Sem-terra invadem usina, banco e liberam pedágio

MST desobedece à justiça e pára ferrovia da Vale

A invasão da Estrada de Ferro Carajás (EFC), da mineradora Vale, em Parauapebas (PA), foi o ponto alto dos protestos do Movimento dos Sem-Terra (MST) para lembrar os 12 anos do massacre de Eldorado dos Carajás e pedir a aceleração da reforma agrária - em todo o País, ocorreram ações em 17 Estados e no Distrito Federal. O movimento garante que as invasões vão prosseguir.

"Continuamos mobilizados. Ocupações de terra vão continuar, assim como outras ações. A data do dia 17 é simbólica, mas a luta continua, já que as reivindicações não foram atendidas", disse José Batista de Oliveira, membro da coordenação nacional do MST.

A questão da Vale é polêmica porque a Justiça proibiu, em liminar concedida em março pela Justiça Federal do Rio, interdições da ferrovia. O juiz titular da 41ª Vara, Wilson do Nascimento Reis, já avisou que pode multar em R$ 10 mil o principal líder do MST, João Pedro Stedile, por desobedecer à determinação da liminar.

"A decisão judicial não foi respeitada", reclamou a Vale, em nota. O MST, por sua vez, respondeu que há uma tentativa da empresa para criminalizar o movimento. "A interdição não foi feita por nós, e sim pelo Movimento dos Trabalhadores em Mineradoras (MTM). A Vale quer criminalizar o MST e desviar a atenção da sociedade para seus próprios problemas, inclusive trabalhistas", disse Batista.

Na liminar, a juíza Patrícia Whately, da 41ª Vara Cível do Rio, reconheceu o direito de o movimento promover ações, desde que não sejam "atos violentos" ou interrompam a atividade da empresa. O MST e Stedile poderiam ser multados em R$ 5 mil por infração. Na ocasião, Stedile classificou a ação de "uma idiotice". A Justiça já avisou que só espera uma comunicação oficial da Vale - que, de acordo com a própria empresa, já foi enviada.

Interdição

A ferrovia de Carajás, em Parauapebas, ficou fechada durante oito horas por 1.300 manifestantes, o que chegou a impedir o teste do maior trem do mundo em São Luís. A interdição foi suspensa às 15 horas. Três horas depois do fechamento da ferrovia, a Polícia Militar paraense deslocou 450 homens do Comando de Missões Especiais com cães e bombas de efeito moral. O comandante da operação, tenente-coronel Mário Solano, recomendou cautela à tropa. Não houve enfrentamentos, mas duas pessoas foram presas depois que a ferrovia foi desocupada.

Ainda durante a interdição, cerca de dez integrantes do MST, segundo o movimento, ficaram feridos depois que um trem da Vale carregado com minério de ferro não conseguiu parar e bateu em pedaços de madeira colocados nos trilhos, que acabaram atingindo militantes. A Vale negou que isso tenha ocorrido.

Prejuízo

A empresa paralisou o transporte do minério de ferro e dispensou do trabalho em Carajás seus 5 mil funcionários. O prejuízo com a paralisação dos trens, de acordo com um diretor da empresa, chega a R$ 22 milhões diariamente. O bloqueio foi o terceiro nos últimos cinco meses. As informações são do O Estado de S. Paulo

*C/ Alexandre Rodrigues, Irany Tereza, Carlos Mendes e Wilson Lima
Em nota, empresa diz que polícia do Pará se omitiu

A Vale do Rio Doce chamou ontem as ações do MST de "criminosas e terroristas" e se queixou da polícia do Pará, que, apesar de ter sido convocada com antecedência, não conseguiu, segundo a empresa, impedir que manifestantes derrubassem um portão e invadissem, por 15 minutos, o prédio da companhia, em Belém."Embora a polícia tivesse sido avisada pela empresa sobre a ameaça, isso não intimidou os invasores que fizeram a ocupação diante da polícia", diz uma das notas da Vale.
A companhia criticou o que considera falta de ação das autoridades para conter o Movimento dos Sem-Terra. "Há muito tempo, a Vale vem alertando as autoridades que este clima de desrespeito ao Estado de direito cria um ambiente negativo para o crescimento dos investimentos em nosso País, em especial para o Pará, região que apresenta um dos maiores potenciais de crescimento e geração de renda e emprego", diz um trecho da nota intitulada MST promove mais um dia de crimes e terror no Pará.

Prejuízos

Segundo a empresa, a invasão da Ferrovia de Carajás impediu as atividades de 10 mil empregados e prejudicou o transporte de passageiros e de insumos.

A Vale negou que sem-terra tenham se ferido no local, como afirma o MST. "Ao avistar os invasores, o maquinista acionou os freios de emergência e parou a composição", diz a nota. Segundo a Vale, a ferrovia foi desocupada à tarde e o tráfego normalizado depois da chegada das Polícias Federal e Militar e do pedido de reintegração de posse, atendido pela Justiça Federal de Marabá.

Sem-terra invadem usina, banco e liberam pedágio

Além da quantidade de protestos pelo País, o Movimento dos Sem-Terra (MST) optou também por diversificar as ações, ontem, na Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária e em homenagem aos mortos no massacre de Eldorado dos Carajás (PA). As manifestações incluíram invasão de praças de pedágio, ocupações da Hidrelétrica de Xingó e de um banco, caminhadas e bloqueio de estradas.
As invasões de pedágio no Paraná ocorreram durante a manhã e atingiram 11 das 27 praças do Estado. Três foram desocupadas logo depois. Os funcionários foram orientados a deixar as praças para evitar confronto. Os sem-terra levantaram as cancelas e os carros passaram sem pagar tarifa. Em nota, o movimento acentuou que "os pedágios são um dos principais entraves da agricultura camponesa e familiar".

Dezenas de integrantes do MST ocuparam parte das instalações da Companhia Hidrelétrica de Xingó, em Canindé do São Francisco (SE), a 213 quilômetros de Aracaju, até o começo da noite. Os sem-terra reivindicam o reinício das obras no Assentamento Jacaré-Curituba. O diretor de Operações, Mozart Bandeira, disse que a empresa tomou as providências necessárias - inclusive judiciais.

Cerca de 150 sem-terra invadiram a agência do Banco do Brasil em Sorocaba (SP). A agência tinha iniciado o atendimento quando ocorreu a invasão, às 10 horas. Durante 20 minutos, o acesso à agência foi bloqueado. A Polícia Militar interveio e houve um princípio de confronto entre sem-terra e policiais. Por volta das 13h30, desocuparam o banco. Em Alagoas, sem-terra ocuparam o prédio em reforma da Assembléia.

No Rio, mantiveram a Rodovia Presidente Dutra fechada no sentido São Paulo por cerca de uma hora pela manhã, próximo ao município de Piraí. Sem-terra também ocuparam agências da Caixa Econômica Federal em Campos dos Goytacazes e Volta Redonda. Na Bahia, 50 sem-terra interditaram um trecho da BA-263, em Itambé, a 566 quilômetros de Salvador. Trabalhadores rurais bloquearam duas rodovias federais e invadiram quatro fazendas no Ceará. Cerca de 300 integrantes do MST bloquearam a BR-070, que liga Mato Grosso à Bolívia. Em Pernambuco, três mil pessoas realizaram protesto nas principais ruas do Recife.

Cerca de 150 manifestantes ocuparam a Fazenda Saltinho, em Americana (SP), usada pela Usina Ester para plantar cana-de-açúcar. Em Jequitaí (MG), 500 sem-terra invadiram a Fazenda Correntes.

Os 800 sem-terra que haviam invadido o pátio em torno do prédio da Receita Federal, em Porto Alegre (RS), saíram no final da manhã de ontem. Em Ribeirão Preto (SP), a ocupação da Secretaria Municipal da Educação durou três horas. Depois de quase oito horas de ocupação da sede do Incra, em Boa Vista (RR), manifestantes deixaram o órgão. As informações são do O Estado de S. Paulo

*C/ Ricardo Rodrigues, Tiago Décimo, Elder Ogliari, Brás Henrique, Ana Luísa Westphalen, Raquel Massote, José Maria Tomazela e Clarissa Thomé e Carmen Pompeu, Monica Bernardes, Antônio Carlos Garcia, Nelson Francisco e Anderson Vasconcelos



Senadora critica ações realizadas pelo MST

Ao discursar hoje no plenário do Senado Federal, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) criticou as ações realizadas no dia anterior pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O movimento realizou ocupações e protestos em diversas partes do país com o objetivo, conforme anunciou, de lembrar os 12 anos do massacre ocorrido em Eldorado dos Carajás.

"Essas invasões são abusivas", declarou Kátia Abreu.

Para a senadora, "o MST não respeita o direito de propriedade e pretende implantar no Brasil um socialismo autoritário". Ela afirmou que "tais ações são antecipadamente comunicadas ao governo e à imprensa, mas ninguém se previne nem tenta fazer algo; e esse ninguém é o governo federal".

- Não vimos em nenhum momento uma ação firme do governo para coibir esses atos - disse a senadora, para quem "o MST perdeu o foco ao ocupar locais onde há empresas que nada têm a ver com a política governamental de reforma agrária".

Kátia Abreu destacou ainda a nota divulgada pela Companhia Vale do Rio Doce, na qual a empresa protesta contra o bloqueio realizado pelo MST na Estrada de Ferro Carajás, de propriedade da mineradora, na quinta-feira. Nesse texto, a empresa declara que "ontem, dia 16, a Vale já tinha avisado à Polícia Militar do Pará sobre a possibilidade de invasão e, mesmo assim, as autoridades da área de segurança não tomaram as medidas necessárias para evitar mais esse crime". Ao comentar a nota, a senadora criticou a atuação da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa.

Kátia Abreu também avaliou que os assentamentos provenientes da reforma agrária tornaram-se "um transtorno" para os municípios. Ela argumentou que "isso não ocorre por causa dos assentados", mas porque essas pessoas não estariam tendo acesso à infra-estrutura necessária para viabilizar suas atividades. De acordo com a senadora, o governo federal faz apenas os assentamentos e "joga para as prefeituras todo o ônus, que envolve energia, água e estradas, entre outros itens".

Chineses queimam bandeira da França em frente ao Carrefour


Chineses queimam bandeira da França em frente ao Carrefour
Chineses queimam bandeira da França em frente ao Carrefour
Foto divulgação

Dezenas de jovens chineses, irritados com a interrupção do revezamento da tocha Olímpica em Paris, protestaram do lado de fora do supermercado Carrefour no leste da China nesta sexta-feira, incendiando uma bandeira francesa, segundo a mídia local.

Houve pequenos protestos nas lojas do gigante varejista em várias cidades chinesas, incluindo Pequim, na semana passada, mas a última manifestação ocorreu na cidade costeira de Qingdao, depois que a mídia estatal tentou esfriar o fervor nacionalista.

Internautas chineses pedem que os consumidores boicotem o Carrefour, acusado por eles de apoiar os grupos em defesa da independência do Tibet e a favor do boicote das Olimpíadas de Pequim.

A jornada da tocha Olímpica pelo mundo tem sido marcada por protestos contra o comando chinês no Tibet, onde uma série de levantes antigoverno aconteceu em março.

Em Paris, ativistas protestaram e tentaram pegar a tocha, mas foram impedidos pelas autoridades de segurança chinesas, o que obrigou apagar a chama várias vezes e depois colocá-la em um ônibus.

As fotos publicadas pela mídia local chinesa mostram os manifestantes em frente ao Carrefour com cartazes que diziam "Boicote a França, apóie as Olimpíadas" e "Oponha-se à independência do Tibet, ame a pátria".

Eles também levavam bandeiras chinesas vermelhas e gritavam palavras de ordem, o que atraiu uma grande multidão de curiosos. Uma das fotos mostrava um homem queimando uma bandeira francesa.

Os fóruns chineses na Internet também continham fotos de Hefei, capital da província de Anhui, onde vários "estudantes do ensino básico" protestavam com um cartaz que dizia: "Oponha-se ao Carrefour, comprar é uma vergonha".

A França tentou minimizar os pedidos de boicote aos produtos franceses, dizendo que foram feitos por "uma minoria". Já o Carrefour, que tem mais de 100 hipermercados na China, reafirmou seu apoio a Pequim como sede das Olimpíadas.

Alguns jornais chineses também publicaram comentários contra o boicote, dizendo que, na era da globalização, a atitude somente prejudicaria os empregados e fornecedores chineses.

Ainda assim, uma pesquisa de opinião feita em 10 cidades chinesas mostrou que 66 por cento dos entrevistados apóiam o boicote ao Carrefour, de acordo com a Xinhua, agência de notícias oficial. Somente 7 por cento disseram o contrário.


Fonte: Reuters


Chineses cancelam exposição na França após protestos

Pequim, 18 Abr (Lusa) - Dois artistas chineses desistiram de expor seu trabalho na França em protesto pelas manifestações anti-China durante a passagem da tocha olímpica por Paris, informou nesta sexta-feira a imprensa estatal chinesa.

Wang Guangyi e Lu Hao, dois nomes célebres da arte contemporânea chinesa, anunciaram que não participarão de uma exposição agendada para junho em uma galeria parisiense devido à atitude francesa diante dos Jogos Olímpicos.

"Aborrecidos" com o apoio que alguns franceses dão ao boicote contra a Olimpíada, os dois artistas decidiram, segundo Wang, "não comparecer" por entenderem que, "neste período, em particular, estar presente na exposição não seria uma atitude feliz".

Ambos destacaram que a decisão foi pessoal, e Wang acrescentou que tem grande respeito pela cultura francesa, não descartando a possibilidade de colaborar com a cena artística do país no futuro.

Depois dos distúrbios na passagem da tocha olímpica por Paris, os consumidores chineses lançaram esta semana uma campanha nacionalista de boicote às marcas francesas, que acusam de apoiar o Dalai Lama.

De blogs a torpedos SMS, de e-mails ao messenger, os chineses estão recebendo apelos para se recusarem a comprar marcas e produtos franceses, em uma campanha que visa, sobretudo, os hipermercados Carrefour, líder na China.

A França minimiza a importância deste boicote, afirmando que apenas "uma minoria muito reduzida" de pessoas aderiu à iniciativa, e o Carrefour, que tem mais de 100 lojas na China, já reiterou seu apoio aos Jogos Olímpicos de Pequim.

Uma busca no portal em chinês mais popular, o Baidu.com, resultava em 107 mil páginas de apelo a boicotes aos produtos franceses, depois das manifestações pró-Tibete que causaram o caos durante a passagem da tocha olímpica por Paris, em 7 de abril.

Os consumidores chineses também estão revoltados com o fato de o presidente francês, Nicolas Sarkozy, não ter rejeitado a idéia de um boicote à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, que ocorrem entre 8 e 24 de agosto.

A viagem da tocha olímpica pelo mundo tem sido marcada por protestos desde o início, em Olímpia, na Grécia.

Na manifestação de Paris, os críticos da repressão chinesa no Tibete tentaram "roubar" o símbolo olímpico das mãos dos atletas, obrigando a equipe de segurança chinesa a extinguir a tocha várias vezes e protegê-la em um ônibus.

Estudantes desocuparam hoje a reitoria da UnB

Estudantes da Universidade de Brasília desocuparam nesta sexta-feira (18) o prédio da reitoria depois de uma limpeza que começou ontem. Segundo o novo reitor, algumas portas foram danificadas, como a do gabinete que foi arrombada com um caixão, mas Roberto Aguiar disse que não se importa com os danos e acredita que seja normal.

O reitor inspecionou o prédio junto com uma comissão de estudantes. Ele afirmou que agora pretende resgatar a boa imagem da universidade e entrar em acordo com os alunos sobre as 28 reinvindicações escritas em um documento apresentado a ele na posse.

Os estudantes consideram-se vitoriosos mas ainda querem discutir as mudanças propostas, principalmente a questão das eleições paritárias, onde o voto servidores, estudantes e professores tem o mesmo peso.

Roberto Aguiar permanecerá 180 dias no cargo, até a convocação de eleições para a escolha de um novo reitor.

Da redação do clicabrasilia.com.br, com agências

Roberto Cabrini - Certo ou errado.

Jornalista Roberto Cabrini pode sair hoje da prisão

Um dos advogados que defende o jornalista Roberto Cabrini, Renato Martins que trabalha conjuntamente com o advogado Alberto Zacharias Toron-, disse que espera a soltura de seu cliente nesta quinta-feira (17). Cabrini está preso desde a última terça-feira. Ontem, ele foi transferido para o 13º Distrito Policial, no bairro da Casa Verde, região norte de São Paulo. Cabrini foi indiciado por tráfico de entorpecentes.

Ontem, a defesa do jornalista apresentou à Justiça, um pedido de relaxamento do flagrante, com base na teoria de que o flagrante "foi armado" contra Cabrini, informou Martins. "Estamos à espera da análise do Ministério Público e da decisão do juiz. Não há prazo para isso ocorrer, mas esperamos que Cabrini seja solto hoje", disse o advogado.

"O pedido de relaxamento do flagrante se baseia na argumentação de que esse flagrante foi forjado", afirmou Martins. Cabrini não pode ser solto mediante pagamento de fiança, já que o crime de tráfico de entorpecentes é inafiançável, disse o advogado.

Martins negou que seu cliente tenha qualquer envolvimento amoroso com a comerciante Nadir Dias da Silva, 50, como ela afirmou durante o depoimento que deu na terça-feira. Silva estava com Cabrini no carro do repórter, no momento em que a polícia encontrou dez papelotes de cocaína no porta-objeto do veículo, que estava estacionado em frente a uma padaria da região sul de São Paulo.

"Ele se envolveu com ela em razão de uma reportagem que fazia sobre o PCC. No meio dessa história, ela passou a ameaçá-lo e fez com que ele consumisse [a droga], sob ameaça de uma arma, com o intuito de filmá-lo. Ele me falou: "Renato, eu tinha que fazer essa concessão para preservar minha integridade física". É como se um jornalista fosse fazer uma reportagem na floresta e uma tribo o obrigasse a comer carne humana. Ele não comeria?", disse o advogado.

Segundo Martins, a comerciante filmou seu cliente consumindo cocaína para extorqui-lo depois. "Uma pessoa que faz uma coisa dessas demonstra o desejo de extorquir. Ela mostrou que é do tipo de pessoa que faz chantagem. Não faz o menor sentido ela acusar um jornalista do nível profissional e pessoal do Cabrini. Tudo foi forjado", disse o advogado.

Martins concluiu a conversa afirmando que acredita que a liberdade provisória de Cabrini está perto de ser concedida. "Ele tem família e laços em São Paulo. Meu cliente não pretende fugir", declarou.
Promotoria dá parecer sobre prisão de Cabrini nesta tarde

O Ministério Público Estadual deve dar, na tarde nesta quinta-feira (17), um parecer sobre a petição de relaxamento de flagrante e liberdade provisória do jornalista Roberto Cabrini. O repórter da Rede Record foi detido por policiais civis na noite de terça-feira (15) na região do 100º DP, no Jardim Herculano, na Zona Sul da capital paulista, com oito gramas de cocaína, divididos em dez papelotes. Da cela, ele escreveu uma carta dizendo que foi vítima de armação.

“Estamos aguardando o Ministério Público dar essa opinião. Depois, cabe ao juiz decidir”, explica o advogado Renato Martins, um dos responsáveis pela defesa de Cabrini.

De acordo com o advogado, o pedido de relaxamento do flagrante do jornalista foi feito na tarde de quarta-feira (16), com a alegação de que a droga encontrada no carro de Cabrini foi colocada por outra pessoa com o objetivo de incriminá-lo.

Ainda segundo Martins, o pedido de liberdade provisória é baseado “na absoluta falta de necessidade de uma prisão cautelar.” “Ele trabalha em São Paulo, tem família e filhos aqui. Não há riscos de ele querer fugir”, afirma o advogado.

Nesta quinta-feira (17), o advogado ainda não se encontrou com o cliente. Mas conta que esteve com o jornalista na quarta. “Ele está revoltado com essa armação que fizeram e confiante de que a Justiça vai conceder liberdade para que possa provar inocência.”

Defesa

Na noite de quarta-feira, outro advogado de defesa de Cabrini, Alberto Zacharias Toron, reafirmou que o jornalista foi vítima de uma cilada armada por uma fonte.
“Era uma fonte dele. Ele desenvolvia um trabalho de natureza investigativa. Ela marcou, depois foram para outro local. Mal chegaram nesse outro local, os policiais já vieram e encontraram os papelotes. Do lado dela, diga-se de passagem”, afirmou, referindo-se à mulher que foi detida junto com o jornalista e, depois de ouvida na delegacia, acabou liberada.

Segundo Toron, a fonte teria ligação com a quadrilha que age a partir dos presídios de São Paulo. No passado, essa mesma mulher teria chantageado e ameaçado o jornalista. Cabrini, ainda de acordo com Toron, teria mantido o relacionamento porque a mulher prometeu enviar um material “a respeito do trabalho que ele desenvolvia”.

O advogado diz que “existe algo estranho” no fato de a mulher ter sido libertada logo após ser ouvida na delegacia. “Curiosamente, esta mulher, que tem antecedentes, foi colocada em liberdade, sem maiores constrangimentos, e foi ouvida como testemunha. Eu acho que existe aí algo estranho que precisa ser apurado.”

Cabrini foi repórter na Rede Globo em diversos períodos, o último deles encerrado em 2001. Depois, passou pelo SBT e pela TV Bandeirantes.

Prisão

O boletim de ocorrência registra que policiais que investigavam uma denúncia de tráfico de drogas na periferia da Zona Sul suspeitaram do carro em que estava o jornalista.

Quando parou no estacionamento de uma padaria, Cabrini foi abordado. Exames feitos no Instituto Médico-Legal (IML) confirmaram que os papelotes tinham mesmo cocaína. A mulher que estava com o jornalista carregava um pen-drive, um dispositivo de memória de computador que continha imagens comprometedoras do repórter. Segundo a polícia, o jornalista não quis ver as imagens na delegacia, nem se pronunciar sobre elas.

Aos policiais, Cabrini negou ser usuário de cocaína e disse que estava trabalhando numa reportagem. Em nota, a Rede Record afirmou que a área de jornalismo da empresa tinha o registro interno de que Roberto Cabrini estava desenvolvendo uma reportagem de caráter investigativo.

Por negar ser usuário de cocaína, Cabrini foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. Ele está no 13º DP, na Casa Verde, delegacia onde há celas para presos com curso superior. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo declarou, em nota, que acredita na inocência do repórter e que a detenção dele foi um equívoco.

Idosa leva livro de auto-ajuda a Cabrini na prisão

TINO MONETTI
Colaboração para a Folha Online

A dona-de-casa Jandira Gonçalves de Oliveira, 71, foi a única visita que o jornalista Roberto Cabrini recebeu até o começo da tarde nesta quinta-feira (17), no 13º Distrito Policial, no bairro Casa Verde, na região norte de São Paulo, onde ele está preso.

A aposentada, que é fã do jornalista, levou de presente para Cabrini o livro de auto-ajuda "Minutos de Sabedoria". "É para dar paciência a ele", declarou à Folha Online.

Moradora da Serra da Cantareira, também na região norte de São Paulo, Oliveira foi até o DP apenas para levar o presente. Ela não conseguiu ver o jornalista, já que sua entrada na cela não foi permitida pelo delegado. Ela deixou o livro na recepção e pediu para que ele fosse entregue a Cabrini.

"Eu tenho certeza que ele não fez isso. Acompanho a carreira dele há muito tempo e sei que ele é um homem direito. Tenho fé que ele será solto em breve", afirmou Oliveira, ao deixar o local.

Hoje, o advogado que defende Cabrini disse à Folha Online que espera que seu cliente seja solto nesta quinta-feira.

Abatido

A reportagem da Folha Online conseguiu ver Cabrini, no momento em que ele era conduzido por policiais em um dos corredores do 13º DP, no começo da tarde de hoje. O jornalista estava usando uma camiseta branca e uma calça de moletom cinza. Ele tinha a aparência bastante abatida. Ele está preso desde a última terça-feira e foi indiciado por tráfico de entorpecentes.

A comerciante Nadir Silva, 50, que estava com Cabrini no momento da prisão, afirmou em depoimento que é amante do repórter. O jornalista negou qualquer envolvimento amoroso com ela.


Delegado diz que cela de Cabrini tem más condições de higiene
TINO MONETTI
colaboração para a Folha Online

O delegado do 13º Distrito Policial de São Paulo, Reinaldo Perez, afirmou hoje (17) que a cela onde está preso o jornalista Roberto Cabrini não tem boas condições "no que se refere à higiene". "É por isso que pedimos que não existam mais celas em DPs", falou à Folha Online.

Perez ainda afirmou que acredita que foi Cabrini quem provocou sua própria prisão, por razões jornalísticas. "Pode apostar que, assim que ele sair, ele vai ter um grande furo de reportagem e dizer que provocou sua prisão", disse o delegado.

Perez disse que, até o momento, Cabrini não fez nenhum pedido especial às autoridades do distrito. Nesta quinta-feira, o jornalista não recebeu visitas de familiares.

Cabrini está preso desde a última terça-feira. Ele foi indiciado por tráfico de entorpecentes, já que a polícia diz que achou dez papelotes de cocaína em seu carro. Hoje, o advogado do jornalista disse à Folha Online que espera a liberdade para seu cliente ainda nesta quinta.


Suposta amante diz que Cabrini a chantageava

Advogados contratados pela TV Record entraram nesta quarta-feira com um pedido de relaxamento da prisão em flagrante ou a concessão da liberdade provisória para o jornalista Roberto Cabrini. Ele foi preso na noite de terça-feira, no Jardim Angela, com 10 papelotes de cocaína. O jornalista foi transferido ontem do 100 Distrito Policial, no Jardim Ângela, para o 13 Distrito Policial, na Casa Verde, destinado a presos com curso superior, onde permanece preso. Ele afirmou, em nota, que está sendo vítima de uma 'armação'.

"Ele não é usuário e não é traficante. Ele é jornalista. O que faria um jornalista bem pago ir até a favela, um dos lugares mais distantes de São Paulo, para comprar drogas?", afirmou o advogado Renato Marques Martins, que foi contratado para defender o jornalista e o visitou nesta quarta.

O salário do repórter da Record é de R$ 105 mil por mês, segundo ele mesmo relatou ao delegado em seu depoimento. A Record divulgou nota em que diz ter conhecimento do trabalho que vinha sendo realizado por Cabrini. “A área de jornalismo da Record tinha o registro interno que o repórter estava desenvolvendo uma reportagem de caráter investigativo. Roberto Cabrini é reconhecido pela cobertura de reportagens especiais e por sua trajetória profissional nas principais TVs brasileiras. A Record acredita na polícia e na Justiça do Estado de São Paulo e espera a correta elucidação dos fatos.”

Em seu depoimento, Cabrini disse que foi se encontrar com Nadir Domingos Dias da Silva, conhecida como Nádia, que era sua fonte e lhe entregaria gravações nas quais apareceria um depoimento de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe da facção criminosa que comandou ataques terroristas a São Paulo.

A fita, segundo ele, demonstraria autenticidade da entrevista que fez em maio de 2006. Naquele ano, durante os ataques, o jornalista colocou no ar um áudio que seria entrevista com Marcola, que estava preso na penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes. A Secretaria de Administração Penitenciária afirmou que não se tratava de Marcola e a entrevista foi desmentida. Cabrini não havia se pronunciado sobre o assunto desde então.

“Jamais parei de investigar e, apesar das inúmeras pressões, sempre tive certeza da autenticidade da entrevista que efetuei em maio de 2006 com o líder da facção, Marcos Camacho.”

Ao chegar para pegar as fitas, ele teria sido abordado por policiais, que teriam achado a droga no carro. Cabrini diz que o policial achou a droga em menos de 3 segundos. O jornalista diz ainda que o delegado disse que tinha prova que ele era usuário de droga e queria que ele assumisse no depoimento que era amante de Nadir. Como ele não o fez, teria sido preso por tráfico de drogas.

O jornalista diz que existe uma fita na qual ele aparece usando droga e que ele foi obrigado a consumir cocaína sob ameaça de armas. A cena teria sido gravada por Nadir para garantir que Cabrini não a denunciasse.

A comerciante Nadir Domingos Dias, de 50 anos (conhecida como Nádia pelos amigos), disse à polícia que apenas ela estava no carro de Cabrini com o jornalista quando ele foi preso e que ele não estava fazendo qualquer reportagem. “Somos namorados há três anos”, afirmou. Cabrini negou a relação.

Nadir diz que queria terminar o namoro e o jornalista a chantageava com um documento que a associaria à facção criminosa que realizou ataques a São Paulo. Ela afirmou ainda que o jornalista usava droga.

O encontro, segundo ela, teria sido marcado para que ele lhe devolvesse o documento comprometedor. Em troca, ela daria ao jornalista um pen-drive (dispositivo de armazenamento de dados digitais) com as imagens dele usando drogas, para que a “chantagem mútua” — conforme ela definiu — acabasse. O pen-drive foi apreendido pela polícia.

A comerciante disse que conheceu Cabrini pouco antes da primeira onda de ataques da facção criminosa, há quase dois anos. Por ser mulher de um ex-policial que se tornou ladrão de bancos, o jornalista a teria procurado. O marido dela estava preso e Cabrini estaria à busca de informantes dentro do sistema carcerário.

Já o jornalista contou que conheceu Nádia apenas depois do ataque do crime organizado. “(...)Havia uma senhora que tinha entrado em contato com a redação oferecendo-se para possibilitar que o lado dos presos fosse ouvido”, disse Cabrini em depoimento à polícia.

A comerciante admitiu que já foi absolvida de um caso de homicídio, em que teria tomado a arma de uma ladrão e atirado em sua cabeça. Nádia contou que, no dia da prisão de Cabrini, estava com ele desde as 14h.

Da Agência O Globo

CASO ISABELLA - NÃO HAVIA 3ª PESSOA





Irmão viu Isabella caída no jardim, diz avô
Douradosagora


O pai de Alexandre Nardoni, Antônio Nardoni, afirmou hoje que o neto mais velho chama pela irmã, Isabella Nardoni, 5 anos, o tempo todo. Segundo a avô, o garoto tomou conhecimento do que havia acontecido com a menina ao acordar assustado, na noite do crime, com o grito dos pais. De acordo com Antônio, o menino teria visto o corpo da irmã no jardim do prédio.

Antônio se diz convicto da inocência do casal Alexandre e Anna Carolina Trotta Jatobá. "Eles (o casal) adoravam a menina e vice-versa. Ela sempre quis morar com eles, não teria porque eles acometerem contra a vida dela." Ele afirmou que, se tivesse conhecimento da culpa do filho, já teria feito Alexandre assinar a confissão. Antônio afirmou que o assassino da neta "merece pagar pelo que fez".
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Questionado sobre as comemorações do aniversário do neto mais novo, Cauã Nardoni, que completa hoje 1 ano, Antônio disse que não haverão comemorações. "Assim que tiver um tempo, vou comprar um velocross (triciclo) para ele, conforme temos tradição na família, de comprar um para todas as crianças que completam um ano de idade". Sobre o aniversário de 6 anos de Isabela, que seria amanhã, ele afirmou que "será mais uma data triste para a família, por conta da situação vivida no momento".

Hoje, a avó paterna de Isabella Maria Aparecida Alves Nardoni, prestou depoimento hoje no 9º Distrito Policial, em São Paulo. Ela chegou de carona com o marido, Antônio Nardoni, no final da manhã. Ele a deixou na porta lateral da delegacia e foi estacionar o veículo. A mãe de Alexandre Nardoni não falou com a imprensa.


Pai de Ives Ota presta solidariedade à mãe de Isabella

da Folha Online

Massataka Ota, cujo filho Ives Ota foi seqüestrado e assassinado em 1997, fez uma visita a Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni que foi morta no último dia 29, na zona norte de SP.

Mariana Sant´anna, colaboradora da Folha Online, diz que Ota foi prestar solidariedade à família e convidá-los para participar de uma campanha pela paz.

Player Folha SP

Segundo Sant´anna, Oto informou à imprensa que Ana Carolina não foi trabalhar hoje e permaneceu em casa com os pais. "Ele disse que a família Oliveira está confiante de que a polícia vai resolver o caso", conta a repórter.

De acordo com Sant´anna, quando Ota foi embora, José Oliveira, pai de Ana Carolina, saiu de casa e conversou brevemente com os jornalistas. "Ele disse que a família vai participar da campanha pela paz, mas não falou sobre a neta e ficou com lágrimas nos olhos quando perguntaram sobre as investigações."

A família de Ana Carolina recebeu também a visita da mãe de uma colega de Isabella, que saiu sem falar com imprensa.


Caso Isabella: polícia descarta terceira pessoa no apartamento

A polícia já terminou quase toda a investigação do caso Isabella e concluiu: a menina foi asfixiada e teve uma parada cardíaca antes da queda. E mais: não havia mesmo, segundo a polícia, uma terceira pessoa no apartamento naquela noite de sábado, 29 de março.

A perícia constatou que a pegada no lençol era do chinelo de Alexandre Nardoni, pai da garota. Foram analisados mais de 40 pares de calçados apreendidos no apartamento.

De acordo com os laudos, a menina sofreu um processo de esganadura dentro do apartamento, o que ocasionou uma parada respiratória. Depois, Isabella foi jogada. A queda ocasionou um politraumatismo, com lesões nos órgãos internos.

Segundo levantamento do Instituto de Criminalística (IC), a agressão contra Isabella começou dentro do apartamento. Isso explicaria as manchas de sangue no colchão, no chão e no caminho da porta principal.

Após ter o pescoço apertado e sofrer parada respiratória, Isabella desmaiou. Por isso, os médicos legistas encontraram no corpo dela manchas vermelhas no pulmão e no coração, além de vermelhidão nas pontas dos dedos.

Depois disso, Isabella foi jogada do sexto andar do prédio, uma altura de aproximadamente 20 metros. Quando caiu no jardim do prédio do Condomínio London ainda estava viva, mas sofreu fraturas na bacia, no punho e lesões em praticamente todas as costelas.

Os legistas também encontraram problemas no estômago e no fígado. Isso, segundo eles, pode ser o sinal da queda. A conclusão do Instituto Médico-Legal (IML), que vai estar no laudo entregue para a polícia, é que Isabella morreu de politraumatismo e de asfixia.

Terceira pessoa

A polícia já suspeitava que não havia uma terceira pessoa no apartamento por causa dos depoimentos de testemunhas. O porteiro garantiu que, naquela noite, só três pessoas haviam entrado no prédio, mas em apartamentos que foram identificados.

Os peritos fizeram então um levantamento com um equipamento mais sofisticado, chamado "crimescope", que levanta vestígios que as pessoas não conseguem ver a olho nu. Nesses vestígios não há nada que indique que uma pessoa estranha à família tenha entrado no apartamento.

Outra informação importante é que o processo de asfixia de Isabella durou cerca de três minutos, o que fez com que ficasse inconsciente mais alguns minutos, até ela então ser jogada pela janela.

Um grupo de pessoas causou tumultos nesta quinta-feira diante da casa da família Nardoni, que acabou chamando a polícia para conseguir conter os protestos. Os manifestantes colaram cartazes no portão da casa, que fica no bairro Tucuruvi, na zona norte de São Paulo, em que acusavam Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, de 'assassinos' e pediam 'justiça'.

Um outro cartaz parabenizava Isabella por seu aniversário de 6 anos, que ocorreria nesta sexta. Duas viaturas da Polícia Militar (PM) e duas da Polícia Civil foram ao local e retiraram os cartazes.

Segundo um dos policiais, a PM foi chamada "para manter a ordem e evitar depredações na casa da família". Um investigador da Polícia Civil confirmou que foi a família Nardoni que chamou os agentes. Eles permaneceram no local por cerca de 20 minutos. Porém, logo depois que saíram outros três cartazes - com os dizeres "queremos paz", "indignação sobre o caso Isabella" e "amor à Isabella" - foram novamente colados na frente da residência.

"Tive que manifestar o que sentia. Antes só ligava a TV para ver novela, agora acaba o jornal procuro outro", disse, chorando, a dona de casa Maria Francisca Cavalcanti, de 40 anos. Ela colou o primeiro cartaz do dia no portão da família. Moradora do bairro A.E. Carvalho, na zona leste da capital paulista, ela levou duas horas para chegar ao local.


Taxista: madrasta disse que não gostava da menina

Ele se apresentou espontaneamente à polícia para prestar depoimento

Um taxista se apresentou espontaneamente à polícia e prestou depoimento nesta quarta-feira (16) sobre a morte de Isabella Nardoni. José Geraldo Amaro trabalha como taxista há 14 anos na Zona Norte de São Paulo, onde mora. Antes de falar com a polícia, ele conversou com a reportagem da TV Globo.

O taxista afirmou que, apesar da corrida curta, lembra de detalhes e não tem dúvida de que a passageira era Anna Carolina Jatobá. O taxista se comove, pois viveu um drama parecido: a filha dele foi assassinada por um maníaco, quando tinha 4 anos.

A corrida ocorreu há aproximadamente dois meses e meio e estava no Tucuruvi, quando a madrasta de Isabella, com uma criança no colo, deu sinal. “Como gosto muito de conversar com passageiro, comentei sobre meu passado, separação, tudo.”

Segundo o taxista, Anna Carolina disse que estava com um problema parecido. Ela teria contado, então, que não tinha bom relacionamento com a enteada por causa dos filhos. Anna teria dito que tinha ciúme.

Amaro contou também que a madrasta de Isabella disse que o clima na casa ficava ruim quando a menina ia passar o fim de semana com a família, mas que um dia ia resolver tudo isso. “Ela falou pra mim que não gostava [da garota] e que estava atrapalhando o relacionamento dela com o pai”, disse o taxista.

Cartazes com pedidos de justiça são colados na casa dos Nardoni

De A Tribuna On-line


Na porta da casa da família Nardoni, no bairro do Tucuruvi, Zona Norte de São Paulo, o clima na tarde desta quinta-feira era de apreensão. Muitos curiosos se amontoaram em frente à residência de Antonio Nardoni, pai de Alexandre e sogro de Anna Carolina Jatobá. Algumas pessoas colaram cartazes no portão com pedidos para a solução do caso Isabella. A Polícia Militar foi chamada para reforçar a segurança no local.



Os cartazes continham mensagens como: ‘queremos paz’, ‘amor a Isabella’ e ‘queremos justiça’. Isabella Nardoni, de 5 anos, morreu após cair, em 29 de março, do 6º andar do prédio onde o pai dela mora, na Zona Norte. O possível envolvimento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina no crime é investigado.



Com medo de depredação, a família Nardoni pediu reforço à Polícia Militar. Os policiais afirmaram, no entanto, que se tratava apenas de um patrulhamento de rotina. Eles retiraram alguns cartazes, assim como fez uma amiga da família. Pouco depois, os papéis foram colados novamente com fita crepe. Às 15h, os advogados de defesa e o também advogado Antonio Nardoni deixaram o local de carro sem falar com a imprensa. As informações são do G1, da Globo.


Laudos sobre morte de Isabella Nardoni ficam prontos hoje



Os laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico-Legal sobre a morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, devem ficar prontos hoje. Com os resultados, a polícia terá os argumentos necessários para o novo depoimento do pai Alexandre Nardoni, e da madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, marcados para amanhã, data que a menina faria 6 anos.



Já o inquérito policial ainda deve demorar alguns dias para ser encerrado. Ontem ocorreram duas reuniões dos peritos que cuidam do caso. Uma delas envolveu o superintendente da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli. A outra contou com a participação dos três médicos-legistas que examinaram o corpo de Isabella. O objetivo é tentar alcançar um consenso sobre a dinâmica do crime.

Os peritos ainda divergiam sobre o que teria provocado a asfixia na menina. Uma parte acreditava que Isabella teria sido asfixiada ainda no apartamento e outra que isso teria sido provocado pela queda da criança. Mas os legistas ainda não têm certeza se a menina teve a parada cardiorrespiratória por causa do impacto decorrente da queda ou se isso foi provocado por esganadura - ter o pescoço apertado com as mãos.

Caso tenha ocorrido por causa do choque com o chão, eles querem saber o que fez com que Isabella estivesse inconsciente ao ser jogada. A existência de apenas duas pequenas fraturas em seu corpo - no punho e na bacia -, apesar de uma queda de 20 metros de altura, mostram que Isabella estava com o corpo relaxado, o que, aliado ao fato de ela ter caído sobre o gramado fofo e molhado do jardim do prédio, teria amortecido a queda.

Para a polícia, a menina teria sido jogada pela janela "não com a finalidade de provocar o óbito, mas de mascarar a lesão provocada no apartamento". As informações são do Jornal da Tarde.


Para avô, mãe de Isabella pode ter exagerado

Antonio Nardoni vê contradição entre relatos dados por Ana Oliveira à polícia e à imprensa

O pai de Alexandre Nardoni, o advogado Antonio Nardoni, chegou por volta das 10h15 desta quinta-feira (17) ao 9º Distrito Policial, na região do Carandiru, Zona Norte de São Paulo. Ele estava acompanhado de sua mulher, Maria Aparecida Alves Nardoni.

A mãe de Alexandre deve prestar depoimento nesta quinta-feira.

Ao comentar o depoimento prestado à polícia pela mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, Antonio Nardoni afirmou que ela pode ter exagerado. "Eu acho que é o depoimento de uma pessoa num momento muito ruim -tinha acabado de perder a filha- talvez tenha exagerado em alguma coisa."

Ele disse que relatos dados por Ana Carolina à imprensa contradizem o depoimento. "Se vocês observarem o que está na própria mídia, ontem mesmo tinha uma declaração dela dizendo que ele a tratava (Isabella) muito bem, nunca a machucou. É incoerente", disse ele aos jornalistas. "Não sei se ela mentiu", complementou.

Perguntado sobre relatos de brigas entre seu filho e a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, Antonio Nardoni disse: “Briga de casal é uma coisa normal”. Ele confirmou que prestará depoimento à polícia no próximo sábado (19), juntamente com a filha dele, Cristiane Nardoni. Ambos foram intimados pela polícia.

Ele comentou um depoimento à polícia de que sua filha, Cristiane Nardoni, teria feito uma declaração comprometedora após ser informada em um bar da Zona Norte sobre a morte da criança. “Na verdade, no telefonema há um absurdo que vocês posteriormente verão. Os depoimentos não condizem com a realidade. Esses depoimentos que se referem a ela (Cristiane Nardoni), na verdade, são mentirosos. Não sei quem falou.”

O avô de Isabella disse também que seus netos estão "muito abatidos". "As crianças também estão muito abatidas porque estão com dificuldade para ver os pais. Infelizmente é uma situação com a qual nós temos que conviver." Ele contou que nesta quinta-feira seu neto menor completa um ano. “Hoje é aniversário do meu outro neto. Então vocês imaginam como nós estamos passando o aniversário do meu neto.”

Antonio Nardoni ainda reiterou a inocência do filho. Perguntado sobre a existência um complô para incriminar o casal, Antonio Nardoni disse: “Se é um complô ou não, cabe à polícia investigar. Acho que ela tem que abrir o leque. Eles (polícia) direcionaram só para o casal. Tenho dito sempre isso. Existem outros canais de investigação que deveriam ter sido levados em consideração”

Pouco antes chegaram à delegacia os advogados do casal e evitaram falar com a imprensa. Eles estiveram esta manhã na casa da família Nardoni por cerca de duas horas.

Testemunhas ajudam a montar perfil do pai

Segundo vizinhos, ele tinha constantes discussões com a mulher, Anna Carolina Jatobá

Testemunhas que prestaram depoimento à polícia desde o início das investigações sobre a morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, ajudam a compor um perfil de Alexandre Nardoni, pai da menina, e da relação dele com a mulher, Anna Carolina Jatobá.

O jovem, de 29 anos, é formado em direito. Ele trabalha como consultor jurídico e, segundo o pai, atualmente estudava para o exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Ele queria ser delegado.

O rapaz passou a infância no bairro Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo. Foi comerciante: teve loja de roupas e uma oficina de motos. Na rua onde morou, conheceu a primeira namorada, Patrícia. “Ele era tranqüilo”, conta a menina.

A relação com Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella, durou pouco mais de dois anos e acabou onze meses depois da menina nascer.

Na faculdade, Alexandre conheceu a atual esposa, Anna Carolina Jatobá, e fez poucos amigos. “A gente tava aqui pra estudar, tinha uma amizade, tinha uma afinidade, mas o relacionamento dentro da faculdade era um e fora outro”, conta um dos colegas, Pedro Satiro.

Vizinhos do primeiro edifício onde o casal morou relataram que as brigas entre eles eram constantes. Já no Edíficio London, onde Isabella morreu, poucos conheciam a família Nardoni.

Um casal que mora em frente é considerado testemunha-chave e foi ouvido com exclusividade pela Rede Globo. Eles afirmam ter ouvido uma forte discussão na noite em que Isabella foi jogada da janela do prédio.

“Estávamos acordados por causa do silêncio mesmo. O que chamou atenção foi a discussão e o apavoramento da discussão. Não era asssim, simplesmente, uma briga. Devido as palavras de baixo calão que se pronunciava. Eram muitos palavrões. Não era uma briga isolada de uma casal, mas uma situação de desespero”, conta uma das testemunhas.

Morte
O casal diz que tudo foi muito rápido. Eles souberam da queda da menina depois de um grito. “O que me chamou atenção foi justamente quando a pessoa virou e falou assim: ‘jogaram a Isabella do sexto andar’. Assim que aconteceu isso, a minha reação foi levantar da cama e puxar a janela”, relata a testemunha.

“Conforme eu puxei a janela, eu já vi a moça, eu já vi de frente para mim a moça que nós ficamos sabendo que era a madrasta, andando de um lado para outro, nos corredores laterais embaixo do hall externo”. Anna Carolina deixava transparecer o nervosismo. “Ela andava, ela gritava muito, falando os mesmos palavrões que nós havíamos escutado no interior do apartamento, momentos antes.”

Eles ainda dizem que a atitude de Anna Carolina Jatobá chamou a atenção e afirmam que a voz dela é inconfundível. “A voz dela é uma voz muito alta e por ela estar falando, estar pronunciando as mesmas palavras de baixo calão, foi o que marcou a situação. Porque até então, foi na hora, foi o momento que nós ligamos ao fato, de que a discussão era gerada pelo acontecido abaixo no apartamento”. Os vizinhos afirmam: “ela jamais chegou perto do corpo da criança”.

Pai de Alexandre Nardoni diz que "briga de casal é normal"

O pai de Alexandre Nardoni foi nesta manhã na delegacia onde o caso está sendo investigado, na zona Norte de São Paulo. De acordo com a rádio CBN, ele confirmou que irá prestar depoimento no próximo sábado, juntamente com a filha.

Quando perguntado sobre os vários relatos de que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá brigavam demais ele foi enfático: "Briga de casal é uma coisa normal". Ele disse também que as investigações da polícia precisam se abrir e não ficar apenas em cima do casal.

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, são os principais suspeitos de terem esganado e depois jogado a garota pela janela do sexto andar de um edifício na zona Norte de São Paulo, no último dia 29.


Avó de Isabella presta depoimento e usa porta lateral para deixar delegacia
A avó paterna de Isabella, Maria Aparecida Alves Nardoni, prestou depoimento nesta quinta-feira no 9º DP (Carandiru, zona norte de São Paulo) sobre a morte da menina. Segundo a Secretaria da Segurança, ela integra a lista com 22 nomes entregue à polícia pela defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da criança.

A avó chegou à delegacia pouco depois das 10h, acompanhada do marido, Antonio Nardoni, e de advogados. Ao deixar o DP, por volta das 13h30, Maria Aparecida e os advogados usaram uma saída lateral, para evitar o assédio da imprensa. Ao mesmo tempo, o marido deixou o local pela porta principal e falou rapidamente com os jornalistas.

Antonio disse que não acompanhou o depoimento da mulher. Ao chegar à delegacia, ele disse que estava ali "na condição de pai", e não de testemunha ou de advogado. Ele prestará depoimento no sábado (19), quando a filha, Cristiane, também será ouvida.

Desde que Isabella foi jogada do sexto andar de um prédio na zona norte da cidade, em 29 de março último, a Polícia Civil de São Paulo já ouviu outras 58 pessoas --três delas indicadas pela defesa do pai e da madrasta de Isabella.

Alexandre e Anna Carolina prestarão novo depoimento à polícia amanhã (18), quando Isabella completaria seis anos. Um esquema de segurança será montado na delegacia, segundo a polícia.

Defesa questiona segurança de prédio e reafirma inocência de pai e madrasta

Os advogados do pai e da madrasta da menina Isabella Nardoni, jogada do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo no último dia 29, acompanharam ontem, 16, os depoimentos de duas testemunhas de defesa. Depois, a defesa de Alexandre Nardoni e de Anna Carolina Jatobá afirmou que os relatos comprovaram a fragilidade da segurança no edifício onde a criança morreu e reafirmou que o casal é inocente.

Reportagem de André Caramante publicada pela Folha mostra que o casal deve ser indiciado pela morte da menina e que, depois, a polícia pedirá à Justiça a decretação da prisão preventiva de ambos. A decisão ocorreu depois que a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual confirmaram que Isabella foi agredida pela madrasta e jogada do sexto andar do Edifício London, na Vila Isolina Mazzei, pelo próprio pai.

Ontem foram ouvidas no 9º DP (Carandiru) 2 das 22 testemunhas indicadas à polícia pela defesa do casal. Além delas, mais de 50 pessoas já prestaram depoimento, como parte das investigações.

Após o crime, o casal afirmou que o apartamento havia sido invadido por um criminoso. A defesa também chegou a dizer que o assassino pode ter entrado no imóvel com uma chave perdida pelo casal.

"As duas testemunhas [ouvidas ontem] vieram comprovar a vulnerabilidade do edíficio London e a perda das chaves por Anna Carolina e Alexandre Nardoni. Vieram demonstrar que alguns de seus apartamentos ficavam abertos e expostos a qualquer pessoa que quisessem entrar", disse Ricardo Martins, um dos advogados do pai e da madrasta de Isabella.

Ele afirmou que, ao contrário de testemunhas que afirmaram à polícia ter presenciado discussões entre o casal, existem pessoas que comprovam a harmonia entre Nardoni e Anna Carolina. Ele também voltou a negar contradições nos depoimentos de ambos.

Defesa - O advogado disse que não comentaria sobre o indiciamento porque ainda não foi oficialmente informado sobre a decisão. Ele afirmou que o casal está "totalmente à disposição da Justiça" e que, intimados, comparecerão a depoimento.

Segundo Martins, os clientes defendem que são "absolutamente inocentes". Ele considera que enquanto os laudos não ficarem prontos, não é possível descartar a participação de uma terceira pessoa no crime.

Arquiteto da Casa Cor é morto na zona sul de São Paulo

Criador de alguns dos ambientes mais concorridos de várias edições da Casa Cor, maior evento de decoração do País, o arquiteto e decorador Nelson Walter Fernandez Lojo, de 59 anos, foi assassinado, com um tiro no peito, na terça-feira (15) à noite, no Brooklin, zona sul de São Paulo. O crime aconteceu após o arquiteto deixar seu escritório, na Rua Califórnia, e ser abordado por dois homens não-identificados, segundo informações da polícia. De acordo com o depoimento de um vigia, única testemunha do crime, a dupla abordou Lojo, gritando: “Entra, entra”. A testemunha viu ainda quando um dos homens entrou no carro, pela porta traseira.
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Minutos depois, quando o carro começava a mover-se, os dois homens saíram do veículo, um pela porta do motorista e o outro pela de trás. Em seguida, o corpo do arquiteto despencou pela porta do passageiro. A dupla, que vestia trajes escuros, segundo a testemunha, saiu correndo, entrou em um Corsa estacionado bem próximo e foram embora.

Lojo foi socorrido por policiais, que chegaram ao local logo depois do ocorrido. Ele chegou a ser levado para o Hospital Evaldo Foz, no Campo Belo, zona sul, onde chegou morto. De acordo com o boletim, nada foi roubado do arquiteto - nem os dois aparelhos celulares que estavam com ele. Até ontem à noite, a polícia não tinha nenhuma pista dos dois criminosos. A ocorrência foi registrada como tentativa de roubo no 96º Distrito Policial. (AE)

Pessoas físicas podem cadastrar domínio .com.br usando CPF

Desde que se começaram a registrar domínios brasileiros, quem quisesse usar o sufixo mais popular, .com.br, precisava de um CNPJ para fazer o cadastro. Teoricamente, essa terminação era voltada para pessoas jurídicas. Na prática, pessoas físicas davam um jeito - seja criando um CNPJ, seja pedindo emprestado a alguém - de optar pelo .com.br e tornar mais fácil a localização do site.

Agora, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) mudou a regra: basta ter um CPF para poder cadastrar um domínio desse tipo a partir de 1º de maio. Pensado inicialmente apenas para sites de atividades comerciais, o .com.br caiu no gosto dos internautas por ser considerado a terminação mais fácil de lembrar. Quem preferir, ainda pode se cadastrar com o CNPJ da empresa.

Se o usuário não faz questão de ter um página no modelo seunome.com.br, conta, desde o ano passado, com uma vantagem na hora de comprar o pouco comum seunome.nom.br: no registro válido por três anos, a segunda e a terceira anuidade saem por apenas R$ 9, contra R$ 27 para os outros domínios. A primeira anuidade, de R$ 30, é igual para todos os tipos.

Reitor da Unifesp admite que fez compras pessoais com cartão

CPI aprova convocação de Fagundes Neto e Ministério Público Federal apura natureza dos gastos
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Ricardo Brandt

O reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ulysses Fagundes Neto, admitiu ontem que fez compras pessoais com dinheiro do governo. Ele terá de dar explicações sobre seus gastos à CPI dos Cartões e ao Ministério Público Federal.

Em entrevista coletiva, o reitor disse que não sabia que o cartão de crédito corporativo do governo federal não podia ser usado para cobrir despesas pessoais. A afirmação foi para justificar a aquisição de materiais esportivos em uma viagem que fez a Alemanha, em 2006. “Eu cometi um equívoco, me equivoquei e paguei, porque usei o cartão de uma forma que não poderia ter usado”, afirmou Fagundes Neto. Ele reiterou que devolveu ao governo todo o dinheiro gasto com o cartão.

A CPI aprovou ontem a convocação do reitor e o procurador Sergio Suiama encaminhou a ele um ofício cobrando explicações sobre despesas feitas no exterior entre 2006 e 2008. Suiama investiga o suposto mau uso do cartão do reitor desde fevereiro, quando começaram a surgir as primeiras informações sobre seus gastos em restaurantes de luxo.

O reitor encaminhou planilhas sobre seus gastos ao Ministério Público, mas elas não incluíam dados de despesas no exterior. Ao todo, o reitor gastou R$ 12 mil em 2006 em viagens aos Estados Unidos, Espanha e Hong Kong, entre outros lugares. Segundo o procurador, será cobrada dele a apresentação de documentos que comprovem a finalidade da despesa.

O reitor afirmou que não sabia que os dados haviam sido encaminhados incompletos ao Ministério Público. Um representante da universidade disse que as novas informações já estavam sendo levantadas.

Fagundes Neto atribuiu o uso irregular do cartão à falta de uma normatização clara. Segundo ele, desde que recebeu o cartão, em 2006, nunca teve uma orientação do que podia ou não ser feito com ele. O reitor disse que, depois que forem analisados os casos, vai cobrar a devolução do dinheiro que foi usado legalmente. Ao todo, ele restituiu R$ 85 mil referentes aos gastos de 2006 e 2007. “Essa situação está me deixando com tamanha problemática e tamanho aborrecimento que agora peguei todo o dinheiro e devolvi tudo.”

Segundo ele, os gastos em restaurantes, que foram considerados irregulares pela Controladoria-Geral da União, foram feitos em recepções de comitivas oficiais. “Levei seis vezes, em 2006, comitivas internacionais em função oficial, e gastei R$ 3.700 ao todo.” Ele devolveu o valor assim que a CGU apontou o erro, mas apresentou recurso.


Alunos querem detalhes sobre gastos com cartão corporativo na UFPI


A universidade foi a 2ª instituição que mais gastou com o cartão.

Munidos de cartazes, faixas, apitos e gritos de guerra como "Reitor deixe de treta, libere a caixa preta", estudantes da Universidade Federal do Piauí protestaram na manhã de hoje em frente a reitoria da instituição.

Os estudantes queriam entregar um oficio ao reitor Luis Júnior, pedindo um detalhamento completo de todas as despesas pagas pela UFPI com os cartões corporativos e que totalizam mais de R$ 400 mil em 2007.

Cássio de Sousa Borges, estudante do curso de História da UFPI e vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), regional Piauí/Maranhão, disse que os estudantes querem esclarecimentos e análise dos gastos praticados com o cartão corporativo.

"A transparência na gestão da Universidade Federal do Piauí é um direito de toda a comunidade acadêmica e um dever da administração da UFPI, no entanto essa não tem sido a prática da atual administração", explicou Cássio, acrescentando também que a indignação maior diz respeito a administração da universidade ser uma das que não detalhou os gastos realizados.

"O que eles tem a esconder? Por que não detalhar as despesas com o cartão corporativo?", questiona.

O reitor Luis Junior na hora do protesto não se encontrava na universidade. Ele participava de uma solenidade no Palácio de Karnak com o governador do Piauí, Wellington Dias.
Conceição Santos

Ataque suicida mata 50 pessoas em funeral no Iraque

Um suicida atacou um funeral no norte do Iraque na quinta-feira, matando 50 pessoas e ferindo outras 55 num ataque que sugere que militantes lançaram uma nova campanha de violência no norte do país.

Os sobreviventes disseram que o funeral era para dois membros de uma unidade de segurança apoiada pelos Estados Unidos, que foram mortos na quarta-feira. A Al Qaeda é apontada como provável responsável, depois de o grupo sunita prometer ataques a unidades de segurança em bairros com o apoio norte-americano.

O ataque foi um dos mais sangrentos no Iraque em meses e enfatiza a capacidade de militantes de promover a destruição, apesar da queda geral nos níveis de violência, o que levou os EUA a iniciarem a retirada de tropas.

A polícia disse que o agressor detonou um colete com explosivos em uma vila sunita próxima à cidade de Adhaim, na província de Diyala, e informou que a contagem final de mortos totaliza 50.

"De repente uma bola de fogo tomou conta do funeral. Eu caí no chão. Vi corpos espalhados por todos os lugares", disse Ali Khalaf, um dos feridos, que foi levado para a cidade de Tuz Khurmato para tratamento. Ele disse ter visto corpos serem empilhados em uma picape.

O norte do Iraque observou uma elevação nos ataques a bomba nesta semana, incluindo um que matou 40 pessoas na cidade de Baquba, capital de Diyala, na terça-feira.

Em Sadr City, palco de recentes lutas entre as milícias xiitas e as forças de segurança, novas batalhas começaram nesta madrugada, disseram autoridades.

O porta-voz do Exército norte-americano, major Mark Cheadle, afirmou que cinco militantes foram mortos nas primeiras horas de quinta-feira em três incidentes separados, incluindo um ataque aéreo. Os hospitais em Sadr City disseram ter recebido nove corpos e 36 feridos depois dos ataques. (Reportagem adicional de Mustapha Mahmoud em Kirkuk, Sherko Raouf em Sulaimaniya e Peter Graff, Khalid al-Ansary e Ahmed Rasheed em Bagdá).

Dilma escorrega e Lula tem torcicolo

Dilma escorrega e chama evento de inauguração do PAC de comício


CBN Minas

BELO HORIZONTE - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, "escorregou" durante discurso, em ato oficial do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na Vila São José, na região noroeste de Belo Horizonte. Ao lado do presidente Lula no palanque, a ministra dirigiu-se às mulheres presentes, e chamou o evento de "comício".

O presidente Lula e a comitiva de três ministros visitam Belo Horizonte e Ribeirão das Neves, na região metropolitana hoje, anunciando liberação de recursos para obras do PAC. O presidente retorna à Brasília à tarde.


Lula atribui torcicolo a juro e derrota do Corinthians

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma breve menção ao aumento da taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto porcentual para 11,75% ao ano, decidido ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), durante solenidade de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na Vila São José, em Belo Horizonte.

Lula teve que se ausentar do palco por cerca de 20 minutos, queixando-se de dor no pescoço. Ao retornar, afirmou: "Não sei se foi por causa dos juros, ou se pelo massacre sofrido pelo Corinthians ontem (contra o Goiás, pela Copa do Brasil, que perdeu por 3 a 1), só sei que acordei com o pescoço doendo. Acho que tudo junto me deu torcicolo", declarou o presidente.

De acordo com informações da assessoria da Presidência, as dores no pescoço começaram ontem à noite e hoje pela manhã se agravaram. Com isso, o médico que atende o presidente, Dr. Cléber Ferreira, recomendou o uso de um colar cervical durante todo o dia de hoje, para reduzir os movimentos do pescoço. (AE)


Lula manda recado à oposição e descarta 3º mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o discurso durante solenidade de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na Vila São José, em Belo Horizonte, para mandar um recado à oposição, reiterando que não é candidato ao terceiro mandato. Segundo ele, a oposição não quer que ele viaje, alegando que está fazendo campanha. "Eu não sou candidato. O que eles (membros da oposição) querem é que eu fique dentro do meu gabinete, vendo eles fazerem discurso contra mim. Entre ouvir eles falarem de mim e abraçar o povo desse País, eu vou pra a rua", declarou o presidente.

Lula destacou que o PAC dispõe de um montante de recursos da ordem de US$ 504 bilhões a serem aplicados, e espera é que os próximos governantes continuem a realização das obras. "Tenho fé em Deus que a gente que vier depois de nós vai ter que continuar o que fizemos, porque o povo aprendeu a gostar do que é bom", disse. Segundo o presidente, o governo vai continuar cobrando dos prefeitos e governadores o cumprimento das metas do programa.

O presidente Lula anunciou também que "o PAC não quer liberdade, quer controle e fiscalização porque senão não funciona". Ele elogiou o programa falando que o objetivo é melhorar a vida das pessoas dando a elas condições dignas, e ponderou que não quer que o País fique dividido entre ricos e miseráveis. Lula criticou a Receita Federal com relação à lei que transfere para os municípios a arrecadação do Imposto Territorial Rural (ITR), por meio de um convênio entre Prefeituras e a Receita. Segundo o presidente, o nível de exigência da instituição não viabilizou o cumprimento dessa lei.

Fonte: Agencia Estado - Raquel Massote


Solenidade do PAC vira ato de desagravo à Dilma em BH

Belo Horizonte - A solenidade de assinatura de novas ordens de serviço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Belo Horizonte serviu como ato de desagravo à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apontada como ligada à elaboração de um suposto dossiê com as despesas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Durante seu discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou que Dilma é mãe do PAC. "O PAC só funciona porque essa mulher toma mais conta do PAC do que toma da filha dela", declarou.

Ao agradecer as manifestações de apoio e cumprimentar as autoridades presentes no palanque, Dilma cometeu um ato falho ao chamar a solenidade de "comício". "Quero dirigir especial cumprimento às mulheres que estão animando esse comício", afirmou. Durante pronunciamento, o prefeito da capital mineira, Fernando Pimentel (PT), fez uma defesa veemente da ministra. "Nós confiamos na ministra Dilma e somos solidários a ela contra o vento da calúnia e a maré das intrigas que às vezes tentam impedir o trabalho de gente séria. Leve de Minas Gerais, da sua terra natal, a certeza de nosso apoio e nossa amizade", disse Pimentel. (Raquel Massote)

Em assembléia, estudantes decidem desocupar a reitoria da UnB

Em assembléia, estudantes decidem desocupar a reitoria da UnB

Manifestantes deixarão o local na sexta-feira, pois querem entregar o espaço exatamente como encontraram

Da redação
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BRASÍLIA - Os estudantes da Universidade de Brasília (UnB) decidiram em assembléia geral, nesta quinta-feira, 17, sair do prédio da reitoria, após quase duas semanas de ocupação. Segundo comunicado divulgado no site da universidade, os alunos deixarão o local na sexta-feira, 18, já que pretendem fazer uma limpeza geral no prédio e entregar o espaço exatamente como encontraram.

Segundo o comunicado, os estudantes pretendem ainda conseguir a realização de eleições paritárias - em que os votos de todos tem o mesmo peso - e um congresso estatuinte paritário. Cerca de 300 alunos participaram da reunião nesta quinta e a ampla maioria votou por deixar o espaço.

Na última quarta-feira, o reitor temporário da universidade, Roberto Aguiar, assinou um termo de compromisso com 28 itens que atendia a praticamente todas as reivindicações do movimento. Em seu primeiro dia de trabalho, Aguiar não só se comprometeu em promover uma discussão sobre eleições paritárias na universidade como defendeu publicamente essa forma de escolha.

Ex-secretário de Segurança do Rio e do DF, Aguiar foi nomeado reitor temporário na noite de terça. Seu antecessor, Timothy Mulholland, acusado de desvio de verbas, renunciou ao cargo domingo, depois de 10 dias de protestos de estudantes, que exigiam sua saída. O nome de Aguiar como substituto foi indicado pelo Conselho Universitário da UnB. "Ele vai pacificar a UnB, a universidade deverá agora retomar a vida normal", afirmou na noite de terça o presidente do Conselho Universitário, José Carlos Balthazar.

Pesquisa: Mulheres compram mais em Ribeirão

Perfil do consumidor

Pesquisa econômica Mulheres com renda média de R$ 710 são a maioria das pessoas que fazem compras no Centro de Ribeirão Preto

RAISSA SCHEFFER
Gazeta de Ribeirão
raissa.lopes@gazetaderibeirão.com.br

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estudo de Ribeirão Preto (Iperp) mostra que 91% dos consumidores da área central da cidade são mulheres. A maioria delas tem entre 18 e 39 anos, renda média de R$ 715 e utiliza ônibus como meio de transporte. Ainda de acordo com a pesquisa, encomendada pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão (Acirp) e o Sebrae-SP, para 57% das consumidoras o preço no centro é mais acessível.

A pesquisa foi feita com 803 mulheres acima de 18 anos, entre os dias 15 e 27 de outubro de 2007, durante os seis dias da semana em que o comércio fica aberto. Foi delimitado um quadrilátero entre as Ruas Marcondes Salgado, Florêncio de Abreu, Duque de Caxias e Avenida Jerônimo Gonçalves.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Daniela Tincani, as mulheres foram o principal objeto do estudo por causa de uma avaliação prévia. "Tínhamos muitas suspeitas. Uma delas é que as mulheres seriam as grandes consumidoras. Por isso, num primeiro momento, reunimos quatro grupos de mulheres para discussões e chegamos à conclusão de que elas realmente são as maiores consumidoras no Centro."

Filhos

De acordo com o perfil traçado pela pesquisa, das 803 mulheres entrevistadas, 695 são compradoras habituais. Entre elas, 471 têm filhos e representam 68% do total de consumidoras, seguidas pelas casadas, que somam 45%. A principal faixa etária dessas mulheres vai dos 18 aos 39 anos. Segundo os dados do estudo, elas são 374, 54% do total.

O estudo mostra também que as mulheres com renda entre R$ 380 e R$ 1.050 representam 46% das compradoras habituais. De 397 das entrevistadas, 57%, optam pelo centro por causa do preço mais acessível. Já o meio de transporte utilizado pela maioria delas (64%) é o ônibus.

O levantamento da Acirp

803 Pessoas foram ouvidas na pesquisa encomendada pelos lojistas do Centro

695 Mulheres afirmaram que fazem compras no Centro de RP

68% Das mulheres ouvidas no estudo do Iperp são mães

Meta é atender
com eficiência

A pesquisa realizada pelo Iperp em parceria com a Acirp e o Sebrae-SP tem por objetivo de traçar o perfil dos consumidores para melhorar o atendimento no Centro, uma das principais metas do projeto Novo Centro.

"Nosso objetivo é fortalecer ainda mais o comércio varejista, visto que mais de 70% das 35 mil empresas da cidade são desse setor. O projeto Novo Centro auxilia os empresários a tomar as decisões necessárias", disse Rodrigo Matos, gerente regional do Sebrae-SP. A principal sugestão de melhoria para a região central está na implantação de novos banheiros públicos. Cerca de 70% das entrevistadas disseram que essa é a principal necessidade, seguida de bebedouros (58%) e lazer para crianças (37%).

Segundo o presidente da Acirp, Francisco Pinghera, a pesquisa é importante porque é a primeira vez que se ouve o consumidor. Os resultados serão essenciais para as melhorias no centro da cidade.

"Com as reclamações e o perfil dos consumidores vamos mudar o foco das nossas ações. Através das necessidades do consumidor, teremos ferramentas para alimentar o possível investidor que se interessar pelo Centro", disse. Segundo o presidente, a pesquisa será feita também em outras regiões da cidade. O perfil dos consumidores do Ipiranga será o próximo a ser traçado.
(RS)

França menospreza apelo de chineses por boicote a produtos

PARIS (Reuters) - A França menosprezou na quarta-feira os apelos feitos na China para que os consumidores boicotassem produtos e marcas francesas, depois de manifestantes pró-Tibet e defensores dos direitos humanos terem atrapalhado a passagem da tocha olímpica por Paris, na semana passada.

Internautas chineses estão pedindo que os consumidores deixem de comprar produtos vindos da França e de frequentar empresas como a cadeia de supermercados Carrefour, que, segundo eles, dariam apoio a grupos pró-Tibet acusados de tentar impedir a realização dos Jogos Olímpicos de Pequim.

Os chineses foram incentivados por meio de mensagens eletrônicas e salas de bate-papo on-line a deixarem de fazer compras nas lojas do Carrefour a partir de 1o de maio. Alguns, pela internet, acusaram a empresa de dar dinheiro ao líder espiritual do budismo tibetano no exílio, Dalai Lama.

"Nós ouvimos a voz do povo chinês, que é um povo amigável, mas os apelos para o boicote estão sendo feitos por uma minoria muito reduzida e não temos nenhuma notícia sobre alguma consequência dessas iniciativas para as nossas relações econômicas", afirmou a repórteres Pascale Andréani, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França.

A passagem da tocha olímpica por Paris, durante o revezamento mundial realizada antes dos Jogos, foi marcada por vários protestos que fizeram com que membros de equipes chinesas de segurança apagassem a chama várias vezes e a colocassem em um ônibus.

A China vem travando uma guerra de propaganda contra o Dalai Lama, a quem acusa de ter planejado os distúrbios violentos ocorridos no mês passado, na capital do Tibet, Lhasa, e em outras áreas tibetanas de Províncias chinesas vizinhas. O líder espiritual rejeitou as acusações.

Protestos realizados em Londres e em San Francisco também atrapalharam a passagem da tocha, mas os eventos ocorridos em Paris provocaram uma comoção especial na China devido à imagem de um atleta chinês paraolímpico protegendo a chama de manifestantes enquanto estava sentado em uma cadeira de rodas.

Jin Jing, de 27 anos, passou a ser chamado de o "anjo na cadeira de rodas."

A grande maioria dos chineses está empolgada com os Jogos Olímpicos e muitos deles deram apoio ao governo acusando de separatistas ou terroristas os grupos tibetanos pró-independência.

A China diz que ao menos 18 civis inocentes foram mortos por grupos violentos formados por tibetanos em Lhasa. O governo do Tibet no exílio diz que o número total de mortos ficou em 140, a maior parte deles vítimas das ações repressivas lançadas pelos chineses.

O Carrefour divulgou um comunicado na quarta-feira negando qualquer envolvimento em questões políticas da China.

"As informações que circulam na internet sugerindo que o Grupo Carrefour envolveu-se de alguma forma nas questões de política interna da China ou em suas relações internacionais são falsas e infundadas", disse a empresa.