Manchetes nos jornais de hoje - 06/08/2008

Manchetes dos jornais de hoje - 6ago2008

Folha de S. Paulo


Teles avisaram a juiz que PF teria acesso total a cadastro

No inquérito da Operação Satiagraha, operadoras de telefonia celular alertaram o juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Fausto Martin De Sanctis, sobre as dificuldades de verificar se as informações acessadas pela Polícia Federal por meio de senhas respeitavam as ordens judiciais. Ou seja, se os policiais consultaram somente os dados dos investigados e de pessoas que trocaram chamadas com eles.

A Vivo, por exemplo, informou que não tinha como saber se as linhas acessadas pelos policiais tinham ou não relação com as investigações.

Conforme a Folha revelou no domingo, Sanctis autorizou o delegado Protógenes Queiroz e sua equipe a receber senhas de acesso ao cadastro e histórico de ligações dos assinantes das companhias de telefonia.

Apesar de os despachos do juiz determinarem que a polícia só poderia consultar dados dos investigados e de pessoas que trocassem chamadas com eles, as senhas fornecidas pelas telefônicas permitem, em tese, que sejam consultadas informações de quaisquer assinantes, mesmo daqueles sem relação com as investigações.

"Não é possível o controle imediato por parte desta operadora quanto à confirmação de que se trata de linha envolvida [na investigação]", informou a Vivo, em ofício de dezembro de 2007.

Adiante, a empresa ressalta que "a utilização das senhas e das consultas realizadas é de exclusiva e integral responsabilidade das autoridades autorizadas [policiais federais]". A Vivo diz que, "tendo em vista a sistemática adotada e quantidade de solicitações, torna-se impraticável e impossível exercer controle do teor da requisição de cada autoridade".


Para Justiça, há limites no uso de senhas

A 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, responsável pela Operação Satiagraha, informou ontem que "a decisão judicial sempre foi fundamentada e estipula limites para utilização de senhas, sendo de inteira responsabilidade dos agentes policiais o mau uso do mecanismo de consulta de fluxo de informações".

Segundo informações da 6ª Vara, "essa questão é também objeto de respostas a ofícios de operadoras de telefonia que informam a este juízo a concessão de senhas e ressaltam que a utilização das senhas é de exclusiva e integral responsabilidade dos autorizados e que seu uso se deve para os fins determinados pela autoridade judicial".


Diretor-geral da PF defende o acesso ao registro de ligações
O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, defendeu ontem, em Manaus, que delegados tenham acesso ao registro de ligações de qualquer assinante das companhias de telefonia, como autorizou a Justiça Federal durante a Operação Satiagraha.

Decisões judiciais contrárias a essa prática dizem que, ao ter acesso aos cadastros de todos os usuários, a polícia pode cometer abuso. "Em hipótese alguma [haverá abuso], porque é tudo dentro do limite da lei", disse Corrêa. "Há uma interpretação por parte de alguns colegas de vocês [jornalistas], sem saber o que significa esse acesso. Não é acesso histórico. É de dados cadastrais, e não de diálogos", completou.

O diretor-geral da PF defendeu a atuação da polícia e declarou que não há um "sentimento de medo" na sociedade, como afirmou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. "Nós temos, graças à Deus, uma polícia com capacidade de responder ao nível de criminalidade organizada que tem se manifestado no país."

Justiça do Rio amplia acesso a dados de grampos
Em decisão inédita no país, a corregedoria do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio ampliou o acesso a informações sigilosas relacionadas a grampos telefônicos autorizados. Há três meses, um banco de dados é abastecido com informações até então tidas como secretas, como o nome do investigado e o número de seu telefone.

Inconformados com a decisão do corregedor Luiz Zveiter, anunciada em 9 de maio, juízes estaduais -com apoio de federais-, desembargadores, promotores e entidades da área jurídica recorreram ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e à Procuradoria Geral da República, sob a argumentação de que a medida é inconstitucional, por supostamente violar o sigilo da ação penal em que há telefones monitorados.

Protógenes pede ao STF para não depor hoje
Com o tribunal já fechado, o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, responsável pelas investigações da Operação Satiagraha, esteve pessoalmente na noite de ontem no STF (Supremo Tribunal Federal), onde entrou com um mandado de segurança para adiar sua ida à CPI dos Grampos, marcada para hoje.

Protógenes chegou ao tribunal por volta das 22h, quando todos os ministros já haviam ido embora. Porém, ontem mesmo o mandado foi distribuído ao ministro do STF Carlos Alberto Menezes Direito.

Até o fechamento desta edição não havia saído decisão sobre o mandado de segurança. Acompanhado de dois amigos advogados e de sua mulher, também advogada, Protógenes esperou por cerca de 30 minutos na portaria do tribunal.

Ao entregar o texto da ação na portaria, o segurança de plantão perguntou o nome do até então desconhecido que chegava tarde da noite no Supremo: "Meu nome é Protógenes Queiroz", disse. "Ah, o delegado, né?", respondeu o plantonista, abrindo um sorriso.

CPI dos Grampos reage a decisão do Supremo
Integrantes da CPI dos Grampos da Câmara reagiram ontem contra a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que concedeu liminar permitindo que operadoras de telefonia não enviassem à comissão cópias das decisões judiciais de intecerptações realizadas no ano passado. A liminar, do ministro Cesar Peluso, está na pauta para ser votada pelos demais ministros amanhã.

Em reunião que durou quase três horas, integrantes da CPI de todos os partidos classificaram a decisão do Judiciário como uma "afronta ao Legislativo" e fizeram ameaças às companhias telefônicas.

O presidente da comissão, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), se reuniu ontem com o ministro Peluso. Ele falou sobre a necessidade de a CPI obter as informações requisitadas às empresas de telefonia. Segundo o presidente da comissão, o ministro não deu uma resposta definitiva sobre o caso.

Em sua liminar, o relator considerou que a entrega dos dados poderia resultar em devassa à intimidade dos envolvidos, com risco de "dano grave". "Ele [Peluso] nem nos ouviu para tomar a decisão. O que ele precisa saber é que não queremos ouvir a conversa de ninguém, só queremos ter acesso aos mandados para verificar se o número de 409 mil grampos realizados no ano passado é real e se as autorizações estão exageradas", disse o relator, Nelson Pellegrino (PT-BA).

"Não podemos admitir nenhum tipo de corporativismo. Será que tem corporativismo no Judiciário, que não quer que a CPI tenha acesso aos eventuais abusos nesse caso?", questionou Itagiba.

Senado não vai tomar atitude contra Efraim
O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), e o corregedor da Casa, Romeu Tuma (PTB-SP), disseram ontem que não vão tomar nenhuma atitude em relação à contratação de parentes e familiares de aliados políticos pelo primeiro-secretário do Senado, Efraim Morais (DEM-PB).

A Folha revelou ontem que o senador mantém, em seus gabinetes, pelo menos sete parentes. Efraim também nomeou familiares de aliados.

"O primeiro-secretário já está prestando os esclarecimentos. Não me cabe dar opinião", afirmou o presidente do Senado.
Corregedor da Casa, Romeu Tuma disse que a nomeação de parentes "não é proibida". "Isso é questão de foro íntimo. Eu, por exemplo, não nomeio parentes", afirmou.

Mesmo sem recesso, senadores são liberados para campanhas
Com a repercussão negativa da proposta de recesso branco, os líderes partidários do Senado decidiram ontem manter todas sessões deliberativas nos meses de agosto e setembro. Mesmo assim, encontraram uma forma de eliminar as faltas durante o período de eleições municipais.

Na reunião de líderes, o senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, lembrou aos colegas de instrumento do regimento do Senado que permite a não-contagem de faltas "nos 60 dias anteriores às eleições gerais".

Pelo regimento, o registro de presença é obrigatório em sessões deliberativas. Anteontem, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), propôs realizar sessões não deliberativas para que os senadores participassem das campanhas.

STF deve seguir TSE e liberar candidatura de "ficha-suja"
O STF (Supremo Tribunal Federal) julga hoje uma ação protocolada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), que contesta o direito de candidatos com a "ficha suja" de participar das eleições. Um dia antes do julgamento, a associação divulgou pesquisa com a intenção de mostrar aos ministros o que "pensa" a população brasileira sobre o tema.

Segundo pesquisa do Vox Populi, apresentada pela AMB, 88% dos brasileiros concordam com a tese de que "pessoas que foram condenadas por algum crime grave não poderiam se candidatar, mesmo que ainda possam recorrer de decisão".

Os números também mostram que 91% acreditam que políticos que renunciam aos mandatos para que não sejam cassados "não poderiam se candidatar outra vez".

Para a realização da pesquisa, feita por telefone entre os dias 27 de junho e 6 de julho de 2008, 1.502 pessoas foram entrevistadas em todas as regiões.

No julgamento de hoje, os ministros devem manter a interpretação majoritária do TSE sobre a atual Lei de Inelegibilidades, que veta a participação apenas dos políticos que tenham contra si decisão transitada em julgado, sem possibilidade de recurso. O argumento será embasado pelo princípio da presunção de inocência.

Palocci recusa oferta de pena alternativa no caso do caseiro
O Ministério Público Federal propôs palestras em escolas públicas e até doações de papel para uma entidade como penas alternativas ao ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e ao jornalista Marcelo Netto, ambos envolvidos na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, em 2006.

O deputado e ex-ministro Antonio Palocci (PT-SP) recusou oferta de converter em punição alternativa uma eventual condenação. A recusa de Palocci foi noticiada, em 25 de abril último, pela colunista Mônica Bergamo, da Folha.

Palocci, Mattoso e Netto, então assessor do ministro na pasta da Fazenda, foram indiciados em 2006 pelo mesmo crime no caso do caseiro Francenildo. Em fevereiro deste ano, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, apresentou denúncia contra os três por quebra de sigilo bancário. Segundo o Ministério Público Federal, informações bancárias do caseiro foram acessadas sob o comando de Palocci e com a conivência de Netto e de Mattoso.

"Meu cliente não tem qualquer interesse em suspensão processual, porque pretende ver declarada sua inocência pelo plenário do Supremo", disse Guilherme Battochio, advogado de Palocci, ao explicar os motivos do seu cliente de recusar a pena alternativa.

Acesso de candidato a favela é condicionado a benfeitorias
A contratação de moradores para atuar na campanha eleitoral ou a oferta de serviços sociais em favelas é estratégia usada para assegurar o acesso de candidatos com segurança a favelas do Rio. Lideranças comunitárias afirmam que, sem essa contrapartida, os traficantes vetam a presença de candidatos em área em que controlam a venda de drogas.

Segundo o presidente da Federação de Favelas do Rio, Rossino Castro Diniz, os presidentes de associações de moradores apresentam aos candidatos uma "listagem de demandas". Ele afirma que o montante "investido" pode chegar a R$ 35 mil em uma comunidade.

"As favelas agora acharam por bem expulsar esses políticos [que só vão às favelas] de quatro em quatro anos para tirar os votos. Os políticos não têm compromisso com a comunidade. A comunidade agora mudou, acordou", disse Diniz.

"Em certas comunidades, que não têm candidato próprio, para entrar tem uma listagem de demandas que o político tem que se comprometer. Coisas que já deveriam ser feitas pelo Estado. Se chegou nesse ponto, o Estado é que é o culpado", acrescentou.

A principal reivindicação dos presidentes de associação é a contratação de equipes de campanha nas comunidades. Também podem ser prestados serviços sociais antes das eleições. Conforme Diniz, as entidades não garantem votos para o candidato, só "espaço para fazer a campanha". Ele afirma que desde junho as negociações estão sendo feitas entre candidatos e presidentes de associação.

Após 1 ano, acusado pela PF volta à Petrobras
Um ano depois, os principais acusados pela Polícia Federal de fraudes em licitações na Petrobras retomaram suas atividades normalmente. Em julho de 2007, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra responsáveis por supostas fraudes em licitações da estatal, que gerou mandados de prisão preventiva contra 18 pessoas. Saldo: 14 presos, entre empresários, advogados e funcionários da Petrobras.

Hoje os 28 denunciados respondem, em liberdade, a processo na 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, acusados de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, estelionato e formação de quadrilha.

O processo está em fase inicial -a dos depoimentos de testemunhas de defesa. A previsão mais otimista é que a sentença de primeira instância saia no final de 2009. Os advogados poderão recorrer. Enquanto isso, muitos dos acusados retomaram suas atividades.

Entre os cinco funcionários da Petrobras acusados de participação no esquema, o de cargo mais alto voltou aos quadros da estatal, após sindicância interna. Carlos Heleno Netto Barbosa, que era gerente de unidade de plataformas, hoje trabalha no órgão de pesquisa Cenpes.

Além dele, Carlos Roberto Velasco também voltou. O grupo de diretores da Angraporto Offshore, acusado de liderar a suposta quadrilha, voltou à direção da Planeta Operadora -empresa que tem concessão para administrar o porto de Angra dos Reis (RJ).

Entidades fazem pressão contra lei pró-advogado
Entidades que representam a magistratura e o Ministério Público da União se reunirão hoje com o presidente em exercício, José Alencar, e ministros do governo para tentar bater o martelo sobre o projeto que permite a inviolabilidade dos escritórios de advocacias.

A tendência até ontem era a de que o governo vetasse o projeto parcialmente. Estava em discussão, inclusive, a possibilidade de um novo projeto sobre o tema ser enviado ao Congresso, modificando o texto que os parlamentares aprovaram anteriormente.

O prazo para a sanção ou veto do projeto expira na próxima segunda. Portanto, Alencar, na interinidade, deve assinar a decisão até o fim desta semana.

Ontem, representantes dessas entidades estiveram com José Alencar e com o advogado-geral da União, Antonio José Dias Toffoli, e defenderam o veto à inviolabilidade dos escritórios.

"O projeto é um grande equívoco. Ele não é bom nem sequer para a advocacia", afirmou o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Antonio Carlos Bigonha, ao deixar o Planalto, após a reunião.

Lula veta artigo com regra para ocupação na Amazônia
Ao converter em lei a medida provisória que ampliou de 500 para 1.500 hectares o limite das áreas na Amazônia Legal que podem ser vendidas a seus ocupantes sem licitação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou um artigo que condicionava a regularização das propriedades ao zoneamento ecológico-econômico dos Estados, com regras para a ocupação do território. O Ministério do Meio Ambiente disse ter sido pego de surpresa.

Como apenas 2 dos 9 Estados da Amazônia -Acre e Rondônia- já concluíram o zoneamento, o dispositivo vetado poderia, segundo versão oficial do governo federal, representar um entrave à regularização fundiária, apontada como maior das prioridades do PAS (Plano Amazônia Sustentável).

Segundo dados do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), 420 mil quilômetros quadrados do território da Amazônia (8,4%) são terras públicas ocupadas irregularmente por posseiros.

Na justificativa do veto, Lula alegou que a exigência do zoneamento poderia limitar a regularização fundiária a uma pequena parcela (7,5%) da Amazônia Legal. A previsão é que o zoneamento ecológico-econômico deva ser concluído até o segundo semestre de 2009.
O zoneamento determina quais as áreas poderão ser destinadas a atividades econômicas mais intensas e quais terão de ser preservadas.

O veto surpreendeu o ministério. "Não era esperado, mas não chega a representar um desastre ecológico", reagiu o ministro Carlos Minc. "Concordamos que a regularização fundiária é uma tarefa urgente."

Mangabeira diz que nova lei é insuficiente
Citado no inquérito da Operação Satiagraha como "agente político" dos interesses de Daniel Dantas na Amazônia, o ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) julga a nova lei insuficiente para acelerar a regularização fundiária na região e defende a redução de exigências para ampliar o reconhecimento do direito à terra aos atuais ocupantes.

"Vamos ter de alargar esse caminho, tomando cuidado para defender interesses legítimos." Coordenador do Plano Amazônia Sustentável, ele aguarda aval de Lula para anunciar "medidas de impacto": "Provavelmente vai ser necessária uma simplificação das regras". Ele cita os EUA, que fizeram "simplificações até mesmo drásticas do direito".

Há consenso no governo de que a não-regularização é um motor do desmatamento: 67 milhões de hectares (23,3% da Amazônia Legal) estão entregues à ação de grileiros: "É como se fosse um grande acampamento, um caldeirão de insegurança jurídica". Para ele, a MP é insuficiente para fazer a transição da posse à propriedade.

O Estado de S. Paulo

PF reage à criação de vara especial para julgar abuso de autoridade
A proposta do ministro Gilmar Mendes, de criação de varas especializadas no combate a abusos de autoridade, agitou o mundo de delegados, procuradores, advogados e juízes - profissionais que se tornaram alvos de reprimendas públicas do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) em sua ofensiva contra violações.

"É preocupante a declaração do presidente da Suprema Corte porque fica claro que ele próprio não confia na magistratura de primeira instância, que é a base do poder que ele representa", reagiu o delegado Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, presidente da Comissão de Prerrogativas da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal. "Como falar em excessos das autoridades policiais se elas simplesmente são executoras de ordens judiciais sob a supervisão e fiscalização do Ministério Público?"

Mendes lançou a idéia das varas judiciais para conter desvios no debate promovido anteontem pelo Estado que reuniu ainda o ministro Tarso Genro (Justiça), o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, e o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto. O tema foi a crise institucional provocada pela Operação Satiagraha, que a PF deflagrou em 8 de julho.

Após a crise, Mendes e Tarso selaram um pacto par a mudar a lei que trata de abusos de autoridade. Um passo nesse sentido será dado hoje, quando o presidente do STF e o procurador-geral da República se reunirão com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, para debater o tema.

Supremo discute amanhã uso de algemas
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai deixar claro que a colocação de algemas em presos deve ser uma medida excepcional e não uma regra nas operações policiais e nos julgamentos. O plenário do STF vai discutir o assunto amanhã na análise de uma ação movida por um condenado que ficou algemado durante todo o seu julgamento no Tribunal de Júri. No caso, A.S.S. foi condenado a mais de 13 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado.

Segundo ministros do STF, o uso das algemas somente deve ocorrer quando houver chances de o preso fugir ou de ele colocar em risco a segurança das outras pessoas e dele próprio. Há uma tendência no Supremo de concluir que a decisão sobre a necessidade do uso de algemas cabe à autoridade ou órgão que determinou a prisão. "Teoricamente, algemas servem para impedir fuga, agressão, suicídio. Algema só deveria ser usada quando realmente necessário", explicou o ministro Carlos Ayres Britto.

O ministro vai além e se diz contra o transporte de presos "no maleiro das viaturas policiais". "A polícia que aparelhe suas viaturas com um banco para os presos." Britto também considera que é necessário haver um tratamento isonômico nas operações para prender ricos e pobres.

STF deve manter dados de grampos longe de CPI
De nada valeram as reclamações dos deputados que integram a CPI dos Grampos. O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deverá confirmar hoje a decisão tomada pelo ministro do STF Cezar Peluso, que desobrigou 17 operadoras de telefonia fixa e móvel de encaminharem à CPI o conteúdo dos mandados judiciais de interceptação telefônica cumpridos no ano passado, que estão protegidos por segredo de Justiça.

Há uma jurisprudência consolidada no STF segundo a qual as CPIs não têm poder para interferir em sigilos decretados em processos judiciais.

As empresas recorreram ao STF depois que o presidente da CPI dos Grampos, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), solicitou às telefônicas que encaminhassem em meio magnético os sigilos referentes ao conteúdo de todos os mandados judiciais de interceptação telefônica cumpridos no ano passado. Pelo pedido da CPI, as empresas deveriam enviar cópias das decisões judiciais que determinaram a realização de interceptações telefônicas em 2007.

Delegado entra com ação para não depor
A defesa do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz ingressou ontem com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o direito de seu cliente de faltar ao depoimento marcado para as 14h30, na CPI dos Grampos, na Câmara.

A decisão de recorrer ao STF foi tomada no início da noite de ontem, após a recusa do presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), em adiar o depoimento do delegado que comandou o inquérito da Operação Satiagraha.

Protógenes foi afastado do caso pela cúpula da PF, no mês passado. Oficialmente, sua saída se deu em razão de um curso de aperfeiçoamento na Academia Nacional de Polícia, em Brasília. Mas nos bastidores setores da própria PF e do governo avaliaram que ocorreram excessos na operação, que acabou provocando a prisão de 18 pessoas, entre elas o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito Celso Pitta e o investidor Naji Nahas.

"O doutor Protógenes não está se furtando a comparecer, muito pelo contrário. Mas ele não pode ter uma única falta no curso, sob o risco de ser reprovado. Um novo curso só poderia ser feito daqui a três ou quatro anos", afirmou Renato Andrade, advogado de Protógenes.

Governo vetará 2 parágrafos para abrandar blindagem de advogado
O governo vai vetar pelo menos dois parágrafos do projeto de lei que protege os escritórios de advocacia durante diligências da Polícia Federal para cumprimentos de mandados judiciais de busca e apreensão. Em reuniões realizadas antes de sua viagem à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu cortar da proposta o parágrafo 5º, que praticamente transforma o escritório de advocacia em guardião de delitos, e também o 8º, segundo o qual a quebra da inviolabilidade, quando decretada, não se estende a locais de trabalho compartilhados com outros profissionais.

Lula reclamou das pressões que chegaram a seu gabinete, contra o texto e a favor dele. O polêmico projeto ganhou os holofotes na esteira da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, e dividiu o meio jurídico. Em conversas reservadas, o presidente disse que o acalorado debate sobre o tema deveria ter sido feito no Congresso, antes que a proposta chegasse a ele.

Lula, que viajou ontem para Pequim e só retornará no sábado à noite, às vésperas do prazo fatal para a sanção ou censura da proposta, já reclamou em público que o projeto é aprovado na Câmara e no Senado e só depois trazem o problema para ele resolver. Quem deve assinar os vetos, ainda nesta semana, é o presidente em exercício, José Alencar, que se reuniu ontem com o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, José Antonio Dias Toffoli, e com integrantes de associações de juízes, do Ministério Público e da PF para tratar do imbróglio.

Justiça revoga mandado de prisão de único foragido
A Justiça Federal revogou decreto de prisão preventiva contra o empresário Manuel Fernandes de Bastos Filho, o Maneco, apontado pela Operação Santa Tereza como um dos mentores de esquema de desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Dono da boate WE, Maneco estava foragido havia mais de 100 dias. A WE, segundo a Polícia Federal, abrigava organização criminosa da qual seria beneficiário o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP). O parlamentar nega ligação com o grupo.

A ordem em favor de Maneco foi dada pela juíza Silvia Rocha, titular da 2ª Vara Criminal Federal em São Paulo, que acolheu solicitação do criminalista Luís Fernando Pacheco, defensor do empresário. O advogado pediu contramandado de prisão para Maneco depois que a Justiça libertou os últimos três acusados de Santa Tereza que permaneciam detidos, entre eles o lobista João Pedro de Moura, ex-assessor de Paulinho. Pacheco argumentou a desnecessidade da prisão de seu cliente considerando que as buscas já haviam sido realizadas e que haviam sido ouvidas as testemunhas de acusação.

Freire critica idéia de ''desanistia''
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, considera "um grande equívoco" a reformulação da Lei de Anistia proposta pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Na opinião dele, o governo está sendo "omisso" porque, em vez de propor uma "desanistia", deveria ter "a coragem de abrir os arquivos para saber onde estão os desaparecidos".

Avalia, também, que Tarso precisa "tomar cuidado ao falar sobre questões de direitos humanos, porque ele foi o responsável pela deportação dos dois boxeadores cubanos". O ex-senador refere-se aos atletas Guilhermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que abandonaram a delegação de Cuba nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em julho de 2007, mas foram presos pela polícia brasileira e devolvidos à ditadura de Fidel Castro.

Na quinta-feira, ao abrir audiência no Ministério da Justiça intitulada Limites e Possibilidades para Responsabilização Jurídica dos Agentes Violadores de Direitos Humanos durante o Estado de Exceção no Brasil, Tarso defendeu a punição para agentes do Estado que praticaram tortura durante o regime militar. Na avaliação do ministro, tortura e violações de direitos humanos são crimes comuns, e não políticos, e por isso quem os praticou não poderia se beneficiar da anistia.

Perdão foi para todos, dizem parlamentares
Concordando ou não com a defesa feita pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, de punir os torturadores de presos políticos durante a ditadura militar (1964-1985), deputados que participaram das negociações e da votação, em agosto de 1979, do projeto que se tornou a Lei de Anistia entendem que houve reciprocidade na concessão do perdão, para os que haviam cometido crimes políticos e para os militares torturadores.

Apesar desse pacto velado em 1979, para alguns dos participantes da votação na época nada impede a discussão do assunto levantado pelo ministro da Justiça.

A anistia para os torturadores permeou intrinsecamente as discussões no Congresso diante das circunstâncias em que a proposta foi enviada pelo então presidente João Baptista Figueiredo ao Legislativo. O País estava sob vigência do regime militar, a Arena, partido de sustentação do governo, era amplamente majoritário, havia senadores biônicos, nomeados e sem votos, e o MDB, única legenda de oposição com existência permitida, não tinha número suficiente para impor qualquer resultado nas votações.

Caseiro Francenildo rejeita indenização de R$ 35 mil
O caseiro Francenildo Costa rejeitou ontem ontem a proposta da Caixa Econômica Federal (CEF) de reparar com a indenização de R$ 35 mil o crime de violação bancária praticado contra ele há dois anos. Uma nova audiência foi marcada para daqui a dez dias pelo juiz Itagiba Catta Neto, da 4ª Vara Federal, a pedido dos representantes da Caixa. Até lá, os advogados da CEF esperam obter autorização da diretoria para chegar a uma indenização de pelo menos R$ 50 mil.

O advogado do caseiro, Wlicio Chaveiro Nascimento, lembrou que o valor não se compara ao pedido inicial de R$ 17 milhões, adotado com base na "gravidade do ato e sua motivação e o lucro auferido pela Caixa". Mas alegou que não pode ignorar as dificuldades de sobrevivência enfrentadas por Francenildo, desde março de 2006, quando o Estado publicou seu relato sobre a mansão do Lago Sul, onde trabalhava, freqüentada pelo então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e seu amigos de Ribeirão Preto, em que haveria festas com garotas de programa e ocorreria suposta partilha de dinheiro. Palocci era chamado no local de "chefe", como contou o caseiro na CPI dos Bingos.

Câmara conclui votação de reajuste a servidor
A Câmara concluiu ontem a noite a votação da Medida Provisória 431, que reajusta o salário de cerca de 1,4 milhão de servidores
federais. O texto base da MP havia sido aprovado no dia 16 de julho, mas ficou faltando a votação dos destaques, que são pontos do texto apreciados em separado.Como todos os destaques foram rejeitados, ficou valendo o texto anterior.A MP será agora examinada pelo Senado.

A MP 431 beneficia 800 mil integrantes de 16 carreiras civis do funcionalismo publico federal e 600 mil militares, incluindo aposentados e pensionistas. Ela prevê aumentos parcelados ate 2012. Somente neste ano, segundo cálculos do Ministério do Planejamento, o impacto do aumento para os cofres públicos será de R$ 7,7 bilhões. Como já foi antecipado pelo Estado, todas as concessões feitas pelo governo aos servidores e incluídas na MP podem gerar gasto adicional deR$32 bilhões para o presidente da República que assumirem2011, conforme os cálculos dos técnicos do Planejamento.

O Globo

Rios viram principal rota do tráfico de drogas no Brasil
O avião já não é mais o principal meio de transporte utilizado por traficantes para fazer as drogas chegarem ao Brasil, informa Míriam Leitão em sua coluna. O controle do espaço aéreo pelo Sivam-Sipam e o alto custo de manutenção das pistas doe pouso obrigaram o tráfico a adotar os rios como rota preferencial. Com isso, o combate ficou ainda mais difícil nos 22 mil quilômetros de vias navegáveis da Amazônia, principal porta de entrada das drogas. O general Augusto Heleno, comandante do Exército na região, revela que essa mudança exigirá ação conjunta das forças do Estado. O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, confirmou que o principal caminho das drogas é pelos rios da Amazônia. Em vários casos, diz ele, o tráfico de drogas está associado a crimes ambientais.

Pobreza cai: FGV e Ipea divergem sobre causas
Pela primeira vez, a classe média representa 51,8% da população de 15 a 60 anos. Desde abril de 2002, são mais cinco milhões nessa condição, conclui Marcelo Neri, da FGV. Ele aponta o aumento do emprego com carteira assinada como a principal causa. Outra pesquisa, do Ipea, mostra que aumentos reais do salário mínimo e políticas sociais reduziram em três milhões o total de pobres desde 2002. Com os novos dados, a classe média brasileira ficou do mesmo tamanho da americana, informa Merval Pereira.

Bolívia: protestos barram presidentes
Violentos protestos da oposição fizeram os presidentes da Venezuela e da Argentina cancelarem a viagem ontem à Bolívia, para dar apoio a Evo Morales, a cinco dias do referendo sobre mandato.

Chávez faz por decreto o que perdeu em referendo
O presidente da Venezuela baixou por decreto um pacote de 26 leis, que inclui medidas rejeitadas na reforma constitucional de 2007. As leis aumentam o controle do Estado em setores como agricultura e comércio e incorporam milícia às Forças Armadas. “Quem não estiver de acordo que vá ao Tribunal Supremo de Justiça”, disse ele.

Correio Braziliense

Máfia recebe ajuda de servidores no Senado
As fraudes em licitações no Senado, denunciadas pelo Ministério Público, contam com a participação de servidores da Casa, segundo gravações telefônicas feitas pela PF. Os diálogos revelam que as empresas Conservo, Ipanema e Brasília Informática faziam acertos para eliminar concorrentes e vencer contratos de fornecimento de mão-de-obra especializada. A investigação aponta o envolvimento de altos integrantes do Legislativo no esquema. Aloysio Brito Vieira e Dimitrios Hadjinicolaou, lotados na Secretaria de Compras e Administração em 2006, são acusados de repassar informações privilegiadas às empresas terceirizadas. Trechos das gravações também mencionam o diretor-geral, Agaciel Maia, e o primeiro-secretário, senador Efraim Morais (DEM-PB).

Maioria dos brasileiros atinge a classe média
Até então um país de pobres, o Brasil passou a ser oficialmente uma nação de classe média. O anúncio foi feito pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas. Pesquisa da instituição mostra que o conjunto de famílias com renda entre R$ 1 mil e R$ 4,5 mil passou de 44% em 2002 para 51% da população brasileira em abril passado.

Funai avisou sobre fraudes no ProUni em 2005
Em entrevista ao Correio, ex-presidente da Funai Mércio Pereira Gomes afirma ter avisado desde 2005 o Ministério da Educação sobre as fraudes na concessão de bolsas do ProUni a candidatos que se declararam índios, mas na verdade eram brancos. O ministro Fernando Haddad considera “difusas” as denúncias referentes aos benefícios.

Segue o tráfego
Detran vai terceirizar serviços para driblar greve que começa hoje.

Voto no Entorno
Roubo de cadastro do Bolsa-Família esquenta disputa em Cocalzinho.

ATUALIZADA EM:06/08/2008

Esporte - O que ver na TV

Programação esportiva na TV de quarta (6/8)6h - Alemanha x Brasil
Futebol feminino - Olimpíada
Sportv, Globo, ESPN Brasil e Band - ao vivo

19h30 - Campeonato Brasileiro: Grêmio x Ipatinga; Pay-per-view

19h30 - Campeonato Brasileiro: Vasco x Coritiba; Pay-per-view

20h15 - Copa Sul-Americana: Argentinos Juniors x San Lorenzo; SporTV

20h30 - Campeonato Brasileiro: Atlético-PR x Náutico; Pay-per-view

20h30 - Campeonato Brasileiro: Sport x Portuguesa; Pay-per-view

21h50 - Campeonato Brasileiro: Fluminense x São Paulo; Globo e Band

21h50 - Campeonato Brasileiro: Santos x Atlético-MG; Pay-per-view

21h50 - Campeonato Brasileiro: Goiás x Flamengo; Pay-per-view

22 horas - Boxe: Chris Fernandez x Ali Oubaal; ESPN

Obs.: Programação fornecida pelas TVs

Falta de sono em crianças e adolescentes os torna propensos à obesidade

EFE
"melhorar os hábitos de sono podem ter grandes conseqüências na prevenção da obesidade e da diabetes nas crianças"
Washington (EFE).- As crianças e os adolescentes que não dormem o suficiente, especialmente os que passam menos tempo na fase de sono com movimentos rápidos dos olhos - conhecida como REM (Rapid Eye Movement, em inglês) - são mais propensos a ter excesso de peso e obesidade.
sleeping boy
sleeping beauty


Um artigo publicado pela revista "Archives of General Psychiatry" lembra que, nos últimos 30 anos, triplicou a taxa de obesidade entre crianças com idades de 6 a 11 anos.
kids
Perchance to dream
monica look

Aproximadamente 17% dos adolescentes nos Estados Unidos atualmente estão com excesso de peso ou são obesos, apontou a publicação médica.
Tired boy
Forest sleep
kids


Xianchen Liu, do Departamento de Psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, estudou 335 crianças e adolescentes com idades entre 7 e 17 anos.
Sleep safety
Sleeping Beauty


Durante três noites consecutivas, os pesquisadores observaram o sono dos participantes mediante a polissonografia, que permite avaliar as distintas fases do sono.
Sleeping Beauty
go to sleep little baby


Os pesquisadores comprovaram que uma hora a menos de sono total está diretamente ligada a uma duplicação das probabilidades de ter excesso de peso, e que uma hora a menos de sono REM aparece vinculada à triplicação destas.
Resting peacefully2
thumbsucker

"A relação entre o sono mais curto e o excesso de peso poderia ser atribuída à interação de mudanças de conduta e mudanças biológicas provocadas pela privação do sono", informaram os autores.
Sleep Time
too tired


A perda de sono causa mudanças nos níveis hormonais que podem afetar o apetite, além de dar ao indivíduo mais horas acordado para poder comer.
Day Dreaming
boy and dog sleep


Além disso, a perda do sono contribui para uma fadiga no dia seguinte, com queda no rendimento da atividade física e, conseqüentemente, no gasto de calorias.
Jessica asleep
angel face


Ainda segundo o artigo, dado que o excesso de peso entre as crianças e os adolescentes continua aumentando e que a insônia é mais comum na sociedade, as intervenções feitas pelas famílias e pelas escolas para melhorar os hábitos de sono podem ter grandes conseqüências na prevenção da obesidade e da diabetes nas crianças.
Couldnt Make It
Cat Nap


EFE
Resting peacefully2
Resting peacefully





Invasão a sistemas militares foi feita via conexão discada

Magnet
pode ser condenado a 70 anos de prisão nos Estados Unidos e multa de até US$ 1,75 milhão

Por Rodrigo Martin de Macedo

Um assunto que ganha as páginas de jornais internacionais, da provável extradição do hacker inglês Gary McKinnon, tem um de seus detalhes mais interessantes pouco mencionado. O responsável pela maior invasão a computadores militares de todos os tempos utilizou uma conexão discada de 56k.

De acordo com o site Valleywag, McKinnon invadiu computadores de agências militares americanas e da NASA entre 2001 e 2002, causando o desligamento das redes por 24 horas e prejuízo estimado em US$ 700 mil.

O invasor se aproveitou que as máquinas de tais organizações utilizavam o Windows sem qualquer proteção de senha, e varreu as redes americanas atrás de evidências de existência de vida alienígena.

Até hoje, com a evolução das tecnologias de acesso para a chamada banda larga, ninguém conseguiu causar mais confusão que o hacker londrino, que é acusado de parar 2 mil computadores com invasão a 97 máquinas, conforme noticiou o site Gizmodo.

Mesmo que tenha sido admirável seu feito, o hacker que utilizava o codinome Solo está sendo tratado como um criminoso perigoso e pode ser condenado a 70 anos de prisão nos Estados Unidos e multa de até US$ 1,75 milhão caso realmente seja extraditado.

Hacker que invadiu Defesa dos EUA pode ser extraditado
Portal Maratimba

Britânico é acusado de invadir computadores da Nasa, Exército e Marinha americana. McKinnon pode ser condenado a 70 anos de prisão

Hacker que invadiu Defesa dos EUA pode ser extraditado
Foto: AP


LONDRES - Um britânico acusado de entrar em redes de computadores da Nasa e na rede do Departamento de Defesa americano teve o recurso rejeitado e pode ser extraditado para os Estados Unidos para julgamento. Gary McKinnon, de 42 anos, poderá ser condenado a 70 anos de prisão se for considerado culpado nos Estados Unidos de sabotar sistemas de defesa vitais.

As autoridades americanas acusam McKinnon de conseguir acesso a 97 computadores militares americanos e da Nasa a partir de sua casa em Londres entre os anos de 2001 e 2002, com a intenção de intimidar o governo dos Estados Unidos.

Segundo os promotores, McKinnon alterou e apagou arquivos em uma Estação Naval Aérea pouco tempo depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, o que levou sistemas importantes a ficarem inoperantes.

McKinnon, que foi preso em 2002 e nunca foi acusado no Reino Unido, admitiu que invadiu computadores nos Estados Unidos, mas afirmou que seus motivos eram inofensivos e inocentes. Ele nega que tenha tentado sabotar os sistemas e diz que apenas queria encontrar provas da existência de Objetos Voadores Não Identificados (Ovnis) que, segundo ele, estariam sendo mantidos por autoridades americanas.

Os advogados de McKinnon afirmaram que vão entrar com recurso na Corte Européia para que ele não seja extraditado. McKinnon perdeu o primeiro caso em 2006 e decidiu entrar com recurso na Câmara dos Lordes, que no caso, funciona como o Supremo Tribunal Britânico. O governo dos Estados Unidos alega que McKinnon cometeu a maior invasão de computadores militares da história.

"Gary McKinnon não é um terrorista e muito menos um simpatizante de terroristas. Seu caso poderia ser analisado de forma apropriada por nossas próprias autoridades", afirmaram os advogados de McKinnon em uma declaração. "Acreditamos que o governo britânico não o processou para que o governo americano faça dele um exemplo. Autoridades americanas envolvidas neste caso já declararam que querem vê-lo "fritar"", acrescentaram.

Os Estados Unidos acusam McKinnon de, entre fevereiro de 2001 e março de 2002, ter invadido dezenas de computadores do Exército, Marinha, Força Aérea e Departamento de Defesa, além de 16 computadores da Nasa.

Nos últimos anos as autoridades americanas estão processando todos que invadem os computadores do governo ou do setor de defesa dos Estados Unidos. Em 1997, dois adolescentes da Califórnia e três israelenses foram presos por invadirem os computadores do Pentágono. Naquele caso os três israelenses não foram extraditados, foram julgados em Israel.

Globo pode encerrar 'Guerra e Paz' e 'Faça Sua História'

Agência Estado
o que tem lugar garantido pelo menos até dezembro é Casos e Acasos

Duas novas produções da Globo podem sair do ar antes do previsto: Guerra e Paz e Faça Sua História. Projetos recentes da emissora, ambas não vêm alcançando a audiência esperada e podem dar lugar a outros produtos antes do fim do ano.


Dos dois títulos, Guerra e Paz é o que está com a corda mais apertada no pescoço. O seriado de Carlos Lombardi vem alcançando médias na casa dos 16 pontos no Ibope, mas já teve a liderança várias vezes ameaçada pela Record. Em seus piores dias, o seriado chegou a bater a casa dos 13 pontos, uma das menores audiências da Globo às sextas-feiras à noite. Já Faça Sua História vem se mantendo na casa dos 20 e poucos pontos de audiência, mas sem grande repercussão.

Entre as novas apostas da Globo no gênero, o que tem lugar garantido pelo menos até dezembro é Casos e Acasos. O rodízio de histórias recentemente ganhou a direção-geral de Jayme Monjardim e o up de participações do primeiro time da Globo. A direção da casa acredita que o formato tem potencial e ainda pode decolar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Todas as noticias da televisão estão aqui

Avião da American Airlines faz pouso de emergência devido a fumaça na cabine

EFE
...teve que fazer uma aterrissagem de emergência no aeroporto de Los Angeles (Estados Unidos) e evacuar todos os passageiros...


Washington, 5 ago (EFE) - Um avião da companhia aérea American Airlines teve que fazer uma aterrissagem de emergência no aeroporto de Los Angeles (Estados Unidos) e evacuar todos os passageiros, depois de ter sido detectada fumaça dentro da cabine dos passageiros.


A aterrissagem de emergência se desenvolveu de acordo com o previsto e os passageiros puderam iniciar a retirada do avião através de rampas e com a ajuda de várias equipes de bombeiros, segundo as imagens transmitidas pela televisão.

As autoridades do Aeroporto Internacional de Los Angeles disseram que a fumaça foi detectada na cabine uma hora depois da decolagem.

Ninguém ficou ferido, afirmaram.

Uma porta-voz do Departamento de Bombeiros da cidade descartou um incêndio como causa da fumaça.

O avião da American Airlines ia de Los Angeles a Honolulu, explicou um porta-voz da Agência Federal de Aviação. EFE

Terremoto atinge oeste da China antes de início da Olimpíada

Reuters
Autoridades chinesas avisaram ser preciso realizar um intenso esforço de reconstrução nos condados remotos de Sichuan, o que incluiria dar abrigo a milhões de pessoas e recuperar a economia local.


PEQUIM (Reuters) - Um violento terremoto atingiu as Províncias chinesas de Sichuan e Gansu nesta terça-feira, matando uma pessoa e deixando outras 23 feridas.

A região é a mesma em que, no mês de maio, um devastador abalo sísmico matou ao menos 70 mil pessoas.

A tocha olímpica passou pela capital de Sichuan na terça-feira, em meio a sua jornada rumo a Pequim, onde os Jogos devem começar na sexta-feira.

O epicentro do terremoto de magnitude 6 ficou localizado no condado de Qingchuan (Sichuan), 1.253 quilômetros a sudoeste de Pequim, afirmou a Geological Survey, uma agência dos EUA.

Cinco pessoas ficaram gravemente feridas no abalo, que derrubou uma ponte, interrompendo o tráfego em uma importante estrada, e fechou as vias de acesso para ao menos três vilarejos, disse a agência oficial de notícias Xinhua.

Autoridades do país mobilizaram 200 paramilitares e milicianos para realizar operações de busca e resgate. Mas as equipes teriam de ingressar a pé nas áreas atingidas, afirmou a Xinhua.

O secretário do Partido Comunista do condado liderava uma equipe presente na área, e a dimensão dos estragos estava ainda sendo avaliada, disse a agência de notícias.

Qingchuan, atingida duramente pelo terremoto de magnitude 7,9 ocorrido em maio, registrou vários tremores pós-terremoto nos últimos meses.

Uma série desses abalos atingiu o condado no final do mês passado, matando uma pessoa e deixando outras dezenas feridas, afirmaram meios de comunicação oficiais.

Autoridades chinesas avisaram ser preciso realizar um intenso esforço de reconstrução nos condados remotos de Sichuan, o que incluiria dar abrigo a milhões de pessoas e recuperar a economia local.

(Por John Chalmers e Ian Ransom)

Jornalista diz que CIA forjou documentos que relacionavam Saddam à Al Qaeda

carta falsificada tinha o objetivo de vincular o regime de Saddam com a Al Qaeda

Washington (EFE) - A Casa Branca ordenou à CIA (agência de inteligência americana) que falsificasse um documento sobre a suposta relação do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein com a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, segundo um livro lançado hoje.

O site "Politico.com" informou que, segundo Ron Suskind, a carta falsificada tinha o objetivo de vincular o regime de Saddam com a Al Qaeda, em parte para justificar a invasão dos Estados Unidos ao país árabe, em março de 2003.

Suskind, ganhador de um prêmio Pulitzer, promoverá entre hoje e amanhã seu livro de 415 páginas em várias entrevistas com a rede de televisão "NBC".

A Casa Branca negou categoricamente as acusações do livro de Suskind, intitulado "The way of the world".
"não havia armas de destruição em massa no Iraque"
Suskind alega que o Governo do presidente americano, George W. Bush, obteve informação de um funcionário dos serviços de inteligência iraquianos de que "não havia armas de destruição em massa no Iraque", e que os EUA tomaram conhecimento disso com "tempo suficiente para frear uma invasão".

A carta em si não é uma novidade, pois o jornal britânico "The Sunday Telegraph" já tinha informado de sua existência em 14 de Dezembro de 2003, o que gerou uma grande cobertura midiática nos EUA.

Agora, Suskind destaca que a carta foi falsificada por instruções da Casa Branca.

A condução da Guerra do Iraque é um dos temas dominantes da disputa presidencial nos EUA.

O candidato democrata à Presidência dos EUA, Barack Obama, disse que a invasão foi um erro estratégico e que, segundo ele, o Afeganistão deve ser a "frente central" da luta global contra o terrorismo.

Segundo Suskind, o Governo Bush tinha entrado em contato com o diretor dos serviços de inteligência do Iraque, Tahir Jalil Habbush al-Tikriti, nos últimos anos do regime de Saddam.

Muito antes da invasão, Habbush al-Tikriti tinha informado à Casa Branca que não existiam armas de destruição em massa, mas as autoridades dos EUA fizeram caso omisso e o enviaram em segredo para a Jordânia, diz o livro.

"Pagaram a ele US$ 5 milhões - poderíamos dizer para comprar o seu silêncio -, e depois usaram seu status de cativo para ajudar a enganar o mundo sobre uma das verdades mais assustadoras da época: os EUA foram à guerra de forma fraudulenta", relata.

O Departamento de Estado americano, segundo Suskind, mantém Habbush al-Tikriti na lista dos mais procurados, por quem ofereceu uma recompensa de até US$ 1 milhão.

Aparentemente, a Casa Branca havia "inventado" uma carta de Habbush al-Tikriti a Saddam, com data de 1º de julho de 2001, e nela dizia que o estrategista dos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001 Mohammad Atta tinha sido treinado para sua missão no Iraque.

Sua suposta presença no Iraque demonstraria "que havia um vínculo operacional entre Saddam e a Al Qaeda", segundo o autor.

"Desde os atentados de 11 de Setembro, o escritório do vice-presidente (dos EUA, Dick Cheney) tinha pressionado a CIA para que desse provas desse suposto vínculo como uma justificativa para invadir o Iraque", diz o livro.

A Casa Branca negou as acusações de Suskind, que inclusive detalha que a ordem de inventar a carta foi escrita em papel timbrado "de cor creme" da Casa Branca.

Tony Fratto, um porta-voz da Casa Branca, declarou ao "Politico.com" que "a acusação de que a Casa Branca instruiu alguém para falsificar um documento de Habbush al-Tikriti a Saddam é simplesmente absurda".

"Ron Suskind ganha a vida fazendo jornalismo sensacionalista.

Quer vender livros fazendo acusações exageradas que ninguém pode checar, incluindo as várias comissões bipartidárias que informaram sobre os dados de inteligência prévios à guerra", disse Fratto.

Antes deste último livro, Suskind já tinha ficado famoso com dois livros, em 2004 e 2006, que também criticavam duramente a gestão do Governo Bush, constando na lista dos mais vendidos do jornal americano "The New York Times". EFE

Dicas para encontrar alguém

Yahoo! Notícias
Querer bem a si mesmo, saber explorar os próprios recursos e conhecer exatamente o que se deseja são conselhos imprescindíveis para encontrar um par.
Ter auto-estima significa considerar a si mesmo um ser valioso, capaz de enfrentar os desafios da vida e merecedor de amor, respeito e felicidade. Uma baixa auto-estima dificultará a predisposição de uma pessoa a encontrar um par e, em conseqüência, suas relações podem ser dominadas pela insegurança.

Para conseguir aumentar a auto-estima, um dos métodos possíveis é o do auto-convencimento, que consiste em repetir, no mínimo 20 vezes ao dia, frases como "Eu me amo, me aceito e me aprovo tal como sou"; "Sou uma pessoa valiosa" e "Tenho confiança em mim mesmo". Depois de algum tempo, você começará a ver os resultados.

Outra maneira de trabalhar a auto-estima é substituir expressões "tóxicas", que limitam a personalidade, como por exemplo "Eu sou tímido", por outras de conotação mais positiva, como "Eu sou muito amável".

Consciência emocional

O psicólogo americano Daniel Goleman define consciência emocional como a "capacidade de reconhecer certas emoções e seus efeitos, compreendendo os vínculos existentes entre nossos sentimentos, pensamentos, palavras e ações". Este será o objetivo. Somente nos conhecendo mais, poderemos superar o medo do compromisso, de sermos controlados, da responsabilidade, do abandono e dos erros.

Todos aqueles que estão buscando um par estável devem deixar para trás afirmações como "É impossível encontrar um parceiro"; "Eu não sou capaz de encontrar o amor" ou "Eu não mereço encontrar alguém". Para contrabalancear os efeitos nocivos deste tipo de crenças, é preciso desafiá-las. Não é preciso encontrar centenas de pessoas disponíveis; se precisa somente de uma que seja adequada.

Esqueça os príncipes encantados

Nada de príncipes encantados. Você se surpreenderia ao descobrir quantas pessoas continuam acreditando nessas idéias, adaptadas ao século XXI: ainda que já não apareça em um cavalo branco, permanece a idéia do par ligado à eternidade e dependência.

Mitos como "o amor pode tudo", e "o sexo será maravilhoso, se o amor for verdadeiro" estão velhos: pertencem ao mundo da fantasia.

A fórmula secreta

O psicólogo Robert J. Sternberg afirma que há três componentes básicos no amor. O "triângulo amoroso", como o denomina Sternberg, incluiria intimidade, paixão e compromisso. A combinação de cada um destes elementos, em maior ou menor medida, terá como resultado diferentes tipos de amor.

Segundo os especialistas em relacionamentos, um casal sem paixão não pode funcionar. Por outro lado, a "química" pode não se dar logo de cara, e uma pessoa que não lhe parece atraente pode mudar a seus olhos.

Saiba o que está procurando

Para saber o que quer, você pode fazer uma lista com valores e características que considera necessárias em um par. Procure sempre apelar para fórmulas positivas, por exemplo, substituindo "não quero que fume" por "espero que tenha uma vida saudável". Este exercício servirá para esclarecer suas preferências.

O sucesso da relação exigirá certa compatibilidade de valores. Além disso, padrões de afeto adquiridos na infância podem influenciar em futuras relações amorosas.

Desta maneira, é possível distinguir diferentes tipos de pessoas, que podem ser seguras, ansiosas ou inseguras. Cerca de 55% das pessoas se incluiriam no primeiro grupo; 20% se diriam ansiosas e 25% inseguras. Desta forma, diferentes combinações darão resultados de maior ou menor compatibilidade.

Aprendendo com os erros

Poder encontrar um parceiro estável exige certa coerência com sua maneira de ver a vida. Todos cometem erros, mas não se pode ignorar certas pistas que podem explicar o porquê de uma relação fracassar.

Desta maneira, será difícil conseguir uma relação estável com uma pessoa com fobia de compromisso, infiel, mentirosa, egocêntrica, controladora, agressiva ou imatura.

Diga adeus ao cupido

"O que se faz depressa, depressa se desfaz". Esta frase, do escritor espanhol Baltasar Gracián, denota o risco que se corre ao começar a "construir uma casa pelo telhado". Especialistas afirmam que "demonstrar interesse excessivo pode fazer uma pessoa parecer necessitada e, em conseqüência, pouco interessante. Manter relações sexuais com uma pessoa que se acaba de conhecer também pode provocar certa confusão, ao misturar química com o verdadeiro amor.

O fato de estar constantemente na defensiva, dar demasiada importância ao aspecto físico, querer gostar de alguém a qualquer custo ou ficar obsessivo com alguém que não te quer são erros muito comuns.

Onde encontrar o amor

Nunca se sabe onde se pode encontrar o parceiro ideal. O parque, o supermercado, o trabalho ou a academia são algumas das opções. Estar aberto a possíveis encontros, a conversar com estranhos e a conhecer novas pessoas é o primeiro passo. Encontrar um par requer certa disposição e, uma vez assumida a idéia de entrar no "mercado sentimental", o objetivo será manter o vínculo, com concessões e mostras de amor para manter em pé o "triângulo amoroso" de Robert J. Sternberg.

Destaques:

- Para encontrar um par, um fator essencial é ter uma alta auto-estima.

- A fórmula para encontrar um par estável reside em uma mescla de intimidade, paixão e compromisso.

- Manter relações sexuais com uma pessoa de imediato pode provocar certa confusão, ao misturar química com o verdadeiro amor.

Por Núria Vega.

Leituras de um retrato da realidade do jovem brasileiro

InvestNews
...apenas 1% sonha com um mundo em paz...

Sonhos, medos, vontades, dúvidas e certezas do jovem brasileiro. Com esse ambicioso título, a Folha de S.Paulo divulgou o perfil da geração entre 16 e 25 anos. A pesquisa do Datafolha fez 120 perguntas a 1.541 entrevistados, em 168 cidades do País e, com base nos resultados, traçou um retrato de 35 milhões de pessoas (19% da população), sobre as quais repousam as esperanças de um futuro melhor para o País.

Dois dados são desanimadores. Enquanto parcelas de 21% e 17% consideram a violência como o maior problema, respectivamente, do mundo e do País, apenas 1% sonha com um mundo em paz. Sinal de acomodação, de aceitação passiva da realidade? Os números provocaram indagações e opiniões amargas, sintetizadas com perfeição numa manchete de página interna do mesmo suplemento, que proclama: "A economia soterrou o sonho".

O dado principal para o desânimo é o valor dado à soma dos quesitos trabalhar/formar-se numa profissão, ter emprego, ter negócio próprio e ser bem-sucedido, que se aproxima do índice de 40%. Isso mesmo: a carreira profissional e a renda dela advinda (com tudo que representa em conforto, segurança, etc) é a aspiração de menos da metade dos jovens brasileiros que, quanto ao grau de ensino, se dividem em fundamental (22%), médio (63%) e superior (14%). Na faixa dos 16 e 17 anos, uma maioria de 34% tem como aspiração formar-se numa profissão, enquanto o maior desejo, para os que têm entre 22 e 25 anos é a realização profissional (17%). Anseios compreensíveis de ascensão social e econômica, quando se leva em conta que 73% dos jovens vivem em famílias com renda abaixo dos cinco mínimos. Mas o que fazem e como planejam concretizar seus objetivos? Mais da metade (54%) estuda e aqui surge um dado interessante (pelo menos na quantidade): 91% dos garotos de 16 e 17 anos estão na escola. Mas a ducha de água gelada vem em seguida: 54% dos jovens repetiram de ano - um fracasso ainda mais grave quando se considera a baixíssima qualidade do sistema educacional brasileiro e as frágeis provas escolares de avaliação. Em outras palavras, esses lamentáveis 54% levantam uma dúvida: o que aconteceria se as escolas oferecessem ensino de melhor qualidade, com maior exigência e professores melhor capacitados? A pesquisa do Datafolha não só lança luz sobre uma realidade cinzenta, mas também mostra a necessidade de se oferecer aos jovens meios eficazes para que possam conquistar seus sonhos. Alguns depoimentos publicados no suplemento traduzem a saga dos que buscam o primeiro emprego, tendo de enfrentar, já de início, uma taxa de desemprego que abarca quase metade dos jovens entre 16 e 25 anos. Em seguida, vêm as alegadas falta de experiência profissional e de competências indispensáveis para quase todas as vagas - conhecimentos de informática e de outro idioma -, além de atitudes como disciplina, vontade de aprender, trabalho em equipe. Outra pesquisa, esta do instituto TNS InterScience, mostra que o estágio é um promissor caminho para milhares de estudantes que conseguiram treinamento prático em empresas: 64% dos estagiários do CIEE conquistam a tão sonhada carteira assinada. Sem considerar seu valor como fator de desenvolvimento pessoal, educacional e profissional dos novos talentos, o estágio merece o lugar que conquistou na mente e corações dos estudantes. E que, felizmente, vem ocupando no planejamento estratégico de um número crescente de empresas.

Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e diretor da Fiesp.

(Gazeta Mercantil - Luiz Gonzaga Bertelli)

Manchetes nos jornais de hoje - 05/08/2008

JORNAIS DO BRASIL

Manchetes dos jornais de hoje - 5ago2008

Fonte: congressoemfoco.com.br

Folha de S. Paulo

Teles obtêm liminar no STF para não enviar escutas a CPI

O STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu na noite de ontem liminar garantindo a 17 operadoras de telefonia fixa e móvel o direito de preservar os nomes de seus clientes que foram alvo de escutas telefônicas em 2007 e que estão em segredo de Justiça.

No mês passado, a CPI dos Grampos na Câmara aprovou requerimento ordenando às teles o envio das cópias de decisões judiciais de interceptações naquele ano. Os documentos permitem a identificação de todos os clientes que tiveram suas conversas monitoradas.

As operadoras, juntas, entraram com um mandado de segurança sexta-feira passada, no STF. A liminar foi concedida ontem pelo ministro Cezar Peluso, sorteado relator do caso. Peluso considerou em sua decisão que a entrega dos dados poderia resultar em devassa à intimidade dos envolvidos, com risco de "dano grave".

"Concedo a liminar, autorizando, até decisão contrária nesta causa, as impetrantes a não encaminharem à Comissão Parlamentar de Inquérito o conteúdo dos mandados judiciais de interceptação telefônica cumpridos no ano de 2007 e protegidos por segredo de Justiça, exceto se os correspondentes sigilos forem quebrados prévia e legalmente", diz.

Na ação contra a CPI, as empresas disseram ter sido encurraladas pelo Congresso e pediram "socorro" ao STF. Alegaram que, ao repassar à CPI cópias das decisões judiciais com os nomes de pessoas grampeadas, poderiam ser acusadas de quebrar o sigilo que protege as escutas. Por outro lado, temiam ser responsabilizadas por desobediência, caso não enviassem. Por isso, pediram salvaguarda.

"É uma questão de segurança jurídica. As operadoras não são contra a ordem da CPI. Se o STF entender que o sigilo pode ser transferido, os dados serão repassados", afirmou o advogado das teles, David Rechulski.

CPI cobra explicação de juiz sobre acesso da PF a telefones

A CPI dos Grampos vai pedir explicações à Justiça Federal paulista sobre as decisões que permitiram ao delegado Protógenes Queiroz e à equipe dele acesso irrestrito aos registros de ligações feitas por qualquer assinante das companhias de telefonia, durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal.

A comissão também confrontará as operadoras, que, juntas, ingressaram no STF (Supremo Tribunal Federal) com mandado de segurança para serem desobrigadas de enviar ao Congresso dados das escutas feitas em 2007, como determinou a CPI. O prazo para a entrega das informações venceu ontem sem que nenhuma tenha cumprido a ordem.

O presidente da comissão, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), ameaçou pôr em votação hoje pedidos de busca e apreensão nas sedes das empresas, além de pedidos de indiciamento de seus presidentes por desobediência. "O que elas querem esconder? São concessionárias de serviço público", disse.

Relator da CPI, Nelson Pellegrino (PT-BA) apresentará requerimento pedindo cópia da autorização que permitiu à PF monitorar os históricos das ligações telefônicas na Operação Satiagraha. A intenção, segundo ele, é provar os excessos cometidos no uso das informações. "Está na cara que essa é uma determinação que afronta a lei, achei gravíssimo. Prova que estamos vivendo em um Estado policialesco", afirmou.

A tendência é que o requerimento seja aprovado, já que outros integrantes da comissão criticaram as decisões do juiz Fausto Martin De Sanctis, titular da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, e de seu substituto, Márcio Rached Millani.

Acesso da PF a telefones é controlado, afirma Sanctis

A 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, responsável pela Operação Satiagraha, divulgou nota na qual afirma contar com mecanismos de controle para evitar possível uso ilegal ou abusivo, por parte da Polícia Federal, de dados do cadastro e do histórico de ligações dos assinantes das companhias de telefonia do país.

Reportagem publicada pela Folha anteontem revelou que o delegado Protógenes Queiroz e sua equipe obtiveram, na investigação da Operação Satiagraha, autorização judicial para receber senhas das empresas de telefonia do país que lhes permitiam acesso ao banco de dados no qual estão o cadastro completo e os extratos de ligações dos assinantes.

A Justiça Federal confirma que as senhas dão acesso a cadastro e histórico de ligações dos assinantes das companhias telefônicas, como publicou a Folha, mas diz que a intenção da autorização não foi para que o acesso fosse irrestrito.

"Importante mencionar que a autorização restringe-se à busca de informações cadastrais exclusivamente das chamadas feitas pelos investigados ou por estes recebidas", informa a nota, assinada pelo juiz Fausto Martin De Sanctis, titular da 6ª Vara Criminal.

Juiz diz que não tem autorizado senhas irrestritas

Leia a íntegra da nota do juiz Fausto De Sanctis.

"Com relação à matéria jornalística publicada na data de ontem (3/8/2008) na Folha de S.Paulo intitulada "Polícia Federal obteve acesso total ao registro de chamadas do país", impõe-se esclarecer o que segue:

1. A 6ª Vara Federal Criminal não tem admitido a obtenção, de forma ampla, de senhas que possibilitem o fornecimento de dados cadastrais de terminais telefônicos e todos os demais relacionados a um determinado terminal, bem como do histórico das últimas chamadas efetuadas e recebidas, conforme, aliás, pode-se verificar de entendimento constante de livro recentemente publicado acerca da lavagem de dinheiro, de autoria do juiz titular, Fausto Martin De Sanctis (cf. Combate à Lavagem de Dinheiro. Teoria e Prática. Campinas: Millennium, 2008, p.117 e 118);

2. Na hipótese de apuração de um caso concreto, e desde que devidamente fundamentado o pedido, é possível a obtenção de senhas viabilizando-se a vinda de informações e a análise policial em tempo razoável para eventuais futuras solicitações. Não teria sentido que, a cada ligação telefônica suspeita, fosse necessário requerer em juízo a expedição de ofício a uma determinada concessionária de serviço público para obtenção de dados cadastrais, sob pena de inviabilizar e tumultuar, desnecessariamente, a investigação.

3. Saliente-se que dados cadastrais da Receita Federal do Brasil e de concessionárias de telefonia, por vezes, são vendidos, de forma irregular em praça pública, fato que já ensejou a instauração de ação penal contra os seus responsáveis junto à 6ª Vara Federal Criminal;

4. Assim, as autorizações somente existem quando vinculadas a uma determinada investigação e a atuação da polícia deve se circunscrever a esta. Ressalte-se que essa utilização nunca foi considerada irregular pelas cortes de Justiça nos processos que tramitam na 6ª Vara Federal Criminal;

5. Importante mencionar que a autorização restringe-se à busca de informações cadastrais exclusivamente das chamadas feitas pelos investigados ou por estes recebidas e medidas futuras necessitarão que se levem em consideração o teor dos diálogos e a necessidade eventual de maiores informações daqueles que tiveram contatos com os primeiros (investigados);

6. A decisão judicial deferindo a obtenção de senhas deixa claro que a autorização é pessoal e intransferível, fornecida apenas para agentes policiais federais determinados e para a investigação em curso, sendo de sua responsabilidade a utilização indevida do mecanismo;

7. A busca de informações junto às concessionárias públicas mediante senhas judicialmente deferidas somente é realizada por meio computacional, automaticamente com registro do agente policial solicitante, de molde ser possível detectar, com facilidade, quem fez a pesquisa;

8. Não é possível, pois, a utilização leviana do dispositivo sem que se saiba a autoria, razão pela qual até o momento não foi observado qualquer desvio de conduta funcional;

9. A autorização de obtenção de senhas não se confunde com autorização para interceptação de linhas telefônicas porquanto a primeira não leva à segunda, nem indiretamente. Os monitoramentos (interceptações) somente entram em funcionamento após a obtenção de ordem judicial, jamais de maneira automática, ou sem critério, não havendo possibilidade de extensão às outras linhas que se comunicarem com a linha interceptada;

10. No caso de ser relevante para a investigação em andamento o diálogo interceptado, o analista designado para acompanhamento dos trabalhos (agentes policiais) identifica o número e somente a partir daí, e em razão da senha obtida, solicita à operadora de telefonia os seus dados cadastrais (desde, é claro, que exista autorizada ordem judicial);

11. Com os dados obtidos, ele apresenta à autoridade policial um relatório circunstanciado sobre o diálogo mantido entre o investigado e seu interlocutor, sugerindo, se o caso, representação ao Poder Judiciário. Somente após a obtenção da decisão judicial, é que a linha que se comunicou com o monitorado pode ser interceptada;

12. Logo, não possui qualquer fundamento afirmar que haveria acesso irrestrito para monitoramentos telefônicos, ou mesmo para acessar banco de dados das companhias telefônicas de qualquer usuário ou assinante, sendo certo que o procedimento de obtenção de senhas é acompanhado pelo Ministério Público Federal e submetido a real controle da Justiça Federal."

Entidades discordam de monitoramento da PF

Entidades que representam magistrados, procuradores e advogados são contra a concessão de autorização para policiais consultarem o cadastro e monitorarem ligações dos clientes das companhias de telefonia. Durante a Operação Satiagraha, a Polícia Federal obteve, com aval da Justiça, senhas para monitorar o histórico de ligações de qualquer cliente das telefônicas.

Advogados consultados pela reportagem também reclamaram de que há abusos na realização de escutas telefônicas. Já os juízes e os representantes do Ministério Público as defenderam, desde que haja um foco delimitado de investigação.

Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, é preciso controlar a ação do Estado. "Parte do setor da magistratura se comporta como se fosse uma milícia judiciária, porque acha que o Estado pode investigar, denunciar, processar e condenar sem que o cidadão se defenda."

O advogado criminalista Tales Castelo Branco diz que a liberação de senhas é uma forma velada de interceptação telefônica. "Está havendo uma brutal violação do direito constitucional do cidadão no que diz respeito à vida íntima e sigilo."

O advogado e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Célio Borja afirma que há a violação de privacidade de quem nem é investigado. "Quando uma pessoa que não é passível de responder por conduta penalmente punível é investigada à sua revelia trata-se de uma violação da sua privacidade."

Mendes vê Estado de "medo" e pede controle de ações da PF

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, defendeu ontem um maior controle sobre as ações da Polícia Federal. Pediu maior restrição à interceptação telefônica, o endurecimento da lei de abuso de autoridade para evitar a exposição indevida de presos e a criação de vara especializada na apuração de erros cometidos por policiais.

"Acho que há na sociedade um sentimento de medo. As notícias de abuso [da PF] se espalham", disse o ministro, para quem só há Estado de Direito numa sociedade que tenha a tranqüilidade de saber que quem bate à porta da casa de alguém às 6h é o leiteiro, não a polícia. "Hoje andamos um pouco confusos", declarou.

A afirmação é uma alusão ao ex-prefeito Celso Pitta, que foi filmado de pijama ao ser preso pela Operação Satiagraha.

"O Estado de Direito não deve ter soberania. [...] Não há na história do mundo qualquer exemplo de país que tenha preservado a democracia transformando a polícia em poder. Onde a polícia se transformou em poder, a democracia feneceu", disse o ministro, que participou ontem do debate "O Brasil e o Estado de Direito", promovido pelo Grupo Estado.

Compuseram ainda a mesa de debate o ministro da Justiça, Tarso Genro, chefe da PF; o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que comanda o Ministério Público Federal; e o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto.

Brasil é réu em processo na OEA por escuta ilegal

Enquanto pressiona pela aprovação de um projeto de lei que dificulta a realização de escutas telefônicas, o país corre risco de ser condenado no processo que responde por grampo irregular na Corte Interamericana de Direitos Humanos, braço da OEA (Organização dos Estados Americanos).

O processo que o Brasil responde sobre interceptações ilegais diz respeito a grampos realizados pela Polícia Militar do Paraná, em 1999, contra representantes de duas entidades ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). As escutas foram autorizadas pela Justiça, mas, pela lei vigente, a PM não tem competência para as solicitar.

A escuta foi pedida com a justificativa de apurar um suposto desvio de dinheiro de um programa social do governo e o assassinato de um integrante do movimento -caso que poderia estar ligado ao desvio.

Os grampos foram autorizados pela juíza Elizabeth Kharter, de Loanda (PR), sem a necessária justificativa, dizem os autores da ação.

A partir disso, os grampeados entraram com ações na Justiça do Paraná solicitando o fim dos grampos, a destruição das fitas e uma indenização. Alguns dos processos foram extintos e outros estão parados.

Colarinho branco exige mais rigor, diz Fonteles

O ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, 62, anunciou sua aposentadoria ontem. Deixa o Ministério Público Federal, onde atuou durante 35 anos, afirmando que os tribunais superiores deveriam ser mais rigorosos nos julgamentos envolvendo crimes de colarinho branco.

"A sociedade brasileira está desprotegida e brutalmente sangrada pelo crime de colarinho branco. Esses criminosos têm de ser punidos, têm de ir para a cadeia. Eu gostaria que houvesse resposta mais efetiva, principalmente das Cortes superiores", afirmou Fonteles.

"Louvo muito os magistrados dos primeiro e segundo graus, que têm dado resposta serena contra a malversação do dinheiro público que deveria ir para escolas e hospitais." Ele defende o aprofundamento da "cultura do trabalho contínuo e conjunto da Polícia Federal e do Ministério Público Federal".

Fonteles foi o responsável pela criação da força-tarefa CC5, no final dos anos 90, que antecedeu o caso Banestado, levando a numerosas condenações e seqüestros de bens.

Criticado ao assumir o cargo, no governo Lula, por haver desmontado o Gaeld (grupo de procuradores que trocavam experiências sobre o combate à lavagem de dinheiro), Fonteles afirmou que promoveu uma "mudança de filosofia" na Procuradoria e estreitou os contatos com todas as equipes que atuavam na área criminal.

Comissão define relator de caso de assessor de Lula

A Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência, designou ontem o advogado Roberto Caldas relator da análise sobre o comportamento do chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. Ele é suspeito de repassar informações privilegiadas ao ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) durante a Operação Satiagraha, da PF .

Caldas fará uma análise do caso e, a partir disso, decidirá se é necessário pedir informações adicionais a Carvalho, tomar o seu depoimento ou solicitar novas provas. O advogado também pode sugerir ao colegiado o arquivamento do caso.

CNBB quer que Supremo proíba candidatura de "fichas-sujas"

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, formado por CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e outras 36 entidades, divulgou ontem uma carta defendendo que o STF (Supremo Tribunal Federal) proíba candidaturas de políticos com "ficha suja".
Está na pauta de amanhã do Supremo uma ação protocolada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) -integrante do movimento- pedindo que o tribunal defina o que chama de "vácuo" na legislação sobre inelegibilidade.

O texto sugere, por exemplo, a criação de uma norma que permita aos juízes eleitorais negar o registro eleitoral de candidatos que tenham condenação na primeira instância. A atual legislação exclui apenas candidatos que tenham contra si decisão transitada em julgado, sem mais possibilidade de recurso. A lei leva em conta, portanto, o princípio da presunção de inocência.

Na carta de ontem, porém, as entidades argumentam que o STF deve se basear em outro princípio, o da "precaução". "O direito eleitoral é regido pelo princípio da precaução... Nossa sociedade tem o direito de definir que pessoas com condenação em primeiro grau não sejam candidatas, o que nada tem a ver com antecipar-lhes a culpa em matéria penal", afirma.

Senador do DEM emprega 7 parentes em seus gabinetes

Articulador da criação de mais 97 cargos comissionados no Senado, Efraim Morais (DEM-PB) mantém em seus gabinetes na Casa pelo menos sete familiares, além de seis parentes de seus aliados políticos.

Em 2005, ao se tornar primeiro-secretário (posto responsável pela contratação de obras e serviços), Efraim ampliou seu poder de nomeação: na Primeira Secretaria, ele detém no mínimo 14 cargos.

A partir de 2005, o número de parentes de Efraim na Casa aumentou. Entre 2003 e 2004, a reportagem identificou quatro parentes -três sobrinhas e um sobrinho. Já como primeiro-secretário, os parentes subiram para sete -nomeou mais três sobrinhas e até a filha caçula. Estudante de jornalismo, Caroline Morais, 21, tem salário de R$ 3.600 mensais e foi lotada no gabinete do senador.

Ainda na Primeira Secretaria, Efraim colocou Delano de Oliveira Aleixo, que é casado com Ana Cristina Souto Maior Aleixo, outra sobrinha do senador. Em 2003, as irmãs dela, Ana Karla e Ana Karina, foram empregadas no gabinete pessoal de Efraim.

Em 2006, Efraim nomeou para seu gabinete o primo Glauco Morais, ganhando R$ 6.400 mensais. Em 2005, a Folha já revelara que o portal do qual Glauco era sócio tinha contrato de R$ 120 mil por ano com o Senado para ter um banner do site da Casa. Após a reportagem, Efraim cancelou o contrato, mas outros quatro sites da Paraíba ainda mantêm contratos com o Senado no valor de R$ 48 mil por ano.

Efraim diz que precisa ter "uma forma de ajudar" aqueles que o acompanham

O senador Efraim Morais (DEM-PB) confirmou as nomeações: "Faço a minha política exatamente entre os amigos. Aquelas pessoas que me acompanham, eu tenho de encontrar uma forma de ajudá-las", disse.

"Minha filha trabalha direto comigo no gabinete", afirmou. Já as sobrinhas e sobrinhos trabalham pelo gabinete na Paraíba: "São pessoas de qualificação técnica, atuam em várias partes do Estado". Sobre a nomeação do irmão do governador Cássio Cunha Lima, Efraim disse que atendeu a um pedido do pai dos dois, deputado Ronaldo Cunha Lima: "Ele pediu que eu o colocasse".

Procurado, Ronaldo Cunha Lima Filho disse que trabalha para Efraim como assessor parlamentar "tanto em Brasília quanto em João Pessoa". O senador deu a mesma justificativa para os casos dos filhos do primeiro suplente Fernando Catão e do vice-governador: "Isso não é ilegal", reafirmou.

Presidente do Senado propõe recesso para atuar na eleição

Com o argumento de que eleição "é dever cívico", o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), voltou ontem de 19 dias de recesso propondo mais três semanas de folga aos congressistas.

Ele vai sugerir na reunião de líderes, hoje, que o Senado paralise as atividades na terceira semana de agosto e nas duas últimas semanas de setembro até 5 de outubro, data da eleição, para se dedicar às campanhas. Garibaldi rejeitou o termo folga, ao afirmar que os senadores não vão utilizar esses dias para ir à praia, mas que precisam passar um período em seus Estados por causa das eleições.

"Folga dá a impressão de que a gente vai ficar numa piscina, ou que os senadores foram para a praia. Mas, na verdade, vão cumprir um dever cívico."

A sugestão gerou reação imediata de senadores contrários à idéia, mas agradou ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ele disse que "é uma hipótese que não descartaria", mas que precisa antes conversar com os líderes.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que a sugestão de Garibaldi é um "erro", mas considera que acabará sendo acatada pela maioria.

O Estado de S. Paulo

Em reação a militares, Tarso afirma ter orgulho de sua ficha

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse ontem ter "orgulho" de sua ficha pregressa ao rebater a iniciativa de militares da reserva, com apoio de comandantes da ativa, de organizar uma contra-ofensiva à sua proposta de debater meios de punição a "agentes de Estado" que tenham praticado tortura, assassinatos e violações dos direitos humanos durante o regime militar. "A minha (ficha) me orgulha."

Os militares planejaram uma espécie de anti-seminário em reação à audiência pública patrocinada pelo Ministério da Justiça na semana passada para debater o tema. Eles marcaram um encontro para quinta-feira, no Clube Militar do Rio de Janeiro, conforme divulgou ontem o Estado.

No evento, nomes, fotos e "biografias" de autoridades do governo Luiz Inácio Lula da Silva e de personalidades do PT com "passado terrorista" serão apresentados. A lista traz a ficha de Tarso em quinto lugar - ele aparece, com os codinomes Carlos e Rui, como "terrorista dos anos 60/70", "atraído para a luta armada", que acabou aderindo "à Ala Vermelha" e intensificando suas atividades "depois do AI-5".

Para entidades, anistia não diz respeito a torturador

Entidades de defesa dos direitos humanos e familiares de perseguidos políticos apóiam de maneira decidida a tese, defendida pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, de que a Lei de Anistia não beneficiou os "agentes do Estado" que tenham praticado torturas e assassinatos na ditadura militar. "O texto da lei não diz isso", afirmou a presidente da seção paulista do Grupo Tortura Nunca Mais, Rose Nogueira. "Nem poderia dizer, uma vez que o Brasil é signatário de documentos da Organização das Nações Unidas, segundo os quais a tortura é um crime comum e imprescritível."

Para o presidente do Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo, Raphael Martinelli, "a anistia não tem nada a ver com o torturador, o criminoso - ela foi feita para quem lutou contra o estado de exceção". Ele estranhou a divulgação, por oficiais da reserva, da ficha do ministro Tarso Genro produzida por órgãos de segurança da ditadura: "Isso é mais uma prova de que os arquivos da repressão estão por aí, guardados, mas indisponíveis para a sociedade."

Maria Amélia Teles, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, observou que, do ponto de vista do direito internacional, a tortura faz parte da lista de crimes de lesa-humanidade, considerados imprescritíveis. "A anistia é um instrumento jurídico que visa trazer de volta para a sociedade pessoas punidas por crimes políticos, mas não os agentes dos crimes, os que atuaram em nome da ditadura", afirmou. "Os perseguidores não foram anistiados. Aliás, nem reivindicavam isso: a campanha pela anistia foi feita pelos familiares dos desaparecidos, dos presos, torturados. É uma falácia dizer que a anistia tinha mão dupla. É uma farsa que no Brasil querem transformar em verdade."

Supremo decide amanhã se ''ficha-suja'' pode ser candidato

O julgamento, amanhã, da ação da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) contra candidatura de políticos com a "ficha suja" vai indicar a tendência do Supremo Tribunal Federal (STF) em outro assunto igualmente polêmico: a possibilidade de um réu ser preso antes do julgamento final do processo.

Juízes e procuradores adiantam que, a depender do entendimento dos ministros quanto ao princípio da presunção da inocência, saberão como o STF se posicionará sobre a execução provisória da pena - quando um acusado pode ser mantido preso até a conclusão do processo na Justiça. A discussão sobre esse assunto se arrasta no Supremo desde 2005.

Ministros do STF já adiantaram que não deve ser aprovada a tese da AMB - de que políticos com processos na Justiça podem ser barrados pelo juiz eleitoral. A maioria deve alegar que não está prevista na lei a vedação de candidatura do político que responde a processo.

O relator, ministro Celso de Mello, adiantou que deve focar sua argumentação no princípio da presunção da inocência, de que todo réu só pode ser punido depois do trânsito em julgado.

Diante desses argumentos, admitem os próprios ministros do STF, o julgamento da execução provisória estará adiantado. Por esse raciocínio, mesmo que tenham confessado um crime, não poderão ser presos até o julgamento em definitivo, a não ser que estejam ameaçando testemunhas, destruindo provas ou tentando fugir.

Candidatos enriqueceram 46% em 2 anos, afirma ONG

Em dois anos, políticos que concorrem às eleições de 2008 enriqueceram 46%, segundo levantamento da Transparência Brasil, organização não-governamental voltada para o combate à corrupção. O balanço representa a média da evolução patrimonial declarada por 180 integrantes das Câmaras Municipais de capitais que foram candidatos nas eleições de 2006 e por 255 deputados federais e estaduais e senadores que concorrem a prefeituras e vice-prefeituras. No caso dos vereadores a média de enriquecimento foi de 41%; a dos senadores e deputados alcança 50%.

O mapeamento revela que dos vereadores que foram candidatos em 2006, 15 declararam não possuir bens naquele ano, mas em 2008 atingiram a média de R$ 108 mil cada. Outros 9 que alegaram não possuir nenhum bem patrimonial, em 2006, passaram a mesma informação este ano.

Dos 709 vereadores em exercício nas 26 capitais brasileiras, 663 buscam a reeleição ou concorrem aos cargos de prefeito ou vice. O patrimônio médio declarado é de R$ 377 mil.

Palocci recusa pena alternativa no processo sobre violação de sigilo

O deputado e ex-ministro Antonio Palocci (PT-SP) não aceitou trocar o julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, pela suspensão do processo e o cumprimento de trabalhos comunitários como pena alternativa. Palocci acredita que será absolvido por falta de provas e, por isso, quer arrancar do STF a absolvição incondicional - o que facilitaria sua volta a um posto no ministério, como deseja o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No caso dos outros dois investigados pela violação do sigilo do caseiro, ocorrido em março de 2006 - o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o jornalista Marcelo Netto, então assessor de imprensa de Palocci -, seus advogados solicitaram formalmente que o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, fizesse a proposta de suspensão condicional do processo e, como manda a Lei 9.099/1995, dissesse qual seria a pena alternativa.

O procurador propôs que Mattoso e Netto compareçam, de dois em dois meses, durante dois anos, "em escolas da rede pública de ensino para proferir palestras sobre o sistema democrático e o processo eleitoral". Também teriam de fazer uma doação, "por uma única vez, de 50 resmas de papel Braille A4, de 120 gramas" à Associação Brasiliense dos Deficientes Visuais (ABDV). As palestras terão de ser em escolas "dos seus Estados de origem".

Para advogados, não há provas

Os advogados de Antonio Palocci dizem que não há provas de que o ex-ministro tenha dado ordens ao ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso e ao ex-assessor de imprensa Marcelo Netto para que o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa fosse violado. "Nós, desde sempre, nos manifestamos contrários (à proposta da pena alternativa) por acreditar na sua inocência. Queremos que ele seja julgado e que seja declarada a sua inocência", afirmou ao Estado Guilherme Batochio, um dos advogados de Palocci.

Comissão de Ética avalia conduta de Carvalho

A Comissão de Ética Pública vai analisar se o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, cometeu algum desvio ao informar o ex-deputado e advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, em telefonema, que não havia ninguém designado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ou no governo investigando seu cliente Humberto Braz, lobista do banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity. Braz e Dantas foram presos pela Polícia Federal na Operação Satiagraha e há suspeita de que Carvalho teria repassado informações privilegiadas a Greenhalgh.

O advogado Roberto Caldas foi designado relator do caso e pode pedir novos esclarecimentos a Gilberto Carvalho, a degravação da conversa dele com Greenhalgh ou trechos do inquérito da PF. Caldas informou que poderá buscar outros depoimentos de pessoas citadas na conversa de Greenhalgh com Carvalho, como Luiz Fernando Correa, diretor da PF. Ressalvou, no entanto, que a comissão não tem poder de investigação e não faz acareações. Mas, se entender que não houve desvio, o próprio relator poderá sugerir o arquivamento do caso.

Protógenes vai amanhã à CPI dos Grampos

Depois do recesso do Congresso, a CPI dos Grampos na Câmara retoma seus trabalhos amanhã com o depoimento do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz. Responsável pelo inquérito que deu origem à Operação Satiagraha - que levou à prisão, entre outros, o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito Celso Pitta e o banqueiro Daniel Dantas -, Protógenes foi afastado pela cúpula da PF das investigações no mês passado.

Oficialmente, o delegado saiu de cena para realizar curso presencial superior da PF, iniciado no último dia 21. Mas é fato que houve descontentamento por parte do governo e de setores da Polícia Federal com a maneira com que Protógenes conduziu os trabalhos da Satiagraha. A avaliação desses setores é que ocorreram excessos.

A Operação Satiagraha, deflagrada no dia 8 de julho, investigou pessoas acusadas de crime financeiro, como lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha. Ao todo, 18 pessoas foram presas - apenas duas continuam detidas: Humberto Braz e Hugo Chicaroni, acusados de tentativa de suborno a um delegado federal.

O depoimento de Protógenes, marcado para as 14h30, é o mais aguardado desde que a CPI foi instalada, no fim do ano passado.

Até Chinaglia chega atrasado na primeira sessão após recesso

Apesar dos telegramas enviados aos deputados por duas semanas, a primeira sessão da Câmara com votação marcada após o recesso parlamentar só conseguiu atingir o quórum para votação, de 257 deputados, às 19h30. O próprio presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se atrasou. Chegou à Câmara uma hora e cinco minutos depois de iniciada a sessão extraordinária e não gostou de saber que alguns deputados, nos bastidores, estavam criticando a sua ausência.

"Desafio a dizer quando não cumpri minha função", afirmou. Chinaglia disse que estava acompanhando, mesmo fora da Câmara, o registro de presenças dos deputados e que não era necessário ficar no plenário à espera de quórum. Ele afirmou estar "moderadamente otimista" com a possibilidade de votação esta semana.

Chinaglia decidiu fazer votações em agosto e setembro, apesar de os parlamentares estarem em campanha nos seus Estados para as eleições municipais de outubro. Ele pretende fechar um acordo com os partidos para liberar a pauta trancada por quatro medidas provisórias e dois projetos de lei do Executivo em regime de urgência e elaborar uma agenda positiva, com a votação de projetos escolhidos pela própria Casa e não impostos pelo Executivo.

O Globo

Argentina leva Chávez sem aviso e frustra Lula

Depois de desembarcar em Buenos Aires com a maior missão empresarial que o Brasil já levou à Argentina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi surpreendido com um encontro trilateral com a presidente Cristina Kirchner e Hugo Chávez (Venezuela). A chegada de Chávez só deveria ocorrer hoje, quando ele e Cristina irão à Bolívia prestar solidariedade ao colega Evo Morales, afundado numa crise política interna. Lula queria discutir a redução da alíquota do trigo argentino e investimentos do BNDES.

Lei seca pune mais três com prisão

A Lei Seca levou ontem mais três pessoas para a prisão no estado do Rio. Em Volta Redonda, foi preso um motorista de ônibus, em alta velocidade. No Rio, um motorista e um motoqueiro foram detidos e liberados após pagarem fiança de R$ 700.

Cai número de eleitores adolescentes

Desilusão com a política é uma das razões apontadas por jovens de 16 e 17 anos que optaram por não votar nas próximas eleições. Na cidade do Rio, neste ano, o TRE contabiliza apenas 27,4 mil jovens dessa faixa etária com título de eleitor, contra 42,9 mil em 2004.

Recusado pelo TRE registro para Nadinho

O TRE recusou o pedido de registro da candidatura do vereador Nadinho de Rio das Pedras (DEM), que responde a processo criminal como mandante do assassinato do inspetor da Polícia Civil Félix Tostes. Também foi negado registro ao ex-prefeito de Itaboraí Sérgio Soares.

Socialista de Aécio é mais rico que Maluf

Márcio Lacerda, candidato do PSB a prefeito de Belo Horizonte com apoio de Aécio Neves e do PT, é o mais rico entre os concorrentes das capitais, com patrimônio de R$ 55 milhões: R$ 14 milhões a mais que o declarado por Maluf (PP).

Correio Braziliense

Mortes no trânsito do DF têm queda recorde

A lei seca freou de forma drástica a violência no trânsito do Distrito Federal. O número de mortes em julho caiu 24% em relação ao mesmo período de 2007. É a maior redução dos últimos 13 anos. O mês de férias registrou 28 mortes, bem abaixo das 37 anotadas no ano anterior. “A lei seca veio reforçar o trabalho de fiscalização”, observou o diretor-geral do Detran, Jair Tedeschi. A mistura de álcool e direção, contudo, ainda provoca tragédias no país. Em Boa Vista (RR), o secretário municipal de Trânsito, Antônio Neto, foi afastado após se envolver em um acidente fatal na noite de domingo. Com indícios de embriaguez, ele atropelou um casal que estava de moto e não prestou socorro às vítimas. A estudante de fisioterapia Naira de Souza morreu em decorrência de traumatismo craniano.

Benefício a índios pelo Prouni será investigado

Comissão de Educação da Câmara vai auxiliar o MEC a apurar fraudes na concessão de bolsas de estudo. Ministério Público também será acionado.

PF flagra plano de Beira-Mar e Abadia

Encarcerados em Campo Grande, bandidos comandavam plano para atacar familiares de integrantes do Judiciário. Quatro pessoas foram presas.

Senadores decidem tirar uma folguinha

Na volta das férias de julho, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), anuncia recesso branco por causa das eleições.
A beleza maltratada que espanta os turistas

Tombados como Patrimônio Cultural da Humanidade, nem assim os principais cartões postais da capital da República se livram do abandono. A sujeira e as pichações chocam quem passa. Na Praça dos Três Poderes, monumentos como o Panteão da Liberdade e da Democracia (foto) servem de abrigo para moradores de rua. E, como se não bastasse o vandalismo, turistas sofrem com a falta de policiamento e de informações sobre a arquitetura-arte. "A gente tira foto pela boniteza". "Depois a gente procura o que é na internet", resignam-se duas visitantes baianas.

Galeria de Fotos

Fonte Yahoo






Funcionária da gigante japonesa Toyota exibe protótipo de robô de transporte pessoal batizado de 'Winglet', no showroom da companhia, em Tóquio. O 'Winglet' pode se mover a uma velocidade de 6kph com autonomia de 1 hora de bateria recarregável. A Toyota começará uma operação de testes em aeroportos no outono.









Militares chineses escutam o hino nacional no ginásio Jiujiu durante cerimônia da tocha olímpica, em Mianyang, província de Sichuan (China), hoje, 4 de agosto.







Imagem que mostra vários empregados trabalhando em casa virada de cabeça para baixo de Trassenheide, na ilha de Usedom (Alemanha). A casa, que também teve os móveis instalados de cabeça para baixo, será usada para exposições, e a sua volta se construirão outras estruturas arquitetonicas diferentes. Gastou-se ao redor de 400.000 euros no projeto 'Die Welt steht Kopf' ('O mundo em sua Cabeça'), que está previsto para terminar antes do final de agosto.









Mulher-rato, paquistanesa Nadia, uma das centenas de jovens que sofrem de microencefalia, pessoas que nascem com crânio pequeno, senta-se do lado de fora do templo de Shah Daula em Gujrat, na província de Punjab. Nadia era uma criança quando foi abandonada no templo há 20 anos na calada da noite. Seus pais nunca foram achados. Segundo a lenda local mulheres inférteis que orarem no templo de Shah Daula ficarão grávidas, porém, pagarão um preço muito caro por isto. A primeira criança nascida terá microencefalia e deverá ser dada para o templo ou então os próximos filhos terão a mesma deformidade.










Um grupo de artistas aguarda do lado de fora do Estádio Nacional, conhecido como 'O Ninho', antes do início de um ensaio geral para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim.










Participantes do festival de música 'Przystanek Woodstock', na cidade de Kostrzyn nad Odra, na Polônia, se divertem em um banho de lama. Durante o festival os participantes terão a chance de ver shows de bandas do próprio país e também do México, África do Sul, Alemanha, Itália, Croácia, India, Suécia e Reino Unido.

Pen-drives espertos para todos os gostos

Agência Estado
"Não adianta querer colocar programas que ocupem quase toda a memória do dispositivo..."

Encontrados em qualquer esquina em diferentes cores, formatos e preços, pendrives nada mais são que memórias flash - um dispositivo para armazenamento de dados capaz de reter as informações mesmo na ausência de energia - coladas a um conector USB. Certo? Certo. Só que essa simplicidade esconde um potencial notável para organizar seu dia-a-dia.

Tem um calendário instalado no PC de casa com todos os seus compromissos e quer levá-los no bolso para verificar quando chegar ao trabalho? Apele para o pendrive. Não agüenta ser obrigado a usar o Internet Explorer naquela máquina engessada do cibercafé? Seu Firefox com todos os favoritos e add-ons a pleno vapor também podem ir para o acessório.

Para dotar seu pendrive de esperteza, basta conferir algumas informações. Primeiro: qual o fabricante. Segundo: qual a capacidade do aparelhinho. Terceiro: quanto de espaço livre ele ainda tem e qual o tamanho médio dos arquivos que você costuma transportar.

Caso você tenha um modelo da série Cruzer, da Sandisk, ou um DataTraveler Enterprise, da Kingston, seu pendrive já é mais inteligente do que lhe parecia até a leitura dessa matéria. Ambos os modelos vêm com softwares embarcados de fábrica que podem rodar em qualquer máquina com Windows. Os Cruzer trazem versões-teste de antivírus e Skype. Já os DataTraveler Entrerprise vêm equipados com um aplicativo de segurança que permite encriptar os dados salvos.

Mas mesmo modelos de marcas obscuras - ou cartões de memória - podem ser turbinados. Basta uma busca por "apps" em ferramentas de busca como Google, Snap ou Yahoo. Também vale a pena olhar em portais especializados como o SnapFiles, o PendriveApps e o AppStick.


Se você tem um dispositivo antigo, com 128 MB ou 512 MB, e o usa para levar a setlist da semana ou montes de documentos para os computadores com os quais lida, é bom considerar instalar apenas os aplicativos essenciais. "Não adianta querer colocar programas que ocupem quase toda a memória do dispositivo, pois dessa forma você foge de seu foco, que é exatamente transportar e transferir arquivos", analisa o gerente de mídias sociais da Agência Frog Robert Rodrigues.

Caso tenha mais espaço livre - por carregar apenas alguns pdfs, por exemplo - ou um pendrive robusto, com mais de 1 GB, vale a pena investir em um pacote recheado de novidades. É possível, por exemplo, além dos aplicativos de escritório e segurança, levar passatempos e joguinhos.

Os pacotes ou gerenciadores de aplicativos portáteis são uma espécie de sistema operacional do pendrive. Além de já trazerem uma série de aplicativos, criam um pequeno menu Iniciar, semelhante ao visto no Windows. Localizado na bandeja de sistemas, à direita na barra de ferramentas, e aberto automaticamente pelo simples espetar do pendrive na porta USB, esse menu permite visualização e acesso rápidos a todos os programas instalados no acessório bem como aos documentos e outros arquivos guardados ali.

Também facilitam o gerenciamento do espaço no pendrive, mostrando quanto é ocupado pelos aplicativos instalados. Os pacotes mais populares são os gratuitos PortableApps, ASuite e PStart. Todos podem ser customizados, com a adição de aplicativos.

Mas também existem versões proprietárias como o Ceedo - que sai a US$ 39, mas oferece uma versão para testes livre por 45 dias - e o U3, que ao contrário dos outros pacotes não pode ser baixado, vindo exclusivamente configurado de fábrica em pendrives da Sandisk.

Embora os aplicativos portáteis possam rodar sem o gerenciador - basta usar o caminho tradicional, escolhendo em Meu Computador a opção do drive removível correspondente ao pendrive para explorar o conteúdo do acessório e abrir os programas -, eles são recomendados para quem não sabe exatamente o que deve instalar no pendrive ou preza pela facilidade de acesso.

"Para quem está começando, o pacote é a melhor escolha porque não deixa dúvidas sobre como colocar os aplicativos no pendrive. Conta a favor também a facilidade trazida pelo menu", garante o operador de computador Anderson Dias Ivo. "Eu ainda prefiro o pacote porque não perco tempo garimpando apps na internet". As informações são do O Estado de S. Paulo/Link