Forte terremoto deixa 1 morto e 60 feridos no Japão

Forte terremoto deixa 1 morto e 60 feridos no Japão

Tremor de 6,6 graus de magnitude provocou interrupção de reatores nucleares e do trem-bala
Redação Mais Comunidade

Imagem mostra fenda em jardim causada pelo terremoto de 6,5 graus de magnitude no Japão

Dois fortes terremotos atingiram a Ásia nesta terça-feira, 11, (hora local), matando ao menos uma pessoa e ferindo dezenas na costa do Japão e espalhando pânico entre os moradores. O tremor provocou a interrupção automática os trabalhos de dois reatores nucleares e a paralisação durante duas horas do serviço de trem-bala na área.

Segundo o Serviço Geológico dos EUA, o primeiro terremoto - de 7,6 graus de magnitude - foi registrado no Oceano Índico, perto das Ilhas Andaman, na Índia. Um alerta de tsunami foi emitido para a Índia, Mianmar, Indonésia, Tailândia e Bangladesh, países castigados pelo tsunami de 2004. O abalo sísmico não deixou vítimas. No Japão, uma pessoa morreu e mais de 63 foram feridas quando um tremor de 6,6 graus de magnitude atingiu Tóquio e foi sentido na região central do país. Segundo a polícia, uma mulher de 43 anos morreu por conta da queda de escombros. A imprensa japonesa fala em até 80 feridos.

O fato de o tremor ter acontecido relativamente perto da superfície fez com que fosse sentido com muita intensidade em uma ampla área do centro do Japão, que também tem uma elevada densidade de população. Na escala japonesa, que vai até 7, concentrada mais nas áreas atingidas do que na intensidade do tremor, o terremoto chegou ao grau 6 em zonas do centro e oeste de Shizuoka, apesar de, em Tóquio, ter alcançado a intensidade mais baixa de 3.

As imagens de televisão mostraram produtos caídos em supermercados, estradas com o asfalto quebrado, rachaduras em muitas casas e muros destruídos, em meio à chuva que caiu com força durante esta semana no Japão. Além disso, houve pelo menos quatro pequenos incêndios na cidade de Shizuoka e 9,5 mil pessoas ficaram sem energia elétrica temporariamente em Omaezaki, onde o terremoto causou também interrupções no abastecimento de água, devido à ruptura de encanamentos.

O primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, hoje uma equipe de trabalho em seus escritórios para coletar informações sobre o terremoto, que, além disso, ocorreu nas províncias de onde o tufão Etau está se aproximando. Em sua passagem na segunda-feira pelo oeste do Japão, esse tufão deixou pelo menos 13 mortos e 17 desaparecidos nas províncias de Hyogo e Okayama, sem que os trabalhos de resgate, até o momento, tenham dado resultados positivos.

A Agência Meteorológica do Japão alertou a população sobre possíveis inundações e deslizamentos de terra devido à passagem do tufão, mas tranquilizou os habitantes, afirmando que não se espera que o terremoto desta madrugada seja o prelúdio do grande terremoto que pode atingir um dia a região de Tokai, segundo crença popular.

http://www.maiscomunidade.com/conteudo/2008-05-19/mundo/19109/-FORTE-TERREMOTO-DEIXA-1-MORTO-E-60-FERIDOS-NO-JAPAO.pnhtml


Por causa deste terremoto, a agência de metereologia do Japão emitiu um alerta de tsunami, que só foi cancelado duas horas depois, quando não havia mais risco. Várias construções ficaram destruídas.


Terremoto atinge grande área do Japão e deixa cerca de 100 feridos

foto: AP

Terremoto causou o fechamento de rodovias e fez com que se formassem filas de carros em Tóquio

Facebook compra site com ferramenta de busca e desafia Google

Facebook compra site com ferramenta de busca e desafia Google

O site de relacionamentos sociais Facebook comprou o site de compartilhamento de conteúdo FriendFeed, que permite aos usuários dividir instantaneamente informações encontradas na net, desafiando o domínio do Google, segundo especialistas da indústria.

A expectativa era de que o próprio Google ou o Twitter comprassem a companhia, que vem sendo elogiada por sua ferramenta de busca "em tempo real".

Este tipo de ferramenta é valorizada porque permite ao usuário saber o que está acontecendo neste momento, em qualquer assunto.

"Google, abre o olho, o Facebook sabe que o dinheiro de verdade está na busca em tempo real", disse o especialista e respeitado blogger Robert Scoble.

"O Google é o rei das buscas regulares. O FriendFeed é o rei das buscas em tempo real. Isso torna muito mais interessante a batalha que vem por aí", disse Scoble à BBC News.

Em maio passado, o fundador do Google, Larry Page, admitiu que a gigante de buscas ficou atrás de outros serviços online, como o Twitter, que conta com quase 45 milhões de usuários em todo o mundo.

"As pessoas realmente querem fazer as coisas em tempo real e creio que eles (Twitter) fizeram um grande trabalho", disse Page, admitindo que o Google ficou para trás neste campo.

Tiro de advertência

Outros analistas do Vale do Silício concordam que a compra mudou o jogo.

"O Facebook não conseguiu comprar o Twitter, então, esta é a segunda melhor opção", disse Ben Parr, editor associado do Marshable, um blog de notícias que cobre mídias sociais.

"O FriendFeed é conhecido por ter tecnologia inteligente e poderosa que permite aos usuários agregar tudo o que eles fazem online, e fazê-lo em tempo real."

"Com esta aquisição, o Facebook está atirando diretamente não apenas contra o Twitter, mas também o Google. Este é um tiro de advertência para essas duas empresas", disse Parr à BBC News.

Scoble lembrou ainda que a ferramenta de buscas em tempo real do FriendFeed pesquisa um período de até 18 meses, em comparação com apenas alguns dias no Twitter.

Há algum tempo, analistas do Vale do Silício vêem o FriendFeed como uma inspiração para muitos dos aplicativos do Facebook.

Entre eles está a habilidade de importar atividades de outros serviços, como o YouTube e o Flickr, além de permitir aos usuários comentar o conteúdo postado por outros e dizer se "gostam" ou "não gostam" de algum comentário.

"Na prática, o FriendFeed tem sido o departamento de pesquisa e desenvolvimento do Facebook, já há algum tempo", disse Scoble, um dos usuários mais populares do serviço, que conta com 46 mil assinantes.

"Eles têm a melhor comunidade de tecnologia na rede e o Facebook deve continuar a usá-los para testar novos aplicativos antes de transferi-los para o Facebook."

Negociações

As empresas já vinham conversando há dois anos, mas mesmo assim, a compra pegou muita gente de surpresa no Vale do Silício.

O co-fundador do FriendFeed, Bret Taylor, admitiu que foi um negócio de última hora.

Analistas da indústria esperavam que o Google fizesse uma proposta de compra, principalmente porque o FriendFeed foi fundado por ex-funcionários da empresa.

"O FriendFeed aceita o pedido de solicitação de amizade do Facebook", anunciou Bret Taylor, brincando com a linguagem do site de relacionamentos.

"Como minha mãe me explicou, quando duas companhias se amam muito, elas formam um veículo estruturado de investimento", continuou ele em seu blog.

"Nossas companhias têm uma visão comum. Agora temos a oportunidade de trazer muitas das inovações que desenvolvemos no FriendFeed para os 250 milhões de usuários do Facebook mundo afora."

O fundador do Facebook, Mark Zuckeberg, também elogiou a compra.

"Desde que usei o FriendFeed pela primeira vez, admirei sua equipe por criar um serviço tão simples e elegante para que os usuários pudessem compartilhar informações."

"Como isso mostra, nossa cultura continua a fazer do Facebook um lugar onde os melhores engenheiros vêm para construir coisas rapidamente, que muitas pessoas vão usar."

Como parte do acordo, todos os funcionários do FriendFeed vão ser aproveitados pelo Facebook e os quatro fundadores da empresa vão ter cargos de liderança nas equipes de engenharia e produto do site de relacionamentos.

O FriendFeed vai continuar funcionando de forma independente, pelo menos por enquanto.

"Eventualmente, de um jeito ou de outro, é difícil crer que o FriendFeed vai continuar a existir como existe hoje", disse MG Siegler, do site de notícias TechCrunch, do Vale do Silício.

"O Facebook vai começar a usar tanto do tempo do FriendFeed que ele vai perecer. É triste, mas é a rede. Nem todos os serviços podem florescer. Simplesmente, não há usuários com tempo suficiente para usar todos eles."

http://www.primeiraedicao.com.br/_IMG/logo.jpg
por BBC Brasil

Australiana nega relação com desaparecimento de Madeleine McCann

Australiana nega relação com desaparecimento de Madeleine McCann

MELBOURNE (AFP) - Uma australiana negou ter informações sobre o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann depois que uma amiga a identificou como a misteriosa testemunha procurada pelos investigadoes do caso.

Uma australiana negou ter informações sobre o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann depois que uma amiga a identificou como a misteriosa testemunha procurada pelos investigadoes do caso.  Foto:Abdelhak Senna/AFP
Uma australiana negou ter informações sobre o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann depois que uma amiga a identificou como a misteriosa testemunha procurada pelos investigadoes do caso. Foto:Abdelhak Senna/AFP


"Não tenho qualquer relação com a menina", afirmou Judith Aron, de 53 anos, ao grupo Fairfax Media, em sua casa em Melbourne.

Os detitives particulares informaram na semana passada que procuraram uma mulher parecia com Victoria Beckham (ex-integrante das Spice Girls e esposa do jogador David Beckham) e com sotaque australiano que teria falado com um britânico do lado de fora de um bar em Barcelona três dias depois do desaparecimento de Maddie em Portugal, em 2007.

Aparentemente, ela teria perguntado se estava ali para "para entregar sua nova filha" antes de entender que não se tratava do homem que procurava.

Fairfax informou que uma amiga de Aron indicou à polícia acreditar que a mulher de Melbourne era a descrita pelo retrato falado publicado pelos investigadores britânicos, que trabalhavam para os pais de Madeleine.

Mas Aron, que é mãe de uma menina de cinco anos, afirma que se trata de um engano.

"Tenho 53 anos e claro que não me pareço com uma Spice Girl. E não saí da Austrália desde 2000", concluiu.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/foto/0,,21575656,00.jpg
Madeleine tinha quase quatro anos quando desapareceu do hotel em que passava férias com a família em Praia da Luz, Algarve, Portugal, em 3 de maio de 2007.

http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/090809/mundo/gb_portugal_australia_crime

Resumo das noticias dos jornais de hoje – 11/08/2009

Terça-feira, 11 de agosto de 2009

Manchetes dos jornais: Senado tenta acordo para livrar Sarney e Virgílio

O Estado de S. Paulo

Planalto e líderes tentam acordo para inocentar Sarney e Virgílio

O governo e os principais líderes aliados e da oposição já trabalham abertamente em favor de um "acordão" entre o PMDB e o PSDB para resolver a crise no Senado. Mesmo considerada difícil, a saída política para o impasse começou a ser construída ontem por interlocutores de peso dos dois partidos, na tentativa de salvar tanto o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), como o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Em conversas reservadas, porém, auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deram a senha para a trégua: pediram que os tucanos não ponham mais combustível na crise, se não quiserem ver o PMDB esticar novamente a corda. Os principais articuladores da negociação são os líderes do governo, Romero Jucá (PMDB-RR); do PMDB, Renan Calheiros (AL); do PT, Aloízio Mercadante (SP), e o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Nem todos, porém, têm falado a mesma língua e há estocadas de parte a parte.

Presidente atua para isolar Dilma da crise

Preocupado com o desgaste político de sua candidata à sucessão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu ontem em defesa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O temor do Planalto é que Dilma seja "colada" à crise que envolve o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O governo também não quer Dilma como personagem da CPI da Petrobrás. Em Quito, capital do Equador, Lula afirmou que considera uma fantasia a declaração da ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira de que teria recebido um pedido de Dilma, no fim de 2008, para "agilizar a fiscalização" envolvendo Fernando Sarney, filho do presidente do Senado. Lina disse que considerou a solicitação um recado para "encerrar" as investigações sobre empresas geridas por Fernando Sarney.

Serra diz que Lula interferiu no Conselho de Ética

Em entrevista à rádio Tudo FM de Salvador, o governador de São Paulo, José Serra, afirmou ontem que o governo federal interferiu na crise do Senado. "Não tenho participado dessa discussão, mas fui senador e sei como aquela Casa funciona." Serra não citou diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas deixou claro que identificou a participação do Palácio do Planalto nos acontecimentos do Senado. "Na condição de governador tenho de manter uma relação institucional com o Senado. Houve realmente interferência do Executivo", disse. "Espero que os próprios senadores encontrem uma saída para essa crise." Em Quito, o presidente tentou se descolar dos acontecimentos no Senado e declarou que seria "presunção" interferir nos processos abertos no Conselho de Ética contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP)."Eles têm os mecanismos. Que investiguem, que absolvam, que punam. Mas que não peçam a minha opinião."

Sarney valida atos secretos de reajustes

Pressionado internamente, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), decidiu manter as gratificações incorporadas aos salários de servidores de carreira por meio de atos secretos. Sarney ainda anistiou o passado. Ninguém terá de devolver qualquer bônus, mesmo que tenha sido concedido em boletim sigiloso. Pelo menos 70 funcionários foram beneficiados, incluindo um assessor de Sarney e aliados do ex-diretor-geral Agaciel Maia, além de sua mulher, Sânzia Maia. A decisão - assinada pelo próprio Sarney - foi publicada discretamente no sábado, em meio a 200 páginas do Diário Oficial do Senado. Até ontem, não havia saído no Diário Oficial da União. A medida - de número 313/2009 - convalidou 80 atos secretos que tratam das chamadas "funções comissionadas", espécie de bônus salarial que varia de R$ 1,3 mil a R$ 2,4 mil. Alguns boletins estipulam pagamentos de gratificações com datas retroativas.

PF indicia Zoghbi por formação de quadrilha

A Polícia Federal indiciou ontem João Carlos Zoghbi, ex-diretor de Recursos Humanos do Senado, por formação de quadrilha, concussão e inserção de dados falsos em sistema público de informação. Zoghbi é acusado de favorecer a Contact Assessoria de Crédito dentro do Senado. Uma babá que trabalhou para ele aparece como sócia da empresa, que intermediou a realização de empréstimos consignados para funcionários da Casa. O ex-diretor foi indiciado após prestar depoimento ontem pela manhã. Ele negou a interferência para ajudar a Contact e também disse que jamais inseriu dados falsos no sistema de crédito consignado do Senado. A PF utiliza como elemento contra o ex-diretor uma investigação interna da Casa que mostra como funcionou a fraude na folha de pagamento. Zoghbi, segundo a apuração, inseria informações falsas para permitir que os servidores contraíssem empréstimos acima do limite estabelecido de 30% do salário.

Guerra diz que devolverá diárias pagas à filha se for provada ilegalidade

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse ontem que, se ficar comprovada a ilegalidade do pagamento de diárias de uma viagem feita por sua filha a Nova York, ele devolverá o dinheiro. Reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo revelou que a filha do senador Helena Olympia de Almeida Brennand Guerra foi para os Estados Unidos, em fevereiro de 2007, e gastou R$ 4.580,40 em diárias pagas com dinheiro público para acompanhar o pai, que foi a Nova York fazer exames médicos. Guerra explicou que teve um problema no intestino e foi aconselhado por médicos brasileiros a consultar um médico norte-americano. Segundo o senador, ele recebeu autorização do Senado para ser acompanhado na viagem pela filha e nunca foi informado sobre a necessidade de devolver o dinheiro.

Auditoria identifica ''caos'' no TRF em Brasília

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho da Justiça Federal (CJF) concluíram na sexta-feira inspeção no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, e confirmaram suspeitas de irregularidades, como elevada taxa de congestionamento de processos. A auditoria, executada por 9 juízes e 19 servidores do CNJ e do CJF, abrangeu secretarias, gabinetes de desembargadores, setores administrativos e departamentos do tribunal.

Marina leva Ciro a rever plano para sucessão

Antes mesmo de ser confirmada, a candidatura da senadora Marina Silva (PT-AC) à Presidência da República já começou a impactar nas articulações para a eleição do ano que vem. Diante do convite feito pelo PV a Marina para que saia candidata ao Planalto em 2010, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) começou a rever a possibilidade de disputar o governo de São Paulo e voltou a investir na tese de que quer mesmo concorrer à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ciro comentou com aliados que a entrada de Marina na corrida criaria um cenário muito mais favorável a uma candidatura sua ao Planalto. Com a senadora na disputa, argumentou, a eleição perderia o caráter plebiscitário esperado pelo PT e pelo PSDB, ajudando a garantir um segundo turno. A expectativa é de que Ciro diga pessoalmente a Lula que quer concorrer à Presidência. Os dois devem se reunir esta semana com o presidente do PSB, governador Eduardo Campos (PE), e dirigentes das duas siglas. A previsão era de que o encontro fosse um jantar em Brasília, amanhã. Até ontem, não havia confirmação.

Gil nega convite para posto de vice na chapa

Gilberto Gil, cantor, compositor e ex-ministro da Cultura, disse ontem que não foi convidado para ser vice numa eventual candidatura da senadora Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, à Presidência. Gil, que ensaiava ontem à tarde no Rio de Janeiro com a sambista Dona Ivone Lara, respondeu à questão da candidatura por meio de sua assessoria de imprensa. Segundo o artista, não houve um convite oficial e ele prefere não falar sobre hipóteses. "Eu não tenho de falar sobre o que eu faria se houvesse um convite, é meu direito não falar sobre isso", afirmou.

Gravação contra Yeda vaza na web

As mais de 1,2 mil páginas da peça inicial que compõem a ação de improbidade administrativa que o Ministério Público Federal moveu contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), e mais oito pessoas vazaram ontem na internet, embora contenham provas protegidas por sigilo telefônico, bancário e fiscal. O documento, distribuído em cinco arquivos digitais, foi publicado inicialmente no site do jornalista Políbio Braga e posteriormente pelo jornal Zero Hora. Na semana passada, quando divulgou que moveria a ação, o Ministério Público não detalhou quais seriam as irregularidades atribuídas a cada um dos réus argumentando o sigilo do processo, que pediu para ser suspenso. A juíza acolheu parcialmente a solicitação, determinando o levantamento do sigilo dos autos, exceto sobre informações bancárias, financeiras e fiscais.

Curió terá de entregar acervo sobre guerrilha

A 1ª Vara Federal de Brasília convocou o tenente-coronel Sebastião Curió para depor sobre a guerrilha do Araguaia. Curió deverá entregar todos os documentos que tiver sobre a guerrilha em no máximo 60 dias. As informações são da Advocacia-Geral da União (AGU).

Juiz acata denúncia contra líder da Universal

A Justiça recebeu ontem denúncia do Ministério Público de São Paulo e abriu ação criminal contra Edir Macedo e outros nove integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus sob a acusação de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A denúncia, aceita pelo juiz Glaucio Roberto Brittes, da 9ª Vara Criminal de São Paulo, resulta da mais ampla apuração sobre a movimentação financeira da igreja já feita em seus 32 anos de existência. Iniciada em 2007 pelo Ministério Público de São Paulo, a investigação quebrou os sigilos bancário e fiscal da Universal e levantou o patrimônio acumulado por seus membros com dinheiro dos fiéis, entre 1999 e 2009 - embora não paguem tributos, igrejas são obrigadas a declarar doações que recebem. Segundo dados da Receita Federal, a Universal arrecada cerca de R$ 1,4 bilhão por ano em dízimos. As receitas da igreja superam as de companhias listadas em Bolsa - e que pagam impostos -, como a construtora MRV (R$ 1,1 bilhão), a Inepar (R$ 1,02 bilhão) e a Saraiva (R$ 1,09 bilhão). Somando-se as transferências atípicas e os depósitos bancários em espécie feitos por pessoas ligadas à Universal, o volume financeiro da igreja no período de março de 2001 a março de 2008 foi de cerca de R$ 8 bilhões, segundo informações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda que combate a lavagem de dinheiro. A movimentação suspeita da Universal somou R$ 4 bilhões de 2003 a 2008.

Doações originaram patrimônio, diz acusação

A denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo levantou o patrimônio construído pela Igreja Universal em seus 32 anos de existência.
Ele seria composto por 23 emissoras de TV e 42 emissoras de rádio, quatro firmas de participações, uma agência de turismo, uma imobiliária, uma empresa de seguro de saúde, duas gráficas, uma gravadora, uma produtora de vídeos, uma construtora, uma fábrica de móveis e duas financeiras. A igreja teria ainda uma empresa de táxi aéreo de nome Alliance Jet, que possui três aviões, um deles adquirido em 2007 por US$ 28 milhões.

Folha foi alvo de 107 ações de fiéis da igreja

Em 15 de dezembro de 2007, a Folha publicou a reportagem "Universal chega aos 30 anos com império empresarial", que descrevia o conglomerado de empresas da Igreja Universal do Reino de Deus. Com essa reportagem, a jornalista Elvira Lobato ganhou, no ano seguinte, o Prêmio Esso. Após a publicação, fiéis da Igreja Universal de vários municípios do país entraram com 107 ações judiciais contra a jornalista e a Empresa Folha da Manhã, que edita a Folha, pedindo indenização por danos morais, alegando que se sentiram ofendidos com a reportagem, embora nenhum deles tenha sido citado. Todas as 84 ações julgadas até agora tiveram sentenças favoráveis à Folha. Restam 23 ações pendentes.

Réus atuaram em outras empresas ligadas ao grupo

Além de Edir Macedo, líder da Igreja Universal e dono da TV Record, há outros nove réus no processo criminal aberto na 9ª Vara Criminal em São Paulo por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Todos, segundo o Ministério Público, contribuíram de forma decisiva para a lavagem de dinheiro dos fiéis da Universal ao "exerceram funções de comando em empresas ligadas ao grupo criminoso, em especial nas empresas Unimetro Empreendimentos S/A e Cremo Empreendimentos S/A".

Receita fiscalizou e aprovou contas de empresas, diz defesa

As empresas apontadas pelo Ministério Público como fachada para a movimentação do dinheiro pago por fiéis como dízimo já foram fiscalizadas pela Receita Federal e tiveram suas contas aprovadas. É o que afirma Arthur Lavigne, advogado dos dez líderes da Igreja Universal do Reino de Deus que foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Lavigne apresentou à Folha um "Termo de Encerramento de Fiscalização" da Receita Federal em que está descrita a movimentação, referente ao ano de 2005, de quatro contas da Cremo Empreendimentos S/A nos bancos do Brasil, Safra, Rural e Bradesco.

Empresário liga propina ao comando da Alstom

O suposto pagamento de propina a políticos para conseguir contratos com o governo de São Paulo partiu da cúpula da Alstom em Paris, segundo depoimento ao Ministério Público do empresário Romeu Pinto Junior. Ele tem conhecimento de causa sobre o assunto: representava a MCA Uruguay, empresa que a Alstom usou para trazer o dinheiro da Europa para o Brasil, de acordo com o Ministério Público da Suíça.

Empresa afirma que acusação ofende executivo

A Alstom no Brasil afirma por meio de nota enviada à Folha que "as sérias acusações contra Philippe Jaffré são chocantes e ofendem a integridade e honestidade de um homem que ocupou altas posições não somente em órgãos públicos na França, mas também em indústrias e bancos mundialmente respeitados". Jaffré trabalhou em bancos como o Stern e na petroleira Elf Aquitaine. No governo de Édouard Balladur (1984-1985), teve atuação no Tesouro francês e cuidou do processo de privatização.

Lago leva ao STF discussão sobre nova eleição

O ex-governador Jackson Lago (PDT) conseguiu levar ao Supremo Tribunal Federal o debate sobre a realização de nova eleição no Maranhão, hoje comandado por Roseana Sarney (PMDB). Ontem, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Ayres Britto, autorizou que um dos recursos dos advogados de Lago contra a cassação de seu mandato seja analisado pelo STF. Ainda não há data para o julgamento.

Indenizações a anistiados já somam R$ 2,9 bi

Balanço divulgado ontem pelo Ministério da Justiça mostra que as reparações financeiras a perseguidos pela ditadura militar (1964-85) somam R$ 2,88 bilhões -o total pago até agora fica abaixo dos R$ 500 milhões. O presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, criticou o alto valor de algumas indenizações e disse que uma nova interpretação da lei, aplicada a partir de 2007, reduziu os pagamentos pela metade.

Juíza nega pedido de afastamento de Yeda no RS

A juíza federal de Santa Maria (RS), Simone Barbisan Fortes, rejeitou ontem o pedido feito pelo Ministério Público Federal para afastar do cargo a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB). A tucana e outras oito pessoas são alvo de denúncia de improbidade administrativa por suspeitas de terem se beneficiado da fraude de R$ 44 milhões do Detran-RS. No despacho divulgado ontem à noite, a juíza afirmou que, como a fraude foi interrompida em 2007, Yeda não poderá "afetar negativamente" a ação.

Serra volta ao Nordeste e diz que virou político na Bahia

Empenhado em fortalecer sua possível candidatura à Presidência em 2010, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), fez ontem sua segunda visita ao Nordeste em menos de dez dias. "Eu aprendi a ser político na Bahia, no tempo em que eu era do movimento estudantil, que não era essa coisa oficialista que é hoje. Eu me elegi presidente da UNE graças aos baianos. Paulista não sabe fazer política", afirmou. Na visita, encontrou dois eventuais candidatos no Estado: Paulo Souto (DEM), que fechou aliança com o PSDB, e o governador Jaques Wagner (PT), com quem assinou um acordo tributário.

Ex-chefe da Receita fantasiou reunião com Dilma, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou de "fantasia" a declaração da ex-chefe da Receita Lina Maria Vieira de que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) pediu que a investigação feita pelo órgão nas empresas da família Sarney fosse concluída rapidamente. Dilma, em visita a Natal ontem, negou ter se encontrado a sós com Lina e disse que nunca tratou desse assunto com ela. Em reportagem publicada anteontem pela Folha, Lina afirmou que foi chamada para um encontro a sós com Dilma no final do ano passado. A ex-secretária diz ter interpretado o pedido como um recado para encerrar a investigação.

"Ela sabe que falou comigo", reitera Lina

A ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira reiterou ontem que esteve no gabinete de Dilma Rousseff (Casa Civil) e que a ministra lhe pediu para encerrar logo o processo de investigação nas empresas da família Sarney.
"Ela sabe que eu estive lá e sabe que falou comigo. A Erenice [Guerra, secretária-executiva da Casa Civil] também, porque esteve no meu gabinete para marcar. Não custava nada ela ter dito a verdade. Qual a dificuldade? Na minha biografia não existe mentira."

CPI pode fechar audiência de secretário da Receita

O relator da CPI da Petrobras e líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), se reuniu com técnicos da Receita Federal um dia antes do depoimento do chefe interino do órgão, Otacílio Cartaxo. Ficou acertado que parte da reunião, marcada para a tarde de hoje, pode ser fechada para a Receita esclarecer detalhes da mudança contábil que permitiu a estatal deixar de pagar R$ 2,14 bilhões em impostos. Cartaxo recebeu ontem orientações do ministro Guido Mantega (Fazenda) sobre como responder as perguntas na CPI da Petrobras. A Folha apurou que o ministro disse a Cartaxo para não aceitar provocações da oposição e tomar cuidado para não dar informação que possa significar quebra de sigilo fiscal da empresa.

Oposição tenta reabrir as acusações contra Sarney no conselho

A oposição entrou ontem com recursos no Conselho de Ética do Senado para tentar abrir ao menos um processo por quebra de decoro contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). Não há data ainda para votação pelo órgão. Na semana passada, o presidente do conselho, Paulo Duque (PMDB-RJ), havia arquivado sumariamente as 11 acusações contra Sarney. Com 5 dos 15 membros do conselho, a oposição precisa dos votos dos três petistas do órgão para aprovar os recursos. O PT vem sinalizando que deve votar a favor do desarquivamento de um dos requerimentos, o que trata de atos secretos.

PF indicia ex-diretor de RH do Senado por três crimes

O ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi foi indiciado ontem pela Polícia Federal pelos crimes de concussão (extorsão praticada por funcionário público), inserção de dados falsos em sistemas de informação e formação de quadrilha. Ele foi responsabilizado pela atuação no mercado de empréstimo consignado em folha de pagamento de servidores da Casa. Segundo a PF, Zoghbi autorizou negociações acima do limite permitido -30% dos rendimentos de cada funcionário- para favorecer a empresa do filho Marcelo, a Contact Assessoria de Crédito Ltda.

Correio Braziliense

Guerra fria entre PT e PMDB

Anunciada pelo presidente do PT, Ricardo Berzoini, na última quinta-feira, a intenção da bancada do partido de pedir a abertura de investigação no Conselho de Ética contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deixou o PMDB revoltado e novamente colocou os dois maiores partidos da base governista em campos opostos no Senado. Em conversas reservadas, o próprio Sarney não escondeu o desconforto com a atitude de Berzoini e com a posição de Aloizio Mercadante (PT-SP), que comanda a bancada. A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), também não gostou e, internamente, classificou a postura do aliado no plano nacional como de extrema deslealdade.

Zoghbi indiciado pela PF

Após três meses de investigações, a Polícia Federal indiciou ontem o ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi no inquérito que apura irregularidades na liberação de empréstimos consignados a servidores da Casa. Zoghbi tornou-se alvo da investigação da PF, a pedido do Ministério Público Federal, depois de a imprensa ter revelado que sua ex-babá Maria Isabel Gomes, de 83 anos, era sócia de empresas de consultoria que intermediavam contratos de crédito consignado com o Senado. O ex-diretor de Recursos Humanos foi interrogado no fim da manhã pelo delegado Gustavo Buque, na Superintendência da PF em Brasília. Segundo investigadores, negou ter cometido qualquer irregularidade nas três horas de depoimento. Mesmo assim, saiu de lá indiciado por três crimes: concussão (extorsão praticada por funcionário público), inserção de dados falsos em sistemas de informação e formação de quadrilha.

MST contra ação do DEM

Numa mobilização chamada de Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária, que ocorre em todas as capitais do país, cerca de 3 mil sem-terra e integrantes da Via Campesina chegaram ontem a Brasília com uma pauta bem definida. Além da reivindicação genérica de assentamento das 90 mil famílias que integram o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) hoje acampadas nas cinco regiões brasileiras, a militância vai mirar em um projeto de lei recém-aprovado, em caráter terminativo, na Comissão de Agricultura do Senado. A matéria, cuja relatora é a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), modifica os índices de produtividade que hoje servem de parâmetro para desapropriação de terras e transfere do Executivo para o Legislativo a incumbência de atualizar tais indicadores.

Reajuste não alivia pressão

O aposentado José Carlos Vieira, 54 anos, já participou de diversas manifestações cobrando o reajuste de benefícios previdenciários. Junto a outros 600 aposentados, o ex-funcionário da Casa da Moeda interrompeu, há três meses, uma sessão da Câmara dos Deputados para pressionar os parlamentares a votar projetos de interesse da categoria. “Temos que fazer protestos quando deveríamos estar descansando”, lamenta Vieira. E nem o reajuste que vem sendo negociado com o governo Lula, previsto para entrar em vigor em janeiro de 2010, deve aliviar a pressão exercida por Vieira e seus companheiros. A intenção, agora, é manter o debate sobre propostas em tramitação no Congresso. Amanhã, o governo tem encontro marcado com centrais sindicais e representantes de aposentados e pensionistas para definir o percentual do reajuste que vai beneficiar cerca de 8 milhões de brasileiros. No entanto, o governo espera que a categoria abra mão de quatro propostas — três projetos de lei e um veto presidencial — que ainda aguardam decisão dos parlamentares.

Sanguessuga é condenado

O vereador e ex-deputado federal Cabo Júlio (PMDB-MG) foi condenado a devolver aos cofres públicos a propina que, segundo a Justiça Federal, ele recebeu da máfia das ambulâncias — desbaratada pela Operação Sanguessuga —, depositada diretamente em sua conta corrente. Ele também foi condenado ao pagamento de multa e à suspensão dos direitos políticos por 10 anos. O valor da condenação do ex-deputado é de R$ 575.472. A sentença foi dada sexta-feira pelo juiz Rodrigo de Godoy Mendes, da 7ª Vara da Justiça Federal mineira. O ex-deputado é o primeiro agente político envolvido com as fraudes das ambulâncias a ser condenado. Ao todo, 57 ex-parlamentares já foram denunciados em todo o Brasil. Ainda cabe recurso da decisão judicial, mas o nome do parlamentar já será incluído no cadastro de impedidos de disputar as próximas eleições, segundo informou o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Já a decisão sobre a cassação do mandato de vereador por causa da suspensão dos direitos políticos tem de ser tomada pela Câmara Municipal de Belo Horizonte.

Yeda não deixa o cargo

Poucas horas após o vazamento da íntegra da ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) que acusa a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, e outras oito pessoas de participar ativamente do desvio de R$ 44 milhões do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS), a juíza Simone Barbisan Fortes, da 3ª Vara da Justiça Federal, não aceitou o pedido do MPF para afastar Yeda do cargo. Em uma decisão de duas páginas, Simone escreveu que, como a ação é muito complexa, “fica difícil aferir a suficiência de elementos que levem a concluir pela necessidade de afastamento da governadora do seu cargo”.

O Globo

Líderes não condenam acordo da Colômbia e isolam Chávez

Com moderação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, impediram que a reunião da Unasul seguisse o clima bélico sugerido pelo venezuelano Hugo Chávez. Por proposta de Lula, o presidente americano, Barack Obama, será convidado para uma “discussão profunda" da relação com a América do Sul. O acordo militar que prevê a utilização de bases na Colômbia pelos EUA ficou para futuro debate na reunião de chaceleres e ministros de Defesa. Chávez disse sentir ''ventos de guerra".

Correa quer controlar imprensa

Ao tomar posse para o segundo mandato, o presidente do Equador, Rafael Correa, disse que é preciso perder o medo de propor formas de controlar os "excessos da imprensa". Lula voltou ao Brasil antes do discurso.

Em MT, 11 são presos por fraude no PAC

A Polícia Federal prendeu ontem onze pessoas, entre empresários, políticos e sindicalistas, acusadas de fraudar licitações para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá e em Várzea Grande (MT). Os contratos suspeitos envolvem verbas de R$ 400 milhões. Um dos presos é o procurador-geral da prefeitura de Cuiabá, administrada pelo PSDB.

Crédito para casa própria cresce 24,6%

Após quatro meses de estagnação, o volume de financiamentos imobiliários com recursos da caderneta de poupança somou R$ 2,975 bilhões em junho, com expansão de 24,6% em relação a maio. No semestre, foram 5,1% a mais.

Alerta contra o uso de Tamiflu em crianças

Médicos da Universidade de Oxford desaconselharam ontem o uso de Tamiflu e Reilenza contra a gripe suína em crianças com menos de 12 anos. Segundo eles, os efeitos colaterais não compensam qualquer benefício.

Edir Macedo vira réu por lavagem de dinheiro

A Justiça aceitou denúncia contra Edir Macedo e mais nove pessoas ligadas à Igreja Universal por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O grupo é acusado de desviar dinheiro de doações de fiéis para empresas de fachada e "lavar" os recursos em paraísos fiscais.

A nova obra de Collor

Depois do palavrão do aliado Renan Calheiros, o senador Fernando Collor (PTB-AL) ressuscitou o estilo "bateu, levou" e apelou para palavras de baixo calão. Na tribuna do Senado, disse que está "obrando" (defecando) na cabeça de um jornalista, a quem chamou de mentiroso. No Conselho de Ética, DEM, PSDB e PSOL subscreveram o recurso para desarquivar ações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mas a eficácia da medida depende do apoio dos três senadores do PT. Os petistas resistem a favor de Sarney, e a oposição ameaça ir ao STF caso as ações sejam definitivamente engavetadas.

Jornal do Brasil

Indústria volta a fazer contratações

Entre os principais países emergentes, a indústria brasileira lidera o otimismo para os próximos 12 meses. Duas em cada três empresas, segundo levantamento da consultoria KPMG, preveem recuperação da própria produção e do desempenho da economia do país. O estudo constata ainda a projeção de reaquecimento da abertura de postos de trabalho. E as contratações já recomeçaram: setores como o têxtil e de eletrodomésticos registram alta na retomada das vagas.

Suspensos voos entre 22h e 6h no Santos Dumont

A Secretaria de Estado do Ambiente determinou multa de R$ 250 mil e a interrupção das operações de pouso da rota 2 no Aeroporto Santos Dumont entre 22h e 6h. A decisão vale até que um estudo ambiental analise o impacto dos níveis de ruído nos bairros sob a rota.

Polícia descobre fraudes no PAC em Mato Grosso

A Polícia Federal prendeu 11 pesdoas em Cuiabá e descobriu indícios de irregularidades em obras do PAC na capital mato-grossense e em Várzea Grande. A fraude envolve licitações de R$ 220 milhões – R$ 7,6 milhões já haviam sido pagos a empreiteiras.

Brasil já é o 3º em mortes pela gripe

O Brasil chegou ao terceiro lugar em número de mortes por gripe suína, acima do México, onde surgiu o primeiro surto da doença. São cerca de 200 as mortes aqui contra 146 entre os mexicanos.

http://congressoemfoco.ig.com.br/noticia.asp?cod_canal=1&cod_publicacao=29267

Resumo das noticias dos jornais de hoje – 07/08/2009

sexta-feira, 07 de agosto de 2009

Manchetes dos jornais: Marina admite disputar a Presidência pelo PV



O Globo

Marina não descarta disputar Presidência

Convidada a trocar o PT pelo PV, a senadora Marina Silva (AC) não descarta disputar a Presidência. Indagada se está preparada para enfrentar Dilma Rousseff, candidata do presidente Lula, perguntou: "Por que precisa ser enfrentamento?" Disse que Dilma e o tucano José Serra não são as únicas opções. Serra reuniu-se com o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).

Bate-boca com palavrão reabre guerra no Senado

Um dia após o arquivamento das acusações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), um novo bate-boca no plenário da Casa, com xingamentos e até um palavrão, reacendeu a guerra entre oposição e governo. Um dos comandantes da tropa de choque de Sarney, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), pediu a cassação do líder tucano, Arthur Virgílio (AM), e Tasso Jereissati (CE) defendeu o correligionário. Renan chamou Tasso de "coronel", e este rebateu chamando o peemedebista de "cangaceiro". Renan xingou o tucano com um palavrão. Sarney, que presidia a sessão, ficou impassível, sem condições de conter o tumulto. Quatro partidos contrários ao arquivamento das acusações contra Sarney divulgaram manifesto assinado por 39 senadores de vários partidos, pedindo seu afastamento. Na primeira reunião da CPI da Petrobras, os governistas barraram pedidos da oposição e adiaram votações sobre a Receita Federal e a Fundação José Sarney.

Assembleia gaúcha abrirá CPI para investigar Yeda

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul vai criar CPI para investigar as denúncias contra a governadora Yeda Crusius (PSDB). O requerimento para instalação da comissão foi protocolado ontem com 38 assinaturas de deputados, o dobro do necessário. Anteontem, o Ministério Público pediu que Yeda, acusada de desvio de verba e enriquecimento ilícito, seja afastada do caso.

Gripe afeta as escolas particulares

A maioria das escolas particulares seguiu o estado e adiará a volta às aulas no Rio para o dia 17. Apesar da gripe suína, servidores da saúde ameaçam greve.

Lula rejeita interferência na Colômbia

O presidente Lula pediu ao colega da Colômbia, Álvaro Uribe, que rejeite interferência de países de fora da região (em alusão aos EUA) no combate ao narcotráfico.

Ministro ataca senadora por Codefat

Para o ministro Carlos Lupi, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, que liderou a saída de entidades patronais do Codefat, está habituada a lidar com "boi no pasto".

Tarso: censura ao 'Estado' não é censura

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que não é censura a decisão judicial que proibiu "O Estado de S. Paulo" de noticiar investigação da PF sobre Fernando Sarney, filho de José Sarney. Para Tarso, foi proibida a divulgação de fatos que podem ser falsos.



O Estado de S. Paulo

Renan ameaça oposição e Senado tem pior dia de sua crise sob Sarney

Um movimento da oposição, que insistiu ontem no afastamento de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado, incendiou o plenário e transformou a quinta-feira no pior dia da crise política da Casa. O agravamento da crise aconteceu após um dia de negociação entre setores da oposição e do PT para tentar enterrar a denúncia do PMDB contra o líder tucano, Arthur Virgílio (AM) - em troca, a oposição garantiria a permanência de Sarney no posto. Ontem, o Senado lembrou os tempos de paralisia que tomaram conta da Casa entre 2000 e 2001, na crise decorrente do confronto entre Jader Barbalho e Antonio Carlos Magalhães - que terminou com os dois renunciando aos cargos para evitar a cassação dos respectivos mandatos. Irritado com a insistência da oposição em pedir o afastamento de Sarney, o líder do PMDB, Renan Calheiros (PMDB-AL), transformou a leitura da representação contra Virgílio em um discurso recheado de provocações e ameaças à oposição, dirigidas principalmente à bancada tucana. No fim do discurso aconteceu o bate-boca.

Em carta, oposição pede que senador se afaste

Em mais um dia de troca de ofensas e bate-boca no plenário, os partidos de oposição enviaram ontem uma carta ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB), pedindo seu afastamento do cargo para a apuração das denúncias contra ele, que vão de nepotismo à contratação de aliados por atos secretos, além do desvio de verbas de uma fundação que leva seu nome. Embora o PT tenha defendido a licença de Sarney em várias ocasiões, o líder do partido no Senado, Aloizio Mercadante (SP), não assinou o manifesto contra o peemedebista.

A carta de nove linhas foi subscrita pelo PSDB, DEM, PDT, PSOL e também por senadores de partidos da base aliada, como os dissidentes do PMDB Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcellos (PE),os petistas Tião Viana (AC) e Flávio Arns (PE), além de Renato Casagrande (ES), do PSB.

Sarney nega elo com nomeado e é desmentido

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), reuniu argumentos ontem para rebater novas acusações de ter mentido em plenário - o que pode caracterizar quebra de decoro parlamentar. Sarney atribuiu a um homônimo do genro de Agaciel Maia, Rodrigo Cruz, o fato de na véspera ter declarado na tribuna que não o conhece. Em nota divulgada ontem por sua assessoria de imprensa, Sarney disse que, na verdade, se referiu a outra pessoa, chamada "Rodrigo Miguel Cruz". Segundo o senador, o rapaz seria ex- funcionário de Roseana Sarney e seu nome é o que aparece na representação protocolada pelo PSOL no dia 30 de junho. "É este que está relacionado na denúncia do PSOL, que se baseia em O Estado de S. Paulo", informa a nota.

Senado valida 152 atos considerados secretos

A diretoria-geral do Senado divulgou ontem a lista de 152 atos considerados secretos, mas que foram convalidados porque, embora tenham sido escondidos do Boletim de Administração de Pessoal, foram publicados no Diário Oficial do Senado. Sobraram, no total, 511 atos secretos editados desde 1995, entre eles os que beneficiaram aliados e parentes do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). A existência desses boletins foi revelada pelo Estado no dia 10 de junho. Pelo menos 79 servidores nomeados por atos secretos ainda continuam no quadro da Casa e podem ser beneficiados pela decisão do diretor-geral, Haroldo Tajra, de não demiti-los imediatamente. Bastará um pedido do gabinete que emprega o funcionário para que o Senado o mantenha no quadro. Nesse grupo está uma sobrinha de Sarney, Maria do Carmo de Castro Macieira. Ela foi nomeada em 29 de junho de 2005 para trabalhar no gabinete de Roseana Sarney (PMDB-MA), então senadora.

Tropa de choque livra Sarney de CPI

Em seu primeiro dia de trabalho, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás começou do jeito esperado: o governo acionou o rolo compressor e escanteou a oposição ao impedir a investigação do convênio da Petrobrás com a Fundação José Sarney e evitar o depoimento da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, que foi demitida depois de divulgar nota em que considerou irregular a manobra contábil feita pela estatal para alterar seu regime tributário, no ano passado. Ao mesmo tempo que blindou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a comissão de inquérito aprovou um plano de trabalho que prevê a investigação de contratos de patrocínios da Petrobrás, no período de 1998 a 2009, atingindo os convênios firmados no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Desvios na Câmara começam a ser apurados

O corregedor da Câmara, ACM Neto (DEM-BA), deu início à investigação contra dois deputados suspeitos de participar de esquema de venda de passagens aéreas da cota parlamentar. A comissão administrativa da Casa apresentou elementos envolvendo os deputados Paulo Roberto (PTB-RS) e Eugênio Rabelo (PP-CE), que justificaram a criação de uma sindicância parlamentar pelo corregedor para apurar a suposta participação dos dois na chamada "máfia das passagens?. Outros três deputados serão objeto de investigação. ACM Neto vai fazer diligências para esclarecer até que ponto os deputados Márcio Junqueira (DEM-RR), Roberto Rocha (PSDB-MA) e Raymundo Veloso (PMDB-BA) tiveram ligação com o esquema.

Sindicalistas ''alugam'' claque para manifestos

Sindicalistas de Brasília encontraram uma forma prática de arregimentar manifestantes sem ter de convencê-los dos seus pontos de vista: pagá-los. Gastando R$ 40 por cabeça, um grupo pode ser reunido para protestar a favor da liberação dos bingos, fazer número na Marcha dos Trabalhadores ou qualquer outra ação, contra ou a favor qualquer coisa, em nome de qualquer partido. Criada há cerca de quatro anos, a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) parece ser freguesa assídua do agenciamento de manifestantes. Em reportagem publicada pelo site Consultor Jurídico, Bruno Maciel, membro da Nova Central, garante aos repórteres que já fez "diversas vezes" a contratação de 50 a 800 pessoas e foi tudo tranquilo.

Delúbio insiste em volta ao PT

Mesmo depois de ter ouvido da direção do PT que o momento era inoportuno para que tentasse retornar ao partido, o ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares continua em campanha para se refiliar. Delúbio retirou o pedido formal para voltar à sigla do Diretório Nacional petista, mas escolheu o congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para distribuir uma revista e lançar um blog na internet. No interior da revista, intitulada Companheiro Delúbio, estão artigos e depoimentos em defesa de seu retorno ao PT. O material traz textos assinados por vários dos antigos colegas de partido do ex-tesoureiro. Nas últimas páginas da revista, Delúbio montou uma galeria de imagens de petistas, sob o título "Companheiros de Delúbio". Na lista, o senador Eduardo Suplicy (SP), o ex-ministro José Dirceu, os deputados José Genoino (SP), Cândido Vaccarezza (SP) e Antonio Palocci (SP), entre outros.

STF autoriza extradição de uruguaio da Operação Condor

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou ontem o governo brasileiro a extraditar para a Argentina o militar uruguaio Manuel Juan Cordeiro Piacentini, acusado de ter participado da Operação Condor - uma articulação das ditaduras do Cone Sul na perseguição a opositores dos regimes na década de 1970. Há suspeitas de que o militar tenha envolvimento com o sequestro do menor argentino Adalberto Soba Fernandes, em 1976. Com a decisão, o STF sinaliza que crimes como desaparecimento de pessoas, que foram cometidos na época das ditaduras militares, ainda podem ser punidos. Por 6 votos a 2, o tribunal concluiu que apesar de os supostos crimes imputados a Piacentini terem sido praticados há mais de 30 anos, ele ainda pode responder por eles. No julgamento, os ministros não adiantaram suas posições sobre as repercussões de uma eventual anistia a envolvidos com crimes da época da ditadura.

Funcionários da TV Cultura podem parar

Depois de um piquete e duas assembleias ontem, uma às 12 horas e outra às 16 horas, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo decidiu que, a partir de segunda-feira, parte dos empregados da rádio e TV Cultura pode entrar em greve. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Cultura informa que vai se pronunciar oficialmente hoje, dia em que também tentará uma conciliação com os funcionários. O protesto refere-se ao não-cumprimento do acordo coletivo, que determinou 5,83% de reajuste e 35% de abono salarial.

Aliados de Yeda aderem a CPI, para ação de blindagem

As bancadas aliadas do governo de Yeda Crusius (PSDB) aderiram, ontem, à CPI proposta pela oposição para investigar supostas irregularidades no Executivo do Rio Grande do Sul. O objetivo é blindar a governadora durante as investigações. O requerimento foi elaborado pela bancada do PT no início de maio, depois de escândalo indicando que o casal Carlos e Yeda Crusius teriam usado dinheiro do caixa 2 da campanha de 2006 para compra de um imóvel. O casal nega.



Folha de S. Paulo

Com Sarney blindado, PMDB e oposição se atacam no Senado

Com José Sarney (PMDB-AP) blindado no Conselho de Ética, a tropa de choque do PMDB partiu ontem para cima da oposição em plenário, o que resultou no dia mais tenso da crise política até agora. Por mais de três horas, um bate-boca envolvendo senadores de vários partidos incluiu acusações irônicas, ofensas, xingamento e a promessa de mais um processo por quebra de decoro parlamentar. Hoje, o grupo pró-Sarney dará novo passo para salvar o presidente do Senado, arquivando mais sete processos contra ele no Conselho de Ética. Os pareceres para isso estão prontos.

Peemedebista nega ter citado genro de Agaciel

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tentou justificar o motivo de ter dito, em discurso em plenário anteontem, não conhecer Rodrigo Lima Cruz -um dos servidores da Casa nomeados por ato secreto e citados na representação do PSOL que pede processo por quebra de decoro contra ele. Em 10 de junho, Sarney foi padrinho do casamento de Lima Cruz com Mayanna Maia, filha do ex-diretor Agaciel da Silva Maia. Para oposicionistas, ao dizer que não conhecia o rapaz, Sarney teria mentido em plenário, o que poderia resultar em processo por quebra de decoro.

Voto do PT vai decidir futuro de Sarney e de Virgílio no conselho

Os votos do PT no Conselho de Ética do Senado decidirão o futuro de José Sarney (PMDB-AP) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) -ambos podem responder a processos que resultariam em cassação de mandato.
Sem o PT, a oposição não vai conseguir reabrir as acusações feitas contra Sarney que foram arquivadas pelo presidente do conselho, Paulo Duque (PMDB-RJ). Tampouco os sarneyzistas terão como avançar na investigação contra Virgílio a ponto de tirar o mandato do líder tucano.
O PT tem três senadores no conselho: João Pedro (AM), Delcídio Amaral (MS) e Ideli Salvatti (SC). Para aprovar ou rejeitar os recursos contra as decisões de Duque são necessários oito votos. A oposição já conta com cinco.

Base também ajuda presidente do Senado na CPI

Um dia após arquivarem quatro denúncias contra José Sarney (PMDB-AP), senadores governistas blindaram outra vez o presidente do Senado. O plano de trabalho da CPI da Petrobras prevê rejeição dos pedidos de prestação de contas e das notas fiscais da Fundação José Sarney, suspeita de desviar recursos vindos da estatal. Relatado pelo líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), o plano foi preparado para rejeitar 66 requerimentos, que miravam, além de Sarney, a ministra Dilma Rousseff, presidente do Conselho de Administração da Petrobras, e o PT-BA, Estado governado pelo petista Jaques Wagner.

Senadora usou cota aérea para turismo

Suplente do Conselho de Ética do Senado, Rosalba Ciarlini (DEM-RN) usou verba pública para pagar viagens de turismo para ela, marido, filhos, além de outros parentes, amigos, o advogado e a mulher do advogado, no país e no exterior. Custeou passagens e, em alguns casos, até estada em hotéis. Em seu primeiro mandato, ela bancou essas despesas com recursos de sua cota aérea, criada para permitir o deslocamento de congressistas no exercício da atividade parlamentar. O ato do Senado que regulamenta a concessão das passagens não prevê o uso da cota para pagamento de hotel.

Congressista do DEM diz que não houve ilegalidade

A senadora Rosalba Ciarlini (DEM) disse, em nota, que os bilhetes para parentes e amigos foram emitidos com as sobras de sua cota aérea, dentro do que as regras permitiam. "Quando cheguei ao Senado, havia diversas complementações da remuneração básica do senador, entre elas uma parcela para viagens", disse.

69% dos deputados apoiam CPI contra Yeda

O requerimento que cria CPI para investigar denúncias de corrupção no governo de Yeda Crusius (PSDB), no Rio Grande do Sul, foi assinado ontem pela maioria dos deputados gaúchos. Foram 38 assinaturas, de um total de 55 deputados. O documento, apresentado em maio pela deputada Stela Farias (PT), estava havia cerca de dois meses com 17 assinaturas -duas a menos do que o número mínimo de 19 adesões necessário para pedir a CPI.

Tucana chama ação da Procuradoria de "circo eleitoral"

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), se manifestou ontem pela primeira vez sobre a denúncia do Ministério Público Federal contra ela e outras oito pessoas por improbidade administrativa. Yeda classificou o anúncio feito pelos procuradores como um "circo eleitoral". "São armadilhas, armações. Há uma campanha eleitoral antecipada. Os interessados, que certamente não estão no nosso governo, se organizam. A oposição tem aparelhos espalhados por todo canto", declarou a governadora à Rádio Gaúcha. "São poderosos esses que passam 24 horas por dia tentando demolir minha história de vida", completou.

STF autoriza extradição de militar para Argentina

O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou ontem, por 6 votos a 2, pedido de extradição, feito pela Argentina, contra o major uruguaio Manuel Juan Cordeiro Piacentini. O militar é acusado de ter participado da Operação Condor, aliança das ditaduras do Cone Sul para eliminar opositores durante os anos 70, quando teria sequestrado um menino até hoje desaparecido.

Mulher morre atropelada em marcha do MST

Uma integrante do MST morreu e outra ficou ferida ontem após serem atropeladas na rodovia Anhanguera, em Vinhedo (79 km de SP), durante uma marcha pela reforma agrária iniciada em Campinas com destino a São Paulo. A direção estadual do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) informou que Maria Cícera, 58, foi atropelada por volta das 13h30 e morreu no local.



Correio Braziliense

Roteiro da blindagem

A CPI da Petrobras aprovou ontem 22 convocações de autoridades e pedidos de informação. Todos tinham como autores os governistas João Pedro (PT-AM) e Romero Jucá (PMDB-RR), presidente e relator da comissão, e têm pouco potencial para produzir constrangimentos ao governo e à ministra Dilma Rousseff, pré-candidata à Presidência. Foi a confirmação de um roteiro já esperado para a apuração parlamentar: os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em ampla maioria na CPI, ditaram o ritmo dos trabalhos e neutralizaram qualquer tentativa da oposição de mudar esse quadro. Os adversários de Lula até que tentaram. Miraram num aliado do petista: José Sarney (PMDB-AP), acossado por uma série de denúncias. Integrantes do PSDB e do DEM abordaram as suspeitas de irregularidades nos convênios entre a Petrobras e a Fundação Sarney, entidade ligada ao presidente do Senado. Não conseguiram avançar. A estratégia foi derrotada pelos governistas.

Petistas fogem da crise

Espremido entre o que deseja o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a pressão pelo afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o PT mergulhou. Seus principais expoentes, como o comandante da bancada Aloizio Mercadante (SP), e a líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (SC), preferiram ficar longe do plenário ontem à tarde, quando os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) se envolveram num bate-boca, o segundo da semana. Os petistas também decidiram não assinar em bloco o manifesto em que PSDB, DEM, PDT e mais seis senadores avulsos pedem a investigação de todas as denúncias e a licença de Sarney. “A nota da oposição virou uma nota de rodapé. Foi um reconhecimento de que a posição da bancada do PT era a mais correta”, afirmou Mercadante ao Correio.

Deputado vira réu no caso da merenda

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu abrir ação penal contra o deputado federal Joaquim de Lira Maia (DEM-PA). Por unanimidade, o tribunal aceitou denúncia do Ministério Público contra o parlamentar, que passou à condição de réu. Ele foi acusado de envolvimento em supostas irregularidades em 24 licitações para a compra de merenda escolar na rede pública de Santarém (PA), em 2000, quando era prefeito do município. Segundo o MP, o superfaturamento ultrapassaria a quantia de R$ 1,9 milhão, em valores da época. A acusação relata que “empresas de fachada” teriam participado das licitações, oferecendo produtos com preços acima do mercado. O julgamento do processo ainda não tem data marcada para ocorrer. Lira Maia já responde a outras três ações penais no STF.

Aliados de Yeda endossam CPI

Sem alternativa que não fosse participar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pela oposição para investigar supostas irregularidades no Executivo do Rio Grande do Sul, as bancadas aliadas do governo de Yeda Crusius (PSDB) aderiram à proposta que acabou protocolada ontem. Inicialmente, vão trabalhar pela blindagem do governo e para evitar que o PT faça das sessões um palanque para 2010, quando tem no ministro da Justiça Tarso Genro um forte candidato ao Piratini. Ao mesmo tempo, deixam o caminho aberto para abandonar o barco governista e cuidar dos próprios interesses se durante as investigações aparecerem provas que comprometam a governante. O requerimento foi elaborado pela bancada do PT no início de maio, depois de a revista Veja publicar transcrições de conversas entre o ex-representante do governo gaúcho em Brasília, Marcelo Cavalcante, morto em fevereiro, e o pivô da fraude do Detran, Lair Ferst, indicando que Carlos e Yeda Crusius teriam pago R$ 400 mil “por fora”, com dinheiro do caixa dois da campanha de 2006, na compra de um imóvel. O casal Crusius nega a irregularidade.



Jornal do Brasil

Guerra no ciberespaço derruba gigantes da web

“Uma extensão da ciberguerra entre Rússia e Geórgia”. Foi assim que Bill Woodcock, diretor de uma organização que mede o tráfego da internet, classificou a ação de hackers que ontem tirou do ar o serviço de microblogging Twitter e o Gmail, o e-mail do Google, e causou lentidão na rede social Facebook. Para o especialista, a ofensiva contra alguns dos sites mais populares do mundo não foi obra de hackers comuns, mas de pessoas com motivação política - a data escolhida, véspera do primeiro aniversário da guerra da Ossétia do Sul, é um indício. O Twitter confirma ter sido alvo de um "ataque malicioso". "Vamos investigá-lo", escreveu, em tweet, o cofundador do serviço, Biz Stone. Também cauteloso Google informou, à tarde, que estava normalizado.

Inflação tem maior queda em 65 anos

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) recuou 0,64% em julho - uma deflação que dobrou em relação ao mês anterior. Segundo a Fundação Getulio Vargas, o índice deve fechar 2009 com a menor taxa nos 65 anos da série histórica. A queda se deveu principalmente ao movimento dos preços das matérias-primas de alimentos no atacado. O economista Salomão Quadros, da FGV, diz que há fôlego para mais dois meses de deflação e prevê variações mais fortes no segundo semestre.

Senadores quase se estapeiam

"Não aponte esse dedo sujo". "Dedos sujos são os dos jatinhos que o Senado pagou para Vossa Excelência". O bate-boca entre o senador tucano Tasso Jeresati e o líder peemedebista Renan Calheiros foi travado após o discurso em que o líder do PSDB, Arthur Virgílio, defendeu-se do processo contra ele pedido pelo PMDB no Conselho de Ética.

Usuários do Twitter e do Gmail se frustam com pane nos serviços

Usuários do Twitter e do Gmail se frustam com pane nos serviços

JB Online

RIO - Usuários de dois dos mais populares serviços da internet, o Twitter e o Gmail, se frustraram com a falta de acesso pela manhã.

O caso mais grave foi o do Twitter, serviço de microblogs, que saiu do ar ao ser atacado por hackers que utilizaram uma técnica conhecida como 'negação de serviço' (DDoS).

Por tweet – como são chamados os posts de até 140 caracteres do microblog – o co-fundador do serviço Biz Stone confirmou que o site foi vítima de um ataque de negação de serviço, técnica em que atacantes sobrecarregam com pedidos de informações os servidores que hospedam um site. As máquinas param de atender a requisições de usuários legítimos, que não conseguem acessar a página.

“Estamos nos defendendo contra este ataque agora. Mais tarde investigaremos o assunto”, disse Stone.

Embora não tenha sido revelado oficialmente por quanto tempo o Twitter esteve sob ataque, a maioria dos usuários relata um hiato de até quatro horas nas postagens. Alguns não conseguiram twittar por duas horas e, mesmo assim, o serviço era intermitente. O serviço também foi derrubado em aplicativos como o Twitterberry, para o BlackBerry, o Twitterfon, para o iPhone, e o Twitterfox, complemento do navegador Firefox.

O objetivo de ataques DDoS é tornar um site indisponível para os usuários. Os alvos são, geralmente, endereços populares, com reputação a perder. Com o crescimento vertiginoso do Twitter nos últimos meses, era uma questão de tempo até que sucumbisse a uma ofensiva hacker.

O ataque DDoS consiste no envio de um fluxo muito grande de comunicação externa para o servidor do site. Ele entende que é uma demanda legítima, vinda de usuários de fora, e tenta executar as operações. Mas são tantas que o servidor deixa de responder também aos pedidos dos usuários legítimos.

A tática não é nova. Casos de DDoS acontecem desde 2000 e já fizeram vítimas sites populares como Yahoo!, eBay e Amazon. Os ataques ainda são muito difíceis de serem previstos e complicados de lidar quando identificados. Calcula-se que os prejuízos tenham atingido US$ 1,7 bilhão nos últimos nove anos.

Gmail
Quem tem conta de e-mail no Gmail também reclamou de interrupção do serviço. Durante 30 minutos, ao tentar abrir sua caixa, a pessoa encontrava a mensagem: “Erro de servidor 502. O servidor encontrou um erro temporário e não pôde completar seu pedido”.

O Google não explicou em seu blog oficial o motivo da queda do serviço e a blogosfera caiu em críticas:

“Me sinto pouco confortável. Como uso o Gmail para tudo, a parada prolongada afeta meu trabalho. E me faz pensar que o Google não é tão à prova de balas quanto tenta nos fazer acreditar”, escreveu Stan Schroeder, do site de redes sociais Masable.com.

A ironia é que muitos usuários do Gmail usaram o Twitter para reclamar do Google. Pouco tempo depois, o próprio microblog foi derrubado.

http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/08/06/e060818336.asp

Resumo das noticias dos jornais de hoje – 06/08/2009

quinta-feira, 08 de agosto de 2009

Manchetes dos jornais: Corregedoria vai investigar dois por "farra das passagens"

Folha de S. Paulo

Corregedoria vai investigar dois por "farra das passagens"

Os deputados Paulo Roberto (PTB-RS) e Eugênio Rabelo (PP-CE) serão investigados pela Corregedoria Geral da Câmara por indícios de envolvimento no esquema de venda de passagens aéreas, irregularidades no uso da verba indenizatória e retenção do salário de funcionários dos gabinetes. O corregedor da Câmara, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), fará diligências preliminares para decidir se instaura ou não processos em outros quatro casos de suspeita de participação de congressistas no escândalo, conhecido como "farra das passagens". A Folha apurou que Márcio Junqueira (DEM-RR), Roberto Rocha (PSDB-MA) e Raymundo Veloso (PMDB-BA) estão entre os deputados que poderão ser investigados. Os casos deles não são considerados tão graves, mas, na análise de quem leu o relatório, não podem ser ignorados.

Sarney se defende; Conselho de Ética arquiva 4 denúncias

Em discurso de 50 minutos ao plenário do Senado, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), prometeu resistir no cargo, colocou-se como vítima de uma campanha da imprensa e fez um apelo pela volta da "paz" entre os colegas. "Até hoje não usei esta tribuna para rebater as inverdades contra mim disseminadas aqui e na mídia", afirmou, da tribuna da Casa, num discurso intitulado "Uma Defesa". "Não tenho senão que resistir, foi a alternativa que me deram." Na sequência, o Conselho de Ética se reuniu e seu presidente, o senador Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivou quatro denúncias contra Sarney e outra contra o líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL).

Conselho dá primeiro passo para livrar Sarney

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivou ontem sumariamente quatro pedidos de investigação contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), dando sequência à estratégia governista para salvar o aliado do presidente Lula da crise que se arrasta desde fevereiro na Casa. A decisão de Duque foi anunciada logo após sessão do plenário, na qual Sarney fez um discurso com uma defesa técnica e apelos de paz à oposição. Duque arquivou também outro requerimento contra o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL). Os pedidos contra ele e Sarney poderiam resultar na cassação dos mandatos. São acusados, entre outras denúncias, de se beneficiar de atos secretos para contratar e exonerar parentes. Sarney responde a mais seis acusações.

Oposição diz que discurso "técnico" a desarmou

A oposição, armada para a guerra, disse que José Sarney (PMDB-AP) não convenceu, mas admitiu que o discurso "técnico" e "humilde" do presidente do Senado baixou a temperatura no plenário da Casa, transferindo o embate para o Conselho de Ética. Os aliados de Sarney celebraram o tom de defesa judicial da fala do peemedebista, destacando que a oposição arquivou o discurso da renúncia. Reunidos na véspera do esperado discurso de Sarney, senadores do PSDB, DEM e rebeldes do PMDB e PT combinaram uma estratégia de guerra para rebater o presidente do Senado no plenário. Esperavam uma fala dura.

"Senado está parecendo a Bolívia", diz Mendes

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, comparou ontem o Senado brasileiro à Bolívia ao comentar a crise pela qual passa a instituição e o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP). O ministro declarou que a instabilidade dos ocupantes do cargo de presidente do Senado é similar ao quadro político boliviano. A declaração foi dada em Belo Horizonte, após encontro com secretários de Justiça e de Segurança Pública. "Já há algum tempo, o Senado não encontra meios e modos de um funcionamento regular. Praticamente, o Senado hoje está parecendo a Bolívia. Os presidentes não terminam o mandato. Ou ficam ameaçados da perda de mandato", afirmou.

Vencimentos de Sarney ultrapassam teto

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recebe mensalmente ao menos R$ 52 mil dos cofres públicos, mais do que o dobro permitido pela Constituição, que estabeleceu como teto salarial o subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, hoje de R$ 24.500. Além do salário de senador (R$ 16.500), Sarney acumula duas aposentadorias no Maranhão que totalizavam o valor de R$ 35.560,98 em 2007, segundo documento obtido pela Folha. O governo do Estado não informou se houve reajuste.
Ofício da Procuradoria Geral do Estado do Maranhão encaminhado a Sarney pediu, em maio de 2007, manifestação do senador sobre o acúmulo de benefícios que recebe como ex-funcionário do Tribunal de Justiça e como ex-governador do Maranhão (1966-1970), ultrapassando os R$ 24.500.

Governistas devem apressar depoimento de Gabrielli

Senadores governistas querem que o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e o gerente executivo de Comunicação da estatal, Wilson Santarosa, sejam os primeiros a prestar depoimento na CPI da Petrobras como convidados. A estratégia foi acertada com a companhia, alvo de denúncias de desvio de recursos. Para evitar constrangimentos aos principais alvos da oposição, a primeira ação do governo será transformar em convite os 54 requerimentos de convocação já apresentados pelos senadores ACM Junior (DEM-BA) e Álvaro Dias (PSDB-PR).

Assédio de Serra faz PV buscar Marina

Uma investida do governador José Serra (PSDB) pesou para a opção do PV pela candidatura própria à Presidência no ano que vem. Com potencial de abalo sobre a campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), a ideia de candidatura da senadora Marina Silva (PT-AC) à sucessão presidencial teve também origem no flerte de tucanos e democratas com o PV.
Dividido, com uma cadeira no ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outra no governo Serra, o PV teme a deflagração de um racha. Daí, a opção pela candidatura.

Justiça bloqueia propriedades da família Maluf

A 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo determinou o bloqueio dos bens de dois filhos do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), Otávio Maluf e Lina Maluf Alves da Silva, e de duas empresas controladas pela família, a Kildare Finance Limitec e a Macdoel Investment. Uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público na segunda pedia o bloqueio dos bens e a repatriação de mais de R$ 300 milhões, resultado de superfaturamento de obras quando Maluf era prefeito de São Paulo. Ele nega as acusações.

Procuradoria pede afastamento de Yeda por improbidade

O Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul pediu o afastamento do cargo da governadora Yeda Crusius (PSDB) e a denunciou em uma ação de improbidade administrativa. Outras oito pessoas também foram denunciadas. A ação é um desdobramento do processo movido contra 44 réus a partir de maio de 2008 e pede a indisponibilidade dos bens dos denunciados. O processo foi protocolado na 3ª Vara Federal de Santa Maria (307 km de Porto Alegre) e será analisado pela juíza Simone Barbisam Fortes, que não tem prazo para se manifestar.

Chefe da Casa Civil chama ação de "barbaridade"

O chefe da Casa Civil gaúcha, José Alberto Wenzel, disse que a ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público Federal foi uma "barbaridade". "Simplesmente se atirou nomes ao ar. Deveria-se, no mínimo, dizer por que esses nomes foram lançados", disse. Ele falou em nome da governadora, que estava na serra gaúcha e não se pronunciou sobre a ação. A governadora sempre negou as denúncias de corrupção. Afirma que os fatos são requentados pela oposição e que já está provado que não há irregularidades em sua gestão.

Correio Braziliense

Ação na tribuna não afasta crise

Foram 48 minutos na tribuna do Senado para cumprir a obrigação protocolar de se defender e avisar que não tem outra saída “senão resistir”. O discurso em que o presidente da Casa, José Sarney, avisou a todos que “nenhum senador é maior que o outro e, por isso, não pode exigir (dele) que cumpra sua vontade política de renunciar” serviu de combustível para que o PMDB liderasse o arquivamento das representações ontem no Conselho de Ética da Casa, mas não debelou a crise. A oposição ameaça paralisar os trabalhos de plenário e a maioria de senadores do PT continua incomodada, desconfortável com o fato de se ver obrigada a defender Sarney sem que haja uma investigação que sirva, ao menos, para dar uma satisfação aos chamados eleitores de opinião.

Personagens esquecidos

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou saber quem é Rosângela Teresinha Gonçalves. Servidora do gabinete de Epitácio Cafeteira (PTB-MA), Rosângela é mãe de João Fernando Gonçalves Michels Sarney, neto do peemedebista. O rapaz deixou a Casa em outubro do ano passado, exonerado por ato secreto. A mãe de João Fernando assumiu a vaga e continua lotada no Senado. Ainda assim, durante o discurso em que tentou angariar apoio necessário à manutenção do cargo, Sarney disse que não a conhece. O trecho é um exemplo da dificuldade enfrentada pelo parlamentar para se desvencilhar da pilha de denúncias que coleciona há dois meses por mais que seus aliados apostem que as representações contra ele enviadas ao Conselho de Ética sejam todas enterradas. Recentemente, pouco antes do recesso, durante cerimônia de casamento, ele posou para fotos ao lado do noivo Rodrigo Cruz, genro do ex-diretor-geral Agaciel Maia. Ontem, disse aos demais senadores que também não o conhecia.

Cinco engavetamentos

Como chefe do Conselho de Ética, o senador Paulo Duque (PMDB-RJ) interpretou exatamente o papel que lhe foi dado pela tropa de choque do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Arquivou a primeira leva de cinco denúncias que emergiram na crise político-administrativa da Casa e pretende engavetar o restante. Paulo Duque foi colocado na presidência do Conselho para filtrar as denúncias contra Sarney, acusado de desvio de patrocínio da Petrobras pela fundação que leva seu nome, de nepotismo, de relação com os atos secretos e de mandos e desmandos de seu filho Fernando Sarney. O grupo pró-Sarney liderado pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) comemorou cada um dos arquivamentos. Duque considerou não haver motivo para acatar denúncias e representações baseadas em “recortes de jornal”, sugerindo que as outras seis denúncias também serão arquivadas.

MP quer apurar elo entre obra e senador

O Ministério Público do Pará instaurou procedimento administrativo para apurar a legalidade da construção de um prédio luxuoso na orla de Belém pelo grupo empresarial ligado ao senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). A obra está prevista para ser executada em um terreno de marinha, cuja licença de ocupação foi concedida há mais de 10 anos para a construtora Engeplan, empresa fundada e administrada até 2004 pelo parlamentar tucano. Reportagem do Correio publicada no último domingo revelou a relação do empreendimento com o parlamentar. De acordo com alguns vendedores do luxuoso empreendimento de 19 andares, o senador será o proprietário da cobertura do prédio. Graças ao prestígio do parlamentar na prefeitura e em órgãos públicos de Belém, as licenças para o início da construção estão sendo concedidas, apesar de ainda haver uma discussão sobre a responsabilidade pela área. Discute-se se as autorizações caberão ao municipal ou à União, que é dona do terreno.

Convocações viram convites

A base do governo já prepara a primeira derrota da oposição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado. Em uma estratégia combinada com o presidente da empresa, Sérgio Gabrielli, o relator da comissão e líder governista, Romero Jucá (PMDB-RR), vai propor a transformação de todas as convocações em simples convites de comparecimento aos que serão interrogados. Na prática, a mudança tem dois objetivos. O primeiro está no aspecto político da manobra. Depois de perderem a batalha pelo enterro da CPI, os governistas estão dispostos a mostrar ao Planalto que têm o controle real da situação e que a maioria de membros pode mesmo garantir o desfecho desejado. O segundo, com efeito mais prático, é o de evitar constrangimentos e pressões aos depoentes. Se forem simplesmente convidados, eles não irão precisar fazer juramento de que dirão apenas a verdade e não serão obrigadas a responder a todas as perguntas feitas pelos parlamentares.

Deputados beneficiam exportador

Ao votar uma medida provisória sobre o programa Minha Casa, Minha Vida, a Câmara aprovou ontem emenda que reconhece a vigência, até 2002, do crédito-prêmio de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), benefício que garante aos exportadores 15% do valor vendido ao mercado internacional. O texto segue para sanção presidencial. A tendência é ser vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a pedido do Ministério da Fazenda. Lula está disposto a ajudar o setor exportador, mas não concorda com o tamanho da fatura apresentada pelo Congresso. A ideia do Planalto é, depois de formalizar o veto, patrocinar um acordo entre a equipe econômica e os empresários. Hoje, as partes divergem sobre os valores em jogo.

Artilharia pesada contra Yeda

A maldição de agosto, o mês do mau agouro na política brasileira, abateu-se sobre o Rio Grande do Sul na tarde nublada do quinto dia: uma ação civil de improbidade administrativa protocolada ontem na 3ª Vara da Justiça Federal de Santa Maria pelo Ministério Público Federal (MPF) mergulhou o estado na mais profunda crise política da sua história recente. A incerteza ronda o Palácio Piratini e cria uma interrogação sobre o que serão os próximos 17 meses do governo de Yeda Crusius. Pela primeira vez, um governador no exercício do cargo vira réu em uma ação movida pelo MPF e corre o risco de perder o posto por decisão judicial.

O Globo

Sarney diz que acusações são 'menores' e não sai

No centro do maior escândalo da história recente do Senado, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ocupou a tribuna e discursou tentando minimizar as denúncias de nepotismo e tráfico de influência. Disse que não se licenciará da presidência e que as acusações são menores, baseadas em recortes de jornal, e "não representam queda de padrão ético". O Conselho de Ética do Senado já arquivou duas denúncias e duas representações contra ele, e as outras seis devem ter o mesmo destino. Sarney tentou dividir com os demais senadores a responsabilidade pelos atos secretos do Senado e pelas nomeações de seus parentes para cargos de confiança - que não teriam ocorrido, segundo ele, sem o aval dos parlamentares. "Todos aqui somos iguais. Nenhum senador é maior do que outro e por isso não pode exigir de mim que cumpra sua vontade política de renunciar. Permaneço pelo Senado, para que ele saiba que me fez presidente para cumprir o meu mandato", afirmou Sarney, que também se disse vítima de um complô da imprensa. O discurso esfriou o clima de acusações no plenário. A oposição vai protestar contra o arquivamento das denúncias no Conselho.

Sarney foi padrinho de funcionário que disse nunca ter visto

No discurso de 48 minutos, o senador José Sarney negou influência sobre a nomeação de mais de dez funcionários da Casa ligados a ele ou à sua família. Disse, por exemplo, que não conhecia Rodrigo Cruz -mas se esqueceu de que foi padrinho no casamento do rapaz com a filha do ex-diretor da Casa Agaciel Maia.

Lula recebe Collor à noite

O presidente Lula recebeu, anteontem à noite, em seu gabinete, o senador Fernando Collor (PTB-AL), um dos comandantes da tropa de choque de Sarney. Repórteres perguntaram a Collor o que achava da interpelação contra ele feita pelo senador Pedro Simon. "Manda ele ir ...", respondeu.

Estrangeiros especulam com dólar

Apesar da ação do Banco Central, que vendeu US$ 1,5 bi na última semana para segurar a moeda, ela fechou a R$ 1,81 (-0,71%). Os estrangeiros compram ações e vendem contratos de câmbio para lucrar.

MP pede o afastamento de Yeda

O Ministério Público Federal pediu ontem à Justiça o afastamento da governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB), em ação por improbidade administrativa. Yeda e mais oito pessoas são acusadas de desvio de verba pública e enriquecimento ilícito.

Central: alugar manifestantes é algo normal

O presidente da Nova Central Sindical, José Calixto Ramos, confirmou que contrata pessoas sem vínculo com sindicatos para participar de atos em Brasília. Disse que o pagamento de R$ 40 é uma ajuda de custo e afirmou não ver problema na iniciativa.

Em crise com Lupi, patronais deixam Codefat

As principais confederações empresariais deixaram ontem o Conselho do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) por discordarem da eleição na entidade. O ministro Carlos Lupi teria manobrado para indicar um nome da sua confiança.

O Estado de S. Paulo

Conselho de Ética arquiva 4 denúncias contra Sarney

O Conselho de Ética do Senado arquivou, de uma só vez, três denúncias e uma representação contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), além de uma outra representação, contra o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), por também ter assinado atos secretos durante o período em que comandou o Congresso. Depois de suspender a sessão para que todos pudessem assistir ao discurso de Sarney no plenário, o presidente do Conselho, Paulo Duque (PMDB-RJ), apresentou seus “fundamentos jurídicos" para justificar o parecer contrário à admissibilidade das ações. Duque usou o mesmo argumento: alegou que as ações não poderiam ser aceitas porque tinham como base "uma mera coletânea de recortes ou citações de jornais". A cúpula do PMDB, no entanto, reconhece que a batalha está apenas começando - no total, são 12 as ações contra José Sarney. A oposição já esperava que Duque engavetasse as ações, mas não se dá por vencida. "Vamos reagir e reagir bem", disse o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).

Em discurso, senador manipula informações

O presidente do Senado, José Sarney, defendeu-se ontem na tribuna das 12 ações apresentadas pela oposição contra ele. No discurso, quis transformar os demais senadores em cúmplices: "Todos aqui somos iguais". Além disso, tentou esconder os atos de nepotismo e nepotismo cruzado. Para comprometer a base aliada, citou mais de uma vez o apoio dado pelo presidente Lula.

'Estado' pede que juiz da censura se afaste do caso

O advogado Manuel Alceu Afonso Ferreira requereu ontem ao desembargador Dácio Vieira, que censurou o Estado, que se declare imediatamente suspeito para tomar decisões no processo em que é parte Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O requerimento sustenta que há laços entre Dácio Vieira, Fernando Sarney e Agaciel Maia.

EUA não recuarão do acordo com Colômbia

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, general Jim Jones, disse ontem em Brasília que os EUA não recuarão da negociação com a Colômbia para a utilização de bases militares no país. "É um negócio como outro qualquer", disse Jones ao Estado, argumentando que o acordo não difere do quê já foi feito no passado. Ele admite, porém, que faltou "explicação" aos países da região. Ontem, o governo chileno manifestou apoio à Colômbia.

Analistas veem erro diplomático

Americanos ouvidos pelo Estado acham que Washington foi inábil no caso colombiano. "Os EUA se acostumaram a tomar decisões e esperar que o mundo aplauda", disse Peter Hakim.

STF confirma monopólio dos Correios sobre carta e malote

O Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgar ação que questionava o monopólio dos Correios, definiu que empresas privadas podem transportar encomendas e objetos. Pela decisão do STF, os Correios têm o monopólio do transporte de cartas, cartões e malotes. Ao final do julgamento, o presidente do STF, Gilmar Mendes, afirmou que cartões de crédito e talões de cheque podem ser considerados encomendas.

Jornal do Brasil

Volta às aulas só dia 17

Por causa da gripe suína, estão suspensas por mais uma semana - para o dia 17 - as aulas para 2,3 milhões de alunos da rede pública do Rio. Na quarta-feira, nova avaliação poderá decidir por outro adiamento. Recomendação às escolas e universidades particulares é para que também prorroguem as férias. Mas as aulas terão de ser repostas, pois precisam ser cumpridos 200 dias letivos ao ano.

Arquivadas 4 das 11 ações contra Sarney

Presidente do Conselho de Ética, o senador Paulo Duque (PMDB-RJ) arquivou quatro das 11 ações apresentadas contra o presidente do Senado, José Sarney. Em discurso, Sarney descartou a renúncia, se disse vítima de campanha e que desconhecia os atos secretos.

Leilão da folha do INSS é um sucesso

Os bancos privados dominaram o primeiro dia do leilão da folha de pagamentos de 377 mil novos benefícios do INSS. Banco Mercantil do Brasil e Bradesco foram os maiores vencedores. A aposta está no oferecimento de serviços como crédito, sobretudo o consignado, seguros e investimentos para aposentados e pensionistas.