CASO ISABELLA - NÃO HAVIA 3ª PESSOA





Irmão viu Isabella caída no jardim, diz avô
Douradosagora


O pai de Alexandre Nardoni, Antônio Nardoni, afirmou hoje que o neto mais velho chama pela irmã, Isabella Nardoni, 5 anos, o tempo todo. Segundo a avô, o garoto tomou conhecimento do que havia acontecido com a menina ao acordar assustado, na noite do crime, com o grito dos pais. De acordo com Antônio, o menino teria visto o corpo da irmã no jardim do prédio.

Antônio se diz convicto da inocência do casal Alexandre e Anna Carolina Trotta Jatobá. "Eles (o casal) adoravam a menina e vice-versa. Ela sempre quis morar com eles, não teria porque eles acometerem contra a vida dela." Ele afirmou que, se tivesse conhecimento da culpa do filho, já teria feito Alexandre assinar a confissão. Antônio afirmou que o assassino da neta "merece pagar pelo que fez".
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Questionado sobre as comemorações do aniversário do neto mais novo, Cauã Nardoni, que completa hoje 1 ano, Antônio disse que não haverão comemorações. "Assim que tiver um tempo, vou comprar um velocross (triciclo) para ele, conforme temos tradição na família, de comprar um para todas as crianças que completam um ano de idade". Sobre o aniversário de 6 anos de Isabela, que seria amanhã, ele afirmou que "será mais uma data triste para a família, por conta da situação vivida no momento".

Hoje, a avó paterna de Isabella Maria Aparecida Alves Nardoni, prestou depoimento hoje no 9º Distrito Policial, em São Paulo. Ela chegou de carona com o marido, Antônio Nardoni, no final da manhã. Ele a deixou na porta lateral da delegacia e foi estacionar o veículo. A mãe de Alexandre Nardoni não falou com a imprensa.


Pai de Ives Ota presta solidariedade à mãe de Isabella

da Folha Online

Massataka Ota, cujo filho Ives Ota foi seqüestrado e assassinado em 1997, fez uma visita a Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni que foi morta no último dia 29, na zona norte de SP.

Mariana Sant´anna, colaboradora da Folha Online, diz que Ota foi prestar solidariedade à família e convidá-los para participar de uma campanha pela paz.

Player Folha SP

Segundo Sant´anna, Oto informou à imprensa que Ana Carolina não foi trabalhar hoje e permaneceu em casa com os pais. "Ele disse que a família Oliveira está confiante de que a polícia vai resolver o caso", conta a repórter.

De acordo com Sant´anna, quando Ota foi embora, José Oliveira, pai de Ana Carolina, saiu de casa e conversou brevemente com os jornalistas. "Ele disse que a família vai participar da campanha pela paz, mas não falou sobre a neta e ficou com lágrimas nos olhos quando perguntaram sobre as investigações."

A família de Ana Carolina recebeu também a visita da mãe de uma colega de Isabella, que saiu sem falar com imprensa.


Caso Isabella: polícia descarta terceira pessoa no apartamento

A polícia já terminou quase toda a investigação do caso Isabella e concluiu: a menina foi asfixiada e teve uma parada cardíaca antes da queda. E mais: não havia mesmo, segundo a polícia, uma terceira pessoa no apartamento naquela noite de sábado, 29 de março.

A perícia constatou que a pegada no lençol era do chinelo de Alexandre Nardoni, pai da garota. Foram analisados mais de 40 pares de calçados apreendidos no apartamento.

De acordo com os laudos, a menina sofreu um processo de esganadura dentro do apartamento, o que ocasionou uma parada respiratória. Depois, Isabella foi jogada. A queda ocasionou um politraumatismo, com lesões nos órgãos internos.

Segundo levantamento do Instituto de Criminalística (IC), a agressão contra Isabella começou dentro do apartamento. Isso explicaria as manchas de sangue no colchão, no chão e no caminho da porta principal.

Após ter o pescoço apertado e sofrer parada respiratória, Isabella desmaiou. Por isso, os médicos legistas encontraram no corpo dela manchas vermelhas no pulmão e no coração, além de vermelhidão nas pontas dos dedos.

Depois disso, Isabella foi jogada do sexto andar do prédio, uma altura de aproximadamente 20 metros. Quando caiu no jardim do prédio do Condomínio London ainda estava viva, mas sofreu fraturas na bacia, no punho e lesões em praticamente todas as costelas.

Os legistas também encontraram problemas no estômago e no fígado. Isso, segundo eles, pode ser o sinal da queda. A conclusão do Instituto Médico-Legal (IML), que vai estar no laudo entregue para a polícia, é que Isabella morreu de politraumatismo e de asfixia.

Terceira pessoa

A polícia já suspeitava que não havia uma terceira pessoa no apartamento por causa dos depoimentos de testemunhas. O porteiro garantiu que, naquela noite, só três pessoas haviam entrado no prédio, mas em apartamentos que foram identificados.

Os peritos fizeram então um levantamento com um equipamento mais sofisticado, chamado "crimescope", que levanta vestígios que as pessoas não conseguem ver a olho nu. Nesses vestígios não há nada que indique que uma pessoa estranha à família tenha entrado no apartamento.

Outra informação importante é que o processo de asfixia de Isabella durou cerca de três minutos, o que fez com que ficasse inconsciente mais alguns minutos, até ela então ser jogada pela janela.

Um grupo de pessoas causou tumultos nesta quinta-feira diante da casa da família Nardoni, que acabou chamando a polícia para conseguir conter os protestos. Os manifestantes colaram cartazes no portão da casa, que fica no bairro Tucuruvi, na zona norte de São Paulo, em que acusavam Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, de 'assassinos' e pediam 'justiça'.

Um outro cartaz parabenizava Isabella por seu aniversário de 6 anos, que ocorreria nesta sexta. Duas viaturas da Polícia Militar (PM) e duas da Polícia Civil foram ao local e retiraram os cartazes.

Segundo um dos policiais, a PM foi chamada "para manter a ordem e evitar depredações na casa da família". Um investigador da Polícia Civil confirmou que foi a família Nardoni que chamou os agentes. Eles permaneceram no local por cerca de 20 minutos. Porém, logo depois que saíram outros três cartazes - com os dizeres "queremos paz", "indignação sobre o caso Isabella" e "amor à Isabella" - foram novamente colados na frente da residência.

"Tive que manifestar o que sentia. Antes só ligava a TV para ver novela, agora acaba o jornal procuro outro", disse, chorando, a dona de casa Maria Francisca Cavalcanti, de 40 anos. Ela colou o primeiro cartaz do dia no portão da família. Moradora do bairro A.E. Carvalho, na zona leste da capital paulista, ela levou duas horas para chegar ao local.


Taxista: madrasta disse que não gostava da menina

Ele se apresentou espontaneamente à polícia para prestar depoimento

Um taxista se apresentou espontaneamente à polícia e prestou depoimento nesta quarta-feira (16) sobre a morte de Isabella Nardoni. José Geraldo Amaro trabalha como taxista há 14 anos na Zona Norte de São Paulo, onde mora. Antes de falar com a polícia, ele conversou com a reportagem da TV Globo.

O taxista afirmou que, apesar da corrida curta, lembra de detalhes e não tem dúvida de que a passageira era Anna Carolina Jatobá. O taxista se comove, pois viveu um drama parecido: a filha dele foi assassinada por um maníaco, quando tinha 4 anos.

A corrida ocorreu há aproximadamente dois meses e meio e estava no Tucuruvi, quando a madrasta de Isabella, com uma criança no colo, deu sinal. “Como gosto muito de conversar com passageiro, comentei sobre meu passado, separação, tudo.”

Segundo o taxista, Anna Carolina disse que estava com um problema parecido. Ela teria contado, então, que não tinha bom relacionamento com a enteada por causa dos filhos. Anna teria dito que tinha ciúme.

Amaro contou também que a madrasta de Isabella disse que o clima na casa ficava ruim quando a menina ia passar o fim de semana com a família, mas que um dia ia resolver tudo isso. “Ela falou pra mim que não gostava [da garota] e que estava atrapalhando o relacionamento dela com o pai”, disse o taxista.

Cartazes com pedidos de justiça são colados na casa dos Nardoni

De A Tribuna On-line


Na porta da casa da família Nardoni, no bairro do Tucuruvi, Zona Norte de São Paulo, o clima na tarde desta quinta-feira era de apreensão. Muitos curiosos se amontoaram em frente à residência de Antonio Nardoni, pai de Alexandre e sogro de Anna Carolina Jatobá. Algumas pessoas colaram cartazes no portão com pedidos para a solução do caso Isabella. A Polícia Militar foi chamada para reforçar a segurança no local.



Os cartazes continham mensagens como: ‘queremos paz’, ‘amor a Isabella’ e ‘queremos justiça’. Isabella Nardoni, de 5 anos, morreu após cair, em 29 de março, do 6º andar do prédio onde o pai dela mora, na Zona Norte. O possível envolvimento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina no crime é investigado.



Com medo de depredação, a família Nardoni pediu reforço à Polícia Militar. Os policiais afirmaram, no entanto, que se tratava apenas de um patrulhamento de rotina. Eles retiraram alguns cartazes, assim como fez uma amiga da família. Pouco depois, os papéis foram colados novamente com fita crepe. Às 15h, os advogados de defesa e o também advogado Antonio Nardoni deixaram o local de carro sem falar com a imprensa. As informações são do G1, da Globo.


Laudos sobre morte de Isabella Nardoni ficam prontos hoje



Os laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico-Legal sobre a morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, devem ficar prontos hoje. Com os resultados, a polícia terá os argumentos necessários para o novo depoimento do pai Alexandre Nardoni, e da madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, marcados para amanhã, data que a menina faria 6 anos.



Já o inquérito policial ainda deve demorar alguns dias para ser encerrado. Ontem ocorreram duas reuniões dos peritos que cuidam do caso. Uma delas envolveu o superintendente da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli. A outra contou com a participação dos três médicos-legistas que examinaram o corpo de Isabella. O objetivo é tentar alcançar um consenso sobre a dinâmica do crime.

Os peritos ainda divergiam sobre o que teria provocado a asfixia na menina. Uma parte acreditava que Isabella teria sido asfixiada ainda no apartamento e outra que isso teria sido provocado pela queda da criança. Mas os legistas ainda não têm certeza se a menina teve a parada cardiorrespiratória por causa do impacto decorrente da queda ou se isso foi provocado por esganadura - ter o pescoço apertado com as mãos.

Caso tenha ocorrido por causa do choque com o chão, eles querem saber o que fez com que Isabella estivesse inconsciente ao ser jogada. A existência de apenas duas pequenas fraturas em seu corpo - no punho e na bacia -, apesar de uma queda de 20 metros de altura, mostram que Isabella estava com o corpo relaxado, o que, aliado ao fato de ela ter caído sobre o gramado fofo e molhado do jardim do prédio, teria amortecido a queda.

Para a polícia, a menina teria sido jogada pela janela "não com a finalidade de provocar o óbito, mas de mascarar a lesão provocada no apartamento". As informações são do Jornal da Tarde.


Para avô, mãe de Isabella pode ter exagerado

Antonio Nardoni vê contradição entre relatos dados por Ana Oliveira à polícia e à imprensa

O pai de Alexandre Nardoni, o advogado Antonio Nardoni, chegou por volta das 10h15 desta quinta-feira (17) ao 9º Distrito Policial, na região do Carandiru, Zona Norte de São Paulo. Ele estava acompanhado de sua mulher, Maria Aparecida Alves Nardoni.

A mãe de Alexandre deve prestar depoimento nesta quinta-feira.

Ao comentar o depoimento prestado à polícia pela mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, Antonio Nardoni afirmou que ela pode ter exagerado. "Eu acho que é o depoimento de uma pessoa num momento muito ruim -tinha acabado de perder a filha- talvez tenha exagerado em alguma coisa."

Ele disse que relatos dados por Ana Carolina à imprensa contradizem o depoimento. "Se vocês observarem o que está na própria mídia, ontem mesmo tinha uma declaração dela dizendo que ele a tratava (Isabella) muito bem, nunca a machucou. É incoerente", disse ele aos jornalistas. "Não sei se ela mentiu", complementou.

Perguntado sobre relatos de brigas entre seu filho e a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, Antonio Nardoni disse: “Briga de casal é uma coisa normal”. Ele confirmou que prestará depoimento à polícia no próximo sábado (19), juntamente com a filha dele, Cristiane Nardoni. Ambos foram intimados pela polícia.

Ele comentou um depoimento à polícia de que sua filha, Cristiane Nardoni, teria feito uma declaração comprometedora após ser informada em um bar da Zona Norte sobre a morte da criança. “Na verdade, no telefonema há um absurdo que vocês posteriormente verão. Os depoimentos não condizem com a realidade. Esses depoimentos que se referem a ela (Cristiane Nardoni), na verdade, são mentirosos. Não sei quem falou.”

O avô de Isabella disse também que seus netos estão "muito abatidos". "As crianças também estão muito abatidas porque estão com dificuldade para ver os pais. Infelizmente é uma situação com a qual nós temos que conviver." Ele contou que nesta quinta-feira seu neto menor completa um ano. “Hoje é aniversário do meu outro neto. Então vocês imaginam como nós estamos passando o aniversário do meu neto.”

Antonio Nardoni ainda reiterou a inocência do filho. Perguntado sobre a existência um complô para incriminar o casal, Antonio Nardoni disse: “Se é um complô ou não, cabe à polícia investigar. Acho que ela tem que abrir o leque. Eles (polícia) direcionaram só para o casal. Tenho dito sempre isso. Existem outros canais de investigação que deveriam ter sido levados em consideração”

Pouco antes chegaram à delegacia os advogados do casal e evitaram falar com a imprensa. Eles estiveram esta manhã na casa da família Nardoni por cerca de duas horas.

Testemunhas ajudam a montar perfil do pai

Segundo vizinhos, ele tinha constantes discussões com a mulher, Anna Carolina Jatobá

Testemunhas que prestaram depoimento à polícia desde o início das investigações sobre a morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, ajudam a compor um perfil de Alexandre Nardoni, pai da menina, e da relação dele com a mulher, Anna Carolina Jatobá.

O jovem, de 29 anos, é formado em direito. Ele trabalha como consultor jurídico e, segundo o pai, atualmente estudava para o exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Ele queria ser delegado.

O rapaz passou a infância no bairro Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo. Foi comerciante: teve loja de roupas e uma oficina de motos. Na rua onde morou, conheceu a primeira namorada, Patrícia. “Ele era tranqüilo”, conta a menina.

A relação com Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella, durou pouco mais de dois anos e acabou onze meses depois da menina nascer.

Na faculdade, Alexandre conheceu a atual esposa, Anna Carolina Jatobá, e fez poucos amigos. “A gente tava aqui pra estudar, tinha uma amizade, tinha uma afinidade, mas o relacionamento dentro da faculdade era um e fora outro”, conta um dos colegas, Pedro Satiro.

Vizinhos do primeiro edifício onde o casal morou relataram que as brigas entre eles eram constantes. Já no Edíficio London, onde Isabella morreu, poucos conheciam a família Nardoni.

Um casal que mora em frente é considerado testemunha-chave e foi ouvido com exclusividade pela Rede Globo. Eles afirmam ter ouvido uma forte discussão na noite em que Isabella foi jogada da janela do prédio.

“Estávamos acordados por causa do silêncio mesmo. O que chamou atenção foi a discussão e o apavoramento da discussão. Não era asssim, simplesmente, uma briga. Devido as palavras de baixo calão que se pronunciava. Eram muitos palavrões. Não era uma briga isolada de uma casal, mas uma situação de desespero”, conta uma das testemunhas.

Morte
O casal diz que tudo foi muito rápido. Eles souberam da queda da menina depois de um grito. “O que me chamou atenção foi justamente quando a pessoa virou e falou assim: ‘jogaram a Isabella do sexto andar’. Assim que aconteceu isso, a minha reação foi levantar da cama e puxar a janela”, relata a testemunha.

“Conforme eu puxei a janela, eu já vi a moça, eu já vi de frente para mim a moça que nós ficamos sabendo que era a madrasta, andando de um lado para outro, nos corredores laterais embaixo do hall externo”. Anna Carolina deixava transparecer o nervosismo. “Ela andava, ela gritava muito, falando os mesmos palavrões que nós havíamos escutado no interior do apartamento, momentos antes.”

Eles ainda dizem que a atitude de Anna Carolina Jatobá chamou a atenção e afirmam que a voz dela é inconfundível. “A voz dela é uma voz muito alta e por ela estar falando, estar pronunciando as mesmas palavras de baixo calão, foi o que marcou a situação. Porque até então, foi na hora, foi o momento que nós ligamos ao fato, de que a discussão era gerada pelo acontecido abaixo no apartamento”. Os vizinhos afirmam: “ela jamais chegou perto do corpo da criança”.

Pai de Alexandre Nardoni diz que "briga de casal é normal"

O pai de Alexandre Nardoni foi nesta manhã na delegacia onde o caso está sendo investigado, na zona Norte de São Paulo. De acordo com a rádio CBN, ele confirmou que irá prestar depoimento no próximo sábado, juntamente com a filha.

Quando perguntado sobre os vários relatos de que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá brigavam demais ele foi enfático: "Briga de casal é uma coisa normal". Ele disse também que as investigações da polícia precisam se abrir e não ficar apenas em cima do casal.

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, são os principais suspeitos de terem esganado e depois jogado a garota pela janela do sexto andar de um edifício na zona Norte de São Paulo, no último dia 29.


Avó de Isabella presta depoimento e usa porta lateral para deixar delegacia
A avó paterna de Isabella, Maria Aparecida Alves Nardoni, prestou depoimento nesta quinta-feira no 9º DP (Carandiru, zona norte de São Paulo) sobre a morte da menina. Segundo a Secretaria da Segurança, ela integra a lista com 22 nomes entregue à polícia pela defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da criança.

A avó chegou à delegacia pouco depois das 10h, acompanhada do marido, Antonio Nardoni, e de advogados. Ao deixar o DP, por volta das 13h30, Maria Aparecida e os advogados usaram uma saída lateral, para evitar o assédio da imprensa. Ao mesmo tempo, o marido deixou o local pela porta principal e falou rapidamente com os jornalistas.

Antonio disse que não acompanhou o depoimento da mulher. Ao chegar à delegacia, ele disse que estava ali "na condição de pai", e não de testemunha ou de advogado. Ele prestará depoimento no sábado (19), quando a filha, Cristiane, também será ouvida.

Desde que Isabella foi jogada do sexto andar de um prédio na zona norte da cidade, em 29 de março último, a Polícia Civil de São Paulo já ouviu outras 58 pessoas --três delas indicadas pela defesa do pai e da madrasta de Isabella.

Alexandre e Anna Carolina prestarão novo depoimento à polícia amanhã (18), quando Isabella completaria seis anos. Um esquema de segurança será montado na delegacia, segundo a polícia.

Defesa questiona segurança de prédio e reafirma inocência de pai e madrasta

Os advogados do pai e da madrasta da menina Isabella Nardoni, jogada do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo no último dia 29, acompanharam ontem, 16, os depoimentos de duas testemunhas de defesa. Depois, a defesa de Alexandre Nardoni e de Anna Carolina Jatobá afirmou que os relatos comprovaram a fragilidade da segurança no edifício onde a criança morreu e reafirmou que o casal é inocente.

Reportagem de André Caramante publicada pela Folha mostra que o casal deve ser indiciado pela morte da menina e que, depois, a polícia pedirá à Justiça a decretação da prisão preventiva de ambos. A decisão ocorreu depois que a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual confirmaram que Isabella foi agredida pela madrasta e jogada do sexto andar do Edifício London, na Vila Isolina Mazzei, pelo próprio pai.

Ontem foram ouvidas no 9º DP (Carandiru) 2 das 22 testemunhas indicadas à polícia pela defesa do casal. Além delas, mais de 50 pessoas já prestaram depoimento, como parte das investigações.

Após o crime, o casal afirmou que o apartamento havia sido invadido por um criminoso. A defesa também chegou a dizer que o assassino pode ter entrado no imóvel com uma chave perdida pelo casal.

"As duas testemunhas [ouvidas ontem] vieram comprovar a vulnerabilidade do edíficio London e a perda das chaves por Anna Carolina e Alexandre Nardoni. Vieram demonstrar que alguns de seus apartamentos ficavam abertos e expostos a qualquer pessoa que quisessem entrar", disse Ricardo Martins, um dos advogados do pai e da madrasta de Isabella.

Ele afirmou que, ao contrário de testemunhas que afirmaram à polícia ter presenciado discussões entre o casal, existem pessoas que comprovam a harmonia entre Nardoni e Anna Carolina. Ele também voltou a negar contradições nos depoimentos de ambos.

Defesa - O advogado disse que não comentaria sobre o indiciamento porque ainda não foi oficialmente informado sobre a decisão. Ele afirmou que o casal está "totalmente à disposição da Justiça" e que, intimados, comparecerão a depoimento.

Segundo Martins, os clientes defendem que são "absolutamente inocentes". Ele considera que enquanto os laudos não ficarem prontos, não é possível descartar a participação de uma terceira pessoa no crime.

Arquiteto da Casa Cor é morto na zona sul de São Paulo

Criador de alguns dos ambientes mais concorridos de várias edições da Casa Cor, maior evento de decoração do País, o arquiteto e decorador Nelson Walter Fernandez Lojo, de 59 anos, foi assassinado, com um tiro no peito, na terça-feira (15) à noite, no Brooklin, zona sul de São Paulo. O crime aconteceu após o arquiteto deixar seu escritório, na Rua Califórnia, e ser abordado por dois homens não-identificados, segundo informações da polícia. De acordo com o depoimento de um vigia, única testemunha do crime, a dupla abordou Lojo, gritando: “Entra, entra”. A testemunha viu ainda quando um dos homens entrou no carro, pela porta traseira.
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Minutos depois, quando o carro começava a mover-se, os dois homens saíram do veículo, um pela porta do motorista e o outro pela de trás. Em seguida, o corpo do arquiteto despencou pela porta do passageiro. A dupla, que vestia trajes escuros, segundo a testemunha, saiu correndo, entrou em um Corsa estacionado bem próximo e foram embora.

Lojo foi socorrido por policiais, que chegaram ao local logo depois do ocorrido. Ele chegou a ser levado para o Hospital Evaldo Foz, no Campo Belo, zona sul, onde chegou morto. De acordo com o boletim, nada foi roubado do arquiteto - nem os dois aparelhos celulares que estavam com ele. Até ontem à noite, a polícia não tinha nenhuma pista dos dois criminosos. A ocorrência foi registrada como tentativa de roubo no 96º Distrito Policial. (AE)

Pessoas físicas podem cadastrar domínio .com.br usando CPF

Desde que se começaram a registrar domínios brasileiros, quem quisesse usar o sufixo mais popular, .com.br, precisava de um CNPJ para fazer o cadastro. Teoricamente, essa terminação era voltada para pessoas jurídicas. Na prática, pessoas físicas davam um jeito - seja criando um CNPJ, seja pedindo emprestado a alguém - de optar pelo .com.br e tornar mais fácil a localização do site.

Agora, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) mudou a regra: basta ter um CPF para poder cadastrar um domínio desse tipo a partir de 1º de maio. Pensado inicialmente apenas para sites de atividades comerciais, o .com.br caiu no gosto dos internautas por ser considerado a terminação mais fácil de lembrar. Quem preferir, ainda pode se cadastrar com o CNPJ da empresa.

Se o usuário não faz questão de ter um página no modelo seunome.com.br, conta, desde o ano passado, com uma vantagem na hora de comprar o pouco comum seunome.nom.br: no registro válido por três anos, a segunda e a terceira anuidade saem por apenas R$ 9, contra R$ 27 para os outros domínios. A primeira anuidade, de R$ 30, é igual para todos os tipos.

Reitor da Unifesp admite que fez compras pessoais com cartão

CPI aprova convocação de Fagundes Neto e Ministério Público Federal apura natureza dos gastos
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Ricardo Brandt

O reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ulysses Fagundes Neto, admitiu ontem que fez compras pessoais com dinheiro do governo. Ele terá de dar explicações sobre seus gastos à CPI dos Cartões e ao Ministério Público Federal.

Em entrevista coletiva, o reitor disse que não sabia que o cartão de crédito corporativo do governo federal não podia ser usado para cobrir despesas pessoais. A afirmação foi para justificar a aquisição de materiais esportivos em uma viagem que fez a Alemanha, em 2006. “Eu cometi um equívoco, me equivoquei e paguei, porque usei o cartão de uma forma que não poderia ter usado”, afirmou Fagundes Neto. Ele reiterou que devolveu ao governo todo o dinheiro gasto com o cartão.

A CPI aprovou ontem a convocação do reitor e o procurador Sergio Suiama encaminhou a ele um ofício cobrando explicações sobre despesas feitas no exterior entre 2006 e 2008. Suiama investiga o suposto mau uso do cartão do reitor desde fevereiro, quando começaram a surgir as primeiras informações sobre seus gastos em restaurantes de luxo.

O reitor encaminhou planilhas sobre seus gastos ao Ministério Público, mas elas não incluíam dados de despesas no exterior. Ao todo, o reitor gastou R$ 12 mil em 2006 em viagens aos Estados Unidos, Espanha e Hong Kong, entre outros lugares. Segundo o procurador, será cobrada dele a apresentação de documentos que comprovem a finalidade da despesa.

O reitor afirmou que não sabia que os dados haviam sido encaminhados incompletos ao Ministério Público. Um representante da universidade disse que as novas informações já estavam sendo levantadas.

Fagundes Neto atribuiu o uso irregular do cartão à falta de uma normatização clara. Segundo ele, desde que recebeu o cartão, em 2006, nunca teve uma orientação do que podia ou não ser feito com ele. O reitor disse que, depois que forem analisados os casos, vai cobrar a devolução do dinheiro que foi usado legalmente. Ao todo, ele restituiu R$ 85 mil referentes aos gastos de 2006 e 2007. “Essa situação está me deixando com tamanha problemática e tamanho aborrecimento que agora peguei todo o dinheiro e devolvi tudo.”

Segundo ele, os gastos em restaurantes, que foram considerados irregulares pela Controladoria-Geral da União, foram feitos em recepções de comitivas oficiais. “Levei seis vezes, em 2006, comitivas internacionais em função oficial, e gastei R$ 3.700 ao todo.” Ele devolveu o valor assim que a CGU apontou o erro, mas apresentou recurso.


Alunos querem detalhes sobre gastos com cartão corporativo na UFPI


A universidade foi a 2ª instituição que mais gastou com o cartão.

Munidos de cartazes, faixas, apitos e gritos de guerra como "Reitor deixe de treta, libere a caixa preta", estudantes da Universidade Federal do Piauí protestaram na manhã de hoje em frente a reitoria da instituição.

Os estudantes queriam entregar um oficio ao reitor Luis Júnior, pedindo um detalhamento completo de todas as despesas pagas pela UFPI com os cartões corporativos e que totalizam mais de R$ 400 mil em 2007.

Cássio de Sousa Borges, estudante do curso de História da UFPI e vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), regional Piauí/Maranhão, disse que os estudantes querem esclarecimentos e análise dos gastos praticados com o cartão corporativo.

"A transparência na gestão da Universidade Federal do Piauí é um direito de toda a comunidade acadêmica e um dever da administração da UFPI, no entanto essa não tem sido a prática da atual administração", explicou Cássio, acrescentando também que a indignação maior diz respeito a administração da universidade ser uma das que não detalhou os gastos realizados.

"O que eles tem a esconder? Por que não detalhar as despesas com o cartão corporativo?", questiona.

O reitor Luis Junior na hora do protesto não se encontrava na universidade. Ele participava de uma solenidade no Palácio de Karnak com o governador do Piauí, Wellington Dias.
Conceição Santos

Ataque suicida mata 50 pessoas em funeral no Iraque

Um suicida atacou um funeral no norte do Iraque na quinta-feira, matando 50 pessoas e ferindo outras 55 num ataque que sugere que militantes lançaram uma nova campanha de violência no norte do país.

Os sobreviventes disseram que o funeral era para dois membros de uma unidade de segurança apoiada pelos Estados Unidos, que foram mortos na quarta-feira. A Al Qaeda é apontada como provável responsável, depois de o grupo sunita prometer ataques a unidades de segurança em bairros com o apoio norte-americano.

O ataque foi um dos mais sangrentos no Iraque em meses e enfatiza a capacidade de militantes de promover a destruição, apesar da queda geral nos níveis de violência, o que levou os EUA a iniciarem a retirada de tropas.

A polícia disse que o agressor detonou um colete com explosivos em uma vila sunita próxima à cidade de Adhaim, na província de Diyala, e informou que a contagem final de mortos totaliza 50.

"De repente uma bola de fogo tomou conta do funeral. Eu caí no chão. Vi corpos espalhados por todos os lugares", disse Ali Khalaf, um dos feridos, que foi levado para a cidade de Tuz Khurmato para tratamento. Ele disse ter visto corpos serem empilhados em uma picape.

O norte do Iraque observou uma elevação nos ataques a bomba nesta semana, incluindo um que matou 40 pessoas na cidade de Baquba, capital de Diyala, na terça-feira.

Em Sadr City, palco de recentes lutas entre as milícias xiitas e as forças de segurança, novas batalhas começaram nesta madrugada, disseram autoridades.

O porta-voz do Exército norte-americano, major Mark Cheadle, afirmou que cinco militantes foram mortos nas primeiras horas de quinta-feira em três incidentes separados, incluindo um ataque aéreo. Os hospitais em Sadr City disseram ter recebido nove corpos e 36 feridos depois dos ataques. (Reportagem adicional de Mustapha Mahmoud em Kirkuk, Sherko Raouf em Sulaimaniya e Peter Graff, Khalid al-Ansary e Ahmed Rasheed em Bagdá).

Dilma escorrega e Lula tem torcicolo

Dilma escorrega e chama evento de inauguração do PAC de comício


CBN Minas

BELO HORIZONTE - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, "escorregou" durante discurso, em ato oficial do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na Vila São José, na região noroeste de Belo Horizonte. Ao lado do presidente Lula no palanque, a ministra dirigiu-se às mulheres presentes, e chamou o evento de "comício".

O presidente Lula e a comitiva de três ministros visitam Belo Horizonte e Ribeirão das Neves, na região metropolitana hoje, anunciando liberação de recursos para obras do PAC. O presidente retorna à Brasília à tarde.


Lula atribui torcicolo a juro e derrota do Corinthians

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma breve menção ao aumento da taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto porcentual para 11,75% ao ano, decidido ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), durante solenidade de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na Vila São José, em Belo Horizonte.

Lula teve que se ausentar do palco por cerca de 20 minutos, queixando-se de dor no pescoço. Ao retornar, afirmou: "Não sei se foi por causa dos juros, ou se pelo massacre sofrido pelo Corinthians ontem (contra o Goiás, pela Copa do Brasil, que perdeu por 3 a 1), só sei que acordei com o pescoço doendo. Acho que tudo junto me deu torcicolo", declarou o presidente.

De acordo com informações da assessoria da Presidência, as dores no pescoço começaram ontem à noite e hoje pela manhã se agravaram. Com isso, o médico que atende o presidente, Dr. Cléber Ferreira, recomendou o uso de um colar cervical durante todo o dia de hoje, para reduzir os movimentos do pescoço. (AE)


Lula manda recado à oposição e descarta 3º mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o discurso durante solenidade de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na Vila São José, em Belo Horizonte, para mandar um recado à oposição, reiterando que não é candidato ao terceiro mandato. Segundo ele, a oposição não quer que ele viaje, alegando que está fazendo campanha. "Eu não sou candidato. O que eles (membros da oposição) querem é que eu fique dentro do meu gabinete, vendo eles fazerem discurso contra mim. Entre ouvir eles falarem de mim e abraçar o povo desse País, eu vou pra a rua", declarou o presidente.

Lula destacou que o PAC dispõe de um montante de recursos da ordem de US$ 504 bilhões a serem aplicados, e espera é que os próximos governantes continuem a realização das obras. "Tenho fé em Deus que a gente que vier depois de nós vai ter que continuar o que fizemos, porque o povo aprendeu a gostar do que é bom", disse. Segundo o presidente, o governo vai continuar cobrando dos prefeitos e governadores o cumprimento das metas do programa.

O presidente Lula anunciou também que "o PAC não quer liberdade, quer controle e fiscalização porque senão não funciona". Ele elogiou o programa falando que o objetivo é melhorar a vida das pessoas dando a elas condições dignas, e ponderou que não quer que o País fique dividido entre ricos e miseráveis. Lula criticou a Receita Federal com relação à lei que transfere para os municípios a arrecadação do Imposto Territorial Rural (ITR), por meio de um convênio entre Prefeituras e a Receita. Segundo o presidente, o nível de exigência da instituição não viabilizou o cumprimento dessa lei.

Fonte: Agencia Estado - Raquel Massote


Solenidade do PAC vira ato de desagravo à Dilma em BH

Belo Horizonte - A solenidade de assinatura de novas ordens de serviço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Belo Horizonte serviu como ato de desagravo à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apontada como ligada à elaboração de um suposto dossiê com as despesas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Durante seu discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou que Dilma é mãe do PAC. "O PAC só funciona porque essa mulher toma mais conta do PAC do que toma da filha dela", declarou.

Ao agradecer as manifestações de apoio e cumprimentar as autoridades presentes no palanque, Dilma cometeu um ato falho ao chamar a solenidade de "comício". "Quero dirigir especial cumprimento às mulheres que estão animando esse comício", afirmou. Durante pronunciamento, o prefeito da capital mineira, Fernando Pimentel (PT), fez uma defesa veemente da ministra. "Nós confiamos na ministra Dilma e somos solidários a ela contra o vento da calúnia e a maré das intrigas que às vezes tentam impedir o trabalho de gente séria. Leve de Minas Gerais, da sua terra natal, a certeza de nosso apoio e nossa amizade", disse Pimentel. (Raquel Massote)

Em assembléia, estudantes decidem desocupar a reitoria da UnB

Em assembléia, estudantes decidem desocupar a reitoria da UnB

Manifestantes deixarão o local na sexta-feira, pois querem entregar o espaço exatamente como encontraram

Da redação
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BRASÍLIA - Os estudantes da Universidade de Brasília (UnB) decidiram em assembléia geral, nesta quinta-feira, 17, sair do prédio da reitoria, após quase duas semanas de ocupação. Segundo comunicado divulgado no site da universidade, os alunos deixarão o local na sexta-feira, 18, já que pretendem fazer uma limpeza geral no prédio e entregar o espaço exatamente como encontraram.

Segundo o comunicado, os estudantes pretendem ainda conseguir a realização de eleições paritárias - em que os votos de todos tem o mesmo peso - e um congresso estatuinte paritário. Cerca de 300 alunos participaram da reunião nesta quinta e a ampla maioria votou por deixar o espaço.

Na última quarta-feira, o reitor temporário da universidade, Roberto Aguiar, assinou um termo de compromisso com 28 itens que atendia a praticamente todas as reivindicações do movimento. Em seu primeiro dia de trabalho, Aguiar não só se comprometeu em promover uma discussão sobre eleições paritárias na universidade como defendeu publicamente essa forma de escolha.

Ex-secretário de Segurança do Rio e do DF, Aguiar foi nomeado reitor temporário na noite de terça. Seu antecessor, Timothy Mulholland, acusado de desvio de verbas, renunciou ao cargo domingo, depois de 10 dias de protestos de estudantes, que exigiam sua saída. O nome de Aguiar como substituto foi indicado pelo Conselho Universitário da UnB. "Ele vai pacificar a UnB, a universidade deverá agora retomar a vida normal", afirmou na noite de terça o presidente do Conselho Universitário, José Carlos Balthazar.

Pesquisa: Mulheres compram mais em Ribeirão

Perfil do consumidor

Pesquisa econômica Mulheres com renda média de R$ 710 são a maioria das pessoas que fazem compras no Centro de Ribeirão Preto

RAISSA SCHEFFER
Gazeta de Ribeirão
raissa.lopes@gazetaderibeirão.com.br

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estudo de Ribeirão Preto (Iperp) mostra que 91% dos consumidores da área central da cidade são mulheres. A maioria delas tem entre 18 e 39 anos, renda média de R$ 715 e utiliza ônibus como meio de transporte. Ainda de acordo com a pesquisa, encomendada pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão (Acirp) e o Sebrae-SP, para 57% das consumidoras o preço no centro é mais acessível.

A pesquisa foi feita com 803 mulheres acima de 18 anos, entre os dias 15 e 27 de outubro de 2007, durante os seis dias da semana em que o comércio fica aberto. Foi delimitado um quadrilátero entre as Ruas Marcondes Salgado, Florêncio de Abreu, Duque de Caxias e Avenida Jerônimo Gonçalves.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Daniela Tincani, as mulheres foram o principal objeto do estudo por causa de uma avaliação prévia. "Tínhamos muitas suspeitas. Uma delas é que as mulheres seriam as grandes consumidoras. Por isso, num primeiro momento, reunimos quatro grupos de mulheres para discussões e chegamos à conclusão de que elas realmente são as maiores consumidoras no Centro."

Filhos

De acordo com o perfil traçado pela pesquisa, das 803 mulheres entrevistadas, 695 são compradoras habituais. Entre elas, 471 têm filhos e representam 68% do total de consumidoras, seguidas pelas casadas, que somam 45%. A principal faixa etária dessas mulheres vai dos 18 aos 39 anos. Segundo os dados do estudo, elas são 374, 54% do total.

O estudo mostra também que as mulheres com renda entre R$ 380 e R$ 1.050 representam 46% das compradoras habituais. De 397 das entrevistadas, 57%, optam pelo centro por causa do preço mais acessível. Já o meio de transporte utilizado pela maioria delas (64%) é o ônibus.

O levantamento da Acirp

803 Pessoas foram ouvidas na pesquisa encomendada pelos lojistas do Centro

695 Mulheres afirmaram que fazem compras no Centro de RP

68% Das mulheres ouvidas no estudo do Iperp são mães

Meta é atender
com eficiência

A pesquisa realizada pelo Iperp em parceria com a Acirp e o Sebrae-SP tem por objetivo de traçar o perfil dos consumidores para melhorar o atendimento no Centro, uma das principais metas do projeto Novo Centro.

"Nosso objetivo é fortalecer ainda mais o comércio varejista, visto que mais de 70% das 35 mil empresas da cidade são desse setor. O projeto Novo Centro auxilia os empresários a tomar as decisões necessárias", disse Rodrigo Matos, gerente regional do Sebrae-SP. A principal sugestão de melhoria para a região central está na implantação de novos banheiros públicos. Cerca de 70% das entrevistadas disseram que essa é a principal necessidade, seguida de bebedouros (58%) e lazer para crianças (37%).

Segundo o presidente da Acirp, Francisco Pinghera, a pesquisa é importante porque é a primeira vez que se ouve o consumidor. Os resultados serão essenciais para as melhorias no centro da cidade.

"Com as reclamações e o perfil dos consumidores vamos mudar o foco das nossas ações. Através das necessidades do consumidor, teremos ferramentas para alimentar o possível investidor que se interessar pelo Centro", disse. Segundo o presidente, a pesquisa será feita também em outras regiões da cidade. O perfil dos consumidores do Ipiranga será o próximo a ser traçado.
(RS)

França menospreza apelo de chineses por boicote a produtos

PARIS (Reuters) - A França menosprezou na quarta-feira os apelos feitos na China para que os consumidores boicotassem produtos e marcas francesas, depois de manifestantes pró-Tibet e defensores dos direitos humanos terem atrapalhado a passagem da tocha olímpica por Paris, na semana passada.

Internautas chineses estão pedindo que os consumidores deixem de comprar produtos vindos da França e de frequentar empresas como a cadeia de supermercados Carrefour, que, segundo eles, dariam apoio a grupos pró-Tibet acusados de tentar impedir a realização dos Jogos Olímpicos de Pequim.

Os chineses foram incentivados por meio de mensagens eletrônicas e salas de bate-papo on-line a deixarem de fazer compras nas lojas do Carrefour a partir de 1o de maio. Alguns, pela internet, acusaram a empresa de dar dinheiro ao líder espiritual do budismo tibetano no exílio, Dalai Lama.

"Nós ouvimos a voz do povo chinês, que é um povo amigável, mas os apelos para o boicote estão sendo feitos por uma minoria muito reduzida e não temos nenhuma notícia sobre alguma consequência dessas iniciativas para as nossas relações econômicas", afirmou a repórteres Pascale Andréani, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França.

A passagem da tocha olímpica por Paris, durante o revezamento mundial realizada antes dos Jogos, foi marcada por vários protestos que fizeram com que membros de equipes chinesas de segurança apagassem a chama várias vezes e a colocassem em um ônibus.

A China vem travando uma guerra de propaganda contra o Dalai Lama, a quem acusa de ter planejado os distúrbios violentos ocorridos no mês passado, na capital do Tibet, Lhasa, e em outras áreas tibetanas de Províncias chinesas vizinhas. O líder espiritual rejeitou as acusações.

Protestos realizados em Londres e em San Francisco também atrapalharam a passagem da tocha, mas os eventos ocorridos em Paris provocaram uma comoção especial na China devido à imagem de um atleta chinês paraolímpico protegendo a chama de manifestantes enquanto estava sentado em uma cadeira de rodas.

Jin Jing, de 27 anos, passou a ser chamado de o "anjo na cadeira de rodas."

A grande maioria dos chineses está empolgada com os Jogos Olímpicos e muitos deles deram apoio ao governo acusando de separatistas ou terroristas os grupos tibetanos pró-independência.

A China diz que ao menos 18 civis inocentes foram mortos por grupos violentos formados por tibetanos em Lhasa. O governo do Tibet no exílio diz que o número total de mortos ficou em 140, a maior parte deles vítimas das ações repressivas lançadas pelos chineses.

O Carrefour divulgou um comunicado na quarta-feira negando qualquer envolvimento em questões políticas da China.

"As informações que circulam na internet sugerindo que o Grupo Carrefour envolveu-se de alguma forma nas questões de política interna da China ou em suas relações internacionais são falsas e infundadas", disse a empresa.

CASO ISABELLA - PAIS COM PRISÃO PREVENTIVA


Pai e madrasta de Isabella podem ter prisão preventiva

A Polícia Civil de São Paulo decidiu indiciar o casal Alexandre Alves Nardoni, 29, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, sob a acusação de terem assassinado a menina Isabella Nardoni, 5, filha de Nardoni. Após o indiciamento, a polícia pedirá à Justiça a decretação da prisão preventiva do casal -o mesmo juiz que decretou no início do mês a prisão temporária (por 30 dias) julgará o novo pedido.

O crime ocorreu na noite de 29 de março, no edifício London, na Vila Isolina Mazzei (zona norte de SP). Na sexta-feira, dia 18, data em que Isabella completaria seis anos, Nardoni e Anna serão novamente interrogados pelos dois delegados do 9º DP (Carandiru) que trabalham desde o dia 30 para esclarecer o "homicídio qualificado consumado".

A data é simbólica para os policiais que trabalham no caso e foi escolhida propositalmente. Para a Polícia Civil, o crime está totalmente esclarecido. Para os dois delegados responsáveis pelo caso, Isabella foi jogada do 6º andar pelo seu pai. Com base em relatos de peritos do IC (Instituto de Criminalística) e de legistas do IML (Instituto Médico Legal), os delegados e investigadores do 9º DP têm convicção de que Nardoni jogou a filha do seu apartamento após a madrasta da menina ter tentado asfixiá-la.

Um dos relatórios elaborados por policiais do 9º DP e repassados à cúpula da Polícia Civil diz: "Na calça jeans usada por Anna na noite dos fatos há gotas de sangue recente, vinculando-a assim, de forma incontestável, à cena do crime".

Toda a convicção sobre como ocorreu o crime foi firmada pela cúpula da polícia e pelos delegados Calixto Calil Filho e Renata Helena Pontes, do 9º DP, na noite de segunda. Em outra reunião ontem, coordenada pelos responsáveis pela investigação na sede do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), um delegado ligado diretamente ao secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, voltou a fechar o consenso de que Nardoni e Anna serão indiciados.

Para peritos, legistas, investigadores e delegados, as agressões de Anna contra Isabella na noite do crime fizeram com que ela desfalecesse, dando a impressão de que havia morrido. Ontem, peritos do IC concluíram que o assassino de Isabella a segurou com os braços esticados antes de soltá-la, desacordada e de cabeça para cima, do 6º andar do edifício London.

A menina foi jogada por um buraco cortado na tela de proteção da janela do quarto dos irmãos menores da menina, com uma faca ou tesoura, ainda segundo os relatos já repassados pela perícia aos policiais. Perícia do IC achou na camiseta de Nardoni vestígios de náilon que podem ser dessa tela de proteção. Na seqüência das agressões, ainda na interpretação dos responsáveis pelo caso, Nardoni jogou Isabella pela janela e começou a tentar simular a invasão de seu apartamento.

Marco Polo Levorin, um dos advogados do casal, disse que, por enquanto, não passa de "especulação" a informação de que o casal será indiciado. A mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, não quis comentar o caso. Sem dar detalhes, disse que "essa semana outras surpresas iriam aparecer". Desde a morte de Isabella, o casal nega enfaticamente que tenha cometido o crime. Alega que alguém entrou no apartamento enquanto estava na garagem com outros dois filhos.

O relatório que a polícia irá apresentar à Justiça para o pedido da prisão preventiva do casal já está praticamente pronto. Somente os espaços para a indicação e descrição de cada um dos laudos do IC e do IML que ajudaram a polícia a formar a convicção contra Nardoni e Anna estão em branco.

Um dos laudos mais aguardados é o que apontará que, no momento em que Isabella foi jogada, tanto Nardoni quanto Anna estavam no apartamento. Outro documento dos peritos do IC será usado pelos policiais para afirmar à Justiça que Nardoni carregou Isabella no colo dentro do apartamento, após ela ter sido agredida pela madrasta e ficar com um corte de dois centímetros na testa.


Para a Polícia Civil de São Paulo e para o Ministério Público Estadual não há mais dúvidas - a menina Isabella Nardoni, 5 anos, foi atirada do sexto andar do Edifício London, na noite de 29 de março, por seu pai, o estagiário de direito Alexandre Alves Nardoni, 29 anos.

Com base em dados preliminares elaborados por peritos do Instituto de Criminalística (IC) e de legistas do Instituto Médico Legal (IML), os delegados e investigadores do 9º DP (Carandiru), Calixto Calil Filho e Renata Pontes, responsáveis pelo esclarecimento do assassinato de Isabella, também têm a convicção de que Nardoni jogou a filha do seu apartamento após a madrasta da menina, Anna Carolina Trotta Jatobá, 24 anos, ter tentado asfixiá-la. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Pegadas compatíveis
A perícia também achou na camiseta de Alexandre Nardoni vestígios de náilon que podem ser da tela protetora da janela de onde Isabella foi jogada. Outra prova que pode definir o caso são vestígios de sangue encontrados em uma calça de Anna Jatobá. A polícia diz ter certeza de que a calça não foi suja de sangue após contato da madrasta com o corpo da menina, depois da queda.

A pegada ao lado de um pingo de sangue na cama do quarto de onde Isabella foi jogada pode ser da madrasta. Isso porque o calçado que ela usava e a pegada são compatíveis. Com todas essas informações, polícia e Promotoria devem pedir em breve a prisão preventiva do casal à Justiça.

Os delegados que investigam a morte da menina estiveram reunidos nesta terça-feira com o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Aldo Galiano Júnior. Eles teriam apresentado ao diretor um relatório final sobre o crime, que deve servir de base para um novo pedido de prisão para o casal suspeito.

O juiz do 2º Tribunal do Júri, Maurício Fossen, o mesmo que decretou no começo do mês a prisão temporária - por 30 dias - de Nardoni e Anna, será o responsável pelo pedido de prisão preventiva, já com base nas individualizações das ações de cada um na morte de Isabella. Fossen também foi responsável pela liberação do casal após a entrada de um pedido de habeas corpus no tribunal de justiça apresentado pelos advogados do casal na sexta-feira.

Estranho defensor
Apesar da liberação do casal, um novo pedido de habeas-corpus foi apresentado, na segunda-feira, pelo advogado Diego Luiz Berbare Bandeira. Porém, o advogado Rogério Neres nega a integração de Bandeira na equipe de defesa do casal. Neres se referiu ao estranho defensor como um aproveitador e disse que o novo pedido pode atrapalhar o trabalho dos advogados de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.

Ele ainda afirmou que analisa uma forma de entrar com uma representação contra o falso defensor da família na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Na tarde desta terça-feira, os advogados voltaram à delegacia. Eles afirmaram que não há divergência entre os depoimentos de Alexandre e Anna Carolina e pediram que 22 testemunhas sejam requisitadas a depor na polícia. Segundo eles, não se tratam de suspeitos, mas de pessoas que podem ajudar a esclarecer o caso.
Autor: JB Online
Fonte: JB Online

Com novos indícios contra casal, polícia deve pedir nova prisão

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Jatobá são suspeitos de matar a menina Isabella, de apenas 5 anos

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - O relatório do inquérito da morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, está praticamente concluído. A polícia espera apenas o resultado oficial dos laudos para encaminhar tudo à Justiça e pedir a prisão preventiva de Alexandre Nardoni, 29 anos, e Anna Carolina Jatobá, 24. Policiais garantem que as investigações devem chegar ao final, no máximo, na quarta-feira da semana que vem. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) encontraram micropartículas de fibra de náilon na bermuda que Alexandre vestia no dia do crime. O material é compatível com o que constitui a tela de proteção da janela do quarto do apartamento de onde Isabella foi jogada. Para confirmar a origem do fio, os técnicos farão uma análise comparativa. A causa da morte da menina, segundo eles, é parada cardiorrespiratória e hemorragia

Marco Polo Levorin, um dos advogados do casal, afirmou que é prematuro falar sobre a conclusão do inquérito. “Se não há prova pericial, entra-se no campo da especulação”, disse. Os peritos descobriram que havia sangue na roupa usada pelo pai de Isabella após a queda menina. As primeiras análises apontaram que o sangue era de Isabella. Além disso, a polícia concluiu que uma pegada de sangue encontrada no colchão do quarto do qual Isabella foi jogada não pode ser da madrasta. Já que o número do calçado é número 41.

Outro dos advogados da família, Rogério Neres de Souza, minimizou os fatos. “Não vejo nada demais na informação, já que muitas testemunhas viram Alexandre tentando ouvir o coração de Isabella”. O IC concluiu que as manchas encontradas no lençol e na sala do apartamento número 62 realmente são de sangue. Também já fez o seqüenciamento do DNA de Isabella. Falta saber se o sangue encontrado na blusa e na calça de Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, mulher de Alexandre e madrasta de Isabella, é da menina. A comparação entre o DNA da garota e o sangue encontrado na roupa começou a ser feita ontem, deve ficar pronta hoje e ser anexado ao inquérito.

Muitas das manchas encontradas pelos peritos no apartamento e no carro de Alexandre não tinham material suficiente para realização do teste de DNA. “Mas o fato de um exame não dar positivo, não significa que a amostra analisada não era sangue, pois em muitos casos o material colhido é insuficiente para realização de um exame de DNA”, disse um perito ouvido pelo JT.

Após o IC localizar o náilon e tirar as conclusões sobre as manchas de sangue, o delegado Calixto Calil Filho, titular do 9º DP (Carandiru), responsável pela investigação da morte de Isabella, esteve ontem à tarde reunido com o diretor da Departamento da Polícia Judiciária da Capital (Decap), Aldo Galiano Júnior.

Souza esteve ontem no 9º DP. “Vim pegar roupas que Anna Carolina deixou no 89º DP, quando estava presa”, afirmou. Sobre os depoimentos de seus clientes divulgados ontem pelo JT, Souza disse não haver divergências. “O que há são concordâncias. Se há alguma divergência, isso será analisado no momento oportuno.” O advogado voltou a afirmar que Anna Carolina e Alexandre não brigaram antes da queda de Isabella, como foi descrito por uma testemunha e divulgado ontem pelo JT. “Quando Anna Carolina subiu, Isabella não estava lá.”

O advogado afirmou que o casal continua confiante que o verdadeiro culpado pela morte de Isabella será encontrado. E afirmou que a polícia deve levar em conta a lista de 22 testemunhas entregue por ele e seus colegas, que defendem o casal, para encontrar esse culpado.


Polícia ouvirá testemunhas indicadas por defesa de Nardoni, diz advogado

De A Tribuna On-line

A defesa do pai e da madrasta de Isabella informou que a polícia deve ouvir nesta quarta-feira duas pessoas indicadas pelos advogados. O defensor Rogério Neres não identificou quem seriam as testemunhas. Disse apenas que essas pessoas de “alguma maneira têm uma contribuição para apuração dos fatos, têm uma vinculação com casal”.

Os advogados chegaram por volta das 10h ao 9º Distrito Policial, no Carandiru, na Zona Norte de São Paulo. A polícia não confirmou os depoimentos. De acordo com Rogério Neres, essas testemunhas compõem a lista de 22 pessoas apresentada pela defesa à polícia.

O advogado disse ainda, sem dar detalhes, que a lista é composta por vizinhos do casal e prestadores de serviço. Também afirmou que os depoimentos não devem enfocar possíveis bons antecedentes de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.

Rogério Neres evitou comentar boatos quanto a um suposto indiciamento do casal. Entretanto, disse que a possibilidade seria “precipitada”, uma vez que os laudos do Instituto Médico-Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC) ainda não foram concluídos.

O defensor também não revelou se pretende entrar no Tribunal de Justiça com habeas corpus preventivo em caso de a polícia pedir a prisão preventiva do casal nos próximos dias. "Nossa estratégia, por enquanto, não será revelada".

Visita

O casal foi na manhã desta quarta-feira a Guarulhos, na Grande São Paulo, visitar seus dois filhos. As crianças estão na casa dos pais de Anna Carolina Jatobá. As informações são do G1, da Globo.


Ana Carolina, mãe de Isabella, afirma que a filha nunca havia sido agredida

CINTHIA RODRIGUES
Colaboração para a Folha de S.Paulo

A mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, 24, disse ontem à Folha que nunca viu qualquer sinal de agressão na filha após as visitas que a menina fazia ao pai e a madrasta.

A Polícia Civil disse à Folha ter obtido o depoimento de uma testemunha, afirmando que a menina Isabella tinha sinais de agressão após voltar da casa do pai semanas antes do crime. A polícia não divulgou o nome da testemunha.

Ana Carolina, porém, disse que nunca ouviu da menina reclamação alguma de que houvesse sido agredida pelo pai ou pela madrasta. "Sou eu que dou banho nela, com certeza eu saberia", disse.

Na semana passada, Ana Carolina havia dito que a filha Isabella gostava de visitar o pai --o que ocorria de 15 em 15 dias. "Ela adorava curtir os irmãos e a piscina e ela tinha um quartinho só dela", afirmou."

Sem dar maiores detalhes, a mãe de Isabella disse que "esta semana outras surpresas iriam aparecer, com o encerramento do caso". Ela, porém, não quis afirmar se sabia de alguma informação ainda não divulgada. "Mesmo que eu soubesse, não ia dizer. Já falei que não vou falar nada sobre o crime até que a polícia conclua a investigação e diga exatamente o que aconteceu", afirmou.

A mãe de Isabella, que é bancária, afirmou ontem que está voltando ao trabalho "aos poucos" e que não pretende pedir licença do emprego. "Acho que tenho que tentar pensar em outra coisa", afirmou.

Em 2003, Ana Carolina registrou um boletim de ocorrência contra Nardoni por "ameaça". Datado de 12 de setembro daquele ano, o documento relata que o consultor não aceitava que a filha, então com um ano e quatro meses, fosse colocada numa escola.

Governo prevê salário mínimo de R$ 453,00

Salário em 2009 terá aumento acima da inflação, segundo o projeto da LDO para o próximo ano.

O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2009 prevê que o salário mínimo poderá ser reajustado dos atuais R$ 415,00 para R$ 453,67, em fevereiro do próximo ano. O cálculo segue a nova regra acordada com as centrais sindicais, que ainda depende de aprovação pelo Congresso, que corrige o mínimo pela taxa de inflação acumulada (INPC) acrescida do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Pela regra em vigor atualmente, o piso salarial subiria menos para R$ 449.

O governo também tenta resgatar na LDO de 2009 a idéia de criar uma regra de execução de despesas não obrigatórias em caso de atraso na aprovação do Orçamento do próximo ano. Vacinado contra os atrasos na votação dos orçamentos de 2007 e 2008, o governo fixou no projeto em três doze avos o limite de execução das despesas não obrigatórias caso o Orçamento de 2009 não seja votado até 22 de dezembro deste ano.

A medida visa a permitir que o governo inicie novos investimentos nos primeiros meses do ano mesmo sem o Orçamento votado. Atualmente, quando detecta que a votação vai atrasar, o governo usa os orçamentos dos anos anteriores (as sobras, os chamados restos a pagar) para tocar obras.

Na LDO de 2008, o Ministério do Planejamento tentou incluir a autorização para gastar até um doze avos por mês, mas o Congresso Nacional derrubou o dispositivo durante sua votação. Por lei, em caso de não aprovação do Orçamento até o ano anterior, o governo pode usar um duodécimo somente para pagar as despesas obrigatórias.

INFLAÇÃO

No cenário macroeconômico, o projeto prevê a inflação no centro da meta do governo, de 4,5%, até 2011, bem como crescimento da economia de 5% ao ano. A meta de superávit primário (economia para pagamento de juros) permanece em 3,8% do Produto Interno Bruto até 2011. Para taxas de juros, apesar de o mercado prever alta neste ano, o governo trabalha com a Selic em 11,2% no final de 2008, caindo para 10,5% em dezembro de 2009 e para 9,8% e 9% em 2010 e 2011.

Nesse cenário, a trajetória para a relação dívida/PIB é declinante, chegando ao fim de 2008 em 40,9%, passando para 37,9% em 2009, 34,6% em 2010 e 31% em 2011. A queda na dívida reflete a reversão do resultado nominal (despesas, incluindo pagamento de juros, menos receitas) de déficit em 2009 para superávit a partir de 2010.
O projeto da LDO prevê ainda receitas no valor de R$ 757,5 bilhões no próximo ano e despesas, de R$ 689 bilhões. No âmbito do Projeto Piloto de Investimentos (PPI), o governo prevê gastos de R$ 15,6 bilhões em 2009, o equivalente a 0,5% do PIB. Esses investimentos podem ser abatidos da meta de superávit primário.


Fonte: Estadão

Reitor temporário da UnB assume e promete normalizar serviços

Roberto Aguiar é o novo reitor da UnB

O jurista e filósofo Roberto Aguiar é o novo reitor da Universidade de Brasília (UnB). O anúncio foi feito hoje (15) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. A nomeação deve ser publicada amanhã (16) no Diário Oficial da União.

Aguiar foi indicado pelo Conselho Superior da Universidade (Consuni) com 40 votos. Os outros dois nomes da lista eram a doutora em sociologia Lurdes Bandeira, diretora do Instituto de Ciências Sociais, e o professor Gileno Marcelino, ex-diretor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade, Ciência da Informação e Documentação (Face). Cada um obteve, respectivamente, 31 e 24 votos.

O reitor pro tempore (temporário) é professor aposentado de Direito e já foi secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no governo Cristovam Buarque, de 1996 a 1999. Aguiar também ocupou o posto de secretário de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, no governo Benedita, em 2002. Até o mês passado, ele era conselheiro da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.



Aguiar se disse honrado em poder contribuir para a universidade "em um momento tão tenso". "A UnB foi feita para ser experimental e nova. O projeto Darcy Ribeiro deixava a universidade sem teias para poder experimentar. Esse momento é muito rico para a gente poder ultrapassar e construir alguns nortes, algumas direções para a universidade", disse.

O novo reitor reconheceu que enfrentará problemas de ordem administrativa, judicial, acadêmica e política. “A universidade está fragmentada e eu vim para unir, dentro das diferenças. A universidade só tem sentido se houver divergência”, pontuou.


Sobre as próximas eleições para reitor, Aguiar não confirmou se serão paritárias, principal revindicação exigida pelos alunos para deixar a reitoria. Mas sinalizou com a possibilidade da escolha do sistema que, segundo ele, deve ser discutido com toda a comunidade acadêmica.

“Eu não quero que seja um cabo-de-guerra em que estudante puxa de um lado, professores para o outro e funcionários para o outro. É preciso que haja um consenso para uma solução viável”, indicou. Ele garantiu que, antes de deixar o cargo, vai promover “uma eleição limpa, democrática, onde todas as correntes de pensamento sejam contempladas”.

Uma das primeiras providências de Aguiar ao ser indicado pelo Consuni, foi negociar com os estudantes a liberação do prédio da reitoria. “Eles são pessoas racionais e sabem que o reitor não funciona sem lugar para trabalhar”, observou. Aguiar disse o que pensa sobre o gerenciamento dos recursos da univeridade. "É preciso erradicar formas estranhas de tratar o patrimônio da universidade e de excluir segmentos da comunidade", disse.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, tem a esperança de que, com a indicação do novo reitor, a crise possa ser superada em um curto espaço de tempo. “O compromisso dos estudantes, firmados no domingo, é de que o reitor nomeado tivesse condições operacionais de dirigir a instituição. Há vários procedimentos urgentes que precisam ser observados para que a instituição mantenha seu funcionamento normal”, disse.

O mandato do reitor pro tempore é de 90 dias, prorrogável por mais 90 dias.


Do Correio Braziliense

O reitor temporário da Universidade de Brasília (UnB) começa nesta quarta-feira a trabalhar em uma instituição meio parada. Ainda que as aulas e as pesquisas tenham continuado durante os dias de ocupação da reitoria, o fechamento do principal prédio administrativo da UnB paralisou uma série de serviços. Entre eles, homologação de matrículas, concessão de bolsas e contratações de professores (leia quadro). Por isso, antes de pensar em organizar as eleições para o cargo máximo da universidade, Roberto Aguiar terá de cuidar de muita papelada. “Nossa prioridade agora é buscar o entendimento de todos os segmentos da UnB para normalizar a instituição. Temos uma eleição em vista, mas também serviços administrativos a retomar”, afirmou Aguiar ontem, em coletiva no Ministério da Educação (MEC).

Uma das maiores preocupações é com o atraso no pagamento dos salários dos mais de sete mil funcionários — entre professores, substitutos, servidores técnico-administrativos e prestadores de serviço —, além dos estagiários. Na última segunda-feira, a Secretaria de Recursos Humanos (SRH), responsável pela liberação da folha de pagamento da UnB, se instalou provisoriamente no Centro de Processamento de Dados (CPD) para iniciar o serviço e recuperar o tempo perdido. Geralmente, o processo de pagamento leva por volta de duas semanas. Desta vez, os funcionários tiveram prazo de três dias.

Trabalho na reitoria
Como o sistema que faz todos os pagamentos do governo federal está instalado apenas nos terminais da SRH na reitoria, um acordo foi feito ontem com os estudantes que ocupam o prédio desde 3 de abril. Os universitários — que realizam hoje mais uma assembléia para discutir se ficam ou não na área — liberaram a entrada de 40 pessoas do setor de pagamento. Pela primeira vez em quase 15 dias, a rotina de trabalho foi bastante semelhante à normal em uma das salas do 2º andar da reitoria.

“O prazo para o governo federal fechar a folha é hoje (terça-feira), e os alunos se mostraram sensíveis à questão”, afirmou o gerente de pagamentos Francisco Borges da Silva. Mas a diretoria da SRH informou, por meio da assessoria de comunicação, que a maioria dos ajustes da folha, como faltas, desligamentos, horas extras e adicionais noturnos, ficará para o próximo mês.

Apesar do retorno às atividades de parte dos Recursos Humanos, os serviços desempenhados pelos demais órgãos que funcionam na reitoria permanecem suspensos. O edifício, por exemplo, abriga os gabinetes do reitor e do vice, cinco decanatos, o protocolo, o departamento jurídico da universidade e várias assessorias. Assim, estão emperrados pagamentos de fornecedores, abertura de licitações, autorizações de viagens, recebimentos e cumprimentos de ordens judiciais, emissão de diplomas e outros.

Já são 40 os mortos no acidente com o avião na República do Congo

GOMA, RDCongo (AFP) — Quarenta pessoas morreram e 111 ficaram feridas no acidente de um avião de uma companhia congolesa na terça-feira, em Goma, leste da República Democrática do Congo (RDC, ex-Zaire), segundo um novo balanço comunicado nesta quarta-feira pelo govero da província.

As autoridades também informaram que a caixa preta do avião foi encontrada.

O aparelho da companhia particular Hewa Bora do Congo, um DC9 alugado, ia de Goma para Kinshasa, e caiu no bairro popular de Bierre às 14h30 locais (09h30 de Brasília) um pouco depois de decolar.

Esse acidente ocorreu menos de seis meses após a queda de um Antonov 26 caiu em um bairro popular da capital, deixando 50 mortos.

O acidente provocou a destituição do ministro do Transportes da época, por "incompetência", mas não foram tomadas medidas para reformar o setor aéreo do país, cuja frota é formada essencialmente por aparelhos usados de fabricação soviética, que muitas vezes não respeitam as leis da aviação civil.