CASO ISABELLA - PAI FAZ O DEPOIMENTO

De A Tribuna On-line


O depoimento do pai de Isabella, Alexandre Nardoni, já durava mais de cinco horas às 16h30 desta sexta-feira. Ele começou a ser ouvido por policiais às 11h30, no 9º Distrito Policial, no Carandiru, Zona Norte de São Paulo, onde é investigada a morte da menina, que completaria 6 anos hoje.

Confusão

De manhã, ao sair para prestar depoimento, Alexandre Nardoni e a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, tiveram dificuldade para deixar o sobrado da família Nardoni porque uma multidão se aglomerou em frente à residência.

Uma escolta da polícia foi chamada e, só depois de 20 minutos, Alexandre e Anna Carolina conseguiram deixar o local. O casal seguiu em um carro da polícia para a delegacia do Carandiru. Eles foram recebidos por uma multidão, que gritava.

Os advogados Marco Polo Levorin, Ricardo Martins e Rogério Neres também estão no 9º DP. Dois deles acompanham o depoimento de Alexandre. Enquanto o marido presta depoimento, Anna Carolina aguarda em uma sala anexa, acompanhada de um terceiro advogado.


Ela será a próxima a ser ouvida pelos delegados Calixto Calil Filho, titular do distrito, e Renata Pontes, delegada-assistente. Alexandre e Anna não são obrigados a responder a todas as perguntas. Se a polícia achar necessário, será feita uma acareação entre o pai e a madrasta de Isabella. Existe a possibilidade de o casal ser indiciado pelo homicídio após os depoimentos.


Trabalho dos legistas


Depois de 17 dias debruçados sobre o caso, os legistas que analisaram o corpo de Isabella Nardoni concluíram como foi a morte da menina de 5 anos.

Os pontos do relato feito à polícia foram os seguintes:

- Isabella foi vítima de esganadura dentro do apartamento;

- O assassino apertou o pescoço dela por três minutos;


- Isabella teve parada respiratória. A pulsação e os batimentos cardíacos diminuíram;


- Desmaiada, a menina foi jogada pela janela;


- A queda foi determinante para a morte;


- A causa da morte foi politraumatismo. Isabella sofreu várias fraturas;


- E teve o estado agravado pela asfixia de que foi vitima dentro do apartamento.



Segundo os legistas, Isabella teria chance de sobreviver à asfixia, se fosse socorrida imediatamente, embora parecesse morta. As informações são do G1, da Globo.


Após tumultos, polícia isola frente da casa da família Nardoni

da Folha Online

A polícia isolou na tarde desta sexta-feira a área localizada em frente à casa da família Nardoni, na região do Tucuruvi (zona norte de São Paulo), alvo de recentes manifestações devido à morte da menina Isabella.

O isolamento atinge a calçada e parte da rua. Os curiosos foram afastados, e jornalistas confinados em uma área próxima ao imóvel.

Na manhã de hoje, o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá --pai e madrasta da criança- tiveram dificuldades para deixar a casa para depor no 9º DP (Carandiru, também na zona norte).

Além de jornalistas, muitos curiosos cercavam a casa. O casal tentou sair sair por volta das 10h25, mas devido à confusão, o veículo recuou novamente à garagem, atrasando a saída. Policiais militares foram obrigados a montar um cordão de isolamento em frente ao imóvel.

Alexandre e Anna Carolina, que sairiam em carro particular, deixaram a casa protegidos por escudos da polícia e seguiram em direção à delegacia em um veículo do GOE, sob gritos de "assassinos". Seguranças particulares, contratados pela família Nardoni, também permanecem na residência.

Durante a confusão, o supervisor do GOE (Grupo de Operações Especiais, da Polícia Civil), Luis Antonio Pinheiro, foi atingido de leve por uma pedra. Ele estava no banco de carona do veículo da polícia que levou o casal para depoimento no 9º DP.

Na manhã de hoje, o advogado do pai e da madrasta de Isabella afirmou que a família Nardoni "está sendo julgada com crueldade" "Não julguem para não serem julgados", disse.

Delegacia

Um esquema de segurança foi montado no 9º DP para o depoimento do casal. A rua foi isolada, e a imprensa confinada em uma área.

Apesar disso, ao menos 300 pessoas se concentraram em frente à delegacia e também receberam o casal com gritos de "assassinos".

Polícia não descarta acareação entre pai e madrasta de Isabella

A expectativa é de que o depoimento do casal dure mais de seis horas

Camila Tuchlinski - Agência Estado

SÃO PAULO - A polícia não descarta a possibilidade de fazer uma acareação entre Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, que prestam depoimentos no 9º Distrito Policial, na zona norte de São Paulo, nesta sexta-feira, 18. O pai de Isabella começou a depor pouco antes das 12 horas e a previsão é a de que o depoimento dure até seis horas.

Em seguida, a madrasta da menina será ouvida e a expectativa é a de que o seu depoimento leve outras seis horas. Uma eventual acareação entre Alexandre e Anna Carolina poderia ser pedida a qualquer momento, independentemente do término ou não dos depoimentos.

Alexandre depõe em uma sala na qual estão dois dos três advogados de defesa, o delegado Calixto Calil Filho, a delegada-assistente Renata Pontes e o promotor Francisco Cembranelli. Em outra sala, Anna Carolina Jatobá está acompanhada de outro advogado de defesa do casal. A polícia já tem em mãos todos os laudos do Instituto Médico Legal (IML). Os laudos do Instituto de Criminalística (IC), que vão apontar o que aconteceu dentro do apartamento no dia do crime, podem chegar à tarde.

Laudos do caso Isabella ainda não foram divulgados oficialmente

Os laudos do caso Isabella ainda não tinham sido divulgados oficialmente até as 16h20 desta sexta-feira (18). No meio da semana, havia sido informado que as análises feitas pelo Instituto de Criminalística (IC) e pelo Instituto Médico-Legal (IML) estariam prontas nesta sexta.

Extra-oficialmente foi confirmado, e divulgado pela imprensa, que o sangue encontrado no apartamento do 6º andar do Edifício London, na Zona Norte de São Paulo, era de Isabella e que a menina poderia não ter morrido se não tivesse sido jogada.

Depois de 17 dias debruçados sobre o caso, os legistas que analisaram o corpo de Isabella Nardoni concluíram como foi a morte da menina de 5 anos.

Os pontos do relato feito à polícia foram os seguintes:

- Isabella foi vítima de esganadura dentro do apartamento;
- O assassino apertou o pescoço dela por três minutos;
- Isabella teve parada respiratória. A pulsação e os batimentos cardíacos diminuíram;
- Desmaiada, a menina foi jogada pela janela;
- A queda foi determinante para a morte;
- A causa da morte foi politraumatismo. Isabella sofreu várias fraturas;
- E teve o estado agravado pela asfixia de que foi vitima dentro do apartamento.

Segundo os legistas, Isabella teria chance de sobreviver à asfixia, se fosse socorrida imediatamente, embora parecesse morta.

Depoimentos

O pai de Isabella, Alexandre Nardoni, no final da tarde, continuava prestando depoimento no 9º Distrito Policial, no Carandiru, Zona Norte de São Paulo, onde é investigada a morte da filha dele, a menina Isabella, que completaria 6 anos nesta sexta-feira. O depoimento começou às 11h30.

De manhã, ao sair para prestar depoimento, Alexandre Nardoni e a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, tiveram dificuldade para deixar o sobrado da família Nardoni porque uma multidão se aglomerou em frente à residência.

Uma escolta da polícia foi chamada e, só depois de 20 minutos, Alexandre e Anna Carolina conseguiram deixar o local. O casal seguiu em um carro da polícia para a delegacia do Carandiru. Eles foram recebidos por uma multidão, que gritava.

Os advogados Marco Polo Levorin, Ricardo Martins e Rogério Neresestão no 9º DP. Dois deles acompanham o depoimento de Alexandre. Enquanto o marido presta depoimento, Anna Carolina aguarda em uma sala anexa, acompanhada de um terceiro advogado.

Ela será a próxima a ser ouvida pelos delegados Calixto Calil Filho, titular do distrito, e Renata Pontes, delegada-assistente. Alexandre e Anna não são obrigados a responder a todas as perguntas. Se a polícia achar necessário, será feita uma acareação entre o pai e a madrasta de Isabella. Existe a possibilidade de o casal ser indiciado pelo homicídio após os depoimentos.

Linux - Governo federal admite migração 'emperrada' para software livre

Governo federal admite migração 'emperrada' para software livre


Por Taís Fuoco

PORTO ALEGRE (Reuters) - O governo federal admite que a prática não acompanhou o discurso no que se refere à adoção do software livre nas instâncias federais. Além de casos isolados, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, além das empresas de tecnologia do governo, como Dataprev e Serpro, os sistemas de código aberto não avançaram muito em secretarias e ministérios.

Para Corinto Meffe, gerente de inovação tecnológica do Ministério do Planejamento, "existe um nível de migração nos bancos federais e empresas de tecnologia, mas nas secretarias especiais e alguns ministérios a adoção ainda emperra".

Durante o 9o Fórum Internacional de Software Livre, ele afirmou que não é possível mensurar o nível de adoção do software livre na esfera pública porque em muitas consultorias e serviços contratados há softwares embutidos que não são contabilizados. De qualquer forma, Meffe afirmou que "em todos os ministérios há alguma coisa de software livre".

Para ele, o orçamento e a capacidade tecnológica de cada pasta é que determinam a agilidade ou a lentidão nesse tipo de migração.

A Dataprev, por exemplo, responsável por processar todos os benefícios e aposentadorias do INSS no país, tem planos de levar os sistemas livres aos 40 mil computadores que integram sua rede, mas isso não tem prazo para acontecer.

"Depois de substituirmos os mainframes, a idéia é que o software livre chegue na ponta, a todos os microcomputadores, mas isso não é algo que se faça da noite para o dia. Só o desenvolvimento pode levar uns dois anos", afirmou Lino Kieling, presidente da Dataprev, presente ao mesmo evento.

Todas as máquinas novas --sejam notebooks, desktops ou servidores--, adquiridas desde o ano passado já são configuradas com sistemas abertos. A empresa admite que tem "um legado muito forte" em sistemas proprietários e que, por isso, a migração não é tão rápida.

De acordo com Kieling, até março de 2010 a Dataprev devolverá à atual fornecedora --a norte-americana Unisys -- os três mainframes que sustentam a operação da empresa pública. Eles serão substituídos por máquinas com softwares desenvolvidos internamente, baseados em código aberto.

"A idéia é garantir a independência de fornecedor", afirmou o executivo. Segundo sua estimativa, a economia só em manutenção do sistema será de 1 milhão de reais mensais.

Segundo Kieling, nas novas máquinas que estão sendo implantadas com software livre, "a resistência por parte dos funcionários ainda existe", mas trata-se de um processo de "conquista" que, no caso da Dataprev, envolve palestras e treinamento para que se habituem com a nova interface.

LINUX NO AUTO-ATENDIMENTO

No Banco do Brasil, que passou a adotar software livre desde 2003 na infra-estrutura tecnológica, o próximo passo será levar os sistemas de código aberto para os terminais de auto-atendimento do público, que são 40 mil em todo o Brasil, de cerca de 40 modelos diferentes e diversos fornecedores.

Segundo Vilson Carlos Pastro, gerente de software livre do BB, dos cerca de 60 mil terminais internos das agências, mais de 52 mil migraram para sistemas abertos desde 2003.

"Deixamos sempre uma margem, um legado com o outro sistema operacional para manter a interatividade com os clientes", afirmou.

O processo de substituir o sistema operacional dos terminais usados pelo público será gradual, de acordo com o executivo. Até a metade deste ano, o BB migrará "alguns poucos terminais", ainda como um teste, para avaliar a receptividade e o desempenho dos novos softwares.

"O caixa eletrônico é um dos pontos mais críticos. Por isso, o tempo (da migração) vai depender da evolução e da facilidade de adoção", explicou Pastro.

No que se refere aos servidores que sustentam a operação do banco, a migração, entretanto, já alcançou 100 por cento dos 5,5 mil equipamentos.

Vigia que teria testemunhado morte de arquiteto é baleado no Brooklin

Vigia que teria testemunhado morte de arquiteto é baleado no Brooklin

O Globo Online

SÃO PAULO - Um vigia que teria testemunhado a morte do arquiteto Nelson Walter Fernandez Lojo , na noite da última terça-feira, foi baleado nesta madrugada no Brooklin, zona sul da capital paulista. A vítima, que não teve a identidade revelada, foi socorrida ao pronto-socorro do Hospital da Vila Mariana e não corre risco de morrer, segundo a Polícia Militar.

A tentativa de homicídio aconteceu na altura do número 601 da Rua Califórnia, por volta das 4h. Na mesma rua, Nelson Walter Fernandez Lojo, de 59 anos, morreu após uma tentativa de assalto, em frente ao escritório dele, no número 1.355. Um vigia que trabalha na rua e presenciou o crime foi ouvido pela polícia e disse que dois criminosos que assassinaram Lojo fugiram em um carro vinho.

O boletim de ocorrência da tentativa de homicídio está sendo registrado no 96º Distrito Policial (Brooklin). O caso deve ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que também apura as circunstâncias da morte do arquiteto.

Discurso contra biocombustíveis é equivocado, diz Amorim

Rebatendo a críticas, feitas nos últimos dias, de que os biocombustíveis são responsáveis pela alta do preço dos alimentos, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje (18) que o Brasil é a maior prova de que isso não é verdade. “No Brasil, a produção de etanol aumentou junto com a produção de alimentos”, afirmou.

A declaração foi feita depois que o ministro assinou termos de cooperação com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o senegalês Jacques Diouf. A cooperação visa à transferência de tecnologias e recursos para o combate a fome em países da América Latina e Caribe, com prioridade para o Haiti, que vive a situação mais crítica.

Feito com manejo responsável, cuidando para que a renda seja distribuída e o alimento chegue ao pobre, acrescentou o chanceler, os biocombustíveis podem ser uma fonte de riqueza e “redenção” para países africanos e latino-americanos, totalmente compatível com a produção de alimentos.

“Como foi reconhecido pelo próprio diretor-geral da FAO, o que impediu o crescimento da produção de alimentos em países africanos e sul-americanos foram os subsídios. Não foi o biocombustível. Quer dizer, ninguém na África deixou de produzir alimentos para produzir biocombustíveis. Não produziam alimento e continuam sem produzir alimento porque os subsídios agrícolas da Europa e dos Estados Unidos impedem que isso ocorra”, argumentou Amorim.

Segundo o ministro, os subsídios agrícolas concedidos a produtores europeus e norte-americanos são os principais causadores da alta no preço dos alimentos, e os organismos internacionais deveriam ser mais incisivos em suas recomendações.

“Que me conste, o alimento não estava chegando ao pobre antes. Nunca estava chegando, e ninguém estava reclamando. Se o FMI [Fundo Monetário Internacional] puder ajudar para que países africanos e países latino-americanos mais pobres possam produzir biocombustíveis, que entrem sem barreiras nos países ricos, eles estarão ajudando a renda desses países, e é com renda que se obtém alimentos”, sugeriu Amorim ao referir-se a declarações do diretor geral do FMI, Dominique Strauss-Khan, para quem o pior da crise dos alimentos ainda está por vir, e que produzir combustíveis a partir de culturas alimentícias é um problema moral.

“O que prejudica a produção de alimentos nos países pobres, vamos ser claros, é a existência de subsídios e das barreiras nos países ricos. Se o diretor-geral do FMI e o presidente do Banco Mundial querem dar uma recomendação que realmente melhore a produção de alimentos nesses países, deveriam dizer o seguinte: em vez de reduzir [os subsídios agrícolas] para US$ 14 bilhões nos Estados Unidos ou para US$ 20 bilhões na Europa, reduz a zero”, disse o ministro.

Amorim disse que a preocupação inicial a respeito da produção de biocombustíveis pode até ser legítima, mas as conclusões são simplistas e têm como base um tipo de preocupação protecionista.

Agência Brasil

Bolsa de NY opera em forte alta e Google dispara 20%

Nova York - As bolsas americanas operam em forte alta nesta última hora de sessão. Apesar do prejuízo trimestral maior divulgado pelo Citigroup, maior que o esperado, os investidores aparentemente ignoraram as notícias ruins sob a justificativa de que as baixas contábeis do Citi, que superaram US$ 13 bilhões no primeiro trimestre, poderiam ter sido maiores. Por volta das 16h30, o índice Dow Jones operava com alta de 1,63%, o Nasdaq subia 2,49% e o S&P 500 tinha ganho de 1,59%.

Os papéis do Citi avançavam 5,66%. O banco teve prejuízo trimestral de US$ 1,96 bilhão, ou US$ 1,02 por ação, mais que os US$ 0,95 por ação previstos por analistas consultados pela Thomson Financial. Após a divulgação do prejuízo, a agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota do Citi de "AA" para "AA-", enquanto a Moody's alterou a perspectiva da nota para negativa.

Outros balanços divulgados entre ontem e hoje foram positivos e criaram a percepção de que a economia como um todo não foi tão contaminada pela crise nos mercados imobiliário e de crédito. Os papéis da Caterpillar subiam 8,17%. A companhia, que fabrica equipamentos de construção e mineração, divulgou lucro trimestral de US$ 922 milhões, ou US$ 1,45 por ação - a previsão era de lucro de US$ 1,33 por ação.

As ações da fornecedora de equipamentos Honeywell avançavam 6,10%. A empresa lucrou US$ 643 milhões no primeiro trimestre, 22% mais que em igual período de 2007. Além disso, a Honeywell elevou a previsão de vendas em 2008.

Google, cujo balanço saiu ontem após o fechamento dos mercados, disparava 20%. O lucro do site de buscas subiu 30% no primeiro trimestre, para US$ 1,31 bilhão. Analistas acreditam que os números trimestrais melhores que o esperado do Google podem dar força ao rival Yahoo! nas negociações com a Microsoft. As informações são da Dow Jones. (Patrícia Fortunato)

Templo budista no Japão rejeita receber tocha olímpica

Tocha Olímpica
Passagem da tocha causou protestos em alguns países
Um dos mais importantes templos budistas do Japão, o Zenkoji, em Nagano, decidiu rejeitar a passagem da tocha olímpica. Segundo um porta-voz do templo, os monges estão preocupados com a segurança e a recente intranqüilidade no Tibete.

A decisão foi anunciada após conversas com autoridades da cidade. “Precisamos pensar na segurança, sendo um templo com riquezas nacionais e muitos visitantes", disse o porta-voz à agência de notícias Reuters.

"Temos também que levar em consideração as várias mensagens de preocupação que nós, do templo budista, temos recebido de residentes de todo o pais e dos fiéis após o crescimento do foco internacional no assunto do Tibete” .

Zenkoji deveria ser o ponto de partida do revezamento da tocha no país no dia 26 de abril. No entanto, após a decisão dos monges, há especulações de que o percurso de 18,5 quilômetros seja alterado ou até mesmo reduzido.

Segundo Kunihiko Shinohara, do comitê organizador do evento em Nagano, o ponto de partida será modificado. “Nós respeitamos a decisão do templo”. Os organizadores não devem divulgar o percurso da tocha até o começo do evento.

Os organizadores da etapa japonesa têm assistido com preocupação aos protestos em outros países, com cenas caóticas em Londres, Paris e San Francisco.

Cerca de 3.000 agentes de seguranças vão proteger a passagem da tocha olímpica. Segundo o repórter da BBC em Tóquio, Chris Hogg, há um impasse entre China e Japão. A China pediu permissão ao Japão para que agentes de seguranças chineses atuem na passagem da tocha, mas o Japão afirma que seus próprios seguranças já são suficientes.

A tocha chegou nesta sexta-feira a Bangcoc, na Tailândia, para o percurso na capital. A passagem da tocha na quinta-feira, em Nova Déli, ocorreu sob forte esquema de segurança. Pelo menos 100 ativistas pró-Tibete foram detidos na cidade.


Tocha chega à Tailândia em meio a controvérsias

A chama olímpica chegou nesta sexta-feira à Tailândia em tumultuado périplo mundial e em meio a uma crescente controvérsia, depois que um importante templo budista japonês se negou a ser o ponto de partida da tocha no Japão devido à repressão no Tibete.

As autoridades tailandesas ameaçaram deportar os estrangeiros que perturbarem o evento, mas, ao contrário de outras etapas, não encurtaram o percurso da chama por Bangcoc.

"Não há motivos para modificar a cerimônia. Este é um tema puramente esportivo. No sábado realizaremos por completo os 19 km do percurso", afirmou o primeiro-ministro tailandês Samak Sundaravej.

"Dei instruções às autoridades para que tomem medidas firmes contra os agitadores", acrescentou.

Na noite desta sexta, a princesa Maha Chakri Sirindhorn oferecerá um jantar para as 80 pessoas que correrão com a chama olímpica.

Depois de momentos tumultuados em Londres e Paris, a passagem da chama olímpica se tornou uma grande dor de cabeça para as autoridades chinesas.

Anfitriã dos Jogos, a China sofreu um novo golpe nesta sexta quando um importante templo budista japonês de Nagano, no centro do Japão, que deveria ser o ponto de partida do revezamento da tocha olímpica no país, no dia 26 de abril, foi retirado do percurso porque seus monges rejeitam a situação dos direitos humanos no Tibete, informou nesta sexta-feira a agência de notícias Jiji.

O templo de Zenkoji, na cidade de Nagano, sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1998, se negou a servir de ponto de partida para o revezamento da chama, disse o chefe do comitê organizador local, Kunihiko Shinohara.

"Respeitamos a decisão do Zenkoji e modificaremos o ponto de partida" do revezamento, de 18,5 quilômetros, declarou Shinohara à imprensa.

A cidade de Nagano, que sediou os Jogos Olímpicos de inverno de 1998 e receberá a chama olímpica, tinha pedido no outono (hemisfério norte) passado para que o templo fosse o ponto de partida do revezamento, de 18,5 km.

"Aceitamos este pedido com todo o coração", disse um responsável do templo à AFP, mas "a situação mudou (...) e os monges estão muito preocupados" com a repressão no Tibete.

"Sentimos profundamente que somos os mesmos budistas que os tibetanos", declarou um monge à agência Jiji.

O templo Zenkoji data do século VII e recebe a cada ano cerca de seis milhões de peregrinos.

Nagano já cancelou uma celebração pública ligada à passagem da tocha por motivos de segurança.

Da AFP Paris

Sem-terra invadem usina, banco e liberam pedágio

MST desobedece à justiça e pára ferrovia da Vale

A invasão da Estrada de Ferro Carajás (EFC), da mineradora Vale, em Parauapebas (PA), foi o ponto alto dos protestos do Movimento dos Sem-Terra (MST) para lembrar os 12 anos do massacre de Eldorado dos Carajás e pedir a aceleração da reforma agrária - em todo o País, ocorreram ações em 17 Estados e no Distrito Federal. O movimento garante que as invasões vão prosseguir.

"Continuamos mobilizados. Ocupações de terra vão continuar, assim como outras ações. A data do dia 17 é simbólica, mas a luta continua, já que as reivindicações não foram atendidas", disse José Batista de Oliveira, membro da coordenação nacional do MST.

A questão da Vale é polêmica porque a Justiça proibiu, em liminar concedida em março pela Justiça Federal do Rio, interdições da ferrovia. O juiz titular da 41ª Vara, Wilson do Nascimento Reis, já avisou que pode multar em R$ 10 mil o principal líder do MST, João Pedro Stedile, por desobedecer à determinação da liminar.

"A decisão judicial não foi respeitada", reclamou a Vale, em nota. O MST, por sua vez, respondeu que há uma tentativa da empresa para criminalizar o movimento. "A interdição não foi feita por nós, e sim pelo Movimento dos Trabalhadores em Mineradoras (MTM). A Vale quer criminalizar o MST e desviar a atenção da sociedade para seus próprios problemas, inclusive trabalhistas", disse Batista.

Na liminar, a juíza Patrícia Whately, da 41ª Vara Cível do Rio, reconheceu o direito de o movimento promover ações, desde que não sejam "atos violentos" ou interrompam a atividade da empresa. O MST e Stedile poderiam ser multados em R$ 5 mil por infração. Na ocasião, Stedile classificou a ação de "uma idiotice". A Justiça já avisou que só espera uma comunicação oficial da Vale - que, de acordo com a própria empresa, já foi enviada.

Interdição

A ferrovia de Carajás, em Parauapebas, ficou fechada durante oito horas por 1.300 manifestantes, o que chegou a impedir o teste do maior trem do mundo em São Luís. A interdição foi suspensa às 15 horas. Três horas depois do fechamento da ferrovia, a Polícia Militar paraense deslocou 450 homens do Comando de Missões Especiais com cães e bombas de efeito moral. O comandante da operação, tenente-coronel Mário Solano, recomendou cautela à tropa. Não houve enfrentamentos, mas duas pessoas foram presas depois que a ferrovia foi desocupada.

Ainda durante a interdição, cerca de dez integrantes do MST, segundo o movimento, ficaram feridos depois que um trem da Vale carregado com minério de ferro não conseguiu parar e bateu em pedaços de madeira colocados nos trilhos, que acabaram atingindo militantes. A Vale negou que isso tenha ocorrido.

Prejuízo

A empresa paralisou o transporte do minério de ferro e dispensou do trabalho em Carajás seus 5 mil funcionários. O prejuízo com a paralisação dos trens, de acordo com um diretor da empresa, chega a R$ 22 milhões diariamente. O bloqueio foi o terceiro nos últimos cinco meses. As informações são do O Estado de S. Paulo

*C/ Alexandre Rodrigues, Irany Tereza, Carlos Mendes e Wilson Lima
Em nota, empresa diz que polícia do Pará se omitiu

A Vale do Rio Doce chamou ontem as ações do MST de "criminosas e terroristas" e se queixou da polícia do Pará, que, apesar de ter sido convocada com antecedência, não conseguiu, segundo a empresa, impedir que manifestantes derrubassem um portão e invadissem, por 15 minutos, o prédio da companhia, em Belém."Embora a polícia tivesse sido avisada pela empresa sobre a ameaça, isso não intimidou os invasores que fizeram a ocupação diante da polícia", diz uma das notas da Vale.
A companhia criticou o que considera falta de ação das autoridades para conter o Movimento dos Sem-Terra. "Há muito tempo, a Vale vem alertando as autoridades que este clima de desrespeito ao Estado de direito cria um ambiente negativo para o crescimento dos investimentos em nosso País, em especial para o Pará, região que apresenta um dos maiores potenciais de crescimento e geração de renda e emprego", diz um trecho da nota intitulada MST promove mais um dia de crimes e terror no Pará.

Prejuízos

Segundo a empresa, a invasão da Ferrovia de Carajás impediu as atividades de 10 mil empregados e prejudicou o transporte de passageiros e de insumos.

A Vale negou que sem-terra tenham se ferido no local, como afirma o MST. "Ao avistar os invasores, o maquinista acionou os freios de emergência e parou a composição", diz a nota. Segundo a Vale, a ferrovia foi desocupada à tarde e o tráfego normalizado depois da chegada das Polícias Federal e Militar e do pedido de reintegração de posse, atendido pela Justiça Federal de Marabá.

Sem-terra invadem usina, banco e liberam pedágio

Além da quantidade de protestos pelo País, o Movimento dos Sem-Terra (MST) optou também por diversificar as ações, ontem, na Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária e em homenagem aos mortos no massacre de Eldorado dos Carajás (PA). As manifestações incluíram invasão de praças de pedágio, ocupações da Hidrelétrica de Xingó e de um banco, caminhadas e bloqueio de estradas.
As invasões de pedágio no Paraná ocorreram durante a manhã e atingiram 11 das 27 praças do Estado. Três foram desocupadas logo depois. Os funcionários foram orientados a deixar as praças para evitar confronto. Os sem-terra levantaram as cancelas e os carros passaram sem pagar tarifa. Em nota, o movimento acentuou que "os pedágios são um dos principais entraves da agricultura camponesa e familiar".

Dezenas de integrantes do MST ocuparam parte das instalações da Companhia Hidrelétrica de Xingó, em Canindé do São Francisco (SE), a 213 quilômetros de Aracaju, até o começo da noite. Os sem-terra reivindicam o reinício das obras no Assentamento Jacaré-Curituba. O diretor de Operações, Mozart Bandeira, disse que a empresa tomou as providências necessárias - inclusive judiciais.

Cerca de 150 sem-terra invadiram a agência do Banco do Brasil em Sorocaba (SP). A agência tinha iniciado o atendimento quando ocorreu a invasão, às 10 horas. Durante 20 minutos, o acesso à agência foi bloqueado. A Polícia Militar interveio e houve um princípio de confronto entre sem-terra e policiais. Por volta das 13h30, desocuparam o banco. Em Alagoas, sem-terra ocuparam o prédio em reforma da Assembléia.

No Rio, mantiveram a Rodovia Presidente Dutra fechada no sentido São Paulo por cerca de uma hora pela manhã, próximo ao município de Piraí. Sem-terra também ocuparam agências da Caixa Econômica Federal em Campos dos Goytacazes e Volta Redonda. Na Bahia, 50 sem-terra interditaram um trecho da BA-263, em Itambé, a 566 quilômetros de Salvador. Trabalhadores rurais bloquearam duas rodovias federais e invadiram quatro fazendas no Ceará. Cerca de 300 integrantes do MST bloquearam a BR-070, que liga Mato Grosso à Bolívia. Em Pernambuco, três mil pessoas realizaram protesto nas principais ruas do Recife.

Cerca de 150 manifestantes ocuparam a Fazenda Saltinho, em Americana (SP), usada pela Usina Ester para plantar cana-de-açúcar. Em Jequitaí (MG), 500 sem-terra invadiram a Fazenda Correntes.

Os 800 sem-terra que haviam invadido o pátio em torno do prédio da Receita Federal, em Porto Alegre (RS), saíram no final da manhã de ontem. Em Ribeirão Preto (SP), a ocupação da Secretaria Municipal da Educação durou três horas. Depois de quase oito horas de ocupação da sede do Incra, em Boa Vista (RR), manifestantes deixaram o órgão. As informações são do O Estado de S. Paulo

*C/ Ricardo Rodrigues, Tiago Décimo, Elder Ogliari, Brás Henrique, Ana Luísa Westphalen, Raquel Massote, José Maria Tomazela e Clarissa Thomé e Carmen Pompeu, Monica Bernardes, Antônio Carlos Garcia, Nelson Francisco e Anderson Vasconcelos



Senadora critica ações realizadas pelo MST

Ao discursar hoje no plenário do Senado Federal, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) criticou as ações realizadas no dia anterior pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O movimento realizou ocupações e protestos em diversas partes do país com o objetivo, conforme anunciou, de lembrar os 12 anos do massacre ocorrido em Eldorado dos Carajás.

"Essas invasões são abusivas", declarou Kátia Abreu.

Para a senadora, "o MST não respeita o direito de propriedade e pretende implantar no Brasil um socialismo autoritário". Ela afirmou que "tais ações são antecipadamente comunicadas ao governo e à imprensa, mas ninguém se previne nem tenta fazer algo; e esse ninguém é o governo federal".

- Não vimos em nenhum momento uma ação firme do governo para coibir esses atos - disse a senadora, para quem "o MST perdeu o foco ao ocupar locais onde há empresas que nada têm a ver com a política governamental de reforma agrária".

Kátia Abreu destacou ainda a nota divulgada pela Companhia Vale do Rio Doce, na qual a empresa protesta contra o bloqueio realizado pelo MST na Estrada de Ferro Carajás, de propriedade da mineradora, na quinta-feira. Nesse texto, a empresa declara que "ontem, dia 16, a Vale já tinha avisado à Polícia Militar do Pará sobre a possibilidade de invasão e, mesmo assim, as autoridades da área de segurança não tomaram as medidas necessárias para evitar mais esse crime". Ao comentar a nota, a senadora criticou a atuação da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa.

Kátia Abreu também avaliou que os assentamentos provenientes da reforma agrária tornaram-se "um transtorno" para os municípios. Ela argumentou que "isso não ocorre por causa dos assentados", mas porque essas pessoas não estariam tendo acesso à infra-estrutura necessária para viabilizar suas atividades. De acordo com a senadora, o governo federal faz apenas os assentamentos e "joga para as prefeituras todo o ônus, que envolve energia, água e estradas, entre outros itens".

Chineses queimam bandeira da França em frente ao Carrefour


Chineses queimam bandeira da França em frente ao Carrefour
Chineses queimam bandeira da França em frente ao Carrefour
Foto divulgação

Dezenas de jovens chineses, irritados com a interrupção do revezamento da tocha Olímpica em Paris, protestaram do lado de fora do supermercado Carrefour no leste da China nesta sexta-feira, incendiando uma bandeira francesa, segundo a mídia local.

Houve pequenos protestos nas lojas do gigante varejista em várias cidades chinesas, incluindo Pequim, na semana passada, mas a última manifestação ocorreu na cidade costeira de Qingdao, depois que a mídia estatal tentou esfriar o fervor nacionalista.

Internautas chineses pedem que os consumidores boicotem o Carrefour, acusado por eles de apoiar os grupos em defesa da independência do Tibet e a favor do boicote das Olimpíadas de Pequim.

A jornada da tocha Olímpica pelo mundo tem sido marcada por protestos contra o comando chinês no Tibet, onde uma série de levantes antigoverno aconteceu em março.

Em Paris, ativistas protestaram e tentaram pegar a tocha, mas foram impedidos pelas autoridades de segurança chinesas, o que obrigou apagar a chama várias vezes e depois colocá-la em um ônibus.

As fotos publicadas pela mídia local chinesa mostram os manifestantes em frente ao Carrefour com cartazes que diziam "Boicote a França, apóie as Olimpíadas" e "Oponha-se à independência do Tibet, ame a pátria".

Eles também levavam bandeiras chinesas vermelhas e gritavam palavras de ordem, o que atraiu uma grande multidão de curiosos. Uma das fotos mostrava um homem queimando uma bandeira francesa.

Os fóruns chineses na Internet também continham fotos de Hefei, capital da província de Anhui, onde vários "estudantes do ensino básico" protestavam com um cartaz que dizia: "Oponha-se ao Carrefour, comprar é uma vergonha".

A França tentou minimizar os pedidos de boicote aos produtos franceses, dizendo que foram feitos por "uma minoria". Já o Carrefour, que tem mais de 100 hipermercados na China, reafirmou seu apoio a Pequim como sede das Olimpíadas.

Alguns jornais chineses também publicaram comentários contra o boicote, dizendo que, na era da globalização, a atitude somente prejudicaria os empregados e fornecedores chineses.

Ainda assim, uma pesquisa de opinião feita em 10 cidades chinesas mostrou que 66 por cento dos entrevistados apóiam o boicote ao Carrefour, de acordo com a Xinhua, agência de notícias oficial. Somente 7 por cento disseram o contrário.


Fonte: Reuters


Chineses cancelam exposição na França após protestos

Pequim, 18 Abr (Lusa) - Dois artistas chineses desistiram de expor seu trabalho na França em protesto pelas manifestações anti-China durante a passagem da tocha olímpica por Paris, informou nesta sexta-feira a imprensa estatal chinesa.

Wang Guangyi e Lu Hao, dois nomes célebres da arte contemporânea chinesa, anunciaram que não participarão de uma exposição agendada para junho em uma galeria parisiense devido à atitude francesa diante dos Jogos Olímpicos.

"Aborrecidos" com o apoio que alguns franceses dão ao boicote contra a Olimpíada, os dois artistas decidiram, segundo Wang, "não comparecer" por entenderem que, "neste período, em particular, estar presente na exposição não seria uma atitude feliz".

Ambos destacaram que a decisão foi pessoal, e Wang acrescentou que tem grande respeito pela cultura francesa, não descartando a possibilidade de colaborar com a cena artística do país no futuro.

Depois dos distúrbios na passagem da tocha olímpica por Paris, os consumidores chineses lançaram esta semana uma campanha nacionalista de boicote às marcas francesas, que acusam de apoiar o Dalai Lama.

De blogs a torpedos SMS, de e-mails ao messenger, os chineses estão recebendo apelos para se recusarem a comprar marcas e produtos franceses, em uma campanha que visa, sobretudo, os hipermercados Carrefour, líder na China.

A França minimiza a importância deste boicote, afirmando que apenas "uma minoria muito reduzida" de pessoas aderiu à iniciativa, e o Carrefour, que tem mais de 100 lojas na China, já reiterou seu apoio aos Jogos Olímpicos de Pequim.

Uma busca no portal em chinês mais popular, o Baidu.com, resultava em 107 mil páginas de apelo a boicotes aos produtos franceses, depois das manifestações pró-Tibete que causaram o caos durante a passagem da tocha olímpica por Paris, em 7 de abril.

Os consumidores chineses também estão revoltados com o fato de o presidente francês, Nicolas Sarkozy, não ter rejeitado a idéia de um boicote à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, que ocorrem entre 8 e 24 de agosto.

A viagem da tocha olímpica pelo mundo tem sido marcada por protestos desde o início, em Olímpia, na Grécia.

Na manifestação de Paris, os críticos da repressão chinesa no Tibete tentaram "roubar" o símbolo olímpico das mãos dos atletas, obrigando a equipe de segurança chinesa a extinguir a tocha várias vezes e protegê-la em um ônibus.

Estudantes desocuparam hoje a reitoria da UnB

Estudantes da Universidade de Brasília desocuparam nesta sexta-feira (18) o prédio da reitoria depois de uma limpeza que começou ontem. Segundo o novo reitor, algumas portas foram danificadas, como a do gabinete que foi arrombada com um caixão, mas Roberto Aguiar disse que não se importa com os danos e acredita que seja normal.

O reitor inspecionou o prédio junto com uma comissão de estudantes. Ele afirmou que agora pretende resgatar a boa imagem da universidade e entrar em acordo com os alunos sobre as 28 reinvindicações escritas em um documento apresentado a ele na posse.

Os estudantes consideram-se vitoriosos mas ainda querem discutir as mudanças propostas, principalmente a questão das eleições paritárias, onde o voto servidores, estudantes e professores tem o mesmo peso.

Roberto Aguiar permanecerá 180 dias no cargo, até a convocação de eleições para a escolha de um novo reitor.

Da redação do clicabrasilia.com.br, com agências

Roberto Cabrini - Certo ou errado.

Jornalista Roberto Cabrini pode sair hoje da prisão

Um dos advogados que defende o jornalista Roberto Cabrini, Renato Martins que trabalha conjuntamente com o advogado Alberto Zacharias Toron-, disse que espera a soltura de seu cliente nesta quinta-feira (17). Cabrini está preso desde a última terça-feira. Ontem, ele foi transferido para o 13º Distrito Policial, no bairro da Casa Verde, região norte de São Paulo. Cabrini foi indiciado por tráfico de entorpecentes.

Ontem, a defesa do jornalista apresentou à Justiça, um pedido de relaxamento do flagrante, com base na teoria de que o flagrante "foi armado" contra Cabrini, informou Martins. "Estamos à espera da análise do Ministério Público e da decisão do juiz. Não há prazo para isso ocorrer, mas esperamos que Cabrini seja solto hoje", disse o advogado.

"O pedido de relaxamento do flagrante se baseia na argumentação de que esse flagrante foi forjado", afirmou Martins. Cabrini não pode ser solto mediante pagamento de fiança, já que o crime de tráfico de entorpecentes é inafiançável, disse o advogado.

Martins negou que seu cliente tenha qualquer envolvimento amoroso com a comerciante Nadir Dias da Silva, 50, como ela afirmou durante o depoimento que deu na terça-feira. Silva estava com Cabrini no carro do repórter, no momento em que a polícia encontrou dez papelotes de cocaína no porta-objeto do veículo, que estava estacionado em frente a uma padaria da região sul de São Paulo.

"Ele se envolveu com ela em razão de uma reportagem que fazia sobre o PCC. No meio dessa história, ela passou a ameaçá-lo e fez com que ele consumisse [a droga], sob ameaça de uma arma, com o intuito de filmá-lo. Ele me falou: "Renato, eu tinha que fazer essa concessão para preservar minha integridade física". É como se um jornalista fosse fazer uma reportagem na floresta e uma tribo o obrigasse a comer carne humana. Ele não comeria?", disse o advogado.

Segundo Martins, a comerciante filmou seu cliente consumindo cocaína para extorqui-lo depois. "Uma pessoa que faz uma coisa dessas demonstra o desejo de extorquir. Ela mostrou que é do tipo de pessoa que faz chantagem. Não faz o menor sentido ela acusar um jornalista do nível profissional e pessoal do Cabrini. Tudo foi forjado", disse o advogado.

Martins concluiu a conversa afirmando que acredita que a liberdade provisória de Cabrini está perto de ser concedida. "Ele tem família e laços em São Paulo. Meu cliente não pretende fugir", declarou.
Promotoria dá parecer sobre prisão de Cabrini nesta tarde

O Ministério Público Estadual deve dar, na tarde nesta quinta-feira (17), um parecer sobre a petição de relaxamento de flagrante e liberdade provisória do jornalista Roberto Cabrini. O repórter da Rede Record foi detido por policiais civis na noite de terça-feira (15) na região do 100º DP, no Jardim Herculano, na Zona Sul da capital paulista, com oito gramas de cocaína, divididos em dez papelotes. Da cela, ele escreveu uma carta dizendo que foi vítima de armação.

“Estamos aguardando o Ministério Público dar essa opinião. Depois, cabe ao juiz decidir”, explica o advogado Renato Martins, um dos responsáveis pela defesa de Cabrini.

De acordo com o advogado, o pedido de relaxamento do flagrante do jornalista foi feito na tarde de quarta-feira (16), com a alegação de que a droga encontrada no carro de Cabrini foi colocada por outra pessoa com o objetivo de incriminá-lo.

Ainda segundo Martins, o pedido de liberdade provisória é baseado “na absoluta falta de necessidade de uma prisão cautelar.” “Ele trabalha em São Paulo, tem família e filhos aqui. Não há riscos de ele querer fugir”, afirma o advogado.

Nesta quinta-feira (17), o advogado ainda não se encontrou com o cliente. Mas conta que esteve com o jornalista na quarta. “Ele está revoltado com essa armação que fizeram e confiante de que a Justiça vai conceder liberdade para que possa provar inocência.”

Defesa

Na noite de quarta-feira, outro advogado de defesa de Cabrini, Alberto Zacharias Toron, reafirmou que o jornalista foi vítima de uma cilada armada por uma fonte.
“Era uma fonte dele. Ele desenvolvia um trabalho de natureza investigativa. Ela marcou, depois foram para outro local. Mal chegaram nesse outro local, os policiais já vieram e encontraram os papelotes. Do lado dela, diga-se de passagem”, afirmou, referindo-se à mulher que foi detida junto com o jornalista e, depois de ouvida na delegacia, acabou liberada.

Segundo Toron, a fonte teria ligação com a quadrilha que age a partir dos presídios de São Paulo. No passado, essa mesma mulher teria chantageado e ameaçado o jornalista. Cabrini, ainda de acordo com Toron, teria mantido o relacionamento porque a mulher prometeu enviar um material “a respeito do trabalho que ele desenvolvia”.

O advogado diz que “existe algo estranho” no fato de a mulher ter sido libertada logo após ser ouvida na delegacia. “Curiosamente, esta mulher, que tem antecedentes, foi colocada em liberdade, sem maiores constrangimentos, e foi ouvida como testemunha. Eu acho que existe aí algo estranho que precisa ser apurado.”

Cabrini foi repórter na Rede Globo em diversos períodos, o último deles encerrado em 2001. Depois, passou pelo SBT e pela TV Bandeirantes.

Prisão

O boletim de ocorrência registra que policiais que investigavam uma denúncia de tráfico de drogas na periferia da Zona Sul suspeitaram do carro em que estava o jornalista.

Quando parou no estacionamento de uma padaria, Cabrini foi abordado. Exames feitos no Instituto Médico-Legal (IML) confirmaram que os papelotes tinham mesmo cocaína. A mulher que estava com o jornalista carregava um pen-drive, um dispositivo de memória de computador que continha imagens comprometedoras do repórter. Segundo a polícia, o jornalista não quis ver as imagens na delegacia, nem se pronunciar sobre elas.

Aos policiais, Cabrini negou ser usuário de cocaína e disse que estava trabalhando numa reportagem. Em nota, a Rede Record afirmou que a área de jornalismo da empresa tinha o registro interno de que Roberto Cabrini estava desenvolvendo uma reportagem de caráter investigativo.

Por negar ser usuário de cocaína, Cabrini foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. Ele está no 13º DP, na Casa Verde, delegacia onde há celas para presos com curso superior. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo declarou, em nota, que acredita na inocência do repórter e que a detenção dele foi um equívoco.

Idosa leva livro de auto-ajuda a Cabrini na prisão

TINO MONETTI
Colaboração para a Folha Online

A dona-de-casa Jandira Gonçalves de Oliveira, 71, foi a única visita que o jornalista Roberto Cabrini recebeu até o começo da tarde nesta quinta-feira (17), no 13º Distrito Policial, no bairro Casa Verde, na região norte de São Paulo, onde ele está preso.

A aposentada, que é fã do jornalista, levou de presente para Cabrini o livro de auto-ajuda "Minutos de Sabedoria". "É para dar paciência a ele", declarou à Folha Online.

Moradora da Serra da Cantareira, também na região norte de São Paulo, Oliveira foi até o DP apenas para levar o presente. Ela não conseguiu ver o jornalista, já que sua entrada na cela não foi permitida pelo delegado. Ela deixou o livro na recepção e pediu para que ele fosse entregue a Cabrini.

"Eu tenho certeza que ele não fez isso. Acompanho a carreira dele há muito tempo e sei que ele é um homem direito. Tenho fé que ele será solto em breve", afirmou Oliveira, ao deixar o local.

Hoje, o advogado que defende Cabrini disse à Folha Online que espera que seu cliente seja solto nesta quinta-feira.

Abatido

A reportagem da Folha Online conseguiu ver Cabrini, no momento em que ele era conduzido por policiais em um dos corredores do 13º DP, no começo da tarde de hoje. O jornalista estava usando uma camiseta branca e uma calça de moletom cinza. Ele tinha a aparência bastante abatida. Ele está preso desde a última terça-feira e foi indiciado por tráfico de entorpecentes.

A comerciante Nadir Silva, 50, que estava com Cabrini no momento da prisão, afirmou em depoimento que é amante do repórter. O jornalista negou qualquer envolvimento amoroso com ela.


Delegado diz que cela de Cabrini tem más condições de higiene
TINO MONETTI
colaboração para a Folha Online

O delegado do 13º Distrito Policial de São Paulo, Reinaldo Perez, afirmou hoje (17) que a cela onde está preso o jornalista Roberto Cabrini não tem boas condições "no que se refere à higiene". "É por isso que pedimos que não existam mais celas em DPs", falou à Folha Online.

Perez ainda afirmou que acredita que foi Cabrini quem provocou sua própria prisão, por razões jornalísticas. "Pode apostar que, assim que ele sair, ele vai ter um grande furo de reportagem e dizer que provocou sua prisão", disse o delegado.

Perez disse que, até o momento, Cabrini não fez nenhum pedido especial às autoridades do distrito. Nesta quinta-feira, o jornalista não recebeu visitas de familiares.

Cabrini está preso desde a última terça-feira. Ele foi indiciado por tráfico de entorpecentes, já que a polícia diz que achou dez papelotes de cocaína em seu carro. Hoje, o advogado do jornalista disse à Folha Online que espera a liberdade para seu cliente ainda nesta quinta.


Suposta amante diz que Cabrini a chantageava

Advogados contratados pela TV Record entraram nesta quarta-feira com um pedido de relaxamento da prisão em flagrante ou a concessão da liberdade provisória para o jornalista Roberto Cabrini. Ele foi preso na noite de terça-feira, no Jardim Angela, com 10 papelotes de cocaína. O jornalista foi transferido ontem do 100 Distrito Policial, no Jardim Ângela, para o 13 Distrito Policial, na Casa Verde, destinado a presos com curso superior, onde permanece preso. Ele afirmou, em nota, que está sendo vítima de uma 'armação'.

"Ele não é usuário e não é traficante. Ele é jornalista. O que faria um jornalista bem pago ir até a favela, um dos lugares mais distantes de São Paulo, para comprar drogas?", afirmou o advogado Renato Marques Martins, que foi contratado para defender o jornalista e o visitou nesta quarta.

O salário do repórter da Record é de R$ 105 mil por mês, segundo ele mesmo relatou ao delegado em seu depoimento. A Record divulgou nota em que diz ter conhecimento do trabalho que vinha sendo realizado por Cabrini. “A área de jornalismo da Record tinha o registro interno que o repórter estava desenvolvendo uma reportagem de caráter investigativo. Roberto Cabrini é reconhecido pela cobertura de reportagens especiais e por sua trajetória profissional nas principais TVs brasileiras. A Record acredita na polícia e na Justiça do Estado de São Paulo e espera a correta elucidação dos fatos.”

Em seu depoimento, Cabrini disse que foi se encontrar com Nadir Domingos Dias da Silva, conhecida como Nádia, que era sua fonte e lhe entregaria gravações nas quais apareceria um depoimento de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe da facção criminosa que comandou ataques terroristas a São Paulo.

A fita, segundo ele, demonstraria autenticidade da entrevista que fez em maio de 2006. Naquele ano, durante os ataques, o jornalista colocou no ar um áudio que seria entrevista com Marcola, que estava preso na penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes. A Secretaria de Administração Penitenciária afirmou que não se tratava de Marcola e a entrevista foi desmentida. Cabrini não havia se pronunciado sobre o assunto desde então.

“Jamais parei de investigar e, apesar das inúmeras pressões, sempre tive certeza da autenticidade da entrevista que efetuei em maio de 2006 com o líder da facção, Marcos Camacho.”

Ao chegar para pegar as fitas, ele teria sido abordado por policiais, que teriam achado a droga no carro. Cabrini diz que o policial achou a droga em menos de 3 segundos. O jornalista diz ainda que o delegado disse que tinha prova que ele era usuário de droga e queria que ele assumisse no depoimento que era amante de Nadir. Como ele não o fez, teria sido preso por tráfico de drogas.

O jornalista diz que existe uma fita na qual ele aparece usando droga e que ele foi obrigado a consumir cocaína sob ameaça de armas. A cena teria sido gravada por Nadir para garantir que Cabrini não a denunciasse.

A comerciante Nadir Domingos Dias, de 50 anos (conhecida como Nádia pelos amigos), disse à polícia que apenas ela estava no carro de Cabrini com o jornalista quando ele foi preso e que ele não estava fazendo qualquer reportagem. “Somos namorados há três anos”, afirmou. Cabrini negou a relação.

Nadir diz que queria terminar o namoro e o jornalista a chantageava com um documento que a associaria à facção criminosa que realizou ataques a São Paulo. Ela afirmou ainda que o jornalista usava droga.

O encontro, segundo ela, teria sido marcado para que ele lhe devolvesse o documento comprometedor. Em troca, ela daria ao jornalista um pen-drive (dispositivo de armazenamento de dados digitais) com as imagens dele usando drogas, para que a “chantagem mútua” — conforme ela definiu — acabasse. O pen-drive foi apreendido pela polícia.

A comerciante disse que conheceu Cabrini pouco antes da primeira onda de ataques da facção criminosa, há quase dois anos. Por ser mulher de um ex-policial que se tornou ladrão de bancos, o jornalista a teria procurado. O marido dela estava preso e Cabrini estaria à busca de informantes dentro do sistema carcerário.

Já o jornalista contou que conheceu Nádia apenas depois do ataque do crime organizado. “(...)Havia uma senhora que tinha entrado em contato com a redação oferecendo-se para possibilitar que o lado dos presos fosse ouvido”, disse Cabrini em depoimento à polícia.

A comerciante admitiu que já foi absolvida de um caso de homicídio, em que teria tomado a arma de uma ladrão e atirado em sua cabeça. Nádia contou que, no dia da prisão de Cabrini, estava com ele desde as 14h.

Da Agência O Globo

CASO ISABELLA - NÃO HAVIA 3ª PESSOA





Irmão viu Isabella caída no jardim, diz avô
Douradosagora


O pai de Alexandre Nardoni, Antônio Nardoni, afirmou hoje que o neto mais velho chama pela irmã, Isabella Nardoni, 5 anos, o tempo todo. Segundo a avô, o garoto tomou conhecimento do que havia acontecido com a menina ao acordar assustado, na noite do crime, com o grito dos pais. De acordo com Antônio, o menino teria visto o corpo da irmã no jardim do prédio.

Antônio se diz convicto da inocência do casal Alexandre e Anna Carolina Trotta Jatobá. "Eles (o casal) adoravam a menina e vice-versa. Ela sempre quis morar com eles, não teria porque eles acometerem contra a vida dela." Ele afirmou que, se tivesse conhecimento da culpa do filho, já teria feito Alexandre assinar a confissão. Antônio afirmou que o assassino da neta "merece pagar pelo que fez".
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Questionado sobre as comemorações do aniversário do neto mais novo, Cauã Nardoni, que completa hoje 1 ano, Antônio disse que não haverão comemorações. "Assim que tiver um tempo, vou comprar um velocross (triciclo) para ele, conforme temos tradição na família, de comprar um para todas as crianças que completam um ano de idade". Sobre o aniversário de 6 anos de Isabela, que seria amanhã, ele afirmou que "será mais uma data triste para a família, por conta da situação vivida no momento".

Hoje, a avó paterna de Isabella Maria Aparecida Alves Nardoni, prestou depoimento hoje no 9º Distrito Policial, em São Paulo. Ela chegou de carona com o marido, Antônio Nardoni, no final da manhã. Ele a deixou na porta lateral da delegacia e foi estacionar o veículo. A mãe de Alexandre Nardoni não falou com a imprensa.


Pai de Ives Ota presta solidariedade à mãe de Isabella

da Folha Online

Massataka Ota, cujo filho Ives Ota foi seqüestrado e assassinado em 1997, fez uma visita a Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni que foi morta no último dia 29, na zona norte de SP.

Mariana Sant´anna, colaboradora da Folha Online, diz que Ota foi prestar solidariedade à família e convidá-los para participar de uma campanha pela paz.

Player Folha SP

Segundo Sant´anna, Oto informou à imprensa que Ana Carolina não foi trabalhar hoje e permaneceu em casa com os pais. "Ele disse que a família Oliveira está confiante de que a polícia vai resolver o caso", conta a repórter.

De acordo com Sant´anna, quando Ota foi embora, José Oliveira, pai de Ana Carolina, saiu de casa e conversou brevemente com os jornalistas. "Ele disse que a família vai participar da campanha pela paz, mas não falou sobre a neta e ficou com lágrimas nos olhos quando perguntaram sobre as investigações."

A família de Ana Carolina recebeu também a visita da mãe de uma colega de Isabella, que saiu sem falar com imprensa.


Caso Isabella: polícia descarta terceira pessoa no apartamento

A polícia já terminou quase toda a investigação do caso Isabella e concluiu: a menina foi asfixiada e teve uma parada cardíaca antes da queda. E mais: não havia mesmo, segundo a polícia, uma terceira pessoa no apartamento naquela noite de sábado, 29 de março.

A perícia constatou que a pegada no lençol era do chinelo de Alexandre Nardoni, pai da garota. Foram analisados mais de 40 pares de calçados apreendidos no apartamento.

De acordo com os laudos, a menina sofreu um processo de esganadura dentro do apartamento, o que ocasionou uma parada respiratória. Depois, Isabella foi jogada. A queda ocasionou um politraumatismo, com lesões nos órgãos internos.

Segundo levantamento do Instituto de Criminalística (IC), a agressão contra Isabella começou dentro do apartamento. Isso explicaria as manchas de sangue no colchão, no chão e no caminho da porta principal.

Após ter o pescoço apertado e sofrer parada respiratória, Isabella desmaiou. Por isso, os médicos legistas encontraram no corpo dela manchas vermelhas no pulmão e no coração, além de vermelhidão nas pontas dos dedos.

Depois disso, Isabella foi jogada do sexto andar do prédio, uma altura de aproximadamente 20 metros. Quando caiu no jardim do prédio do Condomínio London ainda estava viva, mas sofreu fraturas na bacia, no punho e lesões em praticamente todas as costelas.

Os legistas também encontraram problemas no estômago e no fígado. Isso, segundo eles, pode ser o sinal da queda. A conclusão do Instituto Médico-Legal (IML), que vai estar no laudo entregue para a polícia, é que Isabella morreu de politraumatismo e de asfixia.

Terceira pessoa

A polícia já suspeitava que não havia uma terceira pessoa no apartamento por causa dos depoimentos de testemunhas. O porteiro garantiu que, naquela noite, só três pessoas haviam entrado no prédio, mas em apartamentos que foram identificados.

Os peritos fizeram então um levantamento com um equipamento mais sofisticado, chamado "crimescope", que levanta vestígios que as pessoas não conseguem ver a olho nu. Nesses vestígios não há nada que indique que uma pessoa estranha à família tenha entrado no apartamento.

Outra informação importante é que o processo de asfixia de Isabella durou cerca de três minutos, o que fez com que ficasse inconsciente mais alguns minutos, até ela então ser jogada pela janela.

Um grupo de pessoas causou tumultos nesta quinta-feira diante da casa da família Nardoni, que acabou chamando a polícia para conseguir conter os protestos. Os manifestantes colaram cartazes no portão da casa, que fica no bairro Tucuruvi, na zona norte de São Paulo, em que acusavam Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, de 'assassinos' e pediam 'justiça'.

Um outro cartaz parabenizava Isabella por seu aniversário de 6 anos, que ocorreria nesta sexta. Duas viaturas da Polícia Militar (PM) e duas da Polícia Civil foram ao local e retiraram os cartazes.

Segundo um dos policiais, a PM foi chamada "para manter a ordem e evitar depredações na casa da família". Um investigador da Polícia Civil confirmou que foi a família Nardoni que chamou os agentes. Eles permaneceram no local por cerca de 20 minutos. Porém, logo depois que saíram outros três cartazes - com os dizeres "queremos paz", "indignação sobre o caso Isabella" e "amor à Isabella" - foram novamente colados na frente da residência.

"Tive que manifestar o que sentia. Antes só ligava a TV para ver novela, agora acaba o jornal procuro outro", disse, chorando, a dona de casa Maria Francisca Cavalcanti, de 40 anos. Ela colou o primeiro cartaz do dia no portão da família. Moradora do bairro A.E. Carvalho, na zona leste da capital paulista, ela levou duas horas para chegar ao local.


Taxista: madrasta disse que não gostava da menina

Ele se apresentou espontaneamente à polícia para prestar depoimento

Um taxista se apresentou espontaneamente à polícia e prestou depoimento nesta quarta-feira (16) sobre a morte de Isabella Nardoni. José Geraldo Amaro trabalha como taxista há 14 anos na Zona Norte de São Paulo, onde mora. Antes de falar com a polícia, ele conversou com a reportagem da TV Globo.

O taxista afirmou que, apesar da corrida curta, lembra de detalhes e não tem dúvida de que a passageira era Anna Carolina Jatobá. O taxista se comove, pois viveu um drama parecido: a filha dele foi assassinada por um maníaco, quando tinha 4 anos.

A corrida ocorreu há aproximadamente dois meses e meio e estava no Tucuruvi, quando a madrasta de Isabella, com uma criança no colo, deu sinal. “Como gosto muito de conversar com passageiro, comentei sobre meu passado, separação, tudo.”

Segundo o taxista, Anna Carolina disse que estava com um problema parecido. Ela teria contado, então, que não tinha bom relacionamento com a enteada por causa dos filhos. Anna teria dito que tinha ciúme.

Amaro contou também que a madrasta de Isabella disse que o clima na casa ficava ruim quando a menina ia passar o fim de semana com a família, mas que um dia ia resolver tudo isso. “Ela falou pra mim que não gostava [da garota] e que estava atrapalhando o relacionamento dela com o pai”, disse o taxista.

Cartazes com pedidos de justiça são colados na casa dos Nardoni

De A Tribuna On-line


Na porta da casa da família Nardoni, no bairro do Tucuruvi, Zona Norte de São Paulo, o clima na tarde desta quinta-feira era de apreensão. Muitos curiosos se amontoaram em frente à residência de Antonio Nardoni, pai de Alexandre e sogro de Anna Carolina Jatobá. Algumas pessoas colaram cartazes no portão com pedidos para a solução do caso Isabella. A Polícia Militar foi chamada para reforçar a segurança no local.



Os cartazes continham mensagens como: ‘queremos paz’, ‘amor a Isabella’ e ‘queremos justiça’. Isabella Nardoni, de 5 anos, morreu após cair, em 29 de março, do 6º andar do prédio onde o pai dela mora, na Zona Norte. O possível envolvimento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina no crime é investigado.



Com medo de depredação, a família Nardoni pediu reforço à Polícia Militar. Os policiais afirmaram, no entanto, que se tratava apenas de um patrulhamento de rotina. Eles retiraram alguns cartazes, assim como fez uma amiga da família. Pouco depois, os papéis foram colados novamente com fita crepe. Às 15h, os advogados de defesa e o também advogado Antonio Nardoni deixaram o local de carro sem falar com a imprensa. As informações são do G1, da Globo.


Laudos sobre morte de Isabella Nardoni ficam prontos hoje



Os laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico-Legal sobre a morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, devem ficar prontos hoje. Com os resultados, a polícia terá os argumentos necessários para o novo depoimento do pai Alexandre Nardoni, e da madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, marcados para amanhã, data que a menina faria 6 anos.



Já o inquérito policial ainda deve demorar alguns dias para ser encerrado. Ontem ocorreram duas reuniões dos peritos que cuidam do caso. Uma delas envolveu o superintendente da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli. A outra contou com a participação dos três médicos-legistas que examinaram o corpo de Isabella. O objetivo é tentar alcançar um consenso sobre a dinâmica do crime.

Os peritos ainda divergiam sobre o que teria provocado a asfixia na menina. Uma parte acreditava que Isabella teria sido asfixiada ainda no apartamento e outra que isso teria sido provocado pela queda da criança. Mas os legistas ainda não têm certeza se a menina teve a parada cardiorrespiratória por causa do impacto decorrente da queda ou se isso foi provocado por esganadura - ter o pescoço apertado com as mãos.

Caso tenha ocorrido por causa do choque com o chão, eles querem saber o que fez com que Isabella estivesse inconsciente ao ser jogada. A existência de apenas duas pequenas fraturas em seu corpo - no punho e na bacia -, apesar de uma queda de 20 metros de altura, mostram que Isabella estava com o corpo relaxado, o que, aliado ao fato de ela ter caído sobre o gramado fofo e molhado do jardim do prédio, teria amortecido a queda.

Para a polícia, a menina teria sido jogada pela janela "não com a finalidade de provocar o óbito, mas de mascarar a lesão provocada no apartamento". As informações são do Jornal da Tarde.


Para avô, mãe de Isabella pode ter exagerado

Antonio Nardoni vê contradição entre relatos dados por Ana Oliveira à polícia e à imprensa

O pai de Alexandre Nardoni, o advogado Antonio Nardoni, chegou por volta das 10h15 desta quinta-feira (17) ao 9º Distrito Policial, na região do Carandiru, Zona Norte de São Paulo. Ele estava acompanhado de sua mulher, Maria Aparecida Alves Nardoni.

A mãe de Alexandre deve prestar depoimento nesta quinta-feira.

Ao comentar o depoimento prestado à polícia pela mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, Antonio Nardoni afirmou que ela pode ter exagerado. "Eu acho que é o depoimento de uma pessoa num momento muito ruim -tinha acabado de perder a filha- talvez tenha exagerado em alguma coisa."

Ele disse que relatos dados por Ana Carolina à imprensa contradizem o depoimento. "Se vocês observarem o que está na própria mídia, ontem mesmo tinha uma declaração dela dizendo que ele a tratava (Isabella) muito bem, nunca a machucou. É incoerente", disse ele aos jornalistas. "Não sei se ela mentiu", complementou.

Perguntado sobre relatos de brigas entre seu filho e a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, Antonio Nardoni disse: “Briga de casal é uma coisa normal”. Ele confirmou que prestará depoimento à polícia no próximo sábado (19), juntamente com a filha dele, Cristiane Nardoni. Ambos foram intimados pela polícia.

Ele comentou um depoimento à polícia de que sua filha, Cristiane Nardoni, teria feito uma declaração comprometedora após ser informada em um bar da Zona Norte sobre a morte da criança. “Na verdade, no telefonema há um absurdo que vocês posteriormente verão. Os depoimentos não condizem com a realidade. Esses depoimentos que se referem a ela (Cristiane Nardoni), na verdade, são mentirosos. Não sei quem falou.”

O avô de Isabella disse também que seus netos estão "muito abatidos". "As crianças também estão muito abatidas porque estão com dificuldade para ver os pais. Infelizmente é uma situação com a qual nós temos que conviver." Ele contou que nesta quinta-feira seu neto menor completa um ano. “Hoje é aniversário do meu outro neto. Então vocês imaginam como nós estamos passando o aniversário do meu neto.”

Antonio Nardoni ainda reiterou a inocência do filho. Perguntado sobre a existência um complô para incriminar o casal, Antonio Nardoni disse: “Se é um complô ou não, cabe à polícia investigar. Acho que ela tem que abrir o leque. Eles (polícia) direcionaram só para o casal. Tenho dito sempre isso. Existem outros canais de investigação que deveriam ter sido levados em consideração”

Pouco antes chegaram à delegacia os advogados do casal e evitaram falar com a imprensa. Eles estiveram esta manhã na casa da família Nardoni por cerca de duas horas.

Testemunhas ajudam a montar perfil do pai

Segundo vizinhos, ele tinha constantes discussões com a mulher, Anna Carolina Jatobá

Testemunhas que prestaram depoimento à polícia desde o início das investigações sobre a morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, ajudam a compor um perfil de Alexandre Nardoni, pai da menina, e da relação dele com a mulher, Anna Carolina Jatobá.

O jovem, de 29 anos, é formado em direito. Ele trabalha como consultor jurídico e, segundo o pai, atualmente estudava para o exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Ele queria ser delegado.

O rapaz passou a infância no bairro Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo. Foi comerciante: teve loja de roupas e uma oficina de motos. Na rua onde morou, conheceu a primeira namorada, Patrícia. “Ele era tranqüilo”, conta a menina.

A relação com Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella, durou pouco mais de dois anos e acabou onze meses depois da menina nascer.

Na faculdade, Alexandre conheceu a atual esposa, Anna Carolina Jatobá, e fez poucos amigos. “A gente tava aqui pra estudar, tinha uma amizade, tinha uma afinidade, mas o relacionamento dentro da faculdade era um e fora outro”, conta um dos colegas, Pedro Satiro.

Vizinhos do primeiro edifício onde o casal morou relataram que as brigas entre eles eram constantes. Já no Edíficio London, onde Isabella morreu, poucos conheciam a família Nardoni.

Um casal que mora em frente é considerado testemunha-chave e foi ouvido com exclusividade pela Rede Globo. Eles afirmam ter ouvido uma forte discussão na noite em que Isabella foi jogada da janela do prédio.

“Estávamos acordados por causa do silêncio mesmo. O que chamou atenção foi a discussão e o apavoramento da discussão. Não era asssim, simplesmente, uma briga. Devido as palavras de baixo calão que se pronunciava. Eram muitos palavrões. Não era uma briga isolada de uma casal, mas uma situação de desespero”, conta uma das testemunhas.

Morte
O casal diz que tudo foi muito rápido. Eles souberam da queda da menina depois de um grito. “O que me chamou atenção foi justamente quando a pessoa virou e falou assim: ‘jogaram a Isabella do sexto andar’. Assim que aconteceu isso, a minha reação foi levantar da cama e puxar a janela”, relata a testemunha.

“Conforme eu puxei a janela, eu já vi a moça, eu já vi de frente para mim a moça que nós ficamos sabendo que era a madrasta, andando de um lado para outro, nos corredores laterais embaixo do hall externo”. Anna Carolina deixava transparecer o nervosismo. “Ela andava, ela gritava muito, falando os mesmos palavrões que nós havíamos escutado no interior do apartamento, momentos antes.”

Eles ainda dizem que a atitude de Anna Carolina Jatobá chamou a atenção e afirmam que a voz dela é inconfundível. “A voz dela é uma voz muito alta e por ela estar falando, estar pronunciando as mesmas palavras de baixo calão, foi o que marcou a situação. Porque até então, foi na hora, foi o momento que nós ligamos ao fato, de que a discussão era gerada pelo acontecido abaixo no apartamento”. Os vizinhos afirmam: “ela jamais chegou perto do corpo da criança”.

Pai de Alexandre Nardoni diz que "briga de casal é normal"

O pai de Alexandre Nardoni foi nesta manhã na delegacia onde o caso está sendo investigado, na zona Norte de São Paulo. De acordo com a rádio CBN, ele confirmou que irá prestar depoimento no próximo sábado, juntamente com a filha.

Quando perguntado sobre os vários relatos de que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá brigavam demais ele foi enfático: "Briga de casal é uma coisa normal". Ele disse também que as investigações da polícia precisam se abrir e não ficar apenas em cima do casal.

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, são os principais suspeitos de terem esganado e depois jogado a garota pela janela do sexto andar de um edifício na zona Norte de São Paulo, no último dia 29.


Avó de Isabella presta depoimento e usa porta lateral para deixar delegacia
A avó paterna de Isabella, Maria Aparecida Alves Nardoni, prestou depoimento nesta quinta-feira no 9º DP (Carandiru, zona norte de São Paulo) sobre a morte da menina. Segundo a Secretaria da Segurança, ela integra a lista com 22 nomes entregue à polícia pela defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da criança.

A avó chegou à delegacia pouco depois das 10h, acompanhada do marido, Antonio Nardoni, e de advogados. Ao deixar o DP, por volta das 13h30, Maria Aparecida e os advogados usaram uma saída lateral, para evitar o assédio da imprensa. Ao mesmo tempo, o marido deixou o local pela porta principal e falou rapidamente com os jornalistas.

Antonio disse que não acompanhou o depoimento da mulher. Ao chegar à delegacia, ele disse que estava ali "na condição de pai", e não de testemunha ou de advogado. Ele prestará depoimento no sábado (19), quando a filha, Cristiane, também será ouvida.

Desde que Isabella foi jogada do sexto andar de um prédio na zona norte da cidade, em 29 de março último, a Polícia Civil de São Paulo já ouviu outras 58 pessoas --três delas indicadas pela defesa do pai e da madrasta de Isabella.

Alexandre e Anna Carolina prestarão novo depoimento à polícia amanhã (18), quando Isabella completaria seis anos. Um esquema de segurança será montado na delegacia, segundo a polícia.

Defesa questiona segurança de prédio e reafirma inocência de pai e madrasta

Os advogados do pai e da madrasta da menina Isabella Nardoni, jogada do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo no último dia 29, acompanharam ontem, 16, os depoimentos de duas testemunhas de defesa. Depois, a defesa de Alexandre Nardoni e de Anna Carolina Jatobá afirmou que os relatos comprovaram a fragilidade da segurança no edifício onde a criança morreu e reafirmou que o casal é inocente.

Reportagem de André Caramante publicada pela Folha mostra que o casal deve ser indiciado pela morte da menina e que, depois, a polícia pedirá à Justiça a decretação da prisão preventiva de ambos. A decisão ocorreu depois que a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual confirmaram que Isabella foi agredida pela madrasta e jogada do sexto andar do Edifício London, na Vila Isolina Mazzei, pelo próprio pai.

Ontem foram ouvidas no 9º DP (Carandiru) 2 das 22 testemunhas indicadas à polícia pela defesa do casal. Além delas, mais de 50 pessoas já prestaram depoimento, como parte das investigações.

Após o crime, o casal afirmou que o apartamento havia sido invadido por um criminoso. A defesa também chegou a dizer que o assassino pode ter entrado no imóvel com uma chave perdida pelo casal.

"As duas testemunhas [ouvidas ontem] vieram comprovar a vulnerabilidade do edíficio London e a perda das chaves por Anna Carolina e Alexandre Nardoni. Vieram demonstrar que alguns de seus apartamentos ficavam abertos e expostos a qualquer pessoa que quisessem entrar", disse Ricardo Martins, um dos advogados do pai e da madrasta de Isabella.

Ele afirmou que, ao contrário de testemunhas que afirmaram à polícia ter presenciado discussões entre o casal, existem pessoas que comprovam a harmonia entre Nardoni e Anna Carolina. Ele também voltou a negar contradições nos depoimentos de ambos.

Defesa - O advogado disse que não comentaria sobre o indiciamento porque ainda não foi oficialmente informado sobre a decisão. Ele afirmou que o casal está "totalmente à disposição da Justiça" e que, intimados, comparecerão a depoimento.

Segundo Martins, os clientes defendem que são "absolutamente inocentes". Ele considera que enquanto os laudos não ficarem prontos, não é possível descartar a participação de uma terceira pessoa no crime.

Arquiteto da Casa Cor é morto na zona sul de São Paulo

Criador de alguns dos ambientes mais concorridos de várias edições da Casa Cor, maior evento de decoração do País, o arquiteto e decorador Nelson Walter Fernandez Lojo, de 59 anos, foi assassinado, com um tiro no peito, na terça-feira (15) à noite, no Brooklin, zona sul de São Paulo. O crime aconteceu após o arquiteto deixar seu escritório, na Rua Califórnia, e ser abordado por dois homens não-identificados, segundo informações da polícia. De acordo com o depoimento de um vigia, única testemunha do crime, a dupla abordou Lojo, gritando: “Entra, entra”. A testemunha viu ainda quando um dos homens entrou no carro, pela porta traseira.
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Minutos depois, quando o carro começava a mover-se, os dois homens saíram do veículo, um pela porta do motorista e o outro pela de trás. Em seguida, o corpo do arquiteto despencou pela porta do passageiro. A dupla, que vestia trajes escuros, segundo a testemunha, saiu correndo, entrou em um Corsa estacionado bem próximo e foram embora.

Lojo foi socorrido por policiais, que chegaram ao local logo depois do ocorrido. Ele chegou a ser levado para o Hospital Evaldo Foz, no Campo Belo, zona sul, onde chegou morto. De acordo com o boletim, nada foi roubado do arquiteto - nem os dois aparelhos celulares que estavam com ele. Até ontem à noite, a polícia não tinha nenhuma pista dos dois criminosos. A ocorrência foi registrada como tentativa de roubo no 96º Distrito Policial. (AE)