Manchetes de hoje nos jornais 16/08/2008

16 de agosto de 2008

O Globo

TRE: tráfico exige foto para comprovar voto

O TRE poderá proibir o uso de celular durante a votação porque tem recebido denúncias de que traficantes e milicianos estão exigindo que eleitores fotografem as urnas para provar seus votos. Ontem, fiscais do TRE fizeram, em favelas, campanha de conscientização sobre o sigilo do voto. O governador Sérgio Cabral pediu o envio das Forças Armadas. Ele criticou o que chamou de “falta de pró-atividade” do Comando Militar do Leste, mas considerou isso um detalhe por ter bom relacionamento com o presidente Lula e o Ministério da Defesa.

Pesquisa Ibope mostra que Marcelo Crivella (PRB) cresceu cinco pontos e lidera a disputa no Rio com 28%. Eduardo Paes (PMDB) passou Jandira Feghali (PCdoB) e tem 12%, contra 11% dela. (págs. 1, 3 a 5 e 9)

Lula descarta policial inglês em aeroporto

O presidente Lula rejeitou a proposta do governo britânico de botar policiais em aeroportos brasileiros para fiscalizar o embarque de passageiros: “Não é uma boa política.” Sem acordo, a Inglaterra ameaça exigir visto de brasileiros. (págs. 1 e 12)

Soros põe 1,3 bi em Petrobras e tem prejuízo

O bilionário George Soros comprou US$ 811 milhões (R$ 1,3 bi) em papéis da Petrobras. A informação foi dada às autoridades de mercado americanas em 30 de junho. De lá para cá, as ações caíram 28%. (págs. 1 e 25)

Guerra expulsa moradores em Vigário

A guerra de traficantes pelo controle dos pontos de venda de drogas na Favela de Vigário Geral, na Zona Norte do Rio, está provocando um êxodo de moradores. Após uma noite de intenso tiroteio, muitos deles decidiram abandonar a favela, ontem de manhã. No segundo dia do conflito, três pessoas morreram e três ficaram feridas. Devido ao medo, quatro escolas e três creches da prefeitura não abriram as portas, deixando 3.071 crianças sem aula. O tráfego ferroviário foi interrompido por várias horas e a Avenida Bulhões Marcial foi interditada durante um tiroteio, pela manhã. Duas armas foram apreendidas. (págs. 1, 14 e editorial “Por quê?”)

Lugo promete fim de “Paraguai farsante”

O ex-bispo Fernando Lugo assumiu a Presidência prometendo pôr fim à corrupção e ao que chamou de “Paraguai farsante”. O presidente Lula foi alvo de ensaio de vaia, de militantes que cobravam mudanças em relação a Itaipu. (págs. 1 e 33)

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Folha de S. Paulo

Governador do Rio pede Exército para garantir eleições

Um dia após o emprego das Forças Armadas nas eleições no Rio ser autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral, o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), enviou ofício ao TSE pedindo tropas federais “o mais breve possível” para atuar na segurança pública durante o período eleitoral.
Antes, o presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, afirmava não ver necessidade de uso do Exército, apesar das denúncias de que candidatos e jornalistas são impedidos de circular em favelas devido a ameaças de traficantes. Cabral afirmou que seria um “presente” se a força ficasse após o pleito.
Depois de receber o ofício de Cabral, Britto disse que será feito um mapeamento para definir onde as Forças Armadas atuarão: “A idéia é identificar ponto de maior dependência dessa influência nociva das duas forças, o tráfico e as milícias”. O reforço só deve chegar após esse mapeamento. (págs. 1 e 4)

Em posse de Lugo, Lula evoca ‘ajuda de parceiros’

O ex-bispo Fernando Lugo, 57, assumiu a Presidência do Paraguai, com mandato até 2013, ladeado por líderes da América do Sul.
Lugo propôs “um pacto social que recupere a visão de um futuro compartilhado”. O presidente Lula deu a entender que cederá a pressões paraguaias para rever a parceria em Itaipu, para “ajudar os parceiros”. (págs. 1 e 11)

Marta aumenta vantagem sobre Alckmin, aponta Ibope

Segundo o instituto, a petista ganhou sete pontos e tem 41% das intenções de voto para a Prefeitura de SP; o tucano caiu cinco pontos, para 26%. (págs. 1 e 7)

Crescimento no 2º semestre já apresenta desaceleração

Alimentos, brinquedos e artigos supérfluos vêm registrando crescimento menos no segundo semestre do ano em relação ao primeiro, com reflexo no desempenho dos supermercados, segundo o IBGE. As vendas de carros também caíram na primeira quinzena de agosto – foram 7,2% menores que no mesmo período de julho. (págs. 1 e B1)

Sem algemas, Beira-Mar sofre nova condenação por tráfico no RJ

O traficante Fernandinho Beira-Mar foi condenado no Rio a seis anos de prisão em regime fechado, por associação para o tráfico. Preso desde 2001, beira-Mar já respondia pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e tráfico de drogas.
Durante o julgamento, a defesa protestou contra o uso de algemas pelo traficante, alegando que ele feria decisão do STF. A juíza acatou o pedido, e as algemas foram retiradas. (págs. 1 e 2)

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O Estado de S. Paulo

Marta abre 15 pontos de vantagem

Pesquisa do Ibope contratada pelo Estado e pela TV Globo mostra que Marta Suplicy (PT) abriu 15 pontos de vantagem na corrida pela Prefeitura de São Paulo. Em um mês, a petista cresceu 7 pontos e chegou a 41% das intenções de voto. No mesmo período, Geraldo Alckmin (PSDB) caiu de 31% para 26%. O Ibope mediu a preferência dos eleitores em mais três capitais. No Rio, Marcelo Crivella (PRB) ganhou 5 pontos e está com 28%. Em Belo Horizonte, Jô Moraes (PCdoB) continua na frente, com 18%. No Recife, João Costa (PT) avançou para 30% e Mendonça Neto (DEM) caiu para 27%. (págs. 1, A4 a A7)

Brasil rejeita exigências britânicas em aeroporto

O chanceler Celso Amorim considerou inaceitáveis as exigências do governo britânico – que, como revelou o Estado, quer pôr um policial inglês em Cumbica. Diante da reação, a Grã-Bretanha deve adotar regime de visto para brasileiros. (págs. 1, C1 e C3)

Juízes protestam contra decisão sobre algemas

A súmula do STF que disciplina o uso de algemas revoltou juízes federais de primeira instância. Na rede de computadores exclusiva do Judiciário, pelo menos 150 juízes já criticaram a regulamentação, apelidada de “súmula Cacciola-Dantas”. (págs. 1 e A16)

Desmate caiu 60% em julho, diz Minc

Queda é atribuída a mudanças na fiscalização e acordo com produtores. (págs. 1 e A30)

Lugo promete luta contra a corrupção

Na festa de posse, presidente diz que será “implacável contra ladrões”. (págs. 1 e A26)

Mudanças no Paraguai

Fernando Lugo assumiu a presidência do Paraguai cercado das melhores expectativas, com 93% de popularidade e posições conciliadoras que pouco lembram o tom da campanha. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Sérgio Cabral ataca comandante militar

O governador Sérgio Cabral enviou ofício ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Carlos Ayres Britto, requisitando a presença de tropas federais no Estado para garantir a segurança das eleições e, se possível, sua permanência como força extra de policiamento. Cabral aproveitou a ocasião para um duro ataque à cúpula do Comando Militar do Leste (CML), classificando o comandante, general Luiz Cesário da Silveira, de “pouco pró-ativo” e atribuindo a ele o “ruído de convivência entre o Estado e os militares”. Cabral afirmou ainda que a operação pode contar com o comando de outros oficiais. O CML não comentou as declarações. (págs. 1, Tema do dia A2 e A3)

Lula não cede a Lugo em Itaipu

O presidente Lula declarou ontem, na cerimônia de posse do novo presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que está disposto a negociar a questão de Itaipu. Mas com ressalvas: “Fica complicado qualquer aumento de tarifa que resulte em aumentos para os brasileiros”. (págs. 1 e Internacional A20)

Mangabeira quer índio na economia

Coordenador do Plano Amazônia Sustentável, o ministro Roberto Mangabeira Unger defende que o governo tenha uma nova forma de relacionamento com os índios: “Eles devem poder escolher entre se manter nas culturas tradicionais ou se rebelar”. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A22).

Pré-sal atrai Soros para a Petrobras

Estimulado pela pré-sal, o megaespeculador George Soros comprou US$ 811 milhões – cerca de R$ 1,6 bilhão – em ações da Petrobras no segundo trimestre, transformando-a no maior ativo da carteira de seu fundo de investimentos. Os papéis da empresa, porém, já caíram no período 28%. O presidente José Sergio Gabrielli atribui a queda à cotação do petróleo. (págs. 1 e Economia A18)

Guarda dividida começa hoje

A guarda compartilhada em caso de separação começa a valer hoje. A partir de agora, o juiz deve dar preferência a esse tipo de relação e assim os pais terão de dividir decisões que afetem as crianças, como escola, mostrando que não são propriedade de ninguém. (págs. 1 e País A7)

Beira-Mar pega mais seis anos

Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi condenado a seis anos de prisão pelo crime de associação para o tráfico de drogas, no 4º Tribunal do Júri. Mas a promotoria pede anulação, alegando que o tipo de crime não previa o rito aplicado. (págs. 1 e Cidade A16)

Ecstasy líquido abre guerra no tráfico

Apreendido pela polícia no Morro Pavão-Pavãozinho, o GHB, ou ecstasy líquido, põe em confronto traficantes dos morros e os de classe média. As quadrilha das favelas querem o monopólio da venda de drogas sintéticas, que têm alta procura e custam 40% a menos. (págs. 1 e Cidade A11)

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Correio Braziliense

SuperCielo

21s30. O nadador César Cielo precisou apenas dessas duas dezenas de segundos para cruzar a piscina do cubo d’ água na frente dos sete adversários que o enfrentaram na final dos 50m livre e sagrar-se o primeiro campeão olímpico da natação brasileira. “Eu fiz a melhor prova da minha vida. Realizei um sonho de criança”, disse, emocionado. (págs. 1, 39 e 41)

Dilma quer MP para servidores

Chefe da Casa Civil defende pagamento de reajuste salarial por medida provisória. Planalto debate o assunto na segunda-feira. (págs. 1 e 16)

Sai edital para Ministério do Bolsa-família

Inscrições para seleção de 110 funcionários pela pasta do Desenvolvimento Social serão abertas quarta-feira. (págs. 1 e 18)

IOF de leasing para carros vai aumentar

Para inibir o consumo, Receita Federal estuda taxar em 3,38% os empréstimos para compra de veículos, hoje livre de IOF. (págs. 1 e 20)

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Valor Econômico

Leasing terá IOF de 3,38% para segurar o consumo

Preocupado com o ritmo acelerado de expansão do crédito, mesmo após as medidas restritivas tomadas em janeiro, o governo deverá instituir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 3,38% sobre os contratos de leasing, hoje isentos por serem considerados operações de arrendamento mercantil, e não financiamento. O Ministério da Fazenda avalia o impacto da medida com os olhos voltados principalmente para as operações de leasing de automóveis para pessoas físicas.

Em janeiro, o governo aumentou de 1,5% para 3,38% a alíquota do IOF sobre operações de crédito; o Banco Central instituiu uma alíquota de compulsório sobre captações feitas pelos bancos por meio de suas empresas de leasing, que começou vigorar em maio com implantação gradual até fevereiro de 2009; e, em abril, o BC deu início ao aperto monetário, com a elevação da taxa Selic. Os juros já passaram de 11,25% para 13% ao ano e as taxas futuras cresceram mais, cerca de 4 pontos percentuais.

Nada disso, porém, foi suficiente para esfriar a demanda e reduzir a pressão do consumo sobre a inflação. "Está difícil desaquecer a economia", constatou um ministro em conversa com o Valor. Com o encarecimento do crédito tradicional para financiamento de veículos, a demanda migrou quase que integralmente para os contratos de leasing. Enquanto o volume de financiamento para a aquisição de carros novos cresceu apenas R$ 2,803 bilhões entre janeiro e junho, as operações de leasing, isentas de IOF, cresceram R$ 15,377 bilhões - recursos quase que totalmente destinados a veículos.

Para ajudar a desaquecer a demanda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também autorizou a área econômica a manter para o ano que vem a meta de superávit primário de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB). O projeto de lei do Orçamento da União, que será enviado ao Congresso até o dia 31, prorrogará a vigência do superávit adicional de 0,5% do PIB para o próximo ano, destinando a diferença para a capitalização do Fundo Soberano do Brasil. A idéia do governo é chegar ao fim do próximo exercício com R$ 30 bilhões no fundo, tornando-o, de fato, um instrumento de política fiscal anticíclica.(págs. 1, A2 e A5)

Desaceleração americana já se alastra

A economia mundial - que até recentemente continuava forte apesar do enfraquecimento nos EUA - agora desacelera significativamente. O PIB da União Européia encolheu pela primeira vez desde o início do euro: 0,2% no segundo trimestre, em relação ao primeiro, e 0,8% a uma taxa anualizada. Além da UE, EUA, Reino Unido e Japão flertam com a recessão. A China é exceção. Ainda não está claro se os emergentes serão capazes de atravessar em segurança o declínio no mundo desenvolvido. A estagnação americana está se alastrando. Para complicar, enquanto os EUA lutam contra a desaceleração, outros países estão mais preocupados com a inflação.(págs. 1 e B9)

Ultra leva Texaco e se aproxima da BR

A aquisição da rede de 2 mil postos de combustíveis da Texaco no país, por R$ 1,161 bilhão, abre ao Ultra as portas das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, onde o grupo estava ausente. Além disso, a compra da distribuidora americana permite ao Ultra, dono da bandeira Ipiranga, encostar na líder do setor, BR Distribuidora (Petrobras), nas regiões Sul e Sudeste, onde já atuava. Dono de 14% do mercado nacional, o grupo Ultra aumentará sua participação para 23%. Mas no Sul e Sudeste ficará com 28%. "Nessas regiões nossa participação é equivalente à da líder", diz o diretor-superintendente da Ipiranga, Leocádio Antunes Filho.

O negócio fará o Ultra aumentar sua receita em mais de R$ 10 bilhões, atingindo R$ 36 bilhões, atrás apenas da Petrobras. "A disputa no mercado de combustível exige escala", disse o presidente do grupo Ultra, Pedro Wongtschowski. Ele não antevê - depois das vendas de Ipiranga, Esso e agora Texaco - novas grandes operações de aquisição, mas, sim, a migração dos chamados postos de bandeira branca - sem fidelidade - para as grandes redes. O Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) estima que a consolidação vai reduzir o número de 150 distribuidoras para cerca de 50.(págs. 1 e B7)

Investigadores digitais e sua parafernália ganham mercado

Longe dos holofotes das operações da Polícia Federal na repressão a fraudes, o perito digital assume um papel cada vez mais relevante nas investigações criminais. De apenas 500 no ano 2000, agora eles são 10 mil em todo o país.A procura cresceu e empresas especializadas em fornecer as "armas" aos peritos surgiram de todos os lados.

A Techbiz é bom exemplo do que está acontecendo. Em 2003, quando era apenas uma integradora de software, começou a vender sistemas de investigação computacional. Dois anos depois, essa já era uma operação separada e mais lucrativa. A empresa, que cresceu 450% em 2007, representa 12 companhias americanas. No mesmo caminho vão Cyberbric e E-Net Security. A canadense CBL Tech, especializada na recuperação de dados, só vendia no país por meio de distribuidores.

Há três anos, a procura pelos serviços fez a empresa montar um laboratório próprio em Curitiba. De 800 varreduras de disco rígido por ano, passou a fazer 3 mil. A demanda para se proteger de fraudes vem de toda parte, de operadoras de telefonia a bancos, e hoje, mais do que nunca, da Polícia Federal.(págs. 1 e B3

Retomada dos fundos imobiliários

A distribuição de cotas do fundo imobiliário Shopping West Plaza, em pleno ciclo de alta de juros e às vésperas de mudanças na regulamentação do setor, marca a volta das ofertas para o varejo e reanima as discussões sobre o destino da modalidade no país. Há quase uma década acessível ao investidor, a presença desses fundos ainda é tímida.

Pelos dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), atualmente há 72 carteiras, com um patrimônio de R$ 3,5 bilhões. Desses fundos, 16 estão listados em bolsa para negociação por investidores pessoa física. Neste ano, a CVM autorizou o registro de nove fundos, no total de R$ 561,6 milhões. Outros cinco estão em análise, somando R$ 230 milhões.(págs. 1, D1 e D2)

Entre cortejo a Chávez e pressões sobre o Brasil, Lugo toma posse hoje (págs. 1 e A9)

Aquecimento eletrônico

A Abril Educação decide em setembro o futuro das editoras Ática e Scipione. Até agora, a empresa já recebeu uma dúzia de ofertas de compra. A principal candidata à aquisição é a britânica Pearson. (págs. 1 e B1)

Vale acelera siderúrgica

A Vale do Rio Doce vai acelerar as obras da siderúrgica de Marabá (PA). A intenção, agora, é que a unidade, orçada em US$ 3,3 bilhões, entre em operação em 2012. (págs. 1 e B8)

Resultados da Nossa Caixa

À espera da proposta de incorporação pelo Banco do Brasil, a Nossa Caixa arrumou a casa no segundo trimestre: demitiu funcionários, zerou o estoque de créditos tributários e reforçou provisões. O lucro foi de R$ 410,9 milhões no período.(págs. 1 e C8)

Idéias: Armando Castelar

Fannie Mae e Freddie Mac compõem um dos mais assustadores capítulos da crise atual. (págs. 1 e A11)

Idéias: Maria C. Fernandes

Movimento de Estados contra piso nacional de professores vai contra o contribuinte. (págs. 1 e A7)

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Gazeta Mercantil

Regiões Norte e Nordeste atraem US$ 22 bilhões em siderúrgicas

A oficialização, ontem, do investimento de US$ 3,3 bilhões da Companhia Vale do Rio Doce (Vale) em uma usina de aço no Pará reforça o forte movimento do setor siderúrgico rumo às regiões Norte e Nordeste do País. Os projetos anunciados e em estudo alcançam US$ 22 bilhões. A expressiva demanda mundial por aço e o conseqüente aumento dos preços, aliados à melhoria de infra-estrutura da região e à proximida- de da matéria-prima, estão entre os fatores que favorecem os investimentos.

A economista pernambucana Tânia Bacelar, sócia da Ceplan Consultoria e professora da Universidade Federal de Pernambuco, diz que esse movimento deve-se não apenas ao crescimento de consumo, até superior à média nacional, mas também à qualificação logística. As siderúrgicas que serão construídas no Ceará pela Vale com a coreana Dongkuk e possivelmente em Pernambuco pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a primeira usina da empresa na região, vão usar os principais portos desses esnacional tados, o de Pecém e Suape, respectivamente. “A atração de investimento demonstra maturidade desses mercados”, afirma Ronaldo Valeño, sócio da PricewaterhouseCoopers.

Segundo o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), a produção do Nordeste foi de 814 mil toneladas de aço bruto e representou apenas 2,4% da produção nacional em 2007. Os novos investimentos, parte deles anunciada há alguns anos, devem elevar a participação das duas regiões no total produzido no País. A Vale, disse o presidente da companhia, Roger Agnelli, poderá antecipar em um ano o prazo inicialmente previsto para colocar em operação a nova siderúrgica, a Aços Laminados do Pará.

Dentre os outros projetos anunciados, a Gerdau, que tem usinas na Bahia, Pernambuco e Ceará, avalia outra unidade em Pernambuco. A chinesa Min- Metals Corporation também estuda investir no Pará. (págs. 1 e A8 E C1)

Lula defende nova lei do petróleo

O presidente Lula voltou ontem a defender a revisão das regras de exploração do petróleo do Brasil, em razão das descobertas na região do pré-sal, para favorecer a camada mais pobre da população. (págs. 1 e A8)

Terceiro setor

A pedido do secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, o tributarista Ives Gandra da Silva Martins fará um parecer sobre o projeto de lei que trata das entidades beneficentes. (págs. 1 e A12)

Norma atrasa e diesel vai continuar poluindo o País

Mesmo com o quadro de poluição agravado nas grandes cidades brasileiras, a resolução que determina redução do enxofre no diesel não será cumprida a partir de janeiro de 2009, como previsto desde 2002. Empresas e governo não se prepararam para a implantação do Proconve 6, que previa redução de 500 para 50 partes por milhão (ppm) de enxofre no diesel e a adequação de motores. Para compensar, o governo acenou redução para 10 ppm, mas só em 2012. Na Europa, esse índice já vigora. “Não houve cobrança do governo e as partes foram afrouxando”, diz a titular da Secretaria de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Suzana Kahm. A Petrobras, caso não cumpra os prazos a partir de 2009, pode perder pontos na reavaliação das empresas que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa. (págs. 1 e C3)

Lucro do Banco do Brasil cresce e o da CEF é recorde

O Banco do Brasil, o maior do País, registrou no primeiro semestre deste ano um crescimento do lucro líquido de 61% na comparação a igual período de 2007, para R$ 3,99 bilhões. O resultado veio em linha com as previsões do mercado, disse o vice-presidente da instituição, Aldo Luiz Mendes. No segundo trimestre, o ganho de R$ 1,644 bilhão foi 53,9% superior, ante o do mesmo período do ano passado. A Caixa Econômica Federal (CEF) registrou lucro recorde no semestre, de R$ 2,5 bilhões, como antecipou a Gazeta Mercantil. O ganho do Banco Real ultrapassou R$ 1 bilhão e o do Banco Nossa Caixa ficou em R$ 525,7 milhões. (págs. 1 , B1 e B2)

BM&F Bovespa lucra menos no 2º trimestre

A BM&F Bovespa fechou o segundo trimestre de 2008 com lucro líquido de R$ 165,2 milhões, o que representa uma queda de 6,1% em relação ao primeiro trimestre do ano. Esta foi a primeira divulgação conjunta de resultados das duas bolsas, que lideram o mercado na América Latina. O resultado inclui a amortização do ágio da fusão, de R$ 81,1 milhões.

O lucro apurado no primeiro semestre foi de R$ 329,2 milhões, levando em conta itens não recorrentes, como as despesas com a integração das instituições, concluída em maio último. Sem considerar esses efeitos, o lucro semestral teria sido maior, de R$ 476,6 milhões — seria um aumento de 47% se a nova bolsa existisse no mesmo período de 2007.

A ação da BM&F Bovespa começa a ser negociada na Bovespa no próximo dia 20. Até o fim deste mês, o número de funcionários da bolsa, de 1,4 mil, deverá ser reduzido em 300 pessoas (21,5%). “A nova bolsa inicia o próximo mês já com sua estrutura de pessoal completa”, afirmou o diretor-presidente da empresa, Edemir Pinto. (págs. 1 e A6 )

Opinião: Augusto Nunes

Pesquisa da FGV aponta que temos uma classe média cada vez maior. Falta convencer os beneficiários da falácia de que algo mudou.(págs. 1 e A10)

Opinião: Klaus Kleber

O Brasil ainda é o país do futuro no item petróleo e derivados, que deixou um déficit de US$ 4,9 bilhões no primeiro semestre. (págs. 1 e A2)

Comércio

Vendas aumentam 10,6% no semestre. (págs. 1 e A4)

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Jornal do Commercio

João da Costa sai na frente no Recife

Na primeira pesquisa JC/Vox Populi em relação à expectativa do eleitor recifense sobre a sucessão, candidato do PT largou na dianteira. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, Edilson Silva, do PSOL, não chegou a pontuar. (pág. 1)