Um júri americano considerou Joya Williams, 41 anos, que trabalhou como secretária da Coca-Cola, culpada por roubar segredos empresariais da companhia, os quais planejava vender à rival Pepsi por US$ 1,5 milhão. Ela vai pegar uma pena de dez anos de prisão, mas ainda não foi fixada uma data para a sentença começar a ser cumprida.
A advogada de Williams, Janice Singer, afirmou que sua cliente está "decepcionada" com a decisão e que vai recorrer da sentença.
O júri, formado por sete mulheres e cinco homens, deliberou durante três dias antes de tornar público seu veredicto. Williams foi despedida do cargo de secretária da diretoria da marca global da Coca-Cola, em Atlanta, nos Estados Unidos, depois que o esquema foi revelado.
Esquema
A ex-funcionária da multinacional declarou que, embora copiasse de forma rotineira documentos e os levasse para casa, não fazia parte do plano para roubar e vender informação confidencial de sua antiga empresa. Williams sustentou que foi vítima do plano de Ibrahim Dimson e Edmund Duhaney, outros dois acusados que se declararam culpados em outubro.
Duhaney testemunhou que Williams iniciou o estratagema e permitiu o acesso a documentos confidenciais e amostras de produtos que planejavam vender à Pepsi.
O esquema foi descoberto em maio de 2006, quando a PepsiCo divulgou uma carta afirmando que um alto executivo da rival lhe ofereceu informações confidenciais sobre a fórmula da bebida.