Polícia encontra roupa de Papai Noel no quarto de suspeito de matar menina no Paraná e analisa fios de cabelo

Polícia encontra roupa de Papai Noel no quarto de suspeito de matar menina no Paraná e analisa fios de cabelo


CURITIBA - A polícia de Santa Catarina recolheu fios de cabelo no quarto de Jorge Luiz Pedroso Cunha, de 52 anos, um dos suspeitos do assassinato da menina Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de 9 anos.

Ele foi preso no domingo em Itajaí, em Santa Catarina,

e levado para Curitiba. Os fios vão passar por teste de DNA para saber se são de Rachel ou de outra criança.

A polícia também encontrou uma roupa de Papai Noel no quarto do suspeito. A polícia investiga se o homem usava a fantasia para atrair as vítimas, já que ele era procurado também por abusar de um menino. Cunha é gerente de um albergue no município catarinense e morava no local há um ano.

O suspeito apresentou um álibi aos policiais da Delegacia de Homicídios. Ele afirma que não saiu da cidade no dia do crime, e a versão teria sido confirmada por várias testemunhas, de acordo com a polícia. Apesar disso, o ex-presidiário permanece detido, por causa de um mandado de prisão que a Justiça havia emitido em 2007 por outro crime, de atentado violento ao pudor, cometido contra um menino no litoral do Paraná.

O corpo de Rachel foi encontrado dentro de uma mala, na madrugada de quarta-feira, na rodoviária de Curitiba. Cunha foi apontado como suspeito depois que um comerciante o identificou em um álbum de fotos da polícia. O atendente disse ter vendido para ele uma mala igual àquela em que o corpo de Rachel foi encontrado.

Outra criança vítima de abuso é sepultada no Paraná

Em menos de uma semana,

outra criança foi morta em circunstâncias semelhantes ao assassinato de Rachel

. Desta vez, a vítima foi Alessandra Subtil Betim, de oito anos, que foi estrangulada e apresentava sinais de violência sexual. O corpo foi abandonado em um terreno baldio a duas quadras da casa da família na cidade de Castro, a cem quilômetros de Curitiba, e sepultado nesta terça-feira.

no cemitério Frei Mathias. Mais de cem pessoas participaram da cerimônia, entre familiares, amigos e moradores do bairro onde Alessandra morava.

A menina estava desaparecida desde a tarde de domingo, quando saiu de casa para ir até uma padaria e não voltou. Seu corpo foi encontrado em um terreno baldio, no bairro Cantagalo 2, a cerca de duas quadras de sua casa. Exame do Instituto Médico Legal (IML) comprovou que a morte foi causada por traumatismo craniano e que a menina sofreu abuso sexual.

No sepultamento de Alessandra, o pai da criança, o servente de pedreiro José Gerson Subtil, pediu desculpas à filha por não estar presente no momento em que ela mais precisou. Bastante abalada, a família não quis falar com a imprensa.

Fonte: O Globo