Douradosagora
O pai de Alexandre Nardoni, Antônio Nardoni, afirmou hoje que o neto mais velho chama pela irmã, Isabella Nardoni, 5 anos, o tempo todo. Segundo a avô, o garoto tomou conhecimento do que havia acontecido com a menina ao acordar assustado, na noite do crime, com o grito dos pais. De acordo com Antônio, o menino teria visto o corpo da irmã no jardim do prédio.
Antônio se diz convicto da inocência do casal Alexandre e Anna Carolina Trotta Jatobá. "Eles (o casal) adoravam a menina e vice-versa. Ela sempre quis morar com eles, não teria porque eles acometerem contra a vida dela." Ele afirmou que, se tivesse conhecimento da culpa do filho, já teria feito Alexandre assinar a confissão. Antônio afirmou que o assassino da neta "merece pagar pelo que fez".
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Questionado sobre as comemorações do aniversário do neto mais novo, Cauã Nardoni, que completa hoje 1 ano, Antônio disse que não haverão comemorações. "Assim que tiver um tempo, vou comprar um velocross (triciclo) para ele, conforme temos tradição na família, de comprar um para todas as crianças que completam um ano de idade". Sobre o aniversário de 6 anos de Isabela, que seria amanhã, ele afirmou que "será mais uma data triste para a família, por conta da situação vivida no momento".
Hoje, a avó paterna de Isabella Maria Aparecida Alves Nardoni, prestou depoimento hoje no 9º Distrito Policial, em São Paulo. Ela chegou de carona com o marido, Antônio Nardoni, no final da manhã. Ele a deixou na porta lateral da delegacia e foi estacionar o veículo. A mãe de Alexandre Nardoni não falou com a imprensa.
Pai de Ives Ota presta solidariedade à mãe de Isabella
da Folha Online
Massataka Ota, cujo filho Ives Ota foi seqüestrado e assassinado em 1997, fez uma visita a Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni que foi morta no último dia 29, na zona norte de SP.
Mariana Sant´anna, colaboradora da Folha Online, diz que Ota foi prestar solidariedade à família e convidá-los para participar de uma campanha pela paz.
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Segundo Sant´anna, Oto informou à imprensa que Ana Carolina não foi trabalhar hoje e permaneceu em casa com os pais. "Ele disse que a família Oliveira está confiante de que a polícia vai resolver o caso", conta a repórter.
De acordo com Sant´anna, quando Ota foi embora, José Oliveira, pai de Ana Carolina, saiu de casa e conversou brevemente com os jornalistas. "Ele disse que a família vai participar da campanha pela paz, mas não falou sobre a neta e ficou com lágrimas nos olhos quando perguntaram sobre as investigações."
A família de Ana Carolina recebeu também a visita da mãe de uma colega de Isabella, que saiu sem falar com imprensa.
Caso Isabella: polícia descarta terceira pessoa no apartamento
A polícia já terminou quase toda a investigação do caso Isabella e concluiu: a menina foi asfixiada e teve uma parada cardíaca antes da queda. E mais: não havia mesmo, segundo a polícia, uma terceira pessoa no apartamento naquela noite de sábado, 29 de março.
A perícia constatou que a pegada no lençol era do chinelo de Alexandre Nardoni, pai da garota. Foram analisados mais de 40 pares de calçados apreendidos no apartamento.
De acordo com os laudos, a menina sofreu um processo de esganadura dentro do apartamento, o que ocasionou uma parada respiratória. Depois, Isabella foi jogada. A queda ocasionou um politraumatismo, com lesões nos órgãos internos.
Segundo levantamento do Instituto de Criminalística (IC), a agressão contra Isabella começou dentro do apartamento. Isso explicaria as manchas de sangue no colchão, no chão e no caminho da porta principal.
Após ter o pescoço apertado e sofrer parada respiratória, Isabella desmaiou. Por isso, os médicos legistas encontraram no corpo dela manchas vermelhas no pulmão e no coração, além de vermelhidão nas pontas dos dedos.
Depois disso, Isabella foi jogada do sexto andar do prédio, uma altura de aproximadamente 20 metros. Quando caiu no jardim do prédio do Condomínio London ainda estava viva, mas sofreu fraturas na bacia, no punho e lesões em praticamente todas as costelas.
Os legistas também encontraram problemas no estômago e no fígado. Isso, segundo eles, pode ser o sinal da queda. A conclusão do Instituto Médico-Legal (IML), que vai estar no laudo entregue para a polícia, é que Isabella morreu de politraumatismo e de asfixia.
Terceira pessoa
A polícia já suspeitava que não havia uma terceira pessoa no apartamento por causa dos depoimentos de testemunhas. O porteiro garantiu que, naquela noite, só três pessoas haviam entrado no prédio, mas em apartamentos que foram identificados.
Os peritos fizeram então um levantamento com um equipamento mais sofisticado, chamado "crimescope", que levanta vestígios que as pessoas não conseguem ver a olho nu. Nesses vestígios não há nada que indique que uma pessoa estranha à família tenha entrado no apartamento.
Outra informação importante é que o processo de asfixia de Isabella durou cerca de três minutos, o que fez com que ficasse inconsciente mais alguns minutos, até ela então ser jogada pela janela.
Um grupo de pessoas causou tumultos nesta quinta-feira diante da casa da família Nardoni, que acabou chamando a polícia para conseguir conter os protestos. Os manifestantes colaram cartazes no portão da casa, que fica no bairro Tucuruvi, na zona norte de São Paulo, em que acusavam Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, de 'assassinos' e pediam 'justiça'.
Um outro cartaz parabenizava Isabella por seu aniversário de 6 anos, que ocorreria nesta sexta. Duas viaturas da Polícia Militar (PM) e duas da Polícia Civil foram ao local e retiraram os cartazes.
Segundo um dos policiais, a PM foi chamada "para manter a ordem e evitar depredações na casa da família". Um investigador da Polícia Civil confirmou que foi a família Nardoni que chamou os agentes. Eles permaneceram no local por cerca de 20 minutos. Porém, logo depois que saíram outros três cartazes - com os dizeres "queremos paz", "indignação sobre o caso Isabella" e "amor à Isabella" - foram novamente colados na frente da residência.
"Tive que manifestar o que sentia. Antes só ligava a TV para ver novela, agora acaba o jornal procuro outro", disse, chorando, a dona de casa Maria Francisca Cavalcanti, de 40 anos. Ela colou o primeiro cartaz do dia no portão da família. Moradora do bairro A.E. Carvalho, na zona leste da capital paulista, ela levou duas horas para chegar ao local.
Taxista: madrasta disse que não gostava da menina
Ele se apresentou espontaneamente à polícia para prestar depoimento
O taxista afirmou que, apesar da corrida curta, lembra de detalhes e não tem dúvida de que a passageira era Anna Carolina Jatobá. O taxista se comove, pois viveu um drama parecido: a filha dele foi assassinada por um maníaco, quando tinha 4 anos.
A corrida ocorreu há aproximadamente dois meses e meio e estava no Tucuruvi, quando a madrasta de Isabella, com uma criança no colo, deu sinal. “Como gosto muito de conversar com passageiro, comentei sobre meu passado, separação, tudo.”
Segundo o taxista, Anna Carolina disse que estava com um problema parecido. Ela teria contado, então, que não tinha bom relacionamento com a enteada por causa dos filhos. Anna teria dito que tinha ciúme.
Amaro contou também que a madrasta de Isabella disse que o clima na casa ficava ruim quando a menina ia passar o fim de semana com a família, mas que um dia ia resolver tudo isso. “Ela falou pra mim que não gostava [da garota] e que estava atrapalhando o relacionamento dela com o pai”, disse o taxista.
Cartazes com pedidos de justiça são colados na casa dos Nardoni
De A Tribuna On-line
Na porta da casa da família Nardoni, no bairro do Tucuruvi, Zona Norte de São Paulo, o clima na tarde desta quinta-feira era de apreensão. Muitos curiosos se amontoaram em frente à residência de Antonio Nardoni, pai de Alexandre e sogro de Anna Carolina Jatobá. Algumas pessoas colaram cartazes no portão com pedidos para a solução do caso Isabella. A Polícia Militar foi chamada para reforçar a segurança no local.
Os cartazes continham mensagens como: ‘queremos paz’, ‘amor a Isabella’ e ‘queremos justiça’. Isabella Nardoni, de 5 anos, morreu após cair, em 29 de março, do 6º andar do prédio onde o pai dela mora, na Zona Norte. O possível envolvimento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina no crime é investigado.
Com medo de depredação, a família Nardoni pediu reforço à Polícia Militar. Os policiais afirmaram, no entanto, que se tratava apenas de um patrulhamento de rotina. Eles retiraram alguns cartazes, assim como fez uma amiga da família. Pouco depois, os papéis foram colados novamente com fita crepe. Às 15h, os advogados de defesa e o também advogado Antonio Nardoni deixaram o local de carro sem falar com a imprensa. As informações são do G1, da Globo.
Os laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico-Legal sobre a morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, devem ficar prontos hoje. Com os resultados, a polícia terá os argumentos necessários para o novo depoimento do pai Alexandre Nardoni, e da madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, marcados para amanhã, data que a menina faria 6 anos.
Já o inquérito policial ainda deve demorar alguns dias para ser encerrado. Ontem ocorreram duas reuniões dos peritos que cuidam do caso. Uma delas envolveu o superintendente da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli. A outra contou com a participação dos três médicos-legistas que examinaram o corpo de Isabella. O objetivo é tentar alcançar um consenso sobre a dinâmica do crime.
Os peritos ainda divergiam sobre o que teria provocado a asfixia na menina. Uma parte acreditava que Isabella teria sido asfixiada ainda no apartamento e outra que isso teria sido provocado pela queda da criança. Mas os legistas ainda não têm certeza se a menina teve a parada cardiorrespiratória por causa do impacto decorrente da queda ou se isso foi provocado por esganadura - ter o pescoço apertado com as mãos.
Caso tenha ocorrido por causa do choque com o chão, eles querem saber o que fez com que Isabella estivesse inconsciente ao ser jogada. A existência de apenas duas pequenas fraturas em seu corpo - no punho e na bacia -, apesar de uma queda de 20 metros de altura, mostram que Isabella estava com o corpo relaxado, o que, aliado ao fato de ela ter caído sobre o gramado fofo e molhado do jardim do prédio, teria amortecido a queda.
Para a polícia, a menina teria sido jogada pela janela "não com a finalidade de provocar o óbito, mas de mascarar a lesão provocada no apartamento". As informações são do Jornal da Tarde.
Para avô, mãe de Isabella pode ter exagerado
Antonio Nardoni vê contradição entre relatos dados por Ana Oliveira à polícia e à imprensa
A mãe de Alexandre deve prestar depoimento nesta quinta-feira.
Ao comentar o depoimento prestado à polícia pela mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, Antonio Nardoni afirmou que ela pode ter exagerado. "Eu acho que é o depoimento de uma pessoa num momento muito ruim -tinha acabado de perder a filha- talvez tenha exagerado em alguma coisa."
Ele disse que relatos dados por Ana Carolina à imprensa contradizem o depoimento. "Se vocês observarem o que está na própria mídia, ontem mesmo tinha uma declaração dela dizendo que ele a tratava (Isabella) muito bem, nunca a machucou. É incoerente", disse ele aos jornalistas. "Não sei se ela mentiu", complementou.
Perguntado sobre relatos de brigas entre seu filho e a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, Antonio Nardoni disse: “Briga de casal é uma coisa normal”. Ele confirmou que prestará depoimento à polícia no próximo sábado (19), juntamente com a filha dele, Cristiane Nardoni. Ambos foram intimados pela polícia.
Ele comentou um depoimento à polícia de que sua filha, Cristiane Nardoni, teria feito uma declaração comprometedora após ser informada em um bar da Zona Norte sobre a morte da criança. “Na verdade, no telefonema há um absurdo que vocês posteriormente verão. Os depoimentos não condizem com a realidade. Esses depoimentos que se referem a ela (Cristiane Nardoni), na verdade, são mentirosos. Não sei quem falou.”
O avô de Isabella disse também que seus netos estão "muito abatidos". "As crianças também estão muito abatidas porque estão com dificuldade para ver os pais. Infelizmente é uma situação com a qual nós temos que conviver." Ele contou que nesta quinta-feira seu neto menor completa um ano. “Hoje é aniversário do meu outro neto. Então vocês imaginam como nós estamos passando o aniversário do meu neto.”
Antonio Nardoni ainda reiterou a inocência do filho. Perguntado sobre a existência um complô para incriminar o casal, Antonio Nardoni disse: “Se é um complô ou não, cabe à polícia investigar. Acho que ela tem que abrir o leque. Eles (polícia) direcionaram só para o casal. Tenho dito sempre isso. Existem outros canais de investigação que deveriam ter sido levados em consideração”
Pouco antes chegaram à delegacia os advogados do casal e evitaram falar com a imprensa. Eles estiveram esta manhã na casa da família Nardoni por cerca de duas horas.
Testemunhas ajudam a montar perfil do pai
Testemunhas que prestaram depoimento à polícia desde o início das investigações sobre a morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, ajudam a compor um perfil de Alexandre Nardoni, pai da menina, e da relação dele com a mulher, Anna Carolina Jatobá.
O jovem, de 29 anos, é formado em direito. Ele trabalha como consultor jurídico e, segundo o pai, atualmente estudava para o exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Ele queria ser delegado.
O rapaz passou a infância no bairro Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo. Foi comerciante: teve loja de roupas e uma oficina de motos. Na rua onde morou, conheceu a primeira namorada, Patrícia. “Ele era tranqüilo”, conta a menina.
A relação com Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella, durou pouco mais de dois anos e acabou onze meses depois da menina nascer.
Na faculdade, Alexandre conheceu a atual esposa, Anna Carolina Jatobá, e fez poucos amigos. “A gente tava aqui pra estudar, tinha uma amizade, tinha uma afinidade, mas o relacionamento dentro da faculdade era um e fora outro”, conta um dos colegas, Pedro Satiro.
Vizinhos do primeiro edifício onde o casal morou relataram que as brigas entre eles eram constantes. Já no Edíficio London, onde Isabella morreu, poucos conheciam a família Nardoni.
Um casal que mora em frente é considerado testemunha-chave e foi ouvido com exclusividade pela Rede Globo. Eles afirmam ter ouvido uma forte discussão na noite em que Isabella foi jogada da janela do prédio.
“Estávamos acordados por causa do silêncio mesmo. O que chamou atenção foi a discussão e o apavoramento da discussão. Não era asssim, simplesmente, uma briga. Devido as palavras de baixo calão que se pronunciava. Eram muitos palavrões. Não era uma briga isolada de uma casal, mas uma situação de desespero”, conta uma das testemunhas.
Morte
O casal diz que tudo foi muito rápido. Eles souberam da queda da menina depois de um grito. “O que me chamou atenção foi justamente quando a pessoa virou e falou assim: ‘jogaram a Isabella do sexto andar’. Assim que aconteceu isso, a minha reação foi levantar da cama e puxar a janela”, relata a testemunha.
“Conforme eu puxei a janela, eu já vi a moça, eu já vi de frente para mim a moça que nós ficamos sabendo que era a madrasta, andando de um lado para outro, nos corredores laterais embaixo do hall externo”. Anna Carolina deixava transparecer o nervosismo. “Ela andava, ela gritava muito, falando os mesmos palavrões que nós havíamos escutado no interior do apartamento, momentos antes.”
Eles ainda dizem que a atitude de Anna Carolina Jatobá chamou a atenção e afirmam que a voz dela é inconfundível. “A voz dela é uma voz muito alta e por ela estar falando, estar pronunciando as mesmas palavras de baixo calão, foi o que marcou a situação. Porque até então, foi na hora, foi o momento que nós ligamos ao fato, de que a discussão era gerada pelo acontecido abaixo no apartamento”. Os vizinhos afirmam: “ela jamais chegou perto do corpo da criança”.
Pai de Alexandre Nardoni diz que "briga de casal é normal"
O pai de Alexandre Nardoni foi nesta manhã na delegacia onde o caso está sendo investigado, na zona Norte de São Paulo. De acordo com a rádio CBN, ele confirmou que irá prestar depoimento no próximo sábado, juntamente com a filha.
Quando perguntado sobre os vários relatos de que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá brigavam demais ele foi enfático: "Briga de casal é uma coisa normal". Ele disse também que as investigações da polícia precisam se abrir e não ficar apenas em cima do casal.
Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, são os principais suspeitos de terem esganado e depois jogado a garota pela janela do sexto andar de um edifício na zona Norte de São Paulo, no último dia 29.
Avó de Isabella presta depoimento e usa porta lateral para deixar delegacia
A avó paterna de Isabella, Maria Aparecida Alves Nardoni, prestou depoimento nesta quinta-feira no 9º DP (Carandiru, zona norte de São Paulo) sobre a morte da menina. Segundo a Secretaria da Segurança, ela integra a lista com 22 nomes entregue à polícia pela defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da criança.
A avó chegou à delegacia pouco depois das 10h, acompanhada do marido, Antonio Nardoni, e de advogados. Ao deixar o DP, por volta das 13h30, Maria Aparecida e os advogados usaram uma saída lateral, para evitar o assédio da imprensa. Ao mesmo tempo, o marido deixou o local pela porta principal e falou rapidamente com os jornalistas.
Antonio disse que não acompanhou o depoimento da mulher. Ao chegar à delegacia, ele disse que estava ali "na condição de pai", e não de testemunha ou de advogado. Ele prestará depoimento no sábado (19), quando a filha, Cristiane, também será ouvida.
Desde que Isabella foi jogada do sexto andar de um prédio na zona norte da cidade, em 29 de março último, a Polícia Civil de São Paulo já ouviu outras 58 pessoas --três delas indicadas pela defesa do pai e da madrasta de Isabella.
Alexandre e Anna Carolina prestarão novo depoimento à polícia amanhã (18), quando Isabella completaria seis anos. Um esquema de segurança será montado na delegacia, segundo a polícia.
Os advogados do pai e da madrasta da menina Isabella Nardoni, jogada do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo no último dia 29, acompanharam ontem, 16, os depoimentos de duas testemunhas de defesa. Depois, a defesa de Alexandre Nardoni e de Anna Carolina Jatobá afirmou que os relatos comprovaram a fragilidade da segurança no edifício onde a criança morreu e reafirmou que o casal é inocente.
Reportagem de André Caramante publicada pela Folha mostra que o casal deve ser indiciado pela morte da menina e que, depois, a polícia pedirá à Justiça a decretação da prisão preventiva de ambos. A decisão ocorreu depois que a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual confirmaram que Isabella foi agredida pela madrasta e jogada do sexto andar do Edifício London, na Vila Isolina Mazzei, pelo próprio pai.
Ontem foram ouvidas no 9º DP (Carandiru) 2 das 22 testemunhas indicadas à polícia pela defesa do casal. Além delas, mais de 50 pessoas já prestaram depoimento, como parte das investigações.
Após o crime, o casal afirmou que o apartamento havia sido invadido por um criminoso. A defesa também chegou a dizer que o assassino pode ter entrado no imóvel com uma chave perdida pelo casal.
"As duas testemunhas [ouvidas ontem] vieram comprovar a vulnerabilidade do edíficio London e a perda das chaves por Anna Carolina e Alexandre Nardoni. Vieram demonstrar que alguns de seus apartamentos ficavam abertos e expostos a qualquer pessoa que quisessem entrar", disse Ricardo Martins, um dos advogados do pai e da madrasta de Isabella.
Ele afirmou que, ao contrário de testemunhas que afirmaram à polícia ter presenciado discussões entre o casal, existem pessoas que comprovam a harmonia entre Nardoni e Anna Carolina. Ele também voltou a negar contradições nos depoimentos de ambos.
Defesa - O advogado disse que não comentaria sobre o indiciamento porque ainda não foi oficialmente informado sobre a decisão. Ele afirmou que o casal está "totalmente à disposição da Justiça" e que, intimados, comparecerão a depoimento.
Segundo Martins, os clientes defendem que são "absolutamente inocentes". Ele considera que enquanto os laudos não ficarem prontos, não é possível descartar a participação de uma terceira pessoa no crime.