Robô israelense substitui limpador de janelas
Da Redação

São Paulo, 28 de outubro de 2008 – Na lista dos trabalhos mais perigosos do mundo, quase sempre é possível encontrar o cargo de limpador de janelas. Dependendo da altura do prédio, o funcionário pode ficar pendurado a uma boa distância do chão. No caso de um arranha-céu, então, a altura é ainda maior. Mas uma empresa israelense parece ter encontrado a solução para esse problema.

A Skybot pretende substituir os homens por robôs. O primeiro deles, batizado de M1, é equipado com inteligência artificial e consegue limpar vidros em qualquer altura, durante o dia ou à noite. Como se não bastasse, ele ainda é mais rápido do que um ser humano e o custo da limpeza sai mais em conta.

Outro aspecto que chama a atenção no M1 é o ganho de segurança. Apenas nos Estados Unidos, cerca de 70 limpadores de janela morrem a cada ano e outros 130 saem feridos.

O sistema consiste em um computador que controla a unidade de manutenção do edifício, o compartimento onde normalmente ficam as pessoas durante o trabalho, para posicioná-la no lugar certo.

A partir daí, é possível controlar as operações do M1. Usando água e detergentes, o robô limpa as janelas e remove o excesso de líquidos. Feito de alumínio, ele fica conectado diretamente ao compartimento.

De acordo com a Skybot, é possível limpar uma superfície de 500 metros quadrados em uma hora, enquanto uma equipe humana levaria um dia inteiro para chegar à metade desse valor.

Atualmente, os robôs da Skybot já estão em operação em alguns edifícios em Israel e na Holanda.

WNews

Procurador move ação contra Anvisa e site de suplementos

Procurador move ação contra Anvisa e site de suplementos

CAIO JOBIM
colaboração para a Folha de S.Paulo, no Rio

O Ministério Público Federal moveu ação contra a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a distribuidora Health Saúde na Rede para impedir que a empresa continue comercializando suplementos alimentares pela internet.

O procurador da República Edson Abdon Filho requereu a apreensão de mais de 20 produtos nutricionais, a interdição temporária da empresa e o bloqueio de dois sites utilizados para a venda dos suplementos.

"Esses produtos não são registrados na Anvisa, e isso já configura infração, além de grave risco sanitário, porque nenhum deles tem laudos acerca de suas propriedades farmacológicas, da sua qualidade, da sua eficácia e do próprio risco que oferecem à população", afirmou Abdon Filho.

O procurador da República acusa a Anvisa de omissão e conivência por permitir "que um estabelecimento comercial funcione por mais de quatro anos sem que possua nem sequer alvará para início das suas atividades e cujas mercadorias encontram-se sob enorme suspeita". Na ação, ele pedia que a agência fosse multada.

Em uma decisão proferida em primeira instância no dia 16 de outubro, a Justiça determinou a busca e a apreensão de todos os suplementos que contêm a substância CLA (ácido linoléico conjugado), cujos benefícios anunciados no site da empresa são a redução da gordura corporal e o aumento da definição muscular.

A comercialização de produtos com CLA é proibida pela resolução 833 da Anvisa. No entanto, ontem, no site da Health Saúde, havia oito produtos diferentes que contêm ácido linoleico conjugado --todos disponíveis para compra, com entrega prevista para até em três dias.

Análises

Os outros produtos foram considerados irregulares e serão submetidos a análises laboratoriais. Os laudos vão determinar quais deles são realmente nocivos à saúde. Aqueles que forem liberados poderão ser registrados na Anvisa e vendidos normalmente. Enquanto estiverem em análise, os produtos podem ser comercializados.

Há dificuldades para serem cumpridos os mandados de busca e apreensão, porque a empresa não funciona no endereço que consta em seu cadastro na Receita Federal. No endereço informado, há uma residência cujos moradores não têm nenhuma relação com a Health Saúde na Rede.

A Justiça negou a interdição da empresa e o bloqueio dos sites. Não houve sanção contra a Anvisa. O MPF entrou com recurso contra essas decisões.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Anvisa informou que ainda não recebeu oficialmente a citação e que, portanto, não se manifestaria.

Google, Yahoo e Microsoft se unem pela liberdade de expressão online

Google, Yahoo e Microsoft se unem pela liberdade de expressão online

Por Redação do IDG Now!

São Paulo - Gigantes da internet criam documento que se compromete a manter a privacidade de dados dos usuários para evitar censura.

O Google, o Yahoo e a Microsoft devem anunciar, nesta terça-feira (28/10), a criação de um documento que enumera princípios sobre como trabalhar em nações que restringem a liberdade de expressão, afirma o Wall Street Journal.

Um dos objetivos do acordo é combater as críticas de que os gigantes da internet colaboram na criação da censura nestes países.

Sob os novos princípios, que foram formulados durante dois anos, as empresas prometem proteger os dados pessoais dos usuários em quaisquer locais que tenham negócios e “interpretar e implementar rigorosamente as demandas governamentais que englobam a privacidade dos cidadãos”.

O novo código de conduta também se compromete a observar de perto as gravações de dados, evitando que as informações pessoais e a liberdade de expressão sejam colocadas em risco antes de lançar novos produtos em um país.

O plano ainda não recebeu retorno de empresas de internet da China, país que claramente tem um 'escudo dourado' de acesso à internet.

O documento foi lançado sob a entidade Global Network Initiative e envolveu grupos como o Human Rights First e o Comittee to Protect Journalists.

MPF cobra R$ 2,76 bi de cervejarias por danos causados pelo álcool

MPF cobra R$ 2,76 bi de cervejarias por danos causados pelo álcool

Indenização toma por base aumento de consumo causado pela propaganda; AmBev, Schin e Femsa não comentam

Rodrigo Brancatelli

O Ministério Público Federal (MPF) em São José dos Campos protocolou ontem uma ação civil pública contra as três principais cervejarias brasileiras, com pedido de indenização pelo aumento nos danos causados pelo consumo de cerveja e chope. Com base em mais de dez estudos científicos sobre o álcool, o procurador da República Fernando Lacerda Dias exige que AmBev, Schincariol e Femsa paguem R$ 2,764 bilhões e ainda invistam o mesmo valor gasto com publicidade em programas de prevenção e tratamento de dependentes.

O dinheiro seria revertido ao Fundo Nacional Antidrogas, à União e ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). É a primeira vez que a indústria de cerveja enfrenta um pedido de indenização dessa magnitude - a Ambev teria de pagar R$ 2 bilhões, uma vez que possui 66% do mercado, enquanto Schincariol e Femsa pagariam R$ 424 milhões e R$ 239 milhões. O valor foi calculado com base em danos mensuráveis (gastos federais do Sistema Único de Saúde, por causa do aumento de doenças, acidentes de trânsito e homicídios, e despesas previdenciárias) e incomensuráveis (danos individuais e sociais sem quantificação).

"A ação tem por base mais de um ano de apurações e levantamentos", diz Dias. "Comecei a compilar todas essas informações quando o Congresso ainda discutia, sem muito sucesso, a ampliação da restrição à publicidade. A propaganda de cerveja e chope não serve simplesmente para fixar uma marca. Há uma pesquisa bancada pela Organização Mundial da Saúde que mostra que a publicidade induz um aumento de 11% no consumo global de bebidas alcoólicas, até mesmo acarretando a iniciação precoce ao consumo. O que fiz nesta ação foi dar valores monetários aos danos."

Entre os estudos que ajudaram o procurador a chegar ao valor da indenização estão os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2002 e 2006: aproximadamente R$ 37 milhões com tratamento de dependentes de álcool e outras drogas em unidades extra-hospitalares, como os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad). Além disso, uma estimativa do INSS mostra que foram gastos R$ 100 milhões entre 2005 e 2007 no pagamento de benefícios previdenciários por doenças ou lesões decorrentes do consumo de álcool.

Procuradas, Femsa, Schincariol e AmBev só vão se pronunciar após notificação oficial. Já Dalton Pastore, presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), criticou a ação. "É vinculada ao investimento publicitário e não aos prejuízos que essa indústria poderia provocar. O que se espera de uma empresa: que trabalhe para vender menos? Que faça ações de marketing para perder dinheiro?"

Manchetes dos jornais de hoje 29/10/2008

Manchetes dos jornais de hoje – 29out2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Folha de S. Paulo

Propina da Alstom chega a US$ 430 mi, afirma Suíça

O volume de propinas pagas pela multinacional francesa Alstom a funcionários estrangeiros pode ter sido superior a US$ 430 milhões. O cálculo é da Justiça suíça, que investiga a suspeita de que a empresa subornou servidores de vários países, incluindo o Brasil, para ser favorecida em licitações de projetos públicos. Segundo informações divulgadas ontem pelo Tribunal Federal Penal em Bellinzona, na parte italiana da Suíça, a Alstom pode ter pago mais de US$ 60 milhões por ano em propinas entre 1998 e 2003. O suborno era mascarado como "pagamento de consultorias", mas as empresas beneficiadas serviam para lavar e transferir o dinheiro da corrupção.

Empresa nega suspeita de corrupção

Geralmente silenciosa em relação aos desdobramentos da investigação, ontem a Alstom não deixou de comentar a suspeita de que teria destinado US$ 60 milhões por ano ao pagamento de propinas. "O grupo Alstom formalmente nega acusações, que não se baseiam em evidências", disse Philippe Kaffe, assessor da Alstom, à agência France Press. Ao contrário do que dão a entender as informações da corte suíça, a empresa diz que o parecer da Justiça lhe é favorável. "Nem a Alstom nem empregados da Alstom foram acusados de corrupção", disse Kaffe.

Paes responde a processo por improbidade

O prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e o escolhido para ocupar a chefia da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho (PSDB), respondem juntos a processo de improbidade administrativa relacionada a uma obra quando ambos trabalhavam na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em 2002.

Carvalho era subsecretário de Paes, secretário nomeado pelo prefeito Cesar Maia. Eles licitaram a obra de uma praça na zona norte, mas a construção aconteceu em condomínio privado. A ação foi revelada ontem pelo jornal "O Globo".

Aliança pró-Serra vai governar metade de SP

Um dos nomes cotados para disputar a sucessão do presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, o governador tucano José Serra terá a partir de 1º de janeiro quase 25 milhões dos 41 milhões de paulistas sob o comando de administrações municipais engajadas diretamente no projeto de levá-lo ao Palácio do Planalto. Juntas, PSDB, DEM e o neo-parceiro PMDB foram as siglas que mais elegeram prefeitos no Estado de São Paulo neste ano -349 no total, mais da metade dos 645 municípios- e receberam 15,4 milhões de votos.

PMDB se fortaleceu para sucessão, diz Aécio

Governador de Minas e potencial candidato a presidente, Aécio Neves (PSDB) afirmou ontem que "não há um grande vitorioso" após as eleições municipais, embora tenha dito que o PMDB terá "mais relevância" nas negociações presidenciais. Ele disse que terão "surpresas" os que acharem que o quadro de 2010 já está definido. "Essa eleição não teve um grande vitorioso, não teve um partido ou um ator que possa se dizer hegemônico, aquele que derrotou todos os seus adversários. Até pela pluralidade do quadro brasileiro, tivemos vitórias e derrotas", declarou. Aécio afirmou que é preciso reconhecer o "avanço" do PMDB e que a sigla - que o corteja para tê-lo em seus quadros - "passa a ter um papel ainda mais relevante nas discussões futuras".

PT lança candidatura de Tião Viana a presidente do Senado

O PT deflagrou ontem o processo de sucessão à presidência do Senado com um jantar de desagravo ao senador Tião Viana (AC), candidato do partido, na casa do senador Eduardo Suplicy (SP). O encontro foi uma resposta ao PMDB, que resiste em dar apoio ao petista.

Embalados pelo crescimento na disputa eleitoral deste ano, os peemedebistas tentam emplacar um nome próprio para comandar o Senado nos próximos dois anos.

O Estado de S. Paulo

Câmara aprova MP que autoriza ajuda a bancos

A Câmara dos Deputados aprovou ontem a Medida Provisória nº 442, que autoriza o Banco Central a socorrer os bancos com operações especiais de redesconto e com garantia de empréstimos em moeda estrangeira. Uma das mudanças feitas pelos deputados no texto da MP prevê que, em caso de inadimplência nessas operações, por um período superior a 90 dias, os controladores das instituições financeiras passam a ter responsabilidade solidária e os seus bens ficarão indisponíveis. Essa punição para os banqueiros, em caso de inadimplência, foi proposta pelo deputado Paulo Renato (PSDB-SP) e acolhida pelo relator da MP, deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Na justificativa da emenda, Paulo Renato observou que o objetivo da MP é restabelecer a normalidade das condições de liquidez, sobretudo das pequenas instituições financeiras, mas disse que ela "não pode estimular operações de crédito duvidoso".

Chefe da Receita loteia cargos de superintendente entre sindicalistas

Com seis anos de atraso, os sindicalistas chegaram ao poder na Receita Federal. Desde que assumiu o cargo, no dia 31 de julho, a nova comandante do órgão, Lina Maria Vieira, vem discretamente substituindo os ocupantes dos principais cargos. O processo tem o seguinte padrão: para as superintendências regionais, preferencialmente sindicalistas; para a estrutura central da Receita em Brasília, técnicos.

Disputa no Congresso contrapõe PT e PMDB

Em um jogo de ameaças cruzadas, PT e PMDB anteciparam a disputa pelo comando do Senado e da Câmara. Sob pressão dos petistas, que ameaçam abandonar o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), na eleição para comandar a Câmara dos Deputados em 2009 caso os senadores peemedebistas não abram mão da presidência do Senado para um petista, deputados do PMDB dão o troco. Agora é a bancada federal que ameaça romper a parceria e desembarcar da aliança em 2010. "É bom que o PT se lembre de que Temer continuará presidindo o PMDB se não for eleito para a Câmara", alertou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Isso vai dificultar uma aliança futura com o PT", concluiu.

Com Lula no poder, oposição perde 910 prefeituras

O período de poder do presidente Luiz Inácio Lula da Silva representou uma desidratação municipal dos partidos de oposição. Em relação ao mapa eleitoral municipal de 2000, quando o tucano Fernando Henrique Cardoso ainda era o presidente, PSDB, DEM e PPS, atualmente as principais legendas da oposição, já encolheram em 910 prefeituras. A maior redução aconteceu com o DEM, que deve comandar a partir do próximo ano 532 cidades a menos do que fazia em 2000, quando ainda se chamava PFL. Esses números apontam claramente a volatilidade da política nacional, onde grande parte dos políticos se alia automaticamente aos principais núcleos de poder do País, independentemente de ideologia. Assim, o PMDB, que se manteve na base de sustentação do governo federal durante as gestões de Fernando Henrique e de Lula, conseguiu preservar nos últimos anos sua condição de partido com o maior número de prefeituras. Enquanto era aliado de Fernando Henrique em 2000, os peemedebistas conquistaram a gestão de 1.257 cidades.

Cesar Maia demite assessores que apoiaram seu desafeto

Logo depois de ver seu desafeto Eduardo Paes (PMDB) vencer a eleição no Rio, o prefeito Cesar Maia (DEM) resolveu trocar alguns de seus principais auxiliares. Apesar de alegar se tratar de coincidência e negar retaliações, Maia decidiu afastar do governo correligionários que não o acompanharam no apoio a Fernando Gabeira (PV) e aderiram a Paes. Deixam o governo de Maia dois nomes conhecidos do DEM fluminense: a ex-deputada Laura Carneiro, que era assessora especial do gabinete do prefeito há cerca de dois anos, e o secretário municipal de Transportes, Arolde de Oliveira. Laura recusou-se a apoiar Gabeira e atuou em favor de Paes no segundo turno. Oliveira foi mais discreto na adesão a Paes na segunda etapa, mas sua mulher, Yvelise de Oliveira, apoiou o peemedebista desde o primeiro turno.

Correio Braziliense

Ameaça de demissão

O passado ameaça criar uma nova crise política no governo. Um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) contestando a procedência da ação movida pelo Ministério Público Federal contra coronéis da reserva do Exército, acusados pelos procuradores de tortura, pode provocar a renúncia coletiva da Comissão de Mortos e Desaparecidos do governo. A proposta de abandonar o trabalho de identificação de vítimas da ditadura militar será discutida hoje em reunião extraordinária da comissão. “O parecer da AGU desautoriza o trabalho de anos feito pela comissão. Todos os reconhecimentos legais das vítimas da ditadura e a decisão de indenizá-las estariam sendo questionados”, protesta Agustino Veit, advogado e representante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara no colegiado.

Tucanos assediam o PMDB

O PSDB abriu uma frente agressiva de flerte com o PMDB visando um acordo para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. As negociações passam pela declaração de apoio dos tucanos ao nome de Michel Temer (PMDB-SP) à Presidência da Câmara dos Deputados e à manifestação de que não há veto à candidatura do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) ao comando do Senado. “O PSDB define sua estratégia levando em conta o que é melhor para o partido”, disse o líder tucano Arthur Virgílio (AM).

Câmara aprova mais verbas para a Educação

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou ontem proposta de emenda constitucional (PEC) que aumenta a quantidade de recursos federais para a área da Educação. O texto reduz ano após ano o percentual da Desvinculação das Receitas da União (DRU) que afeta o setor. Se promulgado, injetará a partir de 2011 mais R$ 7,7 bilhões ao orçamento da educação. A PEC, que já foi aprovada no Senado, passará agora por análise de uma comissão especial antes de ir ao plenário da Câmara. A autora da proposta, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), defendeu agilidade na votação da emenda constitucional. “A expectativa é votar a PEC este ano para que a medida tenha efeito a partir de 2009”, disse a líder petista.

Trégua para fazer a transição

O belíssimo Palácio da Cidade, em Botafogo, Zona Sul do Rio, foi o cenário ontem de um encontro inusitado, mas necessário, entre mestre e ex-discípulo, feitos inimigos pelas conjunturas políticas da cidade: o atual prefeito César Maia (DEM), o grande derrotado na recém-encerrada disputa municipal, e o prefeito eleito Eduardo Paes (PMDB). Entre sorrisos forçados e um aperto de mãos protocolar, Maia e Paes deram início oficial à transição que, nos próximos dois meses, servirá para que o prefeito eleito abra a “caixa-preta” da prefeitura.

Aécio quer atrair aliados do Planalto

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, defendeu ontem a realização de prévias para a escolha do candidato do PSDB à Presidência da República em 2010. Em disputa interna por espaço com o governador paulista José Serra, o mineiro revelou que pretende atrair partidos da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reforçar a candidatura do nome que será lançado pela legenda ao Palácio do Planalto. Aécio acredita que o poder de um tucano de atrair aliados da base governista deve ser um fator considerável na escolha do nome que o partido irá lançar na briga pela sucessão presidencial.

O Globo

Pacto entre Cesar e Paes inicia transição pacífica

Num encontro a portas fechadas, o prefeito Cesar Maia (DEM) recebeu, por meia hora, o ex-aliado e futuro prefeito Eduardo Paes (PMDB). O clima foi de constrangimento, mas houve avanços: Cesar se comprometeu a garantir os votos dos vereadores de sua base para provar, até dezembro, projetos de interesse de Paes. Também foi acertada a colaboração da atual gestão para mudar o Orçamento de 2009. A prefeitura cederá um técnico por secretaria para trabalhar na equipe de transição."Faço questão que a transição seja feita no clima civilizado que houve entre o presidente Fernando Henrique e o presidente Lula", disse Cesar. "Essa é a forma que eu entendo que tem que ser", respondeu Paes.

PT só elege 34% de seus candidatos a prefeito

Apesar de aumentar o número de prefeituras sob seu comando, o PT registrou nestas eleições o pior índice de sucesso entre os principais partidos do país. Dos 1.632 candidatos a prefeito lançados, pouco mais de um terço foi eleito - 34%. Entre esses 559 vitoriosos, 232 são prefeitos que foram reeleitos. E o número de votos nominais recebidos pela sigla foi praticamente o mesmo de 2004: 16,5 milhões. Os dados reforçam a tese de que o PT não conseguiu traduzir nas urnas o bom desempenho do segundo mandato do presidente Lula. PMDB, PP e PSDB registraram a mais alta taxa de sucesso eleitoral - o número de eleitos em relação ao total de candidatos lançados. Esses três partidos elegeram quase a metade dos candidatos a prefeito que lançaram. Porém, apenas o PMDB teve um aumento expressivo, de 29%, no número de votos, chegando a 18,4 milhões. O PP se manteve estacionado em 6,1 milhões de votos, e os tucanos perderam 8% dos votos totais.

Serra minimiza efeitos de vitória em SP para 2010

Com discurso conciliador e num estilo descontraído, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), refutou ontem a tese de que a vitória do prefeito Gilberto Kassab (DEM) consolidou sua candidatura presidencial. Serra disse ainda que não foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quem perdeu a eleição em São Paulo, mas a ex-ministra Marta Suplicy. Serra esteve em Brasília para assinar com o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, convênios na área de habitação.

Caso Paulinho: testemunhas não vão depor

As quatro testemunhas arroladas pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) que estavam previstas para serem ouvidas esta semana não comparecerão mais ao Conselho de Ética da Câmara. Como podem apenas ser convidadas, e não convocadas, as testemunhas podem recusar. O Conselho deve concluir o processo por quebra de decoro parlamentar contra Paulinho, em dezembro, sem ouvir duas pessoas acusadas de envolvimento no esquema de desvio de recursos liberados pelo BNDES para prefeituras: a mulher do deputado, Elza de Fátima Costa, e o consultor João Pedro de Moura.

Gangorra das bolsas tem dia de euforia

Com preço das ações no nível mais baixo dos últimos cinco anos e diante da expectativa de redução de juros pelo Federal Reserve (BC americano), os investidores foram às compras ontem e, em questão de horas, fizeram as bolsas disparar. O Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 10,88%, na segunda maior alta em pontos da História. O outro recorde tinha sido no último dia 13. No Brasil, a Bovespa fechou a 13,42%. O Congresso aprovou ontem a compra de carteiras de bancos, mas a oposição quer limitar o período de estatização.

Matrículas caem em todos os níveis, diz MEC

As matrículas de educação básica nas redes estaduais e municipais caíram 5% este ano em relação a 2007, mostram dados preliminares do Censo Escolar do MEC. São 2,5 milhões de alunos a menos em sala de aula.

Jornal do Brasil

Combate à dengue começa em 15 dias

O prefeito eleito Eduardo Paes anunciou seu futuro secretário de Saúde, Hans Dohmann - atual diretor do Instituto Nacional de Cardiologia – e a primeira ação integrada da prefeitura com os governos federal e estadual: a formação, em 15 dias, de um Gabinete Integrado de Combate à Dengue. Na semana que vem, Paes, Dohmann e o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, vão a Mato Grosso conhecer um programa epidemiológico que apresentou bons resultados na luta contra a doença. Paes teve, no Palácio da Cidade, a primeira reunião com Cesar Maia após as eleições. À saída, declarou: “Eu sou o prefeito eleito e ele, o ex-prefeito.”

Empresários cobram reformas contra crise

A Confederação Nacional da Indústria cobrou do governo uma agenda de reformas para reduzir os custos da economia brasileira e ampliar a escala de produção. Só assim, garante, o país enfrentará a crise internacional. À noite, a Câmara aprovou a MP de ajuda aos bancos.

Idolos: "Grandes Cantoras Brasileiras" é o tema desta semana

Ídolos: "Grandes Cantoras Brasileiras" é o tema desta semana

O programa desta terça-feira, dia 28, irá exibir a segunda apresentação dos finalistas de Ídolos. O tema da noite será "Grande Cantoras Brasileiras". Cada candidato já escolheu sua música de preferência e subirá ao palco para mostrar sua habilidade e performance. O público votará em seu favorito por SMS ou telefone. Restam agora 9 candidatos na disputa. O primeiro eliminado foi Tiago Mattos, do Paraná, na semana passada. O candidato menos votado será eliminado do programa na quarta-feira.

ÍDOLOS é apresentado por Rodrigo Faro, com direção-geral de Wanderley Villa Nova e direção de Fernanda Tellles, e é exibido às terças e quartas, logo após a novela Chamas da Vida.

Fotos dos finalistas, bastidores, vídeos e outras informações sobre o programa: www.rederecord.com.br/imprensa e www.myspace.com/idolos

Manchetes de hoje nos jornais - 2810/2008

Manchetes dos jornais de hoje – 28out2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008

Folha de S. Paulo

Lula diz que não acomodará vencedores nem derrotados

Em conversas reservadas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os resultados das eleições municipais não vão alterar os espaços dos partidos em seu ministério a fim de acomodar vencedores como o PMDB ou derrotados como Marta Suplicy. Na avaliação de auxiliares presidenciais e de dirigentes do PT, houve exposição excessiva de Lula nas campanhas municipais. Diante de um resultado no qual o PT cresceu eleitoralmente, mas colheu derrotas em três grandes capitais (São Paulo, Salvador e Porto Alegre), o governo e Lula ficam com um ônus político indireto.

Para Quércia, "o PMDB não tem, assim, um Serra"


À espera de definição do espaço do PMDB na Prefeitura de São Paulo e no governo do Estado, o ex-governador Orestes Quércia afirma ter fechado o apoio à candidatura de José Serra para a Presidência da República ao negociar aliança com o prefeito reeleito Gilberto Kassab.

O PMDB, diz, "não tem, assim, um Serra".

Presidente do PSDB abre fogo contra Dilma

O PSDB decidiu antecipar a disputa presidencial de 2010 e partir para o ataque contra a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), principal nome à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente do partido, senador Sérgio Guerra, disse que a campanha "já começou", que o governo não irá eleger um "poste" e avisou que irá brigar pelo apoio do PMDB. Apesar de o tucano Geraldo Alckmin nem ter ido para o segundo turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Guerra diz que o PT saiu derrotado desta eleição, principalmente por Marta Suplicy (PT) ter perdido para Gilberto Kassab (DEM) -o que deixa Dilma, diz ele, atrás dos tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).

Dilma vê 56% de "seus" candidatos sofrerem derrota

Ministra campeã de milhagens nas eleições municipais, a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apareceu 26 vezes em eventos durante a campanha, mas 56% dos "seus" candidatos perderam, segundo levantamento feito pela Folha. Embora a petista tenha obtido reveses por onde passou, em todas as aparições tratou de temas nacionais e teve encontros extra-agenda com líderes de segmentos da economia, grande parte composta por empresários.


Lula avalia que partidos de oposição perderam as eleições


Os partidos que fazem oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva foram os derrotados nas eleições municipais deste ano. Essa foi a avaliação feita pelo próprio presidente. "Três partidos perderam: DEM, PSDB e PPS. (...) Foram os que perderam mais prefeituras. E os partidos da base do governo todos eles cresceram: PT, PMDB, PSB, PC do B, PP, PTB, todos", disse o petista em entrevista ao jornalista Ricardo Kotscho, que assessorou Lula e foi secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência. A entrevista foi publicada na coluna de Kotscho no site IG.


PT e PSDB terminam a eleição com balanços semelhantes


Adversários mais prováveis na sucessão presidencial em 2010, PT e PSDB terminam as eleições municipais com tamanhos semelhantes e vitórias a comemorar. A Folha confrontou o desempenho das duas legendas nas últimas quatro eleições. Nelas, o PT faz uma curva ascendente, vencendo o rival em rankings importantes, como o número de votos recebidos e o eleitorado governado. Em 1996, a sigla só tinha mais votos para prefeito que o PSDB em 5 Estados. Em 2000, em 6. Em 2004, o mapa foi dividido ao meio, com cada legenda conquistando a dianteira em 13 Estados. Este ano, o PT foi o mais votado em 16 Estados. Na soma geral, o PT teve 2 milhões de votos a mais- 16,4 milhões contra 14,4 milhões do PSDB. Foi mais uma vez vitorioso nas regiões Sul e no Nordeste, mas levou a pior no Sudeste.


Noiva de 2010, PMDB pode ter "dois maridos"

O mapa eleitoral que emerge das urnas impacta a corrida presidencial de 2010 em pelo menos três aspectos: o governador de São Paulo, José Serra, se projeta em definitivo como o presidenciável tucano, o PT enfraquecido dá autonomia ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conduzir o processo de sucessão e o PMDB, fortalecido nacionalmente neste pleito, se afirma como a "noiva" cobiçada por tucanos e petistas. A análise é de cientistas políticos ouvidos pela Folha.

Juiz arquiva pedido de investigação contra Kassab

O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Marco Antonio Martin Vargas, mandou arquivar a investigação judicial eleitoral aberta para averiguar a distribuição de brindes por empresas de pesquisa de opinião pública contratadas pela campanha do prefeito Gilberto Kassab (DEM) durante a campanha eleitoral em São Paulo. No final do primeiro turno, a Folha revelou que a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) havia gravado, com uma câmera oculta, eleitores sendo abordados no centro de São Paulo. Ao final da entrevista, o eleitor recebia como brindes um porta-retratos e refrigerantes. A lei eleitoral veda a distribuição de brindes.


Prefeitos eleitos já prevêem redução dos investimentos


Eleitos com a promessa de realizar grandes obras nas suas cidades, futuros prefeitos de capitais de todo o país já se preparam para a possibilidade de cortar investimentos no próximo ano para enfrentar a crise econômica internacional. Os planos em estudo prevêem o contingenciamento de parte dos Orçamentos municipais de 2009, o adiamento de obras e a redução nas despesas de custeio. As áreas sociais, afirmam os futuros administradores, terão prioridade e não deverão ser afetadas.

Redutos de Gabeira tiveram maior taxa de abstenção no Rio

Na eleição mais apertada da história do Rio, as áreas em que Fernando Gabeira (PV) teve maior votação para a prefeitura foram também as regiões com maior taxa de abstenção -eleitores que não foram votar. A votação de domingo registrou a maior proporção de abstenções em eleições municipais do Rio desde o segundo turno de 1996, quando Luiz Paulo Conde venceu o atual governador Sérgio Cabral Filho. Foram 20,25% no domingo, contra 21,42% há 12 anos. As taxas foram, em 2000, de 16,43% e 18,65% (primeiro e segundo turno, respectivamente) e, em 2004, de 15,88%. As áreas onde Gabeira teve votação maior do que o prefeito eleito Eduardo Paes (PMDB) registraram o maior percentual de faltosos: na zona norte, foram 22,09% do eleitorado; na zona sul, 25,78%; e no centro, 27,07%.

Vannuchi diz que sai do governo se União mantiver defesa a Ustra


O ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, ameaçou ontem se demitir caso a AGU (Advocacia Geral da União) mantenha a defesa do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, em processo no qual é acusado de ter sido torturador durante o período da ditadura militar (1964-1985).

Vannuchi discursou ontem, na cerimônia de entrega do prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, em São Paulo. O ministro disse que foi chamado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2005 e aceitou o cargo, apesar de problemas pessoais, para avançar a defesa dos direitos humanos.


O Estado de S. Paulo

Kassab prepara governo voltado à periferia para tirar redutos do PT

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) vai atacar a força do PT em seus derradeiros redutos no município de São Paulo. Ele interpretou que a baixa votação que recebeu nos extremos das zonas sul, leste e noroeste deve ser encarada como uma reprovação daquelas populações a sua primeira gestão, aprovada no resto do município. E essa reprovação terá uma resposta no segundo mandato: a nova administração Kassab vai investir pesado nessas três regiões, as mais pobres do município. "Nunca mais perderemos lá", profetizou Kassab a três dezenas de aliados, parentes e amigos no domingo, na sala de seu apartamento, nos Jardins, logo após o anúncio da pesquisa de boca-de-urna que lhe dava ampla vitória sobre a rival Marta Suplicy (PT). Enquanto os amigos festejavam, o prefeito revelou sua preocupação com a sombra que a ampla vitória, por mais de 21 pontos porcentuais de diferença, projeta na extrema periferia da cidade.

PT quer manter aliança no Congresso

Na primeira avaliação após as eleições municipais, a Executiva do PT deixou claro que as articulações para 2010 já começaram e que o objetivo é manter o PMDB como principal parceiro na aliança para sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por trás do assédio ao PMDB, o PT também quer garantir o apoio do partido à aprovação de medidas no Congresso para conter os efeitos da crise financeira internacional no País. Além disso, a preocupação do PT é eleger o senador Tião Viana (PT-AC) para a presidência do Senado, com os votos e o aval do PMDB. "Quando termina um processo eleitoral, começa outro. E a base sinalizou que saiu na frente e com grande força para a vitória em 2010", resumiu o secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Martins Cardozo (SP).

Serra diz que existe diálogo entre PSDB e peemedebistas

Embora diga que "2010 está mais longe do que parece" e garanta que não está "focado" na corrida presidencial e não negocia apoio, o governador José Serra admitiu, em entrevista ontem à TV Estadão: "Existe um diálogo do PSDB com o PMDB, isso é indiscutível." O partido foi o grande vitorioso da corrida municipal e é cortejado tanto pelos partidos governistas como de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Indagado sobre o saldo dos peemedebistas, Serra admitiu que o partido sai com "posição forte, do ponto de vista nacional". "O PMDB é um partido que tem capacidade, elasticidade. Fogaça, em Porto Alegre, tinha sido do PMDB, foi eleito pelo PPS, voltou para o PMDB e aí foi reeleito. Paes era PSDB, foi eleito pelo PMDB. O PMDB consegue absorver integrantes de outros partidos em situações-chave e conseguiu esse resultado bastante apreciável."

Quércia ''lança'' governador para presidente

Depois do sucesso da chapa que elegeu Gilberto Kassab (DEM) e a vice Alda Marco Antônio em São Paulo, o presidente do PMDB em São Paulo e ex-governador Orestes Quércia já tem nova meta política: ajudar a eleger José Serra (PSDB) presidente em 2010. Em entrevista ao estadao.com.br, Quércia, que é padrinho político da vice de Kassab, disse que "não quer nada para ele" em relação a cargos e defende uma mudança na orientação de seu partido, ou seja, que o apoio ao PT migre para o PSDB. "Se possível, (o PMDB deve ter) uma candidatura própria. Mas como acho muito difícil, eu prefiro uma composição com Serra para presidente para mudar essa administração do PT no País." O ex-governador ressaltou que o PMDB saiu fortalecido da eleição municipal. "É um grande aliado em 2010 para todos os partidos mesmo, tanto para o PT como para o próprio Serra", afirmou.

Governadores elegem aliados em 42% dos casos

Onze dos 26 governadores de Estado, o equivalente a 42%, conseguiram eleger seus aliados em capitais na eleição municipal. Levantamento feito pelo Estado revela que o Sudeste foi a região em que os administradores estaduais tiveram maior índice de aproveitamento. Lá, os quatro governadores emplacaram seus apoiados. Em São Paulo, José Serra (PSDB) conseguiu confirmar seu aliado, Gilberto Kassab (DEM), à frente da maior cidade brasileira. No segundo maior colégio eleitoral, Minas Gerais, o também tucano Aécio Neves, em uma aliança pouco usual com o PT, conseguiu fazer prefeito de Belo Horizonte o empresário Márcio Lacerda (PSB).

Geddel: disputa na Bahia não atinge Planalto

A vitória em Salvador, com a reeleição do prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), abrandou o tom áspero contra o PT que marcou o discurso do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), na reta final da campanha. No calor da disputa do candidato peemedebista apoiado por Geddel contra o candidato petista Walter Pinheiro, o ministro fez ataques ao PT. Chamado ontem à noite ao Palácio de Ondina, sede do governo baiano, para uma primeira conversa com o governador petista Jaques Wagner, o ministro fez pouco caso da versões que o vêem mais próximo da órbita do PSDB e do DEM do que do PT derrotado nas urnas. Em entrevista ao Estado, Geddel admitiu, contudo, que será difícil negociar uma parceria com o PT em 2010, sem ter o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como grande fiador.

Correio Braziliense

Aliança mais cara

Fortalecidos pelos resultados das eleições municipais, dois líderes do PMDB deixaram claro ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentará dificuldades para convencer o partido a apoiar um candidato do PT na próxima disputa presidencial. Em conversa com o Correio, o presidente do diretório peemedebista no estado de São Paulo, o ex-governador Orestes Quércia, declarou que o ideal para a sigla seria lançar um nome próprio na sucessão. Mas, diante da falta de um quadro reconhecido nacionalmente entre seus filiados, a opção preferencial tem de ser a adesão à possível chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

PMDB vai para cima do PT

Um dos grandes vencedores da eleição municipal no país, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, líder do PMDB baiano, avisa que poderá disputar o governo estadual em 2010 se não houver diálogo com o PT. “Chegar ao posto de governador é o coroamento de uma vocação de vida pública”, afirma.

Berzoini insiste em acordo para 2010

O PT se prepara para contornar os problemas deixados pela eleição municipal e trabalhar para não deixar a aliança com o PMDB enfraquecida em 2010. O partido passará por uma reavaliação de prioridades em São Paulo, Salvador e Porto Alegre, cidades consideradas chaves na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Há setores nos dois partidos que não estão contentes com essa aliança. Mas vamos trabalhar para torná-la uma realidade”, afirmou Ricardo Berzoini, presidente da legenda, ontem, durante encontro da Executiva Nacional do PT, em Brasília. “Mas é natural que o PMDB também busque lançar um candidato, nós vamos tentar buscar até o fim o acordo”, acrescentou.

Paes escolhe tucano para chefiar Casa Civil

O apetite político e as amizades suprapartidárias de Eduardo Paes (PMDB) podem levar o prefeito eleito do Rio a montar um fantástico arco de alianças ou começar a lhe trazer, antes de empossado, os primeiros problemas políticos. Em torno da já apelidada República da Barra da Tijuca — base eleitoral comum do grupo —, Paes começou a montar seu secretariado pelos amigos mais próximos, ainda que sejam de partidos que, nas eleições recém-encerradas, estavam do outro lado do balcão. Poucas horas depois de confirmada a vitória contra Fernando Gabeira, da frente PV-PSDB-PPS-DEM, o prefeito eleito anunciou que entregará o cargo de maior confiança, o de chefe da Casa Civil, ao deputado estadual Pedro Paulo. O problema é que Pedro Paulo é do PSDB.

Tudo igual no Congresso

O resultado das eleições, que consagrou 18 deputados federais para a administração municipal, não vai alterar a correlação de forças entre governo e oposição no Congresso Nacional. No tabuleiro das vagas abertas com a eleição de deputados para as prefeituras e a efetivação de suplentes para a Câmara, o jogo ficou praticamente empatado: os dois principais partidos de oposição, PSDB e o DEM, vão ganhar mais uma cadeira de suplente na Casa a partir de janeiro de 2009, quando os novos prefeitos e vices assumem. No Senado, o cenário fica inalterado, uma vez que os três candidatos governistas não venceram.

O Globo


Paes descumpre promessa e já abre o governo a partidos


O prefeito eleito, Eduardo Paes (PMDB), acordou ontem quebrando, de uma só vez, duas promessas de campanha: seu partido já começou a dividir o governo com integrantes das 13 legendas que o apoiaram e, apesar de ter dito que seu primeiro ato seria escolher o secretário de Saúde, por causa da crise no setor, anunciou para chefe da Casa Civil, com status de secretário, o deputado Pedro Paulo Carvalho. Fiel escudeiro de Paes, Pedro Paulo, de 36 anos, é do PSDB, da coligação de Fernando Gabeira (PV). Na seqüência, Paes quebrou uma terceira promessa: tinha dito que suas primeiras UPAs seriam construídas no Méier e em Madureira (na Zona Norte), mas informou que dará prioridade à Zona Oeste, onde teve maior votação. Para a Fazenda, foi convidado o ex-secretário da Receita Jorge Rachid. Amanhã, Paes vai a Brasília, com o governador Sérgio Cabral, para se reunir com o presidente Lula.

Promessas descumpridas

1. Não faria nomeações políticas: ontem houve reunião de seu vice, Carlos Alberto Muniz, que é dirigente do PMBD, com representantes do PT e de outros partidos em que foi combinado a partilha dos cargos.

2. O primeiro ato seria anunciar o secretário de Saúde. Anunciou o futuro chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, do PSDB.

3. As primeiras UPAs seriam no Méier e em Madureira. As duas primeiras serão na Zona Oeste.

'Houve uso da máquina de forma muito grave'

Um dia após sua derrota nas urnas, Fernando Gabeira, do PV, foi recebido como vitorioso por eleitores nas ruas de Ipanema. Quem o viu passar ontem a caminho de casa, na Rua Alberto de Campos, depois de nadar na piscina do Flamengo e almoçar no restaurante Gula Gula, talvez se lembrasse de cena semelhante quatro meses atrás: Gabeira à vontade, de chinelos, bermuda e camisa da Charanga do Flamengo, carregando nas costas a prancha da natação, abraçado com as filhas, Tami e Maya. Mas, ontem, a passagem do deputado verde - que conquistou 70% dos votos da Zona Sul - foi acompanhada de gritos com seu nome, aplausos, pessoas cantando o jingle da campanha e declarações como "nós te amamos", gritada pela passageira de um táxi.


Especialistas avaliam o peso da abstenção


A alta abstenção no segundo turno, em que 927 mil eleitores deixaram de votar, pode ter sido decisiva para a vitória de Eduardo Paes sobre Fernando Gabeira, por 55 mil votos de diferença, na opinião de especialistas. Somente na Zona Sul, onde Gabeira teve seu melhor resultado (70,42%), foram 143 mil eleitores a menos. A maior abstenção ocorreu na 1ª Zona Eleitoral, no Centro (31,17%), onde Gabeira também venceu.

PSDB começa a assediar o PMDB e critica Dilma

Com dois presidenciáveis no partido, o PSDB deflagrou ontem a campanha de 2010, com ataques à candidata do presidente Lula, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), e assédio claro e direto ao PMDB, partido que saiu mais fortalecido das eleições municipais. O primeiro passo rumo a 2010 será tentar uma composição com o PMDB para a sucessão do presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (RN), contra a candidatura do petista Tião Vianna (AC).

Brasil é acusado na OEA de proteger torturadores

Autor de ações contra militares que atuaram na ditadura militar, o procurador da República Marlon Weichert, de São Paulo, acusou ontem o governo brasileiro, em audiência na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, de proteger oficiais que perseguiram, torturaram e desapareceram com militantes de esquerda naquela época. Marlon afirmou que, com esse comportamento, o governo estimula a violência de hoje de policiais nas penitenciárias do país.


Mantega contradiz BNDES e nega ajuda a empresas em dificuldade


Contrariando o que prometera o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na última sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo não vai ajudar empresas que tiveram prejuízos com operações "exóticas" no mercado financeiro. Segundo o ministro, não há subprime no país. As perdas de US$ 10 bilhões ou US$ 20 bilhões, estimadas pelo mercado, seriam "absorvíveis", afirmou Mantega.

Jornal do Brasil

Paes: ordem é evitar a crise

No primeiro dia após a vitória nas urnas, Eduardo Paes disse que a prioridade é evitar os efeitos da crise financeira internacional. Promete discutir com o presidente Lula e o governador Sérgio Cabral alternativas para manter - e mesmo ampliar - o volume de negócios atraídos para a cidade. O prefeito eleito anunciou o primeiro nome de seu secretariado: o deputado estadual Pedro Paulo (do PSDB, partido que apoiou o adversário Fernando Gabeira), que será o secretário-chefe da Casa Civil. A ele caberá o comando da equipe de transição. Paes se encontrará hoje com o prefeito Cesar Maia. Ambos vão começar os estudos sobre o orçamento do Rio para o próximo ano.

PMDB vai definir a sucessão

O reflexo da eleição na corrida ao Planalto é claro. Para partidos governistas e de oposição, sem o PMDB - que levou 1.203 prefeituras e teve 22 milhões de votos - dificilmente alguma legenda fará o presidente.

Balanços para derrubar boatos

Depois de verem as ações perder valor na crise, os grandes bancos anteciparam os balanços para frear a desconfiança. O desempenho do terceiro trimestre revelou, no caso do Bradesco e do Itaú, o terceiro e quarto maiores lucros trimestrais na história. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o prejuízo de empresas, quase US$ 20 bilhões, é "perfeitamente absorvível" e negou que o governo vá ajudá-las.

Conheça a banda de Goiânia Pedra Letícia

Pedra Letícia é brega, mas com respeito!

Conheça a banda de Goiânia que acaba de lançar CD inspirado em Reginaldo Rossi e Led Zeppelin

Barbara Duffles Do EGO, em São Paulo


Deco Rodrigues/Globo.com

O trio Pedra Letícia: brega com direito a pitadas de Magal, Rossi e Led Zeppelin

Os integrantes da Pedra Letícia não têm uma definição para o nome da banda, nem para o tipo de som que fazem. Vindos de Goiânia, consideram-se seguidores do brega, mas um tipo de brega “respeitoso”.

Não gostam de ensaiar, não querem ser comparados com os Mamonas Assassinas nem chamados de caipiras. No entanto, suas músicas divertidas inspiradas em Reginaldo Rossi, Sidney Magal e Led Zeppelin estão fazendo o maior sucesso na internet. Seus vídeos somam mais de 6 milhões de acessos no "You Tube" e é graças ao site que eles começaram a fazer shows pelo Brasil.

“Uma vez um médico superculto veio dizer que o nome da banda era a maior sacada. Disse que Pedra Letícia vinha de ‘tirar leite de pedra’, e que fazer rock em Goiás é mesmo tirar leite de pedra... A gente nunca tinha pensado nisso e o cara fez uma análise semiótica do negócio”, brinca o goiano Cambota, vocalista e violonista da banda, que conta ainda com o baixista Fabianinho e o percussionista Thiago.


Trajes simples

Mesmo sem gostar de ensaiar (“Temos medo que o ensaio tire a espontaneidade da banda”, diz Thiago), o Pedra Letícia tem três anos de estrada e está lançando seu primeiro CD, pela EMI. O produtor Marcelo Sussekind (que tem no currículo artistas como Capital Inicial, IRA!, Lulu Santos, entre outros) se interessou pelo rock divertido com toques de brega, que já fazia muito sucesso na internet, e resolveu investir nos rapazes.

Mas, apesar do traje engomadinho da capa do CD, Cambota, Fabianinho e Thiago continuam com o mesmo estilo “fuleiro” que sempre foi a marca registrada da banda.

“A gente se diverte no palco. Nos shows, colocamos a roupa do dia-a-dia, calça jeans, camiseta. É ridículo, no nosso caso, ter uma postura na vida e outra no palco. As letras das músicas falam de coisas do dia-a-dia, o nosso som é o que a gente ouve no dia-a-dia. Então não tem porque encarnar uma coisa que não parece com a gente”, continua Cambota, o mais falante dos três.

O início

Professor de inglês em Goiânia, Cambota já tinha participado de uma banda com o nome Pedra Letícia, e há cerca de quatro anos chamou Fabianinho, que também dava aula de línguas, para dar continuidade ao projeto. “Tínhamos a música como hobby. Tocávamos em barzinhos, até que conhecemos o bar do Thiago. Fizemos tanto show lá que o bar faliu (risos). O Thiago acabou ficando órfão, então chamamos ele pra tocar percussão na nossa banda. Aí sim, resolvemos montar repertório, procurar outros lugares para tocar, investir na nossa música”, revela o vocalista.


A revanche das mulheres feias

Apesar das letras bem-humoradas e sacanas, o Pedra Letícia diz que não faz músicas pensando nisso. “Nossas músicas vêm naturalmente, de piadas que a gente faz no ônibus indo para os shows”, diz Fabianinho.

As piadas acabaram fazendo sucesso virtual. A música “Como que ocê pôde abandonar eu?”, sobre um cara que foi trocado por outro mais bonito e mais rico, virou hit. “Aqueles óio verde eu garanto que é lente. O meu é vesgo, mas é natural”, diz um dos versos, que logo caíram no gosto da molecada.



“A gente achou que nosso público teria nossa idade, entre 20 e 30 anos. Mas nos nossos shows têm de tudo, molecada, pais levando filhos... É porque nosso humor não ofende”, avalia Cambota.

Não só não ofende, como ainda defende certas classes desfavorecidas. É o caso das mulheres feias, tema da canção “Teorema de Carlão”, que diz: Faça uma boa ação/Pega uma baranga/ Diga que a ama, chama pra assistir DVD/Detona a Juliana Paes, critica a Alinne Moraes/Declama: ‘Eu prefiro você’.

A música é inspirada em Carlão, o holding da banda que, segundo os rapazes, “só fica com mulher feia”. Nos shows, a mulherada fica em êxtase. “É a revanche das assumidamente feias. Tem umas que nem são feias e gritam: ‘Eu sou baranga! Carlão, me pega!’”, diz Thiago.

Reginaldo Rossi, o padrinho

A banda diz que é difícil definir o som, que está sempre em mutação. Mas tem duas certezas: é rock n' roll e brega. No entanto, os rapazes ressaltam que é um brega inspirado em Reginaldo Rossi, que faz participação especial no CD, e em Odair José.

“Eles são transgressivos, são contemporâneos. A gente usa o brega de forma respeitosa, não é irônica”, avalia Cambota, criticando o que ele chama de outro tipo de brega, o do sertanejo romântico. Outro artista bastante citado é Sidney Magal, cujas músicas eles costumam tocar nos shows, para o delírio do público.

Apesar do humor e do apelo com a molecada, o Pedra Letícia não quer ser comparado com os Mamonas Assassinas. “Nossa proximidade com eles é por acaso. Nunca pensamos em fazer uma banda de humor. Desde que eles se foram, o pessoal quer colocar alguém no lugar. Mas quem assiste ao nosso show, vê que é diferente”, diz o vocalista.

De malas prontas para São Paulo

Por conta do lançamento do CD, Cambota, Thiago e Fabianinho resolveram trocar Goiás por São Paulo. De malas prontas para a capital paulistana, eles deixam na cidade natal centenas de fãs e também as namoradas. “Não sabemos o que vai acontecer agora”, dizem.

Ao divulgarem o site da banda (www.pedraleticia.com.br), aproveitam para brincar com a própria condição de recém-solteiros. “Se a fã for bonita, a gente passa o MSN, se for feia, passa para o Carlão. Com a gente a fã não se frustra”, dizem, sempre bem-humorados.

Pedra Letícia - Teorema de Carlão.mp3



Download Now - No virus detected
Tested by Kaspersky Anti-Virus 2008-10-24



Assista aos vídeos do Pedra Letícia no You Tube

Como que ocê pôde abandonar eu

Teorema de Carlão

Eu não toco Raul

Manchetes de hoje nos jornais - 24/10/2008

Manchetes dos jornais de hoje – 24out2008
sexta-feira, 24 de outubro de 2008.


Folha de S. Paulo

Dólar vai a R$ 2,52, e BC eleva intervenção

Após o dólar chegar a R$ 2,52 ontem, o Banco Central anunciou que está disposto a injetar até US$ 50 bilhões no mercado para conter a alta da moeda norte-americana, que vem desestabilizando empresas e a economia como um todo. Analistas criticavam o BC por não atuar mais firmemente no câmbio apesar das reservas recordes de US$ 200 bilhões. Após o anúncio de ontem, a moeda americana recuou e fechou o dia a R$ 2,305, com baixa de 3,15%. Mas apenas em outubro o dólar já subiu 21%. No ano, a alta chega a quase 30%, uma das maiores no mundo.

Aprovação a Lula tem pouca influência na decisão de voto

O apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições municipais não é decisivo na escolha do eleitorado. É o que mostra a mais recente pesquisa Datafolha. Segundo o instituto, mesmo em capitais onde o presidente subiu no palanque de seus aliados, o voto dos que acham o governo federal ótimo ou bom se divide entre o candidato de Lula e seu adversário. É o caso de São Paulo. Entre aqueles que consideram o governo Lula ótimo ou bom, 50% votam na petista Marta Suplicy, enquanto 43% votam em Gilberto Kassab (DEM) -partido que faz oposição a Lula. Dos que consideram o governo regular, 64% dizem votar em Kassab, contra 24% em Marta. Entre os que dizem que o governo é ruim, o resultado é de 76% a 11% para Kassab.

A 3 dias da eleição, Lula grava apoio a Rosário

Apoios que não foram dados à petista Maria do Rosário durante toda a campanha em Porto Alegre chegaram aos 44 minutos do segundo tempo.

Atrás 14 pontos percentuais do prefeito e candidato à reeleição, José Fogaça (PMDB), segundo o Datafolha, o PT apelou ao presidente Lula e à deputada Manuela D'Ávila (PC do B) para tentar uma virada. Um depoimento gravado às pressas por Lula passou a ser veiculado ontem no programa de rádio e TV da petista. Mas a estratégia dos petistas é bombardear os eleitores com a imagem e depoimento do presidente por meio das inserções.

Ataque de Wagner explicita racha na BA

A três dias da eleição, a disputa pela Prefeitura de Salvador escancarou a queda-de-braço entre as duas maiores lideranças políticas da Bahia -o governador Jaques Wagner (PT) e o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional, PMDB). O clima tenso dos bastidores foi verbalizado anteontem à noite, no último comício do candidato do PT, Walter Pinheiro, na periferia de Salvador. No palanque, sem citar o partido nominalmente, Wagner acusou o PMDB de ter feito "ataques sórdidos" ao governo Lula no passado e agora "beber" de sua "popularidade".

Pimentel reconhece que ele e Aécio ofuscaram imagem de Lacerda

O prefeito petista Fernando Pimentel afirmou ontem que ele e o governador tucano Aécio Neves, "sem dúvida", ofuscaram o candidato Marcio Lacerda (PSB) no primeiro turno das eleições em Belo Horizonte. O "erro", segundo Pimentel, foi corrigido, com os dois passando a atuar nos bastidores da campanha contra o oponente Leonardo Quintão (PMDB). Em entrevista ontem à Folha, quando questionado se ele e Aécio ofuscaram o candidato que eles lançaram na disputa, Pimentel afirmou: "Da forma como foi feita a campanha no primeiro turno, sem dúvida". "Ressaltou-se muito mais o apoio meu e do governador, que é importante, mas não é decisivo. Isto está sendo corrigido. Por isso nós não estamos mais tão presentes, especialmente na televisão."

Quintão critica Aécio e fala em "caciquismo"

Após perder a vantagem que tinha nas pesquisas neste segundo turno, o candidato do PMDB à Prefeitura de Belo Horizonte, Leonardo Quintão, atacou pela primeira vez o governador tucano Aécio Neves e tachou a candidatura de seu adversário, Marcio Lacerda (PSB), como "de direita". Quintão, que passou o primeiro turno tentando se associar a Aécio, decidiu usar o programa eleitoral para atacar o que chamou de "caciquismo" do governador e do prefeito Fernando Pimentel (PT).

Justiça rejeita cassação e multa candidato por episódio do "checão"

O juiz Marco Antônio Martin Vargas, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, acolheu parcialmente a representação proposta pela coligação de Marta Suplicy (PT) e decidiu multar o prefeito e candidato à reeleição Gilberto Kassab em R$ 5.320,50 por conduta vedada, mas rejeitou o pedido de cassação de registro do candidato. Para Vargas, Kassab fez uso eleitoral do repasse administrativo de recursos ao governo do Estado, para investimento no metrô. No último dia 15, Kassab posou ao lado do governador José Serra (PSDB), exibindo um cheque simbólico de R$ 198 milhões.

Cresce a agressividade entre os adeptos de Paes e Gabeira

A mudança de estratégia na última semana de campanha do candidato a prefeito Eduardo Paes (PMDB), com nova coordenação liderada pelo deputado estadual Jorge Picciani (PMDB), o apoio de tropa de choque de parlamentares e discursos mais agressivos contra o adversário Fernando Gabeira (PV) acirraram a disputa e elevaram o tom dos militantes. A virada de Paes na pesquisa do Datafolha, em que oscilou dois pontos percentuais (de 42% para 44%) enquanto o rival perdia três (de 44% para 41%) -empate técnico na margem de erro-, animou os apoiadores do peemedebista. Ontem, houve desentendimentos entre militantes dos dois.

Maia diz que há planos para fraudar eleições no domingo em favor de Paes

O prefeito do Rio, Cesar Maia, disse ontem em seu boletim eletrônico que há um plano para fraudar as eleições da cidade a favor do candidato do PMDB, Eduardo Paes, se as pesquisas divulgadas no fim de semana indicarem um quadro de indefinição. Ele diz ter recebido a informação de três fontes das polícias estadual, federal e do Exército.

Ibope aponta vantagem de Costa e esquenta a disputa

A disputa municipal em Belém (PA) esquentou com a divulgação da pesquisa Ibope, que mostra o atual prefeito, Duciomar Costa (PTB), com 50% das intenções de voto, contra 39% de José Priante (PMDB). A margem de erro é de quatro pontos percentuais.

Procuradoria apura nepotismo em órgãos do governo e na Câmara

O Ministério Público Federal no Distrito Federal abriu ontem dois inquéritos para investigar casos de nepotismo na Câmara dos Deputados e nos órgãos do governo federal. O MPF entregou ao procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, cartas que serão enviadas aos poderes, questionando o que já foi feito para cumprir a súmula do STF (Supremo Tribunal Federal) que proibiu a contratação sem concurso de parentes de até o terceiro grau em toda a administração pública.

Tarso critica parecer da AGU sobre anistia

O ministro da Justiça, Tarso Genro, criticou ontem o parecer feito pela Advocacia Geral da União que considera que estão perdoados, pela Lei da Anistia (1979), os crimes de tortura cometidos durante o regime militar (1964-1985). O parecer da AGU está anexado ao processo aberto na Justiça de São Paulo, a pedido do Ministério Público, que pede a responsabilização dos militares reformados Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel por desaparecimento, morte e tortura de 64 pessoas. Eles comandaram o DOI-Codi, em São Paulo, na década de 1970.

Em depoimento, Dantas diz ser perseguido pelo governo

O banqueiro Daniel Dantas, acusado de corrupção, afirmou à Justiça Federal em São Paulo que é vítima de uma perseguição política movida pelo governo federal, que teria interesse em proteger os fundos de pensão. Dono do banco Opportunity, Dantas tentava negociar com o governo e os fundos de pensão a venda da Brasil Telecom para a Oi (Telemar), num negócio que poderia render ao banqueiro mais de US$ 1 bilhão.

Pressionada, União suaviza regra sobre crime ambiental

O governo vai adiar em um ano o prazo para que produtores rurais do país registrem e se comprometam a recuperar área de reserva legal, onde estão proibidas atividades do agronegócio. A reserva de vegetação nativa varia de 20% a 80% das propriedades, dependendo da sua localização.

A mudança consta da nova versão do decreto que define punições para os crimes ambientais submetida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto, a que a Folha teve acesso, também reduz multas previstas no decreto original, assinado pelo presidente em julho e, desde então, alvo de críticas do agronegócio.

Chinaglia afasta servidora que errou nome de Garibaldi

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afastou de suas funções a servidora do cerimonial da Casa, Bernadete Amaral, que errou o nome do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), no Palácio do Planalto na quarta-feira, na comemoração aos 20 anos da Constituição. Na ocasião, ela informou a Chinaglia que Garibaldi se chamava José Garibaldi, o que acabou constrangendo o presidente da Câmara em público.

Chinaglia disse que a servidora é concursada e retornará à sua função original na Câmara. "É uma funcionária dedicada, exercerá função mais adequada para ela dentro do próprio cerimonial ou de outra função. Não posso minimizar [o erro] na medida em que o próprio presidente do Senado se incomodou, eu nem tinha percebido, mas devo explicação a ele."

O Estado de S. Paulo

Congresso quer impor limites à MP

Mesmo com todo o questionamento jurídico em torno da Medida Provisória nº 443, que autorizou o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (Caixa) a comprar bancos e outras empresas, os líderes partidários, inclusive da oposição, adotaram ontem uma atitude de cautela e anunciaram que querem discutir o mérito das medidas propostas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para alguns deles, no entanto, é preciso definir "limites" ao exercício da autorização dada ao BB e à Caixa, bem como estabelecer garantias mais adequadas ao uso do dinheiro público. Um dos limites que estão sendo discutidos é a exclusão dos bancos públicos da lista das possíveis aquisições. "Banco público não precisa de socorro porque não quebra", ponderou o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), um fiel aliado do Palácio do Planalto. "Não podemos admitir que a Nossa Caixa ou BRB (Banco de Brasília) possam ser comprados por outro banco público sem licitação", afirmou. A MP 443 permite que isso ocorra.

Na Globo, Marta atacará caráter de Kassab, que vai reagir com mensalão

Os candidatos a prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT), têm estratégias diferentes para o debate de hoje à noite, na TV Globo, na última oportunidade de usar a televisão para conquistar votos do eleitor para o segundo turno da eleição, no domingo. Kassab promete "confiança e alto-astral"; Marta, ataques, mas com o cuidado de não passar para o eleitor uma imagem arrogante. A idéia, de acordo com aliados da ex-ministra, é investir novamente na tese de que Kassab diz uma coisa na propaganda eleitoral gratuita e faz outra na administração municipal. A base desse plano continuará sendo a associação entre Kassab, o ex-prefeito Celso Pitta e o hoje deputado Paulo Maluf (PP).

Aécio vai a Lula a 3 dias da eleição

Satisfeito com a arrancada de seu candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, o governador de Minas, Aécio Neves, executou ontem um movimento para atrair votos de eleitores petistas ainda indecisos para Márcio Lacerda (PSB), apoiado pela cúpula estadual do PSDB e do PT. Aécio foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Planalto, num encontro não previsto inicialmente na agenda presidencial, mas que teve ampla cobertura da mídia mineira. Setores do PT em Minas resistem a apoiar Lacerda. "É uma eleição que ainda está sendo disputada. Não é uma eleição vencida. Estamos nos dedicando, nesta reta final, a mostrar as diferenças entre as propostas", afirmou. Depois de perder a liderança para o peemedebista Leonardo Quintão, Lacerda voltou a superá-lo nas intenções de voto, segundo pesquisa do Ibope encomendada pelo Estado e pela Rede Globo.

Fiscais apreendem material durante caminhada de Paes

Um incidente entre militantes da União da Juventude Socialista (UJS) e fiscais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) marcou a caminhada de apoio ao candidato do PMDB à Prefeitura do Rio, Eduardo Paes, realizada no fim da tarde de ontem, no centro. Os jovens distribuíram adesivos contra o concorrente do PV, Fernando Gabeira, mas acabaram flagrados pelos fiscais, que apreenderam o material de campanha. Os panfletos traziam fotos de Gabeira, dos tucanos Fernando Henrique Cardoso e José Serra e do prefeito Cesar Maia (DEM) e a inscrição: "O que é isso, companheiro? Gabeira não." O texto fazia referência ao livro escrito pelo deputado verde quando voltou do exílio, em 1979.

Tarso ataca parecer da AGU sobre tortura

Derrotado mais uma vez dentro do governo, o ministro da Justiça, Tarso Genro, fez ontem um duro ataque ao parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que considera perdoados pela lei da anistia os crimes de tortura cometidos durante o regime militar. "Equiparar tortura a delito político contraria toda a jurisprudência internacional e os juristas sérios que tratam do assunto", criticou. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), também disse ser contra a punição aos militares. Na visão de Tarso, o parecer reflete uma posição "tradicional" e de "natureza técnica" de uma ala do governo, mas afronta princípios fundamentais de direitos humanos previstos na Constituição. "Eu respeito, mas não concordo", disse.

Correio Braziliense

Uma janela ainda aberta

A Câmara dos Deputados tenta se blindar da crise do nepotismo, que solapou o Senado nas últimas semanas. Mas uma fotografia do quadro funcional da Casa mostra uma cena interessante. Existem hoje cerca de 10 mil funcionários comissionados lotados nos gabinetes dos deputados, uma média de 19 por parlamentar. Nos escritórios reservados, não entram servidores concursados, restritos ao trabalho nas áreas administrativa e de apoio. A ação do Supremo Tribunal Federal contra o nepotismo mira justamente nesses cargos comissionados, que, na Câmara, ganham nome pomposo de secretário-parlamentar. São esses que os deputados utilizavam para contratar filhos, mulher, tio, primo, cunhada, genro e outros parentes, mas estão sendo obrigados a se desfazer do benefício.

Garibaldi: acabou o nepotismo

Um dia antes do prazo estipulado por ele próprio para banir o nepotismo do Senado, o presidente da Casa, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), garantiu: não há mais casos de parentes de parlamentares ou de diretores contratados irregularmente. “O Senado extirpou o problema do nepotismo. O assunto no Senado está encerrado”, disse Garibaldi. Ao todo, foram exonerados 86 servidores para cumprir a súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em agosto, proibiu o nepotismo no serviço público. Só ontem foram nove exonerações, entre elas a de Solange Bandeira Soares Palmeira, filha do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Guilherme Palmeira. Ela era lotada no gabinete de Garibaldi.

Fim da trégua entre Jaques Wagner e Geddel

A eleição de 2010 já começou na Bahia. Acabou a trégua entre o governador Jaques Wagner (PT) e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB). O cenário de guerra entre os dois era tudo o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não queria. Mas o projeto político de cada um falou mais alto e o impasse está criado. Geddel passou o dia de ontem irritado com os ataques desferidos na noite anterior por Wagner no último comício do candidato do PT à Prefeitura de Salvador, Walter Pinheiro. O governador deixou a cordialidade de lado e atacou o prefeito João Henrique (PMDB), que disputa a reeleição, atingindo também o próprio ministro da Integração Nacional, a quem insinuou governar no lugar do prefeito. “É um prefeito de faz-de-conta. Quem governa não é ele”, disse o petista.

Lacerda vira e lidera disputa

Reviravolta na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte. A três dias das eleições, o candidato do PSB, Márcio Lacerda, reassumiu a liderança e deverá ser eleito no domingo prefeito da capital mineira com 46,6% dos votos — aponta pesquisa realizada pelo Instituto EM Data/Veritá com 1.020 eleitores ouvidos ontem e anteontem. De acordo com o levantamento, Leonardo Quintão (PMDB) é o escolhido de 37,4% dos entrevistados, enquanto brancos, nulos e indecisos somam 16,1%. Excluindo-se esses votos, a diferença entre os candidatos é ainda maior: 55,5% a 44,5%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

O Globo

BC vai usar mais de US$ 50 bi para enfrentar alta do dólar

O Banco Central anunciou ontem que terá mais US$ 50 bilhões para evitar a disparada do dólar. O anúncio surpreendeu o mercado, e a cotação, que estava em R$ 2,524, recuou imediatamente. No fim do dia, ficou em R$ 2,305, com a queda 3,15%. No governo, teme-se que o país já tenha se tornado alvo de um ataque especulativo. Para enfrentar isso, o presidente Lula decidiu reforçar a artilharia do BC, que ontem fez intervenções de US$ 3 bilhões. A Bovespa caiu 3,57%. As maiores quedas foram no setor financeiro, um dia após o governo anunciar que poderia comprar parte do capital de vários bancos.

BB poderá comprar bancos de montadoras

O setor automotivo será o próximo segmento a ser ajudado por ações do governo. O Banco do Brasil adiantou ontem que, conforme diretriz do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está fortalecendo sua atuação no financiamento de veículos e analisando a aquisição de carteiras deste segmento de outros bancos. Além disso, o BB poderá comprar bancos de montadoras — prerrogativa concedida pela Medida Provisória 443, anunciada anteontem. Para estas ações, o maior banco do país tem um caixa de R$ 3 bilhões. A informação de que o BB vai mirar o financiamento de veículos, para não deixar desacelerar fortemente o ritmo do setor automotivo, veio à tona por intermédio do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que se reuniu com Lula pela manhã.

Pais de Delúbio são acusados de sonegação

Réu por corrupção ativa e formação de quadrilha no processo do mensalão, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares pode sofrer um novo revés na Justiça. Desta vez, os acusados são os pais dele, Jamira e Antônio Soares de Castro. Os dois foram denunciados por crime contra a ordem tributária na compra de dois terrenos vizinhos à fazenda da família em Buriti Alegre, interior de Goiás, terra natal do petista. O juiz Márcio Antônio Neves enviou ontem o processo para alegações finais da defesa, e espera dar a sentença no prazo de 20 dias. Para o Ministério Público, os pais de Delúbio fraudaram documentos com o objetivo de sonegar impostos na compra das duas propriedades rurais, que somam quase 32 alqueires. Eles teriam omitido R$ 550 mil do valor real das terras, compradas em maio de 2004.

Wagner ataca João Henrique e Geddel

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), chamou de traidor o prefeito de Salvador, João Henrique, candidato à reeleição, e de oportunista o ministro Geddel Vieira Lima, ambos do PMDB. Wagner apóia Walter Pinheiro (PT).

Indefinição torna o debate de hoje decisivo

Na corrida pela prefeitura do Rio, Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV) fazem hoje à noite o último debate da campanha na Rede Globo, de olho nos eleitores que estão indecisos ou ainda podem mudar seus votos. Pesquisa Datafolha divulgada anteontem estima em 10% o percentual de eleitores que ainda não fizeram uma escolha definitiva. Pelos dados do Ibope, o percentual chega a 15%. De acordo com as pesquisas, há empate no Rio, e a eleição está indefinida. Eleitores que concluíram o ensino fundamental ou o médio são os mais propensos a mudar de voto.

Jornal do Brasil

Confronto da cordialidade

A tensão de uma das eleições mais disputadas da história não fez com que Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV) abrissem mão da cordialidade no debate promovido pelo JB, com a transmissão pelo JB Online. O tom propositivo revelou convergência. Às 12h31, ao terminar o evento, 62% dos internautas declararam que Paes se saíra melhor e 38% apontaram Gabeira. Às 20h, o candidato do PV tinha 62%, e o peemedebista 38%.

BC vende US$ 50 bi para blindar a crise

No fim de um dia nervoso, com várias intervenções para segurar a cotação do dólar, o Banco Central anunciou que venderá US$ 50 bilhões para blindar o mercado de oscilações futuras. Para autoridades do BC, swap cambial não afeta as reservas do país, de US$ 200 bilhões.

Dólar engorda lucro recorde da Vale

A alta do dólar ajudou a Vale a registrar lucro recorde de R$ 12,4 bilhões, dos quais R$ 2,84 bilhões em variação cambial. Mas a crise reflete na inflação: o IPCA-15 subiu 6,26% em 12 meses, puxado pelos alimentos. A produção de grãos pode cair 7%.

Manchetes nos jornais de hoje - 23/10/2008

Manchetes dos jornais de hoje – 23out2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Folha de S. Paulo

Kassab alcança 18 pontos de vantagem sobre Marta

A quatro dias da eleição, chega a 18 pontos a vantagem do prefeito Gilberto Kassab (DEM) sobre a adversária Marta Suplicy (PT), revela o Datafolha. Segundo pesquisa realizada ontem e anteontem, Kassab conta com 54% da preferência contra 36% de Marta. Como 93% dos eleitores afirmam estar "totalmente decididos" sobre seu voto, Kassab está a um passo da reeleição. Lembrando que o prefeito trilha trajetória ascendente, o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, afirma que "é remota a possibilidade de mudança de quadro". E, só uma onda - um "tsunami" - seria capaz de reverter esse cenário.

Paes sobe e Gabeira cai, mas seguem empatados no Rio

A disputa no segundo turno pela Prefeitura do Rio segue em empate técnico, mas o candidato do PMDB, Eduardo Paes, registrou 44% das intenções de voto -oscilação positiva de dois pontos percentuais- contra 41% de Fernando Gabeira (PV) -oscilação negativa de três pontos-, revela Datafolha. A novidade da pesquisa é que o peemedebista alcançou a dianteira numérica e obtém crescimento ou oscilação positiva em 11 dos 14 estratos de renda, escolaridade, idade e gênero pesquisados, com o candidato verde registrando queda ou oscilação negativa em 12 desses segmentos. Em uma semana, Paes inverteu a tendência do eleitorado, que estava favorável a Gabeira.

Fogaça mantém liderança com 51%; Rosário tem 37%

A quatro dias da eleição, o prefeito de Porto Alegre e candidato à reeleição, José Fogaça (PMDB), se mantém na liderança no segundo turno com 14 pontos percentuais de vantagem sobre sua adversária Maria do Rosário (PT), de acordo com pesquisa Datafolha realizada ontem e anteontem.


Fogaça tem 51% das intenções de voto contra 37% de Rosário, de acordo com levantamento concluído ontem.

Lacerda sobe 8 pontos e tem 45%, contra 40% de Quintão

Marcio Lacerda (PSB), apoiado pelo governador tucano Aécio Neves e pelo prefeito petista Fernando Pimentel, virou a disputa no segundo turno em Belo Horizonte, embora a situação seja de empate técnico com o oponente, Leonardo Quintão (PMDB). Lacerda tem 45% do total de votos, contra 40% de Quintão, segundo pesquisa Datafolha. Considerando apenas os votos válidos, Lacerda tem 53%, contra 47% de Quintão. Os percentuais dos votos nulos, brancos e dos eleitores indecisos são excluídos pelo Datafolha para contabilizar os votos válidos. O Datafolha ouviu 1.049 eleitores entre ontem e anteontem em Belo Horizonte. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

João Henrique lidera com 50%; Pinheiro está com 40%

Na segunda pesquisa do Datafolha na disputa do segundo turno em Salvador, o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), 49, mantém a liderança contra o seu opositor, o deputado federal Walter Pinheiro (PT), 49. Candidato à reeleição, João Henrique aparece com 50% das intenções de voto, contra 40% do petista. Em relação aos votos válidos, o peemedebista está com 56%, e seu adversário, com 44%. Na comparação com a pesquisa anterior, divulgada no último sábado, João Henrique e Walter Pinheiro oscilaram dentro da margem de erro, de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Kassab reduz aparições para evitar riscos

Temendo a exposição a riscos - como um protesto ontem na av. Paulista- o comando de campanha de Gilberto Kassab (DEM) decidiu reduzir atividades de rua do prefeito. A orientação é para que tenha só uma aparição eleitoral diária, dando preferência à agenda oficial. Para escapar de contratempos, Kassab cancelou duas atividades nos últimos dois dias. Na noite de segunda - ao ser informado da ameaça de protesto liderado por petistas -, suspendeu visita anunciada às obras do CEU (Centro Educacional Unificado) Vila Formosa.

Carvalho deixa campanha do PT e volta a Brasília

Depois de dez dias auxiliando a campanha de Marta Suplicy (PT) em São Paulo, o chefe-de-gabinete de Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, volta hoje a Brasília. Ele afirma que havia acertado com Lula que suas "férias" iriam até o encerramento da campanha. E diz que não há razão de permanecer em São Paulo amanhã, já que Marta só tem um evento público, o debate da TV Globo. Carvalho mantém o discurso otimista, apesar das pesquisas: "A militância não está largando as ruas. Eu não vejo clima de abatimento. Já vimos viradas no final, e o debate da Globo pode ter grande influência", diz, acrescentando: "Há jogo para ser jogado, não tem nada que jogar a toalha".

Promotor dá parecer contra Kassab por evento do metrô

O promotor eleitoral Eduardo Rheingantz deu parecer favorável à ação em que a campanha de Marta Suplicy (PT) acusa o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), de usar a máquina municipal para promover sua reeleição. O promotor explica que pode ser aplicada multa -de R$ 10 mil a R$ 100 mil- ou cassado o registro do candidato. A representação, protocolada na semana passada, ainda precisa ser julgada pelo juiz eleitoral, cabendo recurso. Marta questionou o anúncio de um investimento de R$ 198 milhões em obras do metrô.

Pastor compara Gabeira com o profeta Moisés

Em encontro para selar o apoio de pastores evangélicos, Fernando Gabeira (PV) teve sua trajetória comparada à história do profeta Moisés. Político sem religião declarada, o verde pediu uma oração por ele e seu projeto para a cidade. Gabeira recebeu o apoio do líder da Igreja Reina, o bispo Hermes Fernandes, e de pastores da Assembléia de Deus e das igrejas Batista e Presbiteriana, em cerimônia em Campo Grande (zona oeste). Na oração solicitada pelo candidato, o reverendo inglês Martin Scott, em visita ao Brasil pela Pioneer Church (igreja pioneira, em inglês), afirmou que "há comparação entre o senhor [Gabeira] e aquilo que Moisés atravessou".

Paes ganha apoio de Dilma e de suspeitos por irregularidades

Na semana final da disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) pôs em campo as tropas de choque federal e estadual. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, encontrou-se com Paes ontem, no final da tarde, e gravou mensagem para o programa de TV. À saída, ela não quis falar com a imprensa sobre o apoio. A tropa estadual é composta por personagens importantes nos governos de Anthony e Rosinha Garotinho e por parlamentares sob suspeita de irregularidades, do PMDB e de partidos aliados, como o PT.



União tenta reaver recursos desviados em municípios

O governo federal vai tentar reaver, por meio de milhares de ações na Justiça, os recursos desviados pelos principais esquemas de corrupção investigados pela Polícia Federal e pelo TCU (Tribunal de Contas da União) nos últimos dez anos em municípios brasileiros. Cálculos preliminares indicam que o governo poderá recuperar cerca de R$ 100 milhões. A AGU (Advocacia Geral da União) já identificou 1.174 casos de irregularidades que serão contestadas judicialmente, mas o número poderá ultrapassar 1.600, segundo André Mendonça, chefe da área de probidade administrativa da AGU.

O Estado de S. Paulo

Ibope dá vantagem de 17 pontos de Kassab sobre Marta Suplicy

O prefito Gilberto Kassab (DEM) chega à reta final da campanha eleitoral com 17 pontos porcentuais de vantagem sobre sua adversária Marta Suplicy (PT) na disputa do segundo turno em São Paulo. Pesquisa Ibope contratada pelo Estado e pela TV Globo revela que Kassab oscilou 2 pontos para cima e agora tem 53%, contra 36% de Marta, que perdeu 3 pontos na última semana. Apenas 3% dos eleitores se declaram indecisos e 8% afirmam que vão votar em branco ou anular o voto.

Aprovação da gestão do prefeito tem índice quase igual ao de intenção de voto

A administração do prefeito Gilberto Kassab (DEM) é considerada boa ou ótima por 54% dos entrevistados pelo Ibope - o índice é praticamente o mesmo da intenção de voto no candidato à reeleição (53%). Apenas 14% dos eleitores avaliam a gestão como ruim e péssima, segundo o instituto. O governo é mais bem avaliado no segmento feminino do eleitorado (56% de ótimo e bom). Entre os homens, o índice é de 50%.

A aprovação é menor entre os moradores mais pobres, com renda familiar de até dois salários mínimos. Nessa faixa, 44% dizem que o desempenho do prefeito é ótimo ou bom. Na outra ponta, entre os eleitores com renda superior a cinco salários mínimos, 58% dos entrevistados aprovam a gestão.

Promotor dá parecer por cassação de Kassab

O promotor eleitoral Eduardo Rheingantz declarou que a representação 635/2008, proposta pela candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, deve ser julgada procedente e opinou pela cassação da candidatura de Gilberto Kassab (DEM). A representação acusa o prefeito de uso da máquina com base na cerimônia oficial em que entregou um cheque simbólico de R$ 198 milhões ao governador José Serra (PSDB) para a expansão do metrô. Em seu parecer, Rheingantz afirma que o evento, realizado no dia 15 de outubro, "revelou manifesta intenção de beneficiar a campanha eleitoral do candidato Kassab". Segundo ele, não havia "nenhuma urgência no repasse, e a sua realização espetacular, a poucos dias do pleito, é um flagrante desrespeito à Lei Eleitoral". De acordo com o promotor, Kassab violou dois pontos específicos do artigo 73 da Lei nº 9.504/97, que proíbem uso de bens, imóveis, materiais ou serviços do Estado em campanha eleitoral.

Candidato de Aécio reage e tira 18 pontos de vantagem de Quintão

Em mais uma reviravolta na eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte, a vantagem do peemedebista Leonardo Quintão, de 18 pontos porcentuais sobre Márcio Lacerda (PSB), desapareceu na última semana. Os dois candidatos estão agora em empate técnico, segundo pesquisa Ibope encomendada pelo Estado e pela Rede Globo: Lacerda tem 45% das intenções de voto, e Quintão, 44%. Como a margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos, não é possível afirmar quem está efetivamente à frente.

Gabeira e Paes têm 43% no Rio

A quatro dias da votação decisiva de segundo turno, os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira (PV) e Eduardo Paes (PMDB), estão empatados com 43% das intenções de voto cada um. Os números, revelados ontem à noite pela pesquisa Ibope contratada pelo Estado e pela TV Globo, apontam ainda um universo de 7% dos consultados que pretendem votar em branco ou anular o voto. Outros 6% disseram que não sabem e 1% não respondeu. Na comparação com a pesquisa anterior, de 16 de outubro, Gabeira oscilou 1 ponto para cima (tinha 42% das preferências) e Paes subiu 4 (tinha 39%). De hoje até sábado, os dois grupos batalharão por um total de 18% de eleitores que, na prática, poderão mudar o voto - a decisão foi apresentada como definitiva por 82%.

Garibaldi compara edição de MPs à de decretos do governo militar

Em plena festa organizada pelo Palácio do Planalto para comemorar os 20 anos da Constituição, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), causou mal-estar ao reclamar que o Congresso está "sufocado" pelo excesso de medidas provisórias editadas pelo governo. Na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele comparou as MPs atuais aos decretos-leis que eram usados pelos governos militares para legislar. "Não vou cometer a indelicadeza, já que sou convidado, de cobrar nada, mas creio que as medidas provisórias não têm nenhuma diferença dos efeitos dos decretos-leis da ditadura", afirmou, em discurso. "Posso estar sendo mal-educado, mas estou sendo autêntico, não sou hipócrita." As queixas de Garibaldi ocorreram no mesmo dia em que o Diário Oficial publicava a MP443, criticada pela oposição, que permite ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica comprar bancos em dificuldades.

PMDB quer presidir Congresso

O primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), procurou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para saber se é verdade que o peemedebista vetará sua candidatura à presidência da Casa no ano que vem. Renan negou que haja um veto pessoal, mas comunicou-lhe que já está trabalhando para que o PMDB continue comandando o Senado em 2009 e 2010, independentemente de a presidência da Câmara ficar com outro peemedebista, o presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP). Na conversa reservada que os dois tiveram na terça-feira, Renan deixou claro ser essa sua posição individual e não da bancada. Insistiu que não trabalha contra ele, mas em defesa de o PMDB presidir o Congresso na condição de maior bancada no Senado. Antes mesmo de ouvir Renan, Tião já havia identificado a movimentação de peemedebistas em favor da candidatura própria. Em suas articulações de bastidor, o petista tem alertado que o cenário de disputa entre os dois partidos na sucessão do Senado é iminente.

Parecer da AGU defende anistia a crimes de tortura

Parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre punição de militares acusados de tortura durante o regime militar confrontou posição do Ministério da Justiça e da Secretaria Especial de Direitos Humanos. No documento, a AGU defende que crimes políticos ou conexos praticados na ditadura, incluindo a tortura, foram todos perdoados pela Lei da Anistia, de 1979. A posição da AGU é uma derrota do ministro da Justiça, Tarso Genro, e do secretário Paulo Vannuchi. Ambos argumentavam que a lei não poderia anistiar crimes de tortura, assassinato e desaparecimento de pessoas. Sai vitorioso nessa discussão o ministro da Defesa, Nelson Jobim, contrário à rediscussão da Lei da Anistia.

Dantas diz a juiz que nada sabe sobre suborno

"Não tenho conhecimento", afirmou o banqueiro Daniel Dantas ontem na Justiça ao ser interrogado sobre a tentativa de suborno de um delegado da Polícia Federal em troca de arquivamento de inquérito sobre as atividades do Grupo Opportunity, que fundou e preside. Alvo maior da Operação Satiagraha - investigação federal sobre suposto esquema de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, fraudes e formação de quadrilha -, Dantas é réu em ação penal por corrupção ativa e pode ser condenado até a próxima semana a uma pena que varia de 2 anos a 12 anos de reclusão. "As acusações são totalmente infundadas e delirantes", rebateu, em sessão tensa que se arrastou por cerca de 10 horas no 17.º andar do Fórum Federal de São Paulo.

Correio Braziliense

Aversão a concursados

Mergulhado na crise do combate ao nepotismo, o Senado revela uma situação, no mínimo, preocupante: um excesso de cargos de confiança, enquanto há mais de mil vagas vazias que deveriam ser preenchidas por concurso público. Segundo a Secretaria de Recursos Humanos da Casa, há pelo menos 1.085 cargos de carreira vazios, sendo 472 só de analista legislativo. O Senado emprega hoje 3.390 servidores efetivos, um número semelhante ao de funcionários de confiança, aqueles que chegam por indicação: 3.096, sendo que destes, 3.002 só nos gabinetes de senadores.

Mais 14 parentes são demitidos

O Senado exonerou ontem 14 ocupantes de cargos comissionados, dos quais 12 foram demitidos para atender à súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu o nepotismo. Entre os dispensados estão 11 parentes de servidores — a maioria chefes de gabinete de parlamentares — e uma sobrinha do senador Jayme Campos (DEM-MT). No total, foram identificados 77 casos no Senado, sendo 46 ligados a congressistas e 31 vinculados a funcionários. O boletim administrativo trouxe as exonerações de Maria José de Ávila, André Eduardo de Ávila Carneiro e Juliana de Ávila Carneiro, mulher e filhos do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Raimundo Carreiro, que comandava a Secretaria-Geral da Mesa até o ano passado. O argumento para dispensar os três foi o fato de que Carreira ocupava o posto quando as nomeações ocorreram. Ontem , o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse que a Casa chegou ao “fim de uma época de muita permissividade”.

Sucessão no Senado ainda mais complicada

A exoneração do advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, acirrou ainda mais a briga interna pela sucessão ao comando da Casa, abrindo uma operação política para barrar a ousadia do presidente, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), e evitar que o petista Tião Viana (AC) assuma a sua vaga em fevereiro de 2009. O grupo ligado aos ex-presidentes Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP) repudiou a decisão de Garibaldi de punir Cascais por elaborar um parecer favorável ao nepotismo. O ex-advogado-geral era homem de confiança dos peemedebistas no Senado. Sua exoneração enfraquece a estrutura montada e comandada por Renan e Sarney nos últimos cinco anos.

Conservo pode perder contrato

O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), quer encerrar o contrato de R$ 457 mil mensais mantido pela Casa com a empresa Conservo, acusada pelo Ministério Público Federal de fraudar a licitação. Garibaldi quer aproveitar decisão da Controladoria-Geral da União (CGU) de declarar a empresa inidônea e rescindir de imediato a contratação que prevê a terceirização de serviços na área de transporte. O peemedebista consultará a assessoria jurídica para saber se a medida pode ser aplicada. “Eu tenho a disposição de interromper o contrato dela (Conservo). Agora, eu preciso ver se legalmente é possível e preciso ver se não vai criar um problema para o funcionamento dos órgãos do Senado que são atendidos por ela. Vou fazer uma consulta para saber se posso rescindir de imediato”, explicou Garibaldi.

Geddel assusta PT

A eleição para a prefeitura da capital baiana tem feito o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perder o sono. O temor é que a briga entre PMDB e PT neste segundo turno afaste o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, de uma aliança eleitoral em 2010 e o empurre para o colo da oposição. Geddel é o principal articulador da campanha à reeleição do prefeito João Henrique (PMDB) contra o petista Walter Pinheiro. Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostra o peemedebista com 50% dos votos, contra 40% de Pinheiro.

O Globo

Lula dá superpoderes a bancos oficiais e assusta o mercado

O Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF) ganharam poderes extraordinários para comprar parte ou a totalidade do capital de bancos, seguradoras, empresas de previdência privada e de capitalização. A autorização veio por medida provisória assinada pelo presidente Lula e abriu caminho para a estatização do setor e a criação de subsidiárias de BB e CEF sem aval prévio do Congresso. "Não tem banco quebrando", disse o ministro Guido Mantega. O mercado reagiu com desconfiança. O dólar subiu 6,68%, fechando a R$ 2,38, e a Bovespa caiu 10,18%.

Pesquisas aprofundam divisão do Rio

Pesquisas do Datafolha e do Ibope mostram que a indefinição continua no Rio, a quatro dias da eleição. Segundo o Datafolha, Eduardo Paes (PMDB) subiu dois pontos, lidera e tem 44% em vantagem numérica sobre o adversário, Fernando Gabeira (PV). O verde perdeu três pontos e tem 41%. Como a margem de erro do Datafolha é de três pontos percentuais para mais ou para menos, os dois permanecem empatados. No Ibope, Paes e Gabeira estão empatados numericamente, com 43%. Paes tinha 39% no dia 15 passado e subiu quatro pontos. Gabeira tinha 42% e subiu um ponto. A margem de erro é de dois pontos. Na busca pela vitória, Paes investiu ontem no eleitorado jovem, cuja preferência vai majoritariamente para Gabeira. Já o verde passou o dia na Zona Oeste, região que prefere Paes. O TRE proibiu o governador Sérgio Cabral de fazer inaugurações até domingo.

Jornal do Brasil

Governo abre caminho para estatizar bancos

A Medida Provisória 443, editada ontem, autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica a comprarem instituições financeiras que estejam em dificuldade. A MP ainda permite a injeção de recursos em empresas da construção civil. O que o ministro Guido Mantega (Fazenda) chamou de "preventiva" especialistas viram como estatizante. O ministro negou que bancos estejam quebrando, mas não evitou a desconfiança. Contaminada pelas bolsas internacionais, em baixa com o anúncio de que o Reino Unido não escapará da recessão, a Bovespa caiu mais de 10%.

No Congresso, dia de crise

A divulgação da MP, um dia após a equipe econômica negar os subsídios, instalou a crise no Congresso. A proposta constrangeu governistas e irritou a oposição, anulando o entendimento para blindar o país da tempestade. O alvo das críticas foi o ministro Guido Mantega, acusado por oposicionistas de "mentir descaradamente". A intenção agora é alterar a medida, já que embute brechas para socorrer empreiteiras financiadoras de campanhas, bancos envolvidos em corrupção e maus gestores. Para economistas, o socorro foi "inadequado".

Pacote da era Lula chega a R$ 207 bilhões

Com o agravamento da crise financeira internacional, o governo vem anunciando a conta-gotas um arcabouço inédito que já soma 22 medidas e forma um dos maiores pacotes econômicos da era Lula. Ele já permitiu a liberação de R$ 207,8 bilhões ao mercado. A munição oficial, que começou a ser usada em 24 de setembro, pode ser ainda maior. Há ao menos mais R$ 49,3 bilhões em compulsórios que podem ser usados, segundo aviso prévio do Banco Central (BC). Além disso, podem ser realizados ilimitados leilões de dólares e tomadas novas medidas de incentivo ao setor produtivo. Uma ajuda à construção civil, somando cerca de R$ 4 bilhões está sendo gestada pela Caixa Econômica e o BNDES, por exemplo.