zona sul de São Paulo, onde cumpria prisão temporária. Ela e o marido, Alexandre Alves Nardoni, foram beneficiados pelo habeas-corpus aceito hoje pelo desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Caio Eduardo Canguçu de Almeida. Nardoni foi libertado por volta das 14h30. O casal estava preso desde quinta-feira da semana passada, suspeito de envolvimento com a morte da criança.

Segundo o despacho do desembargador, o casal não deu nenhuma prova de que possa comprometer, dificultar ou impedir a apuração das investigações sobre o caso. Ele também aponta que o fato de Alexandre e Anna Carolina terem se apresentado espontaneamente à polícia pesou em favor da decisão. Isabella morreu no dia 29 de março, após cair do sexto andar do prédio onde o pai mora com Anna Carolina e os dois filhos do casal.



TJ-SP concede habeas para pai e madrasta de Isabella

O desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Caio Eduardo Canguçu de Almeida, concedeu hoje o habeas-corpus para o casal Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, de 5 anos. A informação é de um dos advogados de defesa do casal, Rogério Neres de Sousa. "A defesa ainda não teve acesso ao parecer do desembargador", afirmou.

Na TV, tia de Isabella pede que não prejulguem irmão
A tia da menina Isabella Nardoni, Cristiane Nardoni, pediu hoje ao público, em entrevista ao Programa Mais Você, da Rede Globo, que não prejulgue o irmão, Alexandre Nardoni. "Peço às pessoas paciência", disse Cristiane por telefone. "Não condenem ele antes da hora", acrescentou. A tia de Isabella contou que estava em um bar, na zona norte de São Paulo, no dia em que ocorreu o crime e negou, novamente, que tenha dito qualquer frase que pudesse comprometer o irmão, pouco antes de deixar o local, conforme supostos relatos de testemunhas que estavam no mesmo bar.

Segundo Cristiane, em razão de uma apresentação musical, havia muito barulho no bar no momento em que recebeu uma ligação, por meio da qual teria sido informada de que algo havia ocorrido com Isabella. A tia da menina acrescentou que teve de ir ao banheiro para ouvir o telefonema com mais clareza. Alexandre e a mulher, Anna Carolina Jatobá, estão presos temporariamente desde quinta-feira da semana passada e o pedido de habeas-corpus apresentado pela defesa do casal deve ser julgado hoje pelo Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.

Isabella: tia nega ter dito frase que incriminaria irmão
A irmã de Alexandre Nardoni, suspeito de envolvimento na morte da filha, Isabella, negou hoje em entrevista à Rede Bandeirantes de televisão ter mencionado uma frase que incriminaria o irmão ao receber um telefonema num bar na noite do crime. Cristina Nardoni teria dito, segundo testemunhas que estavam no local: "Meu irmão fez besteira", e deixado o local às pressas. "Essa testemunha é mentirosa porque em momento nenhum eu disse isso, até porque eu não sabia o que estava acontecendo. Em segundo ponto, eu não atendi meu celular na frente de ninguém", afirmou.

Ela disse que na noite do dia 29, logo após Isabella ser encontrada no jardim do prédio onde o pai mora com a madrasta Anna Carolina Jatobá, recebeu uma ligação do pai avisando sobre o que havia acontecido mas, com o barulho do bar, que tinha "música ao vivo", desligou o aparelho e decidiu ligar para o pai de um banheiro. "Por isso eu digo: ninguém me ouviu falar. E essa afirmação é mentirosa, porque em momento nenhum eu disse isso."


Pai e madrasta não atrapalharam investigação

O desembargador Caio Eduardo argumentou que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá não deram nenhuma prova de que possam comprometer, dificultar ou impedir a apuração das investigações, no despacho em que deferiu o pedido de habeas-corpus do casal.

Em sua decisão, o desembargador aponta ainda que o fato de Alexandre e Anna Jatobá terem se apresentado espontaneamente pesou em favor da decisão. No despacho, Almeida aponta que a prisão temporária é uma medida excepcional, "tolerada apenas nas hipóteses precisamente fixadas em lei, imperiosa à apuração da autoria do fato criminoso e à produção de provas que se tornariam inviáveis com os investigados em liberdade.


Para IC, madrasta trocou de blusa após morte de Isabella
Os peritos do Instituto de Criminalística (IC) já sabem que Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá trocou de blusa na noite da morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, no último dia 29. Quando chegou ao prédio, ela usava um blusa preta. Depois do crime, ela estava com uma blusa verde-água. Os policiais encontraram manchas semelhantes a sangue tanto na calça jeans que a madrasta usava como na blusa. Todas as testemunhas são unânimes em dizer que Anna Carolina não se aproximou de Isabella depois da queda do sexto andar do Edifício London, na zona norte de São Paulo.

Os peritos suspeitam que a blusa foi lavada depois do crime. Uma análise química dos fios do tecido será feita para averiguar essa suspeita. As manchas achadas, ainda segundo os peritos, são compatíveis com o cenário de alguém que carregasse a menina no colo. Sabe-se que o sangue no chão do apartamento é resultado de pingos que caíram de uma altura de pouco mais de um metro.

Os peritos buscam, por meio do exame de DNA, verificar se o suposto sangue encontrado na blusa e na calça é mesmo da madrasta. Eles estão seqüenciando o material genético de Isabella a fim de estabelecer o padrão e poder compará-lo com o padrão das amostras de substâncias semelhantes a sangue recolhidas no apartamento e nas roupas apreendidas.

Ontem, os policiais do 9º DP ouviram novamente o depoimento de Anna Carolina na carceragem do 89º DP (Portal do Morumbi), onde ela está detida. Os investigadores do caso estão atrás de um sapato de Anna Carolina ou do consultor jurídico Alexandre Nardoni, pai de Isabella, para comparar com a pegada encontrada no lençol da cama do quarto de onde a menina foi jogada.

Testemunhas

Duas testemunhas disseram ter escutado de Cristiane Nardoni, irmã de Alexandre, na noite de 29 de março, uma frase que compromete o irmão como se ele tivesse feito algo errado. Pouco antes, a menina Isabella havia sido atirada pela janela do apartamento do pai. Ouvidas em sigilo no 8º Distrito Policial (DP), as testemunhas são um caixa e um gerente de um bar na zona norte de São Paulo.

Os dois contaram que viram Cristiane ansiosa para deixar a casa. Ela estava acompanhada pelo noivo, que pediu ao caixa que se apressasse. A irmã de Alexandre estava chorando. Foi quando ela teria deixado escapar a frase. Em entrevista, Cristiane negou que seu irmão tenha dito algo que o comprometesse na ligação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pai e madrasta de Isabella não chamaram os Bombeiros

O resultado da quebra de sigilo telefônico do apartamento do casal Alexandre Alves Nardoni, de 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24, revela que em nenhum momento o pai e a madrasta de Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos, chamaram o Corpo de Bombeiros para socorrer a menina, que caíra do 6º andar do Edifício Residencial London, na Vila Isolina Mazzei, zona norte de São Paulo. Diante de novos indícios e do depoimento de duas testemunhas, a Polícia Civil acredita ter esclarecido 99% do caso, restando apenas a conclusão dos laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico-Legal (IML) e a coleta de mais provas materiais.

Ontem, investigadores do 9º Distrito Policial (Carandiru) passaram o dia confrontando os registros das chamadas feitas a partir do telefone fixo da residência do casal com as ligações recebidas pelo Centro de Operações do Corpo de Bombeiros (Cobom), na noite do dia 29 de março. As gravações do Cobom também não registram ligações de celular de nenhum dos dois.

O primeiro pedido de socorro foi às 23h49m59. O professor Antonio Lúcio Teixeira, de 61 anos, morador do apartamento 12, dizia que uma criança havia caído do prédio. Cerca de 30 segundos depois, às 23h50m32, alguém de dentro do apartamento dos Nardonis telefonou para o celular de Alexandre José Peixoto Jatobá, pai de Anna Carolina. O diálogo durou 32 segundos.

A ligação seguinte, feita às 23h51m09, foi para a casa do pai de Alexandre, o advogado Antônio Nardoni. A chamada levou 29 segundos. "É no mínimo estranho que o casal tenha visto a criança caída lá embaixo e não tenha sequer tentado ligar para o serviço de resgate", disse um policial que investiga o caso. "No momento em que eles falavam com seus pais, o morador do apartamento 12 estava falando com os bombeiros, ou seja: o casal não tinha como saber que alguém já tinha feito o pedido de socorro e também não se preocupou em fazê-lo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Isabella: investigadores negam 99% de solução do caso

Os investigadores do 9º Distrito Policial (DP) do Carandiru, zona norte de São Paulo, desmentiram hoje a informação de que 99% do caso da morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, já esteja solucionado. Eles disseram que nada avançou em relação a ontem. "Não há nada de novo", afirmou um dos investigadores. Segundo notícia da Rede Globo, a Polícia Civil informou hoje que o caso já estava 99% solucionado.

No 89º DP, no Morumbi, zona sul da capital paulista, um investigador informou que a delegada Renata Pontes saiu da conversa que manteve hoje com a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, "com uma sacola de pertences". Porém, ele não soube afirmar o conteúdo do pacote. Renata Pontes teve um encontro a portas fechadas com Anna Carolina e os dois advogados dela, Marco Polo Levorin e Rogério Neres de Sousa. De acordo com informações do 89º DP, a conversa durou cerca de meia hora e não foram divulgadas informações sobre o conteúdo.

Anna Carolina e o marido e pai de Isabella, Alexandre Alves Nardoni, detido no 77º Distrito Policial (DP), em Santa Cecília, região central da capital paulista, estão presos desde a quinta-feira da semana passada. Eles são suspeitos da morte da menina, ocorrida no dia 29 de março, ao cair do 6º andar do prédio onde o casal mora com os dois filhos.



"Afastamento de reitor é manobra"

Estudantes mantém ocupação da UnB até segunda-feira


Da ABr - Brasília

Os estudantes da Universidade de Brasília (UnB) que ocupam a reitoria há uma semana comemoraram o pedido de afastamento de Thimoty Mulholland, mas informaram que mantêm a ocupação do prédio pelo menos até segunda-feira (14), quando está marcada nova assembléia.

Eles não aceitam que o vice-reitor Edgar Mamya assuma o lugar do reitor, porque para eles tanto Mamya quanto todo o decanato de administração da universidade estariam comprometidos com as denúncias de irregularidades que recaem sobre Mulholland.

“O afastamento foi parte da nossa mobilização e da ocupação. A saída temporária não atende a nossa pauta porque pedimos o afastamento definitivo do reitor e toda a cúpula de administração superior.


Alunos da UnB mantêm ocupação e criticam licença

Estudantes que ocupam a reitoria da Universidade de Brasília (UnB) desde o dia 3 consideraram o anúncio de afastamento do reitor Timothy Mulholland por 60 dias e sua substituição pelo vice, Edgar Mamiya, uma manobra para forçá-los a deixar o prédio. "
É uma manobra do reitor. Só vamos cogitar a desocupação quando o reitor sair definitivamente", disse o estudante de Letras, Eduardo Zanata, coordenador de Organização do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UnB.

Para sair do local, os manifestantes
exigem o cumprimento de 18 reivindicações discriminadas em documento entregue ao Conselho Superior da UnB. "Nada menos do que isso nos fará deixar a reitoria", afirmou Zanata. "A luta é contra a política de Timothy na administração da universidade, que inclui até corrupção. Queremos uma mudança da estrutura da UnB.

O Ministério Público Federal (MPF-DF) entrou ontem com ação de improbidade administrativa contra o reitor por irregularidades no uso de verbas da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), vinculada à UnB, na reforma e decoração de seu apartamento funcional. O Tribunal de Contas da União (TCU) vem investigando as mesmas irregularidades.

O fato de a próxima assembléia do movimento estar marcada para segunda-feira, ao meio-dia, aponta a determinação dos universitários em permanecer no prédio. Segundo o coordenador de Assistência Estudantil do DCE, Sérgio Lopes, estudante de Biblioteconomia, a desocupação não será votada antes dessa data. "Só discutiremos nossa saída nessa assembléia", disse. "O afastamento é uma vitória parcial. Estamos dispostos a continuar aqui até a saída definitiva do reitor e do vice-reitor.

Além disso, entre as reivindicações dos alunos está a mudança na forma de eleger a direção da universidade. Hoje os votos de cada grupo têm pesos diferentes. Professores têm 70% de poder de voto servidores, 15% e estudantes, 15%. Os jovens querem paridade. "As eleições hoje são antidemocráticas", critica Lopes.

Amanhã, os estudantes deixarão as salas de aula para fazer uma manifestação em frente ao local onde se reúne o Conselho Superior da UnB. "Vamos pressioná-los a votar nossa pauta de reivindicações", explicou Zanata. "A adesão à paralisação promete ser grande e o indicativo de greve estudantil está mantido.


Dinheiro para saúde indígena pagou jantares e viagens da UnB

Sopa-creme de abóbora e queijo brie ou quiche de queijo de cabra, abobrinha e amêndoas na entrada. Salmão grelhado ao molho normanda, tirinhas de filé mignon ao molho de manga e tomates como opções de pratos quentes. Frutas frescas, tortinha morna de maçã e passas na sobremesa. Esse é o cardápio de um dos almoços oferecidos pelo reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland, com dinheiro que deveria ser usado em benefício dos índios. O evento, para 39 convidados do reitor, custou R$ 5.172,80. E foi pago com recursos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

O almoço ocorreu em 16 de julho do ano passado, no restaurante Alice Brasserie, na QI 17 do Lago Sul. A pedido da Reitoria da UnB, o restaurante, um dos mais badalados (e caros) de Brasília, foi fechado naquele dia para Timothy e os convidados dele. Somente o aluguel custou R$ 500. O almoço, incluindo bebidas, saiu a R$ 116,70 por pessoa. Além do Alice, a UnB cotou os preços apenas de mais um espaço, o restaurante do hotel Blue Tree Park, que pediu R$ 1,5 mil a mais pela exclusividade do espaço. Com isso, perdeu a concorrência.

Na lista de convidados do reitor, à qual o Correio teve acesso, há 18 funcionários da UnB. Os outros 21 são integrantes da Embaixada da Espanha no Brasil, do governo espanhol e do Instituto Cervantes. O almoço marcou a assinatura do acordo de intenções entre a UnB e o Instituto Cervantes, organismo público sem fins lucrativos da Espanha. Participou do encontro, como maior autoridade, o ministro de Cultura espanhol, César Antonio Molina. Acompanhado do secretário-geral do Instituto Cervantes, Joaquín de la Infiesta, Molina recebeu uma homenagem do reitor da UnB, que entregou a ele um documento de reconhecimento que a universidade reserva a personalidades internacionais.

Na época da visita dos espanhóis, o site da UnB destacou o encontro em diversas reportagens feitas pela equipe da Secretaria de Comunicação (Secom) da universidade. Mas em nenhuma das matérias informou que o convênio foi assinado em almoço oferecido pelo reitor e pago com recursos da Funsaúde. Muito menos o preço da recepção. Três jornalistas da Secom, nenhum concursado, estavam na lista de convidados oficiais de Timothy.

Na oportunidade, Timothy assinou o convênio de intercâmbio entre as instituições, criação de cursos de formação de professores e a realização de cursos, conferências e outras atividades dirigidas à promoção da língua espanhola. Nada em favor dos índios brasileiros ou da Funasa, de onde saiu o dinheiro do almoço.