CBN Minas
BELO HORIZONTE - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, "escorregou" durante discurso, em ato oficial do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na Vila São José, na região noroeste de Belo Horizonte. Ao lado do presidente Lula no palanque, a ministra dirigiu-se às mulheres presentes, e chamou o evento de "comício".
O presidente Lula e a comitiva de três ministros visitam Belo Horizonte e Ribeirão das Neves, na região metropolitana hoje, anunciando liberação de recursos para obras do PAC. O presidente retorna à Brasília à tarde.
Lula atribui torcicolo a juro e derrota do Corinthians
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma breve menção ao aumento da taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto porcentual para 11,75% ao ano, decidido ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), durante solenidade de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na Vila São José, em Belo Horizonte.
Lula teve que se ausentar do palco por cerca de 20 minutos, queixando-se de dor no pescoço. Ao retornar, afirmou: "Não sei se foi por causa dos juros, ou se pelo massacre sofrido pelo Corinthians ontem (contra o Goiás, pela Copa do Brasil, que perdeu por 3 a 1), só sei que acordei com o pescoço doendo. Acho que tudo junto me deu torcicolo", declarou o presidente.
De acordo com informações da assessoria da Presidência, as dores no pescoço começaram ontem à noite e hoje pela manhã se agravaram. Com isso, o médico que atende o presidente, Dr. Cléber Ferreira, recomendou o uso de um colar cervical durante todo o dia de hoje, para reduzir os movimentos do pescoço. (AE)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o discurso durante solenidade de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na Vila São José, em Belo Horizonte, para mandar um recado à oposição, reiterando que não é candidato ao terceiro mandato. Segundo ele, a oposição não quer que ele viaje, alegando que está fazendo campanha. "Eu não sou candidato. O que eles (membros da oposição) querem é que eu fique dentro do meu gabinete, vendo eles fazerem discurso contra mim. Entre ouvir eles falarem de mim e abraçar o povo desse País, eu vou pra a rua", declarou o presidente.
Lula destacou que o PAC dispõe de um montante de recursos da ordem de US$ 504 bilhões a serem aplicados, e espera é que os próximos governantes continuem a realização das obras. "Tenho fé em Deus que a gente que vier depois de nós vai ter que continuar o que fizemos, porque o povo aprendeu a gostar do que é bom", disse. Segundo o presidente, o governo vai continuar cobrando dos prefeitos e governadores o cumprimento das metas do programa.
O presidente Lula anunciou também que "o PAC não quer liberdade, quer controle e fiscalização porque senão não funciona". Ele elogiou o programa falando que o objetivo é melhorar a vida das pessoas dando a elas condições dignas, e ponderou que não quer que o País fique dividido entre ricos e miseráveis. Lula criticou a Receita Federal com relação à lei que transfere para os municípios a arrecadação do Imposto Territorial Rural (ITR), por meio de um convênio entre Prefeituras e a Receita. Segundo o presidente, o nível de exigência da instituição não viabilizou o cumprimento dessa lei.
Fonte: Agencia Estado - Raquel Massote
Solenidade do PAC vira ato de desagravo à Dilma em BH
Belo Horizonte - A solenidade de assinatura de novas ordens de serviço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Belo Horizonte serviu como ato de desagravo à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apontada como ligada à elaboração de um suposto dossiê com as despesas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Durante seu discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou que Dilma é mãe do PAC. "O PAC só funciona porque essa mulher toma mais conta do PAC do que toma da filha dela", declarou.
Ao agradecer as manifestações de apoio e cumprimentar as autoridades presentes no palanque, Dilma cometeu um ato falho ao chamar a solenidade de "comício". "Quero dirigir especial cumprimento às mulheres que estão animando esse comício", afirmou. Durante pronunciamento, o prefeito da capital mineira, Fernando Pimentel (PT), fez uma defesa veemente da ministra. "Nós confiamos na ministra Dilma e somos solidários a ela contra o vento da calúnia e a maré das intrigas que às vezes tentam impedir o trabalho de gente séria. Leve de Minas Gerais, da sua terra natal, a certeza de nosso apoio e nossa amizade", disse Pimentel. (Raquel Massote)