Vídeo de Fidel Castro com Chávez "estragou festa" nos Estados Unidos


Cuba afirmou hoje que o vídeo divulgado na terça-feira com momentos do encontro de Fidel Castro com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, "estragou a festa" nos Estados Unidos e que as imagens do líder cubano devem ter feito eles engolirem "seu próprio ódio".

A televisão cubana mostrou um pequeno vídeo no qual Castro aparece em roupa esportiva, com o rosto ainda marcado pela convalescença, mas conversando de maneira animada com o governante venezuelano, às vésperas de completar seis meses de afastamento do poder, por causa de uma doença mantida como segredo de Estado.

"Para cúmulo de suas amarguras, o último vídeo divulgado sobre o encontro de Fidel e Chávez estragou a festa que tinham montado para celebrar a suposta morte do líder cubano", assinala hoje o jornal "Granma", órgão oficial do Partido Comunista de Cuba.

O diário oficial se referia ao anúncio feito pela Prefeitura de Miami, onde vivem milhares de exilados cubanos, de que estudava a possibilidade de ceder o estádio Orange Bowl para que a comunidade cubana comemorasse a morte de Castro.

"Todos os cálculos de Washington e de seus acólitos da contra-revolução ´miamense´ foram frustrados. Cuba segue em frente e com cada vez mais aliados no continente", assinalou o "Granma".

Acrescenta que, "apesar de todas as tentativas agressivas, das campanhas de terrorismo, do bloqueio, a estabilidade política da ilha é um osso atravessado na garganta dessa fauna".

Indica ainda que "Cuba dói neles e é preciso acusar alguém pelo fato de a revolução não ter experimentado nenhuma fraqueza". Por isso, em Miami, o atribuem a "uma falta de visão nos corredores do poder de Washington".

"Eles nunca entenderam realmente o que acontece aqui", acrescenta. O "Granma" lembra que a revolução continua "tão forte como nunca" e assegura que "os mafiosos são injustos" com o presidente George W. Bush, pois este não deixou "de enviar as quantidades de dólares que enchem seus bolsos", e que "não parou de tentar apertar o bloqueio ao máximo".

"É indubitável que a tranqüilidade que Cuba desfruta é um incômodo para o Tio Sam", afirmou.
(Diga-se a verdade: Tio Sam A M E R I C A N O, e não eu!)